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Cientistas pedem inclusão de práticas de Ciência Aberta no Plano Nacional de Pós-Graduação
Um grupo de cientistas brasileiros que defendem a Ciência Aberta, movimento que visa a abertura e transparência de todo o processo científico, desenvolveu uma carta à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) expressando sua preocupação com a ausência de políticas de Ciência Aberta no quadriênio 2024-2028 do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) .
Iniciada por um grupo de cientistas que incentivam as práticas de Ciência Aberta, a carta destaca que a Ciência Aberta é fundamental para um Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) democrático, equitativo, inclusivo, transparente e voltado para as necessidades da população.
De acordo com o texto divulgado, a ausência das dimensões e incentivo às práticas de Ciência Aberta no PNPG 2024-2028 e nos instrumentos de avaliação da pós-graduação para o próximo quadriênio foi a motivação da criação do documento, que será encaminhado para a CAPES após a coleta de assinaturas. Considerando que os instrumentos e mecanismos de avaliação do PNPG 2024-2028 foram abertos para receber sugestões da comunidade científica, a carta representa uma importante oportunidade para fortalecer o movimento de Ciência Aberta no Brasil e incentivar a criação de políticas nacionais voltadas para essas práticas.
A UNESCO, em 2021, publicou um documento recomendando aos países membros a implementação da Ciência Aberta. O governo brasileiro já vem desenvolvendo ações nesse sentido, como o desenvolvimento do 5º Plano de Ação Brasileiro da Parceria para Governo Aberto (OGP), sob coordenação do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). No entanto, a comunidade científica brasileira está preocupada com a falta de menção à Ciência Aberta no PNPG 2024-2028.
A carta sugere algumas medidas para incluir a Ciência Aberta no plano, como a inclusão de indicadores que valorizem as práticas de Ciência Aberta no processo avaliativo; a promoção da Ciência Aberta como estratégia para um ambiente de pesquisa que contemple os distintos processos de produção e compartilhamento do conhecimento; o reconhecimento do acesso à informação científica e tecnológica por meio da Ciência Aberta como um dos desafios a serem superados; e o estabelecimento de normativa para disponibilizar as teses e dissertações em acesso aberto.
O documento segue aberto para assinatura até o dia 25/02/2024. Para ler a carta ou assinar, clique aqui.