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Saiba como foi a participação do Ibict no 8º Congresso Brasileiro sobre Gestão do Ciclo de Vida – GCV
Foto: Leonardo Wen
Entre os dias 28 e 30 de novembro aconteceu a oitava edição do Congresso Brasileiro sobre Gestão do Ciclo de Vida – GCV, promovido pela Associação Brasileira de Ciclo de Vida (ABCV), com apoio do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e do Grupo EngS - Engenharia da Sustentabilidade, realização e organização do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da Escola Politécnica da USP – EPUSP e da Universidade Federal do ABC (UFABC).
Para Thiago Rodrigues, pesquisador em informação para sustentabilidade do Laboratório de Informação para Sustentabilidade do Ibict (LIS) e secretário executivo desta edição do evento, foi uma oportunidade para atualizar a comunidade ACV brasileira sobre o status do Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida - SICV Brasil. “Desde a última edição presencial do GCV, tivemos avanços significativos no SICV Brasil e hoje contamos com 218 inventários do ciclo de vida de produtos brasileiros. Esses avanços são frutos de parcerias com outras instituições governamentais, além da indústria e da academia”.
No dia 28, foram realizados cinco minicursos: Introdução à ACV (ABCV Associação Brasileira de Ciclo de Vida), Introdução ao Sistema de Informação do Desempenho Ambiental da Construção (SIDAC - Escola Politécnica da USP), AICV ambiental e social (RAICV Brasil), Introdução ao SIMAPRO (ACV Brasil) e Declarações Ambientais de Produto (Fundação Vanzolini | Certificação). Dia 29 foi a abertura oficial do congresso, com duas palestras magnas dedicadas a discutir a sustentabilidade absoluta, efeito rebote (DTU - Technical University of Denmark) e declarações ambientais no futuro próximo (EPD System International Latin America).
Ainda no dia 29 aconteceu a primeira plenária, moderada pelo IPT. De acordo com Thiago Rodrigues, foram palestras sobre CCD Circula, economia circular na indústria (Gerdau) e o papel do governo (Ibict) como agente de promoção da gestão da informação para sustentabilidade, com a participação da coordenadora-geral do Ibict, Cecilia Leite. No dia 30, foi a vez da plenária dedicada às bases de dados de ACV. “Além da apresentação sobre o SICV Brasil, tivemos outras sobre as bases de dados do Peru (Red Peruana Ciclo de Vida y Ecología Industrial PELCAN ), do Equador (Red Ecuatoriana de Ciclo de Vida y Economía Circular ) e da base internacional ecoinvent”.
A segunda plenária, conduzida pela Rede ACV | Rede Empresarial Brasileira de Avaliação de Ciclo de Vida reuniu representantes da academia (UniSantos - Universidade Católica de Santos) e da indústria (ArcelorMittal Brasil, Braskem, Petrobras, Indorama Ventures: Integrated Oxides & Derivatives), que discutiram sobre mudanças climáticas, ACV e profissionais "acevistas". A última plenária foi coordenada pela RAICV e trouxe discussões metodológicas e científicas sobre impactos ambientais causados pela emissão de materiais particulados, ACV Social e as fases opcionais da AICV (ponderação, agrupamento e normalização).
O pesquisador contou que, além das plenárias, houve ainda 12 sessões orais paralelas com apresentação de algumas dezenas de trabalhos sobre os mais variados temas como energia, agroindústria, políticas públicas, construção civil, AICV, inventário do ciclo de vida, ecoeficiência e custeio do ciclo de vida. “O Ibict viabilizou a plenária de Banco de Dados no GCV 2023 e possibilitou a participação de Beatriz Rivela Carballal da Rede Equatoriana de Ciclo de Vida e Economia Circular e de Ian Vásquez Rowe da Rede Peruana de Ciclo de Vida e Ecologia Industrial. Além deles, ainda houve a participação da Daniela Baumann representando a ecoinvent”.
Segundo Thiago Rodrigues, o encontro com representantes de outras bases de dados nacionais de ACV (Peru e Equador) permitiu conhecer experiências e desafios. “A perspectiva de uma base de dados privada como a ecoinvent também trouxe novas percepções sobre modelos de negócio mais sustentáveis, que de fato forneçam inventários e mais informações sobre os perfis ambientais de produtos nacionais. Seguiremos em cooperação para fomentar o uso da ACV e dos ICVs na América Latina”.