Ministério da Educação Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão Esplanada dos Ministérios, Bloco L, 2º andar, sala 200 CEP 70047-900 Brasília -- DF Fones: (61) 2022-9017 (61) 2022-9217 E-mail: ~,secadi@mec.gov.br~,
Ficha técnica
Secretário de Educação Continuada, Alfabetização,
Diversidade e Inclusão: Júlio César Meireles
de Freitas
Diretora de Políticas de
Educação Especial: Patrícia Neves Raposo
Elaboração: Fernanda Christina dos Santos e Regina Fátima
Caldeira de Oliveira
Colaboração: Patrícia Neves Raposo, Alceu Kuhn, Aristides
Antonio dos Santos, Claudia Maria Monteiro Sant'Anna,
Edison Ribeiro Lemos, Edmundo Ribeiro do Nascimento Junior,
Jonir Bechara Cerqueira, Lêda Lúcia Spelta, Lusia Maria de
Almeida, Marcelo Lofi, Maria da Gloria de Souza Almeida,
Maria Dinalva Tavares Carneiro, Maria do Socorro Belarmino
de Souza, Maria Gloria Batista da
7. Capa :::::::::::::::::: 41
7.1 Abas/orelhas e
quarta capa :::::::::::: 41
8. Códigos, estatutos
e leis ::::::::::::::::::: 43
9. Descrições :::::::::::: 44
9.1 Descrição de capas 52
10. Desenhos ::::::::::::: 54
11. Diagramação de provas
e exercícios ::::::::::::: 59
11.1 Questões de provas 59
11.2 Exercícios ::::::: 62
12. Ficha catalográfica :: 66
13. Ficha técnica :::::::: 69
14. Finalizadores de
capítulos :::::::::::::::: 70
15. Folha de rosto ::::::: 71
16. Glossário :::::::::::: 76
17. Gráficos ::::::::::::: 77
18. Hifenização (separa-
ção de sílabas) ::::::::: 81
19. Histórias em quadri-
nhos (HQ), tirinhas e
charges :::::::::::::::::: 84
20. Identificação :::::::: 90
8 normas técnicas IX
21. Índice :::::::::::::: 93
22. Índice onomástico
(nomes), índice re-
missivo e índice de
assuntos :::::::::::::::: 97
23. Lacunas ::::::::::::: 102
32. Sumário ::::::::::::: 132
33. Tabelas ::::::::::::: 133
34. Textos em outros
idiomas ::::::::::::::::: 134
35. Títulos ::::::::::::: 135
36. Versos (poesia) ::: 138
37. Vocabulário ::::::::: 144
Referências bibliográficas 145
-- Apêndices
Apêndice A -- Perfil da
equipe de produção de
textos em braille ::::::: 149
Apêndice B -- Represen-
tação de imagens por meio
da cela braille ::::::::: 155
Apêndice C -- Tabelas :: 161
Apêndice D -- Medidas da
cela braille (ABNT) : 174
-- Anexos
Anexo A -- Vocabulário de
termos e expressões empre-
gados no domínio do Sis-
tema Braille ::::::::::: 177
Anexo B -- Portarias
Ministeriais ::::::::::: 195
<11>
Com a publicação das *Normas Técnicas para a Produção de
Textos em Braille*, em sua terceira edição, a Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão
(SECADI), do Ministério da Educação (MEC) disponibiliza uma
publicação dirigida à definição e qualificação das
diferentes etapas da produção de um livro em braille.
Apresenta, ainda, algumas informações básicas de grande
importância para racionalizar o trabalho de transcrição
realizado pelos profissionais, com economia de esforços e
de recursos materiais para se obter, ao final, um livro em
braille de boa qualidade.
Assim, o presente texto está consubstanciado nos
principais pressupostos da SECADI -- quais sejam o
reconhecimento da diversidade, a promoção da equidade e o
fortalecimento da
inclusão de todos nos processos
educativos -- conferindo, portanto, qualidade e justiça
social à educação.
:::::::::::
Introdução
:::::::::::
Considerando que mais de 15 anos se passaram desde a
publicação da sua primeira edição, fez-se necessária a sua
revisão e atualização tendo em vista os seguintes
objetivos:
II. Oferecer maior variedade de exemplos a esses
profissionais, objetivando tornar o seu trabalho mais
rápido e mais eficaz.
III. Garantir a padronização dos textos produzidos em todo
o país, prática indispensável para que todos os estudantes
cegos possam continuar usu-
fruindo dos livros em braille
como o principal instrumento para o seu pleno
desenvolvimento intelectual.
<14>
IV. Atualizar informações sobre alguns processos de
produção, uma vez que novos equipamentos e *softwares* vêm
tornando este trabalho cada vez mais fácil e mais rápido.
V. Oferecer a usuários do Sistema Braille, professores,
adaptadores, transcritores e revisores um documento que
lhes traga informações atualizadas e que possa
orientá-los nas suas atividades estudantis e
profissionais.
VI. Tornar a linguagem do documento mais clara e objetiva.
::::::::::::::::::::::::::::
Legislação pertinente
à transcrição para o braille
::::::::::::::::::::::::::::
A transcrição de textos para o Sistema Braille, no que
se refere à produção de obras sem fins lucrativos,
encontra amparo legal na Lei n.o 9.610, de 19 de fevereiro
de 1998. Portanto, a edição em braille de qualquer texto,
quando sua finalidade for a distribuição gratuita para
pessoas cegas, independe de autorização de quem detenha os
direitos autorais – autor(es) ou editora(s).
Algumas entidades produtoras de livros em braille, por
questões éticas, comunicam aos autores ou editoras a
transcrição
de suas obras para o Sistema Braille.
Para melhor fundamentar o que foi exposto, segue o texto
da lei citada:
"Seção 1 – Diário Oficial
n.º 36, sexta-feira,
20 de fev. 1998
d) de obras literárias, artísticas ou científicas, para
uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a
reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o
Sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte
para esses destinatários.
(...)"
XII – oferta de ensino de Libras, do Sistema Braille e de
uso de recursos de tecnologia assistiva, de forma a ampliar
habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua
autonomia e participação;
(...)
Capítulo II
Do Acesso à Informação
e à Comunicação
(...)
Art. 68. O poder público deve adotar mecanismos de
incentivo à produção, à edição, à difusão, à distribuição e
à comercialização de livros em formatos acessíveis,
inclusive em publicações da administração pública ou
financiadas com recursos públicos, com vistas a garantir à
pessoa com deficiência o direito de acesso à leitura, à
informação e à comunicação.
(...)
§2º Consideram-se formatos acessíveis os arquivos di-
gitais que possam ser reco-
nhecidos e acessados por *softwares*
leitores de telas ou outras tecnologias assistivas que
vierem a substituí-
-los, permitindo leitura com voz
sintetizada, ampliação de caracteres, diferentes contrastes
e impressão em Braille.
(...)
Art. 73. Caberá ao poder público, diretamente ou em
parceria com organizações da sociedade civil, promover a
capacitação de tradutores e intérpretes da Libras, de guias
intérpretes e de pro-
fissionais habilitados em Braille,
audiodescrição,
estenotipia e legendagem.
Título III
Disposições Finais
e Transitórias
(...)
Art. 112. A Lei n.º 10.098, de 19 de dezembro de 2000,
passa a vigorar com as seguintes alterações:
(...)
<18>
IX – comunicação: forma de interação dos cidadãos que
abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a
Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de
textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de
comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos
multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral,
os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os
modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de
comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das
comunicações;
(...)"
:::::::::::::::::::::
Considerações gerais
:::::::::::::::::::::
A produção em braille de qualquer texto requer
procedimentos apropriados e compreende as seguintes etapas:
:::::::::::::::::::
Produção de textos
em braille
:::::::::::::::::::
1. Adaptação
Os livros em tinta, principalmente os didáticos, têm
apresentações gráficas que impedem sua transcrição
direta para o braille, sem uma prévia adaptação.
A adaptação do texto deve ser feita, preferentemente, por
um profissional experiente, para evitar o risco de serem
alteradas ou omitidas informações essenciais ao conteúdo.
