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Médicos discutem o desenvolvimento de vacinas para COVID-19 em live promovida pelo Ibict
Para discutir a evolução no processo de criação de vacinas para a COVID-19, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) realizou, no último dia 14 de outubro, a live QuartaàsQuatro, com a participação dos médicos e pesquisadores Jorge Biolchini, Eduardo Eugenio Bittencourt de Gomensoro e Bruno Correia Scarpellini.
De acordo com Jorge Biolchini, pesquisador e professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação do convênio Ibict-UFRJ, vacinas são um tipo de ferramenta científica e tecnológica que têm garantido a proteção de diversos problemas de saúde, muitos deles fatais ou incapacitantes.
O médico fez um panorama inicial sobre a história da vacina, que surgiu no século XVIII, depois que o médico inglês Edward Jenner utilizou a invenção para prevenir a contaminação por varíola, primeira doença infecciosa que foi erradicada por meio da vacinação.
Em seguida, o infectologista Bruno Scarpellini apresentou um importante artigo publicado em maio deste ano no New England Journal of Medicine , que mostra os processos de desenvolvimento da vacina para a COVID-19 e apontou as diferenças entre o paradigma tradicional e pandêmico na elaboração da ferramenta.
No paradigma tradicional, segundo o médico, a velocidade é lenta (5 a 10 anos) e o processo é realizado de forma sequencial, começando pela seleção do material e com os estudos pré-clínicos. A partir disso, caso seja tomada a decisão de prosseguir, a vacina passar por várias fases até que se comprove sua eficácia.
Já em relação à vacina em tempos de pandemia, o desenvolvimento pode ser feito em menos tempo (12 a 18 meses) e de forma sobreposta (sem necessariamente seguir a mesma lógica tradicional). Por outro lado, o custo pode ser mais elevado.
Eduardo de Gomensoro, gerente médico de vacinas da GlaxoSmithKline, apresentou o status atual na produção das vacinas para a COVID-19 no mundo, as principais pesquisas, os desafios da imunização coletiva e falou da importância da informação e da tecnologia nestes processos.
O médico citou vários exemplos ilustrativos e chamou atenção para a questão da comunicação em ciência e saúde e alertou para o fato de que, enquanto não há vacina, a sociedade precisa se informar o máximo possível e sempre a partir de fontes confiáveis. É preciso ainda se atentar às orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), usar máscaras de proteção, dobrar os cuidados com higiene e evitar aglomerações.
Confira o vídeo completo da live abaixo: