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PPGCI IBICT/UFRJ
Pesquisadora do Ibict vai participar do XVI Congresso da ALAIC na Argentina
O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) estará presente no XVI Congresso da Associação Latino-Americana de Investigadores em Comunicação (ALAIC), que acontece entre os dias 26 a 30 de setembro, em Buenos Aires, Argentina.
Com uma ampla programação, o congresso tem como objetivo o desenvolvimento de linhas de reflexão e pesquisa crítica sobre uma variedade de questões atuais, atravessadas por diferentes processos comunicacionais. Este ano, o tema do Congresso é “A comunicação com um bem público global: novas linguagens críticas e debates para o porvir”.
No dia 27/09, Liz-Rejane Issberner, pesquisadora titular do Ibict e professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação IBICT/UFRJ participa como convidada da mesa “Comunicação e tecnopolítica no antropoceno”. A mesa se constitui em um espaço de reflexão interdisciplinar que conta com pesquisadores de ciências sociais da Argentina, Brasil, Finlândia e Reino Unido.
A professora Liz abordará em sua apresentação as dinâmicas informacionais que nos aprisionam no Antropoceno e dissecará a questão "Quem vai liderar a batalha contra o Antropoceno?" Serão os governos? A ciência? O mercado? Ou a sociedade?”.
“Um dos desafios colocados pelo Antropoceno é o de decifrar as táticas de desinformação adotadas pelas instituições comprometidas com o paradigma da indústria fóssil e do produtivismo/consumismo ilimitado, que estão na raiz do Antropoceno”, afirma Liz.
Segundo a professora, o conceito de Antropoceno (Antropos = homem e ceno = época) deixou o campo acadêmico e está hoje nas agendas internacionais, tornando-se um tema incontornável nos debates sobre o impacto das atividades humanas no planeta. A ação humana no decorrer da história atingiu uma magnitude tal que se tornou capaz de desestabilizar o planeta Terra, com a crescente taxa de emissão de gases de efeito estufa, de acidificação da água dos oceanos, da perda da biodiversidade, entre outros fenômenos.
“Reconhecendo que as sociedades humanas possuem essa capacidade, o conceito do Antropoceno convida outras ciências a entrar no reino das ciências naturais e compartilhar a responsabilidade social de estudar e explicar tanto o papel das sociedades humanas como motores da destruição ambiental, quanto os impactos éticos, culturais, econômicos e políticos dessas mudanças em múltiplas sociedades”, explica a pesquisadora.
Liz-Rejane Issberner é líder do Grupo de Pesquisa EcoInfo - informação, conhecimento, inovação e sustentabilidade ambiental, que se organiza em torno do tema da inovação e sustentabilidade ambiental e seus atravessamentos com as dinâmicas da informação, conhecimento e aprendizado.
Para mais informações, acesse o site https://www.alaic.org/