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Após 14 anos, acontece a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação com ampla participação do Ibict
Com o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil justo, sustentável e desenvolvido” começou, nesta terça-feira (30/09), a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI), no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília. O evento é considerado pelas autoridades públicas o acontecimento mais democrático voltado para as discussões sobre políticas públicas do setor de ciência, tecnologia e inovação. A conferência é uma realização do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e organizado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), com apoio de várias entidades e instituições nacionais, como o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict).
A abertura do evento foi feita pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e pelo secretário-geral da Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), Sérgio Rezende. O encontro contou ainda com a presença de várias autoridades ligadas à ciência e tecnologia, incluindo os diretores das unidades de pesquisa do MCTI, entre outros. O evento acontece após a realização de mais de 200 conferências preparatórias realizadas de dezembro de 2023 a maio de 2024 em todo país.
Na cerimônia de abertura, o presidente Lula afirmou que o evento é um marco na história da sociedade do país, chamou atenção para os aspectos democráticos na construção dos processos de pesquisa em ciência e tecnologia e destacou a necessidade do Brasil se apropriar da inteligência artificial para o desenvolvimento do Brasil. "A nossa inteligência artificial tem que ser inteligente e precisamos fazer dela uma fonte de geração de emprego, formando jovens preparados para o debate".
O presidente falou ainda sobre o valor da inteligência enquanto dispositivo de poder e ressaltou a importância da criação de um banco de dados nacional acessível à população. "A nossa inteligência artificial começa por aí. Precisamos criar uma estrutura para que todos os dados do Brasil estejam compilados e à disposição da sociedade brasileira", disse Lula.
A ministra Luciana Santos agradeceu a todos os brasileiros que se empenharam na construção da 5ª CNTCI e, em especial, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem dado todo o apoio ao evento. “Sem a participação social, sem a participação popular, sem esta escuta e sem esta relação dialética nós não chegaríamos até aqui e além daqui”, ressaltou a ministra, lembrando que foram obtidas várias sugestões, durante as conferências livres, temáticas, distritais, estaduais e regionais, em 2023, e que estão sendo discutidas na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Luciana Santos destacou que a realização da 5ª CNCTI é uma demonstração da democracia brasileira, refletida no atual governo. “Estamos organizando este evento com as vozes daqueles que estão ativamente envolvidos na construção das políticas públicas do dia a dia. Por isso, fico feliz em ver aqui tanta diversidade, inteligência e a capacidade brasileira de pensar o Brasil”, afirmou.
Ao concluir sua fala, a ministra enfatizou o esforço da 5ª Conferência em valorizar a ciência e os cientistas do país e acrescentou que “estamos superando o atraso científico e tecnológico, inserindo-nos nas cadeias mais dinâmicas da economia global e nas de maior valor agregado, gerando emprego, renda e novas perspectivas para os brasileiros e brasileiras”.
Para o diretor do Ibict, Tiago Braga, a 5ª CNTCI é um evento de suma importância, pois reúne todos os atores que fazem a ciência brasileira e que “estão aqui voltados para discutir os rumos que a ciência deve tomar nos próximos anos e de como ela pode contribuir para o desenvolvimento nacional”. Segundo o diretor do Ibict, "a comunidade científica poderá sugerir e contribuir para que o país tenha a ciência como base do seu desenvolvimento, lembrando que o Ibict tem atuado ativamente na construção das discussões, com mesas e painéis, além de ter vários pesquisadores envolvidos nas atividades da Conferência".