Recomenda-se que este profissional observe as seguintes
orientações:
produz o mesmo efeito que estes recursos proporcionam
à visão.
f) Avaliar se será possível a representação de mapas,
gráficos e tabelas do material a ser transcrito ou se será
necessário descrevê-los.
g) Prever, com a possível margem de erro, o número de
páginas em braille resultantes e, se necessário, dividir a
obra em volumes, respeitando a quebra das unidades em que
foi organizado o conteúdo. Em casos específicos, como
textos para estudantes dos dois primeiros anos do Ensino
Fundamental I é necessária a impressão em face única.
h) Para os livros com desenhos, mapas, figuras
geo-
métricas e outras imagens,
recomenda-se um profissional com conhecimento de
programas específicos
para a produção de
desenhos, que fará a
adaptação, a ampliação e demais
tratamentos necessários dos originais a fim de que estes
possam ser impressos juntamente com os textos
correspondentes (ver item *10 – Desenhos*).
i) Deve-se evitar ao máximo o uso do recurso
"Peça orientação".
<22>
2. Diagramação/formatação e transcrição
A participação de um profissional cego é indispensável em
situações de dúvida sobre o efeito tátil que produzirá
determinada apresentação da escrita em braille.
É muito importante não se esquecer de que o leitor cego é
o principal usuário, senão o único, do trabalho que está sendo
transcrito.
<23>
3. Revisão
Os textos produzidos em braille devem ser submetidos a,
no mínimo, uma revisão, que deve ser realizada por um
profissional cego, usuário do Sistema Braille e com bons
conhecimentos de, pelo menos, uma de suas áreas de
aplicação e por um assistente vidente. Ambos devem ter
formação mínima em nível médio e bons conhecimentos da
Língua Portuguesa.
Para textos mais complexos (Matemática, Química, Física e
Geografia), é recomendável que sejam realizadas, no
mínimo, duas revisões, por profissionais com formação em
nível superior.
O revisor deve ler o texto em braille, impresso em papel,
enquanto o assistente lerá o original impresso em papel ou
armazenado em um meio eletrônico. Os erros devem ser indicados na
própria folha em braille e as correções a serem feitas
devem ser anotadas, em tinta, em um formulário específico
ou em um documento à parte.
Em alguns centros de produção, a revisão já vem sendo
realizada por meio da Linha Braille (equipamento que,
acoplado a um computador ou de maneira autônoma, mostra o
texto em braille). Alguns programas permitem que o revisor
já possa fazer as correções no próprio arquivo. Esse
processo elimina a necessidade da impressão em papel, mas
não dispensa a figura do assistente e não deve ser adotado
na revisão de textos nos
quais haja ilustrações, gráficos,
tabelas, equações matemáticas e estruturas químicas,
uma vez que a Linha Braille apresenta os textos linha a
linha, não permitindo que o revisor tenha acesso ao
conteúdo de todo o trecho.
Após a revisão, o material em braille deve retornar às
mãos do transcritor para as devidas correções.
As páginas em que forem feitas correções deverão ser
submetidas a uma nova revisão.
No caso de textos destinados a grandes tiragens, após a
primeira revisão e correção, é feita a impressão em clichês
ou matrizes de alumínio.
Impressas as matrizes, é tirada uma nova cópia em papel a
fim de que o texto seja submetido a uma segunda revisão.
Após a segunda revisão e correção, feita nos mesmos moldes da
primeira, os livros estão prontos para a impressão final.
<24>
õo movimentação das folhas em torno da espiral, reduzindo
a área ocupada pelo livro quando aberto.
b) Impressão em clichês metálicos
Recomenda-se que a impressão seja feita em papel de
gramatura (1) de 120 a, no máximo, 180, podendo-se
imprimir rascunhos
para a revisão em papéis de gramatura 90.
O tamanho e o formato da folha devem ser decididos
considerando o público a que se destinam os textos.
::õo:õo:õo:õo:õo:õo::
:::::::::::::::::::::
Orientações práticas
para a transcrição
de textos em braille
:::::::::::::::::::::
5. Bibliografia
A bibliografia deve ser transcrita de acordo com o
original, respeitando-se maiúscula, caixa alta e destaques.
Para maior clareza, deve-se utilizar a seguinte
diagramação:
c) Caso o traço que indica a repetição do nome do(s)
autor(es) ocorra no início da página em braille, deve-se
repetir o nome completo do(s) autor(es).
d) Caso o nome do(s) autor(es) seja repetido no início da
página original e não coincida com o início da página em
braille, este não deverá ser repetido em braille,
mantendo-se, porém, o traço.
Exemplo:
SANTOS, W. L. P.; MÓL, G. S. (coords.). *Química e
Sociedade*. São Paulo: Nova Geração, 2003, 128 p.
–. *Química cidadã*. Volume 3. Ensino Médio. 3ª série. 2ª
edição. São Paulo: Editora AJS, 2013.
