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Elementos chave para a construção de observatórios de CT&I: conheça a pesquisa de Diego José Macêdo
Bo-Christer Björk propõe que a ciência deve melhorar a vida das pessoas. E essa é uma das linhas de pensamento que Diego José Macêdo, tecnologista do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), adota em sua dissertação de mestrado “Elementos chave para a construção de observatórios de CT&I: conceitos, serviços, indicadores e fontes de informação”.
Para Diego, que é também bacharel em Sistemas de Informação e especialista em Engenharia de Software pela Universidade Católica de Brasília (UCB), a dinâmica entre Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) é cada vez mais importante e complexa, tendo impacto direto no bem-estar social.
Em seu trabalho de mestrado, defendido em setembro deste ano na Universidade de Brasília (UnB), o autor busca mostrar os elementos estruturais dos observatórios digitais em CT&I, considerando conceito, serviços, indicadores e fontes de informação utilizados, visando propor elementos relevantes para esse tipo de ambiente informacional.
“Os estudos realizados sobre o fluxo informacional e a estruturação de observatórios, ajudam a compreender as dinâmicas e os processos envolvidos, abrindo possibilidades para as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC's) que antes não eram imaginadas”, diz o pesquisador.
Ao falar da relação de trabalho no Ibict com sua pesquisa, ele acrescenta: “Ao considerar que os observatórios transcendem do meio físico para o digital, com agregação de novos recursos, percebemos que esses ambientes são propícios para observação de fenômenos e elementos que podem ser usados nas tomadas de decisão. Ou seja, a pesquisa contribui diretamente nas ações desenvolvidas pelo Ibict, que é constantemente demandado para propor metodologias para sistematização de processos, captura de dados e análise de informações junto com os seus parceiros”.
Diego explica que o termo 'observatório' vem gradualmente obtendo destaque na literatura científica à medida que se torna mais comum encontrar referência ao título em alguma publicação. “Contudo, ainda existe instabilidade nos conceitos e definições do que se entende por observatório, assim sobre como quais seriam os seus objetivos e suas funções na atualidade”.
No entanto, o pesquisador afirma que, a partir de uma série de conceitos apresentados no decorrer da pesquisa, “um dos entendimentos sobre a finalidade do observatório, considerando suas características e as possibilidades que o uso da tecnologia impacta no cotidiano das pessoas e organizações, é pensá-lo como um Sistema de Informação (SI)”.
A aplicação de um SI para apoiar na Gestão da Informação (GI) favorece o funcionamento dos observatórios, pois, como explica Diego, “todo o processo se aproveita dos fluxos informacionais facilitados pelos sistemas, principalmente os sistemas especializados para suporte à decisão”.
Em relação ao futuro, Diego aponta que os resultados da dissertação evidenciaram algumas lacunas que dão oportunidades para continuidade da pesquisa, algo que é bem instigante e dinâmico no campo da Ciência da Informação. “Pretendo fazer o doutorado, pois é uma oportunidade para aprofundar essas questões que foram evidenciados na pesquisa de mestrado”.
A pesquisa completa, orientada por João de Melo Maricato e coorientada por Milton Shintaku, coordenador da área de Tecnologias para Informação do Ibict (COTEC), pode ser acessada neste link .