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Ibict participa da Campus Party
Durante palestra sobre como as instituições científicas combatem a desinformação na era digital, Tiago Braga, diretor do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) falou sobre o impacto que a desinformação pode causar na sociedade. A apresentação aconteceu no Palco Petrobras na Campus Party, nesta quinta, 28 de março, em Brasília.
O gestor explicou sobre a missão do instituto, “a casa da informação”, ponderando sobre a necessidade de tratar a desinformação com mecanismos institucionais e com a participação da ciência. Ele explicou sobre ações realizadas pelo Ibict como o Canal Ciência, a validação de teses e dissertações no Currículo Lattes e o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, que oferece cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado.
Dentre as iniciativas de combate à desinformação promovidas pela entidade, Braga deu destaque ao projeto relacionado à Defesa dos Direitos Difusos (FDD), que se iniciou neste ano. “Uma das principais linhas de ação é a criação de metodologias para compreender o ecossistema da desinformação”, revela. Isso inclui a coleta e análise de dados e a identificação de padrões que possam ajudar na formulação de estratégias eficazes de combate à desinformação.
Além disso, o projeto visa estabelecer redes de colaboração entre instituições científicas, governamentais e da sociedade civil, promovendo uma abordagem coletiva para lidar com esse problema complexo. A criação de um indexador de metadados permitirá a agregação e o compartilhamento de informações entre diferentes pesquisas e instituições. Essa infraestrutura será regida por critérios de governança rigorosos, garantindo o acesso equitativo e ético aos dados.
Como a sociedade irá se beneficiar?
Ao acompanhar temas discutidos pela sociedade em redes sociais de acesso público, será possível identificar quando uma determinada temática sofre desinformação. A partir desse dado, um gestor será capaz de preparar uma estratégia voltada para a questão. O diretor citou, como exemplo, a possibilidade de se utilizar os resultados do projeto para preparar uma estratégia de reforço da Lei Maria da Penha ou da importância da conscientização sobre os direitos das mulheres.
Além de gestores e legisladores de políticas públicas dos três entes federados, a comunidade científica e jornalistas terão acesso aos relatórios gerados e poderão utilizá-los para a realização de novas coletas, a produção de artigos, a publicação de livros, e no caso da imprensa, gerar notícias ou criar uma percepção mais ampla sobre determinado fato.
Foto por Carol Dutra.