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Paulo Alvim, antigo vice-diretor do Ibict, é nomeado ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações
Paulo Alvim, que exerceu o cargo de vice-diretor do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), entre 1996 e 1997, foi nomeado ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações na última quinta-feira (31). O ex-ministro, astronauta Marcos Pontes, transmitiu o cargo depois de participar da cerimônia de despedida de ministros no Palácio do Planalto.
Desde 2019, Alvim exerce o cargo de secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, responsável pelas políticas que ajudam a tirar ideias do papel e fomentam a inovação no País. Em discurso, Paulo Alvim destacou que o investimento em ciência e tecnologia e educação é estratégico para o Brasil e que o MCTI avançou na área graças à convergência de objetivos do governo federal.
“Nós só vamos transformar este país se a gente avançar de forma coesa, integrada e convergente em ciência, tecnologia e educação. Não existe outro caminho. Este país precisa dar um salto por meio de um processo com cooperação, convergência e fortalecimento da ciência, tecnologia e inovação. Esse é um dos maiores legados desta gestão: foco e compromisso com resultados”, afirmou.
Alvim apontou também o diálogo do ministério com o setor empresarial e acadêmico na superação dos desafios dos últimos anos, assim como a maior integração da pasta com as instituições vinculadas, como CNPq, EMBRAPII e FINEP. “Nós precisamos trabalhar cada vez mais juntos. Ainda vamos transformar muita coisa em nosso ciclo”.
O evento de transmissão de cargo contou com a participação de embaixadores, parlamentares, representantes de ministérios, dirigentes de entidades vinculadas do ministério, assim como do setor empresarial e comunidade acadêmica.
O ex-ministro astronauta Marcos Pontes lembrou a trajetória à frente do MCTI desde a transição de governo em 2018 incluindo o período em que a pasta abrigou as políticas de comunicações. Ele listou os desafios dos últimos anos, como o orçamento e a pandemia, e destacou as entregas que há décadas estavam sem resolução.
“Foram 20 anos o país esperando o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas com os Estados Unidos para permitir fazer os lançamentos em Alcântara, em 6 meses a gente conseguiu aprovar no Congresso Nacional; foram 34 anos esperando para ter a separação da fiscalização da execução no programa nuclear, nós criamos a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear; outros 15 anos de espera por uma instituição para cuidar dos nossos oceanos, hoje temos o Instituto Nacional do Mar; mais 13 anos a comunidade científica aguardando a participação do Brasil no CERN, em Genebra. Essa é uma gestão que resolve problemas de décadas”, detalhou.
Pontes também listou os avanços da gestão no Congresso, como o PLC 79, antes da recriação do Ministério das Comunicações; a mudança na Lei de Informática; o Marco Legal das Startups e a liberação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o FNDCT. O ex-ministro também deu destaque à independência do país na produção de imunizantes.
“Hoje eu tenho um orgulho muito grande de falar que o Brasil tem, a partir deste ano, independência na produção de vacinas, no ano do Bicentenário da Independência, o que foi feito graças aos nossos cientistas no Brasil. Um feito histórico. Nunca o Brasil teve uma vacina desde o início feita por cientistas nacionais”, disse.
Currículo
Paulo César Rezende de Carvalho Alvim é engenheiro civil formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestre em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília (UnB). Atuou também na Secretaria de Ciência e Tecnologia da Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio; Governo do Distrito Federal; FINEP/MCTI e SEBRAE Nacional.
Com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI)
Foto: Neila Rocha - ASCOM/MCTI