<26>
6. Boxes (caixas)
Fundamental*. Coleção
Phases.)
7. Capa
A capa em tinta do livro em braille deve ter as mesmas
informações e seguir, sempre que possível, o mesmo padrão
estético da capa do livro original.
Em braille, a capa deve ter, no mínimo, as seguintes
infor-
mações: título, nome do(s)
autor(es) e/ou
organizador(es), número de partes em que a obra está
dividida e o número da parte. Essas informações devem ser
centralizadas na capa.
Quando estes textos tiverem informações como resumo da
obra, comentários sobre o autor e/ou o livro, devem
ser transcritos
após a descrição da capa,
iniciando-se em nova página, preferentemente em uma face A.
Caso contenham a relação de obras publicadas pela editora
ou a letra do *Hino Nacional*, por exemplo, estas deverão ser
transcritas no final do livro.
8. Códigos, estatutos e leis
A diagramação de textos jurídicos deve seguir o original.
Caso os artigos, incisos e alíneas comecem na margem, a
continuação deve ser feita com recuo.
(Ver como exemplo a transcrição da Portaria 319, no
*Anexo B*.)
9. Descrições
Sempre que constatada a total impossibilidade de
representação de imagens em relevo, torna-se necessário
utilizar o recurso da descrição. Esta deverá ser
cuidadosamente planejada e elaborada a fim de que o
usuário, especialmente dos livros didáticos, possa receber
as informações da forma mais fiel possível ao original.
Além do aspecto pedagógico ou meramente ilustrativo, as
imagens têm, muitas vezes, um caráter cultural,
informativo e
recreativo, e por esta razão precisam
sempre ser avaliadas dentro do contexto em que se
encontram. Em muitos casos, mesmo dispondo dos recursos
técnicos necessários para a reprodução em
relevo, esta não
será percebida pelo tato com facilidade. Nesses casos, a
descrição será mais
recomendável, desde que sejam tomados
os seguintes cuidados:
<28>
textual, deve-se usar a palavra "imagem" por ser
mais genérica.
f) A descrição de mapas, gráficos, figuras geométricas,
obras de arte e outras imagens deve ser feita, de
preferência, por profissionais especializados
nas respectivas áreas. Sempre que isto não for possível, o
profissional
responsável pela descrição deverá fazer pesquisas em fontes
confiáveis que lhe permitam não incorrer em erros que,
certamente, poderão trazer sérios prejuízos ao leitor.
g) Caso as imagens originais estejam complementadas por
legendas, estas deverão ser devidamente analisadas pelo
adaptador/editor/transcritor, pois, em muitos casos, já
trazem as informações necessárias para a compreensão da
imagem, o que torna dispensável a descrição.
h) Em alguns casos, mesmo que a imagem tenha sido
representada em relevo, torna-se necessário complementá-la
com uma breve descrição. Esta prática é bastante
recomendável em livros destinados a crianças, nos quais a
imagem acompanhada de uma palavra ou de um pequeno texto de
identificação permitirá que o leitor possa fazer o
reconhecimento e a associação de ambas as linguagens.
i) As imagens meramente ilustrativas não precisam ser
descritas.
Observação 1: As descrições devem vir sempre inseridas
entre os símbolos
_`[ `(#def12356`) e _`] `(#def23456`), que indicam,
respectivamente, a abertura e o fechamento de uma nota de
transcrição.
Observação 2: Nos dois primeiros exemplos, o símbolo
_y `(#def13456`) indica que o texto que virá depois dele é uma
descrição e o número que o segue é o número da página em
tinta em que se encontra a ilustração.
<29>
Exemplos:
_y69: Rio de Janeiro – RJ. _`[Fotografia. Em primeiro
plano, o Cristo Redentor no alto de um morro. Ao fundo,
uma lagoa, construções e o mar._`]
(Fonte: *Geografia – 2º ano – 1º semestre -- Ensino
Fundamental*. Coleção
Phases.)
outras duas. Dentro do triângulo,
há a metade inferior de uma circunferência apoiada em
um pequeno círculo. À esquerda e à direita do círculo
central, há dois fragmentos de triângulo._`]
(Fonte: *ENEM 2017*. Questão 36 – Prova de Linguagens,
Códigos e suas Tecnologias e Redação. Caderno 9 – Laranja –
1º dia.)
