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Novos serviços do Ibict são lançados no WiDAT
Organizado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), a 6ª edição do Workshop de Informação, Dados e Tecnologia reuniu as comunidades acadêmicas que trabalham com dados no Brasil, por meio da oferta de um espaço de discussão e interação entre profissionais da indústria, acadêmicos e pesquisadores das áreas de Ciência da Informação, Ciência da Computação, Engenharias e áreas afins.
Durante os dias de evento, o Ibict realizou o lançamento de novos serviços e produtos desenvolvidos pelos instituto, inovações voltadas a pesquisadores de qualquer área de conhecimento. “O Ibict tem a missão de desenvolver recursos e a infraestrutura informacional do País em ciência e tecnologia”, diz Tiago Braga, diretor do Ibict.
Confira os serviços lançados pelo Ibict.
LABMULTI- Laboratório Multiusuário de Informação
O LABMULTI - Laboratório Multiusuário de Informação, projeto do Ibict em parceria com a Finep, vai disponibilizar uma infraestrutura física computacional e equipamentos para o desenvolvimento de projetos e pesquisas.
“Vamos construir um laboratório com servidores de alta capacidade para que pesquisadores realizem suas pesquisas dentro desse ambiente. A princípio serão cinco nós de hiperconvergência e vamos disponibilizar todas as bases de dados abertas do Ibict, além de outras bases nacionais e internacionais”, explica Henrique Denes, coordenador do LABMULTI.
Os ambientes para desenvolver a pesquisa podem ser solicitados pelos interessados, que vão poder utilizar os recursos do laboratório e os resultados das pesquisas poderão fazer parte de um acervo de dados abertos.
O projeto também conta com uma sala de digitalização onde vai ser adquirido um scanner robô de alta performance, que poderá digitalizar livros e outros materiais encadernados. “A gente quer fortalecer esse espaço com recursos que a gente possa digitalizar materiais que estão em formatos diversos e extrair dados que possam ajudar na contextualização e na análise desses dados. É uma forma de preservar a informação e gerar outros insumos para ajudar na contextualização dos dados coletados e de outras bases, com técnicas como inteligência artificial, por exemplo”, detalha Tainá Batista de Assis, pesquisadora do Ibict.
PGD-BR
Outro novo serviço do Ibict lançado no evento foi o PGD-BR. A ferramenta foi desenvolvida pelo Ibict em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Unicamp e Unesp.
O Plano de Gestão de Dados (PGD) é um documento formal no qual são descritas as estratégias da gestão de dados que são exigidos por diversos financiadores de pesquisa para avaliação após a concessão do financiamento de um projeto. OS PGDs contribuem para a preservação dos dados e legitimam todo o ecossistema da pesquisa científica. Os fluxos e registros gerados para descrição dos dados e aspectos de guarda e memória implícitos no próprio documento, servem ainda de fonte de estudos para comunidades científicas.
O PGD-BR é um aplicativo on-line gratuito e de código aberto que ajuda os pesquisadores a criarem planos de gestão de dados. A ferramenta fornece um assistente de preenchimento para criar um PGD que atenda aos requisitos de agências de fomento. Ele também tem links diretos para sites das agências de fomento, textos de ajuda para responder a perguntas e recursos de melhores práticas de gestão de dados científicos.
“A ferramenta PGD-BR é um marco. Com ela, o pesquisador pode colocar todas as informações de sua pesquisa num formulário específico baseado nos princípios FAIR”, avalia Alexandre Oliveira, coordenador de Governança em Tecnologia para Informação e Comunicação (COTIC) do Ibict. Segundo Oliveira, após estudos, o Ibict adotou uma ferramenta desenvolvida pela California Digital Library, traduzida, adaptada e customizada pelo Ibict para o cenário brasileiro.
Rede Moara
O Ibict, em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), criou um projeto chamado Rede Moara, que desenvolve uma infraestrutura para o compartilhamento de códigos-fonte na internet.
A Rede Moara é uma plataforma que reúne desenvolvedores de software livre, add-ons e interfaces de programação de aplicativos (API) relacionados à Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).
“Muitas pesquisas financiadas de forma pública possuem desenvolvimento de software, código ou plugin, mas não existe um lugar centralizado no Brasil e mantido por uma instituição governamental confiável no qual ele possa compartilhar essa informação de acesso aberto”, diz Milton Shintaku, coordenador de Tecnologias para Informação (Cotec) do Ibict.
A Rede Moara reúne repositório de software, biblioteca digital, fórum, wiki e ambiente virtual de aprendizagem. Segundo o coordenador, a Rede Moara tem como público-alvo desenvolvedores e pessoas ligadas à TI de universidades e instituições de inovação, ensino e pesquisa que necessitam de um local para depositar o resultado de pesquisas e inovações desenvolvidas no âmbito de projetos e que possam ser compartilhadas.