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Ibict e BDB debatem “Hibridização cultural: a biblioteca enquanto polo de convergência cultural"
A BDB Cultural realizou na última quinta-feira (28/1) uma mesa-redonda sobre modelos de hibridização cultural para discutir como as bibliotecas podem servir como polo de convergência cultural, a partir das experiências com a Biblioteca Demonstrativa de Brasília (BDB).
Com o tema “Hibridização cultural: a biblioteca enquanto polo de convergência cultural", o evento teve a participação da diretora do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) Cecília Leite; do consultor do Ibict, Ricardo Rodrigues; e do diretor do Departamento de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas da Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, Emir Suaiden.
De acordo com o professor Emir, o processo de hibridização da BDB começou com sua diretora Maria da Conceição Moreira Salles na década de 1970. “Existia no Brasil e na América Latina um fenômeno curioso que era a escolarização das bibliotecas públicas pela falta destes espaços nas escolas e isso gerava alguns prejuízos uma vez que livros didáticos não formam leitores”.
Pioneira, Maria da Conceição criou - dentro da biblioteca - um grupo de mulheres para debaterem seus problemas, incluiu um profissional para tirar dúvidas e ampliou o acesso da comunidade em geral a espaços que antes eram restritos a estudantes.
Cecília Leite destacou que as bibliotecas eram vistas, nos séculos passados, como templos sagrados, espaços fechados e de silêncio onde o conhecimento era guardado. “A BDB já nasce diferente por conta da direção, que estava à frente do seu tempo e conseguiu imprimir outra mentalidade à biblioteca”.
Segundo a diretora, as bibliotecas devem manter a possiblidade de oferecer conhecimento armazenado, mas, acima de tudo, elas precisam de novas ferramentas para que o acesso à informação seja feito em grande escala como a internet nos permite.
Para Ricardo Rodrigues, as bibliotecas necessitam de um espaço híbrido que garanta seu funcionamento como um todo. “É preciso um espaço que permita que todos os tipos de usuários possam usufruir de maneira equitativa dos serviços da biblioteca, sejam eles digitais ou analógicos.
O hibridismo espacial, de acordo com Ricardo, muda a imagem das bibliotecas “sisudas, fechadas e empoeiradas para um ambiente moderno onde há um hibridismo não apenas do equipamento, mas mental e intelectual, que transforma a biblioteca e seu usuário em agentes felizes e que podem valorizar a sociedade”.
A BDB Cultural é uma iniciativa do Governo Federal, do Ministério do Turismo, por intermédio da Secretaria Especial de Cultura, em parceria com a Biblioteca Demonstrativa do Brasil Maria Conceição Moreira Salles, por meio de um termo de colaboração com a organização social “Voar Arte para Infância e Juventude”.
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