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Pesquisadores do PPGCI IBICT-UFRJ lançam livros no ENANCIB 2023
Na noite do dia 10 de novembro, no auditório da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Schneider apresentou sua obra "A era da desinformação: pós-verdade, fake news e outras armadilhas" e Viola, "A Voz e a Vez das Mulheres: Informação, Política e Direitos.
O livro de Carla Viola apresenta teorias feministas e as diversas implicações da sociedade patriarcal na vida das mulheres, abordando temas essenciais como educação, casamento, maternidade e trabalho. Evidencia levantamento sobre a presença e a atuação das mulheres na Câmara dos Deputados. A partir da Ciência da Informação (CI) e dos conceitos ética em informação, transparência e accountability, é demonstrado o quanto o campo tem, ao mesmo tempo, a contribuir e a ganhar com o desenvolvimento de estudos com foco em informação e gênero. Além disso, o trabalho mergulha em temas centrais da CI: a indexação e a recuperação da informação, ao analisar e questionar falhas e dificuldades para a realização de pesquisas no portal da Câmara dos Deputados; e identifica os assuntos e temas predominantes em 621 proposições em tramitação na 55ª Legislatura com os parâmetros de busca contendo o termo indexador “mulher”; fazendo uso da ferramenta VOSviewer nos resultados.
Já o livro de Marco Schneider levanta uma série de questões relacionadas a fenômenos como desinformação, fake news e pós-verdade no contexto atual da sociedade da informação Segundo o autor, o livro busca “entender melhor o mundo para transformá-lo e tornar melhor a vida”. O resto, diz Marco, são detalhes. Porém, “o diabo, pai da mentira, mora nos detalhes. Pois a tarefa essencial de “desmistificar os mistificadores” não se realizará “desmascarando suas mentiras, provando que ganham com isso e demonstrando que seus argumentos são piores que os de quem os critica”: isso seria apostar naquilo que certa vez Vladimir Safatle chamou de “iluminismo ingênuo”. Mas os elementos que o livro fornece nos permitem perceber que o buraco é mesmo muito mais embaixo, e que isso, em vez de desanimar, deve nos levar a pensar formas de “enfrentar a má fé e o autoengano” e de “inventar novos usos do big data, comprometidos com o bem comum”.