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Luana Sales fala sobre os Princípios FAIR durante entrevista para o Ibictcast, o podcast do Ibict
A pesquisadora do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e coordenadora do GO FAIR Brasil, Luana Sales, fala sobre os princípios FAIR, em entrevista ao Ibictcast, o podcast do Ibict. Os princípios FAIR, segundo ela, são um conjunto de princípios, que quando aplicados à gestão de dados melhoram a qualidade dos dados, tornando-os encontráveis, acessíveis, interoperáveis e reusáveis.
De acordo com Luana Salles, no total, são quinze os princípios FAIR distribuídos em quatro categorias:
Na categoria F – Findable temos: F1. Os (meta) dados devem ter identificadores globais, persistentes e identificáveis; F2. Os dados devem ser descritos com (Meta) dados ricos; F3. Os (meta) dados devem ser registrados ou indexados em recursos que ofereçam capacidades de busca; F4. Metadados devem especificar o identificador dos dados.
Na categoria A – Accessible temos: A1. (Meta) dados devem ser recuperáveis pelos seus identificadores usando protocolo de comunicação padronizado; A1.1 O protocolo deve ser aberto, gratuito e universalmente implementável; A1.2 O protocolo deve permitir procedimentos de autenticação e autorização, quando necessário; A2. (Meta) dados devem ser acessíveis, mesmo quando os dados não estão mais disponíveis.
Na categoria I – Interoperable temos: I1. (Meta) dados devem usar uma linguagem formal, acessível, compartilhada e amplamente aplicável para a representação do conhecimento; I2. (Meta) dados devem usar vocabulários que seguem os princípios FAIR; I3. (Meta) dados devem incluir referências qualificadas para outros (Meta) dados;
E por fim na categoria R – Reusable, temos R1. (Meta) dados devem ter atributos com pluralidade de precisão e serem relevantes, R1.1. (Meta) dados devem ser liberados com licenças de uso de dados claras e acessíveis, R1.2. (Meta) dados devem estar associados à sua proveniência e R1.3. (Meta) dados devem estar alinhados com padrões relevantes ao seu domínio.
Luana Sales lembra que, no mundo atual, os dados são “a nossa maior riqueza, pois em todo o tempo as pessoas geram uma quantidade expressiva de dados”. Segundo ela, a ciência sempre se valeu de dados para o desenvolvimento das pesquisas. No entanto, a ciência em diversas ocasiões se encontrava diante de um desafio que era a escassez de dados.
“Hoje, essa situação não existe mais, pois são milhões de dados sendo gerados por grandes projetos e grandes instrumentos na big Science e mais outros milhões de dados sendo gerados dentro dos pequenos laboratórios das universidades e instituições de pesquisa”, frisou Luana, acrescentando que atualmente o que causa problemas é o excesso de dados e, nesse caso, o desafio é como encontrar os dados necessários para o desenvolvimento das pesquisas e comprovação de novas hipóteses em meio a uma “avalanche” de dados.
A coordenadora esclarece que esse é um problema semelhante ao que a ciência da informação enfrentava em “meio a explosão informacional” e um “eterno” problema da quantidade versus qualidade na tentativa de resolver o problema. “No meio científico a aplicação dos Princípios FAIR à gestão de dados de pesquisa vem se colocando como uma possível solução para que os dados existentes possam ser encontrados e acessados, interoperados e reusados por homens e por máquinas”, ressaltou.
Para ouvir toda a entrevista, basta acessar os endereços:
https://open.spotify.com/episode/5s704T76voxCzmeMbshTA3?si=e574960c522f4eba&nd=1