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Ibict promove live sobre Ciência Aberta
O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) promoveu uma live sobre a “Transparência em Ciência: novos mecanismos de avaliação para o avanço da Ciência Aberta”, com a participação de especialistas da área. O evento foi transmitido ao vivo pelo canal do Ibict no YouTube. O tema discutido compõe um dos compromissos do Quinto Plano de Ação Nacional em Governo Aberto, na parceria para Governo Aberto (OGP – Open Government Partnership), sob a coordenação do Ibict.
Durante a abertura do encontro, a coordenadora do Programa Brasileiro de Ciência Aberta do Ibict e coordenadora-Geral de Pesquisa e Manutenção de Produtos Consolidados, Bianca Amaro, agradeceu a participação na live de todos os parceiros envolvidos com a agenda de trabalho que discute novos mecanismos de avaliação para o avanço da ciência aberta.
“Consideramos muito importante a participação dos envolvidos, nesta live, para entender sobre o trabalho que vem sendo realizado pelo ibict e pelas outras instituições do País, sobre as práticas da ciência aberta aqui no Brasil”, frisou.
Bianca Amaro disse que o compromisso para a implantação de diretrizes e métricas de avaliação que impulsionam as práticas da ciência aberta foi proposto tendo em vista o que o mundo anda discutindo. Ela explicou que, as práticas de ciência aberta foram concebidas, incialmente, pelos países do norte do planeta, ou seja, pelos países desenvolvidos. Portanto, essas práticas são uma extensão de todo o movimento que teve início com o movimento de acesso à informação.
Segundo a coordenadora do Programa Ciência Aberta do Ibict, para dar um passo a mais, concebeu-se que seria interessante a abertura de todo o processo científico, pois todos os países só têm a ganhar em relação a isso. “Todos os países viram que um dos principais fatores que impede a evolução mais rápida e maior da ciência aberta no mundo é o mecanismo de avaliação que é utilizado hoje com os pesquisadores e com as instituições”, ressaltou Bianca, acrescentando que esses fatores são baseados em estruturas muito tradicionais e comerciais.
De acordo com Bianca Amaro, a ideia da ciência aberta é expandir e não utilizar essa questão comercial como uma barreira para o desenvolvimento científico. “O Ibict vem trabalhando com a questão relacionada à ciência aberta e do acesso aberto há muito tempo, sendo muito importante promover a discussão de novos mecanismos de avaliação para o avanço da ciência aberta”, esclareceu Bianca Amaro, acrescentado que o compromisso de todos os envolvidos é construir uma proposta de modelo de avaliação que fomente a ciência aberta.
Marcos de Trabalho
A Coordenadora do Programa Ciência Aberta do Ibict explicou que o compromisso de trabalho foi divido em (onze) marcos de trabalho. No compromisso, são abordados os entraves para a implantação de diretrizes e métricas de avaliação que impulsionam as práticas da ciência aberta, com o objetivo de construir uma proposta de modelo de avaliação que a fomente, como alternativa aos modelos aplicados no Brasil, tendo como referência experiências internacionais acerca do tema adaptados ao contexto brasileiro.
No último encontro, foi discutido o quinto marco de ação, compromisso derivado do quarto plano de ação, que discutiu a questão da gestão dos dados abertos de pesquisa. “Esse compromisso do quarto plano foi capitaneado pela Embrapa e muito bem sucedido. É uma abertura de portas para que as nossas instituições relacionadas com a pesquisa científica brasileira entrassem em comunicação”, disse Bianca Amaro.
De acordo com o cronograma de trabalho, quem encabeça esse quinto marco é a Fiocruz, com a participação do Ibict. A ideia desse marco é a preposição de indicadores para a ciência cidadã, já que, segundo Bianca Amaro, hoje muito se fala nacional e internacionalmente da necessidade de trabalhar as questões relacionadas com a ciência cidadã. “Mas, para que a ciência possa ser utilizada como uma via, para a avaliação dos pesquisadores e das instituições, é importante que nós criemos indicadores do trabalho utilizado dentro da ciência, dentro deste guarda-chuva de ciência cidadã”, comentou.
Instituições Envolvidas
Atualmente participam do compromisso para a Ciência Aberta as seguintes instituições: o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), coordenador do compromisso como um todo; O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI); a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); a Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC); o Scientific Eletronic Library Online (SciElo); a Academia Brasileira de Ciência (ABC); o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP); a Universidade Federal de Alagoas (UFAL); a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (FOPROP).