Notícias
Mapa de bibliotecas de Ciência e Tecnologia é apresentado na Reunião Técnica do CICIB
Ricardo Rodrigues, consultor do IBICT, relatou as atividades em desenvolvimento. Este mês, o Comitê inicia estudos sobre os países que falam a língua portuguesa. O objetivo é levantar dados para incluir o português como idioma oficial da Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA), a principal entidade voltada para profissionais de informação e documentação no mundo. O Comitê também pretende realizar estudos técnicos para propor políticas públicas no Brasil. “Não existe hoje um programa nacional para bibliotecas”, explica Rodrigues.
Na ocasião, foi divulgado o estudo Cartografia das bibliotecas de Ciência e Tecnologia, realizado por Lillian Alvares, pesquisadora do IBICT e professora de Ciência da Informação na Universidade de Brasília (UNB). A pesquisa é inédita e busca mapear as bibliotecas de ciência e tecnologia no Brasil a partir da coleta de informações sobre estados e municípios do país.
Ao todo, foram mapeadas mais de duas mil bibliotecas de ciência e tecnologia no Brasil. O resultado surpreendeu a pesquisadora. “A gente já conhecia algumas bibliotecas de universidades e de alguns institutos de pesquisa. Mas existe um número maior do que o imaginado”, diz Lillian.
Outro ponto que chamou a atenção da pesquisadora é o impacto que as bibliotecas podem representar nos pequenos municípios. “Posso dizer que a infraestrutura de ciência e tecnologia do Brasil é estendida em todo o território brasileiro por meio das bibliotecas. Por exemplo, quando você mora numa cidade onde existe apenas uma biblioteca universitária, ela também se torna a biblioteca pública, a escolar, a parlamentar. Porque ela vai atender a outras necessidades da cidade”.
O Mapa das Bibliotecas Brasileiras em C&T
Os dados da pesquisa serão inseridos no Mapa das Bibliotecas Brasileiras em C&T, uma plataforma de dados que será lançada em breve. O sistema utiliza a tecnologia do Visão, software aberto criado pelo IBICT para permitir a visualização e análise de informações baseadas em localização geográfica.
A plataforma também busca aprimorar o planejamento e o monitoramento de ações, tornando mais efetivas as tomadas de decisões de políticas territoriais. “Uma cartografia é uma construção social permanente. Ela ajuda a representar aquela realidade, mas acima de tudo, ajuda a construir essa realidade. Porque a partir de um diagnóstico eu posso pensar em políticas públicas”, explica Lillian.
Para Bianca Amaro, coordenadora geral de Pesquisa e Manutenção de Produtos Consolidados do IBICT, a cartografia das bibliotecas abre novos caminhos para o CICIB. “A pesquisa é o ponto de partida para o comitê levantar outras informações, por exemplo, mapear outras tipologias de bibliotecas. Vamos mostrar que somos um país que tem informação organizada e podemos completar esse mapa com novas possibilidades”.
Carolina Cunha
Núcleo de Comunicação Social do IBICT