<32>
_`[Descrição do gráfico: Gráfico da corrente elétrica
(eixo vertical, em 10 elevado a menos 6 amp?eres `(**`)) em função da diferença de
potencial (eixo horizontal, em volt). O gráfico é
constituído por uma linha reta inclinada crescente,
partindo da origem dos eixos, com os seguintes pontos:
::::::::::::::::::::::::::::::::
`(**`) ?e = letra *e* com acento grave.
õo Diferença de potencial 0,5 e corrente 1,0.
õo Diferença de potencial 1,0 e corrente 2,0.
õo Diferença de potencial 1,5 e corrente 3,0.
õo Diferença de potencial 2,0 e corrente 4,0.
õo Diferença de potencial 2,5 e corrente 5,0.
õo Diferença de potencial 3,0 e corrente 6,0._`]
(Fonte: *ENEM 2017*. Questão 108 – Prova de Ciências da
Natureza e suas Tecnologias. Caderno 11 – Laranja – 2º dia.)
Observação 3: As descrições de algumas imagens podem ser
contextualizadas.
Exemplo:
Utilize um tubo em forma de U _`[Em tinta_`].
<33>
9.1 Descrição de capa
O título do livro e o nome da
editora estão na parte inferior da capa.
10. Desenhos
As imagens são muito frequentes em livros, principalmente
nos didáticos. Algumas são meramente ilustrativas, mas a
maioria traz informações que são imprescindíveis para os
leitores.
A substituição ou a supressão de mapas, gráficos,
diagramas, figuras geométricas e outras imagens só deve
ocorrer quando houver a total impossibilidade de
representá-las em relevo.
Por esta razão, o adaptador/
/editor/transcritor deve, ao
iniciar a produção de um livro, fazer uma análise cuidadosa
de todas as imagens, indicando aquelas que deverão ser
representadas em relevo, as que precisarão ser descritas e
as que poderão ser suprimidas sem prejuízo para o leitor.
Na adaptação de imagens em relevo, devem ser observados
os seguintes cuidados:
Nos livros dos dois primeiros anos do Ensino Fundamental
I é recomendável a representação das letras e dos números
em tinta.
<35>
Exemplos:
trem ââ
pô
fccccd fccccd fccccd fccccd
l_xxl_-l_xxl_-l_xxl_-l_xxl_
v----# v----# v----# v----#o
ei ei ei ei ei ei ei ei
pipa íâ
í â
í â
â í
â í
âí
_
sei
iei
c) Caso haja descrição de imagens, esta deverá ser
transcrita entre linhas em branco, iniciando-se na margem,
com continuação a partir da terceira cela.
d) O enunciado (comando da questão) deve começar na
margem, com continuação a partir da terceira cela.
Recomenda-
-se que o texto do enunciado não seja quebrado. Se
o espaço que restar na página for insuficiente para
transcrever todo o enunciado, deve-se desprezá-lo e começar
na página seguinte.
e) Nas alternativas, deve-se proceder da mesma forma que nos
enunciados.
Observação: Não devem ser deixadas linhas em branco entre
o enunciado e as alternativas e entre as próprias
alternativas.
f) Recomenda-se separar as questões por uma barra
horizontal, representada pelos pontos : (25), do início ao
fim da linha.
A razão que representa a quantidade de cadeiras reservadas
do setor 3 em relação ao total de cadeiras desse mesmo
setor é
a) 17`/70
b) 17`/53
c) 53`/70
d) 53`/17
e) 70`/17
::::::::::::::::::::::::::::::::
(Fonte: *ENEM 2013*. Questão 145 – Prova de Matemática
e suas Tecnologias. Caderno 7 – Azul – 2º dia.)
Exemplos:
Observação: Os exercícios que tiverem subitens e/ou
alternativas devem ser transcritos entre linhas em branco.
<39>
4 lição do amigo I
Dados Internacionais de
Catalogação na Publicação
(CIP)
(Câmara Brasileira do
Livro, SP, Brasil)
::::::::::::::::::::::::::::::::
Andrade, Mário de, 1893-
-1945.
A lição do amigo : cartas de
Mário de Andrade a Carlos
Drummond de Andrade anotadas
pelo destinatário / posfácio
André Botelho. -- 1ª ed. --
São Paulo : Companhia das
Letras, 2015.
