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Escola de Verão do PPGCI/IBICT-UFRJ oferece cursos gratuitos, nas modalidades presencial ou online, com certificado.
Escola de verão do PPGCI
O projeto das escolas de estação, uma ação de extensão do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação, está de volta nas modalidades presencial ou online. A Escola de Verão 2024 acontece entre os dias 19 de fevereiro e 1º de março, trazendo 15 cursos gratuitos de curta duração (com carga horária de até 8 horas) oferecidos por professores do PPGCI/IBICT-UFRJ, de forma individual ou em parceria com doutorandos e colaboradores do Ibict. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 15 de fevereiro (clique aqui para se inscrever).
Os assuntos abordados vão desde temas teóricos da Ciência da Informação, como filosofia, mediação e regime de informação, até cursos mais práticos que envolvem ferramentas de pesquisa, como uso de grafos e metodologias colaborativas, passando por assuntos contemporâneos, como Inteligência Artificial, aceleração e desinformação.
Arthur Bezerra, pesquisador da Coepi-Ibict e coordenador da Escola de Verão 2024, conta que as edições das escolas de estação que ocorreram em modalidade remota, durante a pandemia do coronavírus (as Escolas de Outono, Inverno e Primavera de 2020 e a Escola de Verão 2021) tiveram uma enorme procura, com vídeos que, somados, ultrapassam 40 mil visualizações (todos os vídeos estão disponíveis no canal do PPGCI, no YouTube – clique aqui para ver). “Em 2024, além dos cursos em modalidade remota, queremos retomar a nossa vocação de realizar encontros em formato presencial, como foi feito na primeira edição da Escola de Verão de 2020, antes da pandemia”, pontua Bezerra.
Segundo Ricardo Pimenta, coordenador da Coepi-Ibict, a Escola de Verão e a Escola de Inverno (planejada para ocorrer no início do segundo semestre de 2024) passam a ser um programa permanente de cursos livres dentro da recém-criada Escola Nacional de Informação (ENACin), um programa transversal de ensino e pesquisa, coordenado pela Coepi, e presente em todas as coordenações do Ibict. "O estudo e a reflexão sobre o papel da informação na sociedade de hoje não pode ser disseminado apenas por um canal. É preciso pensar em novas formas, abordagens e conteúdo. As duas escolas de estação previstas para 2024 fazem parte disso. E já nascem com sucesso, pois nossa experiência produzida durante a pandemia nos enriqueceu muito", conclui.
Veja abaixo a lista com informações sobre os cursos oferecidos:
Modalidade presencial (cursos 1 a 9 – vagas limitadas)
Curso 1: O método dialético da teoria crítica da informação
Docente: Arthur Bezerra
Carga horária: 8h
19/02 (2a feira) e 26/02 (2a feira) - das 9h às 13h
Ementa: A dialética como perspectiva filosófica para pensar as contradições do mundo. A dialética inserida na crítica da economia política. A teoria crítica e a teoria da informação em seu desenvolvimento histórico. Totalidade como horizonte e abstração como método de conhecimento.
Curso 2: Políticas e regime de informação na sociedade em rede
Docente: Gustavo Freire
Carga horária: 4 horas
20/02 (3a feira) - das 9h às 13h
Ementa: Políticas de informação: História, conceitos e características. Políticas de informação em ambiente digital. Políticas e regimes de informação na sociedade em rede. Regime de informação: teoria e aplicação em variados contextos.
Curso 3: O mundo não está pronto: ética e informação na utopia concreta de Ernst Bloch
Docente: Prof. Dr. Marco Schneider
Carga horária: 8h
20/02 (3a feira) e 21/02 (4a feira) - das 14h às 18h
Ementa: O Princípio Esperança, de Ernst Bloch, com ênfase no livro 1. Conceitos centrais: docta spes (esperança crítica, instruída); utopia concreta; função utópica; excedente cultural; ideologia; correntes quente e fria do marxismo; otimismo militante. Exegese das 11 Teses sobre Feuerbach e a diferença entre práxis, pragmatismo e praticismo.
Curso 4: Notas para uma teoria crítica discursiva da Informação
Docente: Clóvis Ricardo Montenegro de Lima
Carga horária: 4 horas
21/02 (4a feira) - das 9h às 13h
Ementa: Apresentar anotações iniciais para uma teoria crítica discursiva da informação, partindo de Habermas, que considera o Discurso uma forma especial de Agir Comunicativo para construção de entendimento intersubjetivo. A informação é construção de significado e representação, mas é também acordo intersubjetivo sobre algo que existe. Não há informação fora, antes ou depois da comunicação.
Curso 5: Mediação da informação e feminismos na América Latina
Docente: Luciane Cavalcante
Carga horária: 8 horas
26/02 (2a feira) e 27/02 (3a feira) - das 14h às 18h
Ementa: Principais conceitos de mediação da informação. Vertentes do feminismo. Movimentos feministas na América Latina sob a ótica da mediação da informação
Curso 6: Introdução ao VOSviewer (visualização de dados cientométricos com grafos)
Docente: Fábio Castro Gouveia
Carga horária: 4h
27/02 (3a feira) e 28/02 (4a feira) - das 9h às 11h
Ementa: O VOSviewer é uma ferramenta desenvolvida pelo CWTS da Universidade de Leiden e vem sendo bastante utilizada em estudos métricos no mundo todo. Apresentaremos seu funcionamento básico, as especificidades para coleta de dados em bases indexadoras. A metodologia de trabalho será de uma sessão de apresentação e um tempo final para perguntas.
