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Ibict participa de encontro da Rede Blockchain Brasil
Na última quinta-feira (22/8), o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) participou do evento Rede Blockchain Brasil: Integridade, Segurança e Inovação de Interesse Público, realizado em Brasília. O encontro foi promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e a Rede Blockchain Brasil (RBB). A RBB foi criada em 2022 para estimular o uso da tecnologia na administração pública, com o objetivo de trazer mais segurança para atos e contratos.
O coordenador-geral de Informação Científica e Técnica do Ibict, Washington Segundo, esteve presente no encontro, que debateu as possibilidades que a tecnologia blockchain pode oferecer para aplicações de interesse público.
Como exemplo, o coordenador-geral cita o desenvolvimento do Projeto CEOIS, que criou uma nova ferramenta de atribuição de Identificadores Persistentes (PIDs) de forma aberta e descentralizada. A ferramenta desenvolvida pelo Ibict combina o identificador Archival Resource Key (ARK) com a tecnologia blockchain. Esta solução foi chamada de decentralized Archival Resource Key (dARK), e possibilitará a atribuição de PIDs por meio de uma rede descentralizada mantida por instituições parceiras.
De acordo com o coordenador-geral, as causas para a baixa adoção de PIDs estão relacionadas aos custos, nem sempre acessíveis para a sua adoção. Por este motivo, o projeto busca a criação de um PID de uso dinâmico, utilizado e mantido de forma descentralizada pela comunidade de usuários e livre de custos, sendo essa uma diferença significativa em relação ao modelo de PIDs atualmente existentes.
“Estamos nos mobilizando para a adesão do Ibict à RBB. Esse movimento poderá ser muito benéfico na manutenção e desenvolvimento da rede dARK, e também no desenvolvimento de outras aplicações do Instituto que utilizem redes blockchain”, avalia Washington Segundo.
O dARK é a primeira implementação de uma tecnologia que pode ser a base para serviços descentralizados e de baixo custo para atribuir/resolver identificadores persistentes no ecossistema de comunicação científica. Trata-se de uma aplicação do ARK baseada em nós de blockchain institucionais; os dados são de propriedade, armazenados e controlados não por uma única organização, mas por todos os participantes de uma rede, como um "bem público".
O identificador persistente dARK foi concebido como um bem público para o ecossistema da Ciência Aberta e que tem sido executado com recursos próprios do Ibict, com apoio da rede LA Referencia, via financiamento internacional da Global Sustainability Coalition for Open Science Services (SCOSS).