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Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável inclui combate à desinformação como medida necessária
O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável deu um passo significativo no combate à desinformação ao incluir a relevância da parceria estratégica chamada Poliedro em seu último relatório. A ação, que integra a rede Minerva de pesquisa, envolve institutos de pesquisa e as principais agências de fomento do País na construção de iniciativas de fortalecimento da integridade da informação.
Para Tiago Braga, diretor do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), a desinformação é a antítese do que representa a ciência, pois impede que a sociedade continue melhorando suas condições sociais, ambientais e econômicas. Nesse sentido, “a incorporação do tema no relatório do Conselho ressalta a maturidade e o vanguardismo do País”, reforça.
Formalizado, durante o encontro do G20 em abril, por meio de um Protocolo de Intenções entre Ibict, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Poliedro cria uma rede de cooperação e compartilhamento de conhecimentos e traz a ciência para o centro do debate sobre integridade da informação. Além disso, consolida-se em fórum qualificado de discussão para que se chegue à compreensão do problema da desinformação e a maneiras inovadoras de enfrentá-lo.
A consolidação da parceria entre as entidades ocorreu com a promoção da Conferência Livre: Ciência no Combate à Desinformação, no mês de maio. Quando cientistas de todo o país propuseram uma agenda conjunta de trabalho, com a formalização de uma carta aberta destacando a importância da integridade da informação na construção de uma sociedade democrática, pacífica, inclusiva e sustentável.
No relatório do Conselho, o envolvimento de instituições acadêmicas na defesa da democracia foi apontado como medida fundamental no avanço do debate. Para Braga, “quando a comunidade científica optou por lidar com esse tema, fez isso visando permitir que a sociedade continue no processo de desenvolvimento nacional”. A urgência do debate é ampliada pela consolidação e complexificação dos mecanismos de desinformação, alimentados por organizações criminosas que se aproveitam das dinâmicas sociais e também pelo mal uso de tecnologias recentemente desenvolvidas.
Composto por representantes de diversos setores da sociedade, o Conselho pauta temas importantes para o desenvolvimento do País com reflexos em toda a sociedade.