Curso 7: Práticas e táticas de desinformação no negacionismo climático: um campo de disputa
Docente: Liz Rejane Issberner, Marco Schneider e Júlia Dias
Carga horária: 4 horas
27/2 (3a feira) e 28/02 (4a feira) - das 11h às 13h
Ementa: Se fomos avisados do aquecimento global há mais de 40 anos e já sabíamos o que era para fazer, por que não conseguimos evitá-lo? Vamos detectar os efeitos de uma engenharia informacional que desativa o pensamento crítico do cidadão, inibindo a sua função de vigilância e levando à captura da opinião pública.
Curso 8: A pragmática do documento
Docente: Clóvis Ricardo Montenegro de Lima
Carga horária: 4 horas
28/02 (4a feira) - das 14h às 18h
Ementa: Introdução às bases da guinada pragmática de Habermas em sua guinada linguística. O entendimento e os acordos construídos devem não apenas ser realizados intersubjetivamente, mas guardar correspondência com a realidade do mundo da vida. Apresentam-se consequências da abordagem pragmática na validação da informação em documentos.
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Modalidade remota (cursos 9 a 15)
Curso 9: Ferramentas do IBICT que podem ser úteis na sua pesquisa acadêmica
Docente: Tiago Braga, Ricardo Pimenta e Josir Gomes
Carga horária: 2 horas
19/02 (2a feira) - das 14h às 16h
Ementa: Quais ferramentas e métodos digitais posso utilizar na minha pesquisa? Este curso busca mostrar os recursos informacionais e tecnológicos que o IBICT e o Laboratório em Rede de Humanidades Digitais oferecem e como estes podem auxiliar metodologicamente no desenvolvimento de projetos de pesquisa na Ciência da Informação e Ciências Sociais Aplicadas.
Curso 10: Visualização de dados governamentais, Inteligência Artificial e a atuação do profissional da informação
Docente: Tiago Braga e Hesley Py
Carga horária: 2 horas
19/02 (2a feira) - das 16h às 18h
Ementa: Histórico e geografia da abertura de dados e sua relação com a transparência governamental. Iniciativas brasileiras para abertura de dados. A apropriação social dos dados e da informação pública. As iniciativas de inteligência artificial e seu “poder para recuperação da informação”. Questões éticas do uso da inteligência artificial. IAs e a democratização da informação. O papel da visualização de dados. Proposta do IBICT para visualização de dados, Visão 2.0. O papel do profissional da informação na abertura e apropriação de dados governamentais. Para onde vamos com o Visão 3.0.
Curso 11: Metodologia colaborativa para levantamento de necessidades informacionais
Docente: Tiago Braga, Larissa Alves e Nathaly Leite
Carga horária: 2 horas
22/02 (5a feira) - das 9h às 11h
Ementa: Explorando a aplicação prática de metodologias ágeis juntamente ao uso de ferramentas colaborativas online, a proposta do minicurso é apresentar uma metodologia organizada em formato de oficina dinâmica para identificar necessidades informacionais para embasar a estruturação de projetos de pesquisa em Ciência da Informação e Tecnologia da Informação.
Curso 12: Introdução ao VOSviewer (visualização de dados cientométricos com grafos)
Docente: Fábio Castro Gouveia
Carga horária: 4h
23/02 (6a feira) e 01/03 (6a feira) - das 9h às 11h
Ementa: O VOSviewer é uma ferramenta desenvolvida pelo CWTS da Universidade de Leiden e vem sendo bastante utilizada em estudos métricos no mundo todo. Apresentaremos seu funcionamento básico, as especificidades para coleta de dados em bases indexadoras. A metodologia de trabalho será de uma sessão de apresentação e um tempo final para perguntas.
Curso 13: A aceleração algorítmica
Docente: Giuseppe Cocco
Carga horária: 4h
23/02 (6a feira) e 01/03 (6a feira) - das 11h às 13h
Ementa: A inflexão algorítmica do capitalismo contemporâneo se acelera à medida que novas linhas de conflito abalam a governança neoliberal da globalização. Capitalismo Cognitivo, Inteligência Artificial, Algoritmos de aprendizagem constituem nosso meio ambiente. Metrópoles se transformaram em espaços conectados e de criação de valor dentro da circulação. O capitalismo cognitivo abre-se a uma alternativa cada vez mais radical entre "vetorialismo" e "sociedade Polén".
Curso 14: Filosofia da informação
Docente: Maria Nélida González de Gómez
Carga horária: 4 horas
23/02 (6a feira) e 01/03 (6a feira) - das 14h às 16h
Ementa: Atualização das premissas filosóficas da informação. Abordaremos as atuais tendências ao realismo, nas teses de Luciano Floridi e Maurizio Ferraris, na Europa continental, visando indagar a presença ou não de macro teses semelhantes ou equivalentes, nos estudos latino-americano da Ciência da Informação, iniciando uma indagação sobre efeitos geopolíticos dos regimes de investigação.
Curso 15: Epistemicídio e decolonialidade em Ciência da Informação: epistemologias de África a partir de Bobutaka Bateko, Cimbalanga Mulamba, Hado Zidouemba, Tambwe Kitenge
Docente: Gustavo Saldanha
Carga horária: 4h
23/02 (6a feira) e 01/03 (6a feira) - das 16h às 18h
Ementa: O curso propõe o exercício filosófico da epistemologia histórica anti-epistemicida da decolonialidade a partir das fontes especializadas do conhecimento de África sobre África. O debate deste olhar sobre as escolas econômico-políticas epistemológicas africanas visa levar à reflexão crítica acerca da estrutura epistemológico-epistemicida, a partir do processo colonizador e das práticas de massacre, de saque, de extermínio dos saberes.