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Ibict participa do podcast Ciência Suja e explica pesquisa sobre revistas com indícios de práticas editoriais predatórias
Pesquisadores do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), participaram do podcast Ciência Suja, que traz histórias de fraudes científicas que geraram grandes prejuízos para a sociedade e mostra como a própria ciência resolveu essas situações.
O episódio 7, intitulado “Publicar ou perecer”, é dedicado ao tema das revistas que adotam práticas editoriais predatórias. Existem iniciativas que se valem do Movimento de Acesso Aberto para subverter a lógica da comunicação científica, tendo por interesse precípuo a obtenção de lucros financeiros. Tais ações são executadas por revistas denominadas predatórias, termo que vem sendo cada vez mais estudado e conhecido pelos pesquisadores mundo afora.
Entre periódicos predatórios, fábricas de artigos falsos e dificuldades para pesquisadores com menos recursos publicarem seus achados, como fica a ciência? E qual a solução para isso? Essas perguntas são o ponto de partida do podcast.
Participaram como entrevistados os pesquisadores da Coordenação Geral de Informação Científica e Técnica (CGIC) do Ibict: Bianca Amaro, Denise Andrade, Washington Segundo e Fhillipe Campos. No programa, os pesquisadores abordam o levantamento nacional sobre a atividade de periódicos possivelmente predatórios que está sendo feito pelo Ibict.
“Recebemos com surpresa e felicidade o convite para participar deste episódio. Faz parte da missão institucional do Ibict a criação de infraestruturas necessárias para a integração do conhecimento científico-tecnológico no Brasil. O episódio trouxe uma série de questões relativas à comunicação científica, como o Movimento de Acesso Aberto, as revistas científicas, a pressão por publicar dentre outros. É um reconhecimento, não somente para nós, mas também para o Ibict enquanto órgão nacional de informação em ciência e tecnologia, termos sido convidados para falar desse tema”, afirma Fhillipe Campos, Bibliotecário e pesquisador do Ibict.
A pesquisa do Ibict está realizando um mapeamento de revistas brasileiras que executam práticas editoriais caracterizadas como predatórias pela literatura científica, a partir da perspectiva dos próprios pesquisadores e pesquisadoras. Para o estudo, analisou-se de forma quantitativa os dados obtidos de quase 4800 respostas. Dessas, 66 revistas são brasileiras identificadas em 478 denúncias.
O estudo está em andamento e os resultados preliminares foram publicados em artigo nos Anais do ABEC Meeting 2023.
O Ciência Suja está disponível nas principais plataformas de podcast.
Para escutar o episódio, acesse:https://www.cienciasuja.com.br/