ISBN 978-85-359-2601-9
de, 1893-1945. II. Andra-
de, Carlos Drummond de,
1902-1987. III. Botelho,
André. IV. Título.
13. Ficha técnica
No final do livro em braille, deve constar uma pequena
ficha com os seguintes dados:
14. Finalizadores de capítulos
15. Folha de rosto
Nas folhas de rosto em braille, a transcrição deve ser
feita de maneira estética, com os dizeres centralizados na
página (vertical e horizontalmente).
Cada volume ou parte deve conter uma folha de rosto em
braille, que deve ser colocada antes da primeira página da
obra.
õo Nome da coleção e/ou ano (se houver).
õo Nome do(s) autor(es).
õo Formatação/diagramação (número de caracteres e linhas).
õo Número de partes/volumes em que a obra foi dividida, número da
edição, número da impressão/reimpressão (se houver), data
da edição e
nome da editora.
õo Identificação do respecti-
vo volume ou da respectiva
parte (Primeira/Segunda/
/Terceira Parte, Volume Único ou
Primeiro/
/Segundo/Terceiro
Volume).
õo Nome, endereço, telefone, *e-mail* e *site* da
entidade responsável pela transcrição, e ano.
_`[A seguir, a reprodução de uma folha de rosto em
braille._`]
<46>
Matemática – 5º ano
Ensino Fundamental
Coleção Eu Gosto
Helenalda Resende de Souza
Nazareth, Aida Ferreira
da Silva Munhoz, Marilia
Barros de Almeida Toledo
Formatação: 34 caracteres
por 28 linhas
Impressão braille em
três partes, da 1ª edição,
2017, da Editora IBEP
Primeira Parte
Transcrição e impressão
Ministério da Educação
Instituto Benjamin Constant
Av. Pasteur, 350/368 Urca
Rio de Janeiro-RJ
CEP: 22290-240
Tel.: (55) (21) 3478-4457
E-mail: ~,ibc@ibc.gov.br~,
Brasil – 2018
<47>
b) No verso da folha de rosto, também centralizadas na
página, devem constar as seguintes informações:
õo Número do ISBN.
õo *Copyright*.
õo Título original e nome do tradutor, se houver.
õo Dados sobre a editora que, em geral, aparecem com o
título "Todos os direitos reservados".
õo Nome e endereço completos da editora.
_`[A seguir, a reprodução do verso de uma folha de rosto
em braille._`]
<49>
ISBN: 978-85-7901-200-6
Todos os direitos reservados à
Editora Poliedro Ltda.
Av. Dr. Nelson d'Ávila, 811
Jardim São Dimas
CEP: 12245-030
São José dos Campos -- SP
Tel.: (12) 3924-1616
~,www.sistemapoliedro.com.br~,
16. Glossário
O glossário que aparece como apêndice a uma obra ou a um
texto deve ser transcrito de acordo com o original.
Já aquele que, em livros didáticos, aparece em boxes ao
lado do texto ou ao final deste, em braille, deverá ser
transcrito ao final do texto, preferencialmente, destacados
por uma variante tipográfica.
17. Gráficos
A descrição de gráficos só deve ocorrer quando houver a
*total* impossibilidade de representá-los. Sempre que
possível, os gráficos devem ser mantidos de acordo com o
original. Caso o espaço necessário para as informações seja
insuficiente, pode-se criar uma legenda ou omitir sinais de
maiúsculas e de número. Todas essas adaptações devem ser
devidamente informadas ao leitor por meio de uma nota de
transcrição.
<51>
Exemplos:
Brincadeiras preferidas
do 2º ano
Quantidade de alunos
matriculados no
curso de teatro
Se necessário substituir os gráficos por descrições,
estas devem ser feitas com clareza e objetividade, sem
omissão ou excesso de informações. Daí a necessidade de os
profissionais que trabalham na produção dos livros serem
devidamente preparados. (ver item *9 – Descrições*)
18. Hifenização (separação de sílabas)
é válida,
principalmente, para os livros dos dois primeiros anos do
Ensino Fundamental I.
Não é recomendável a quebra de uma palavra na primeira
sílaba quando esta constar de apenas uma letra.
<54>
Exemplos:
*Recomendável*:
Modo de fazer: Adicionar o
óleo aos poucos.
*Não recomendável*:
Modo de fazer: Adicionar o ó-
leo aos poucos.
*Recomendável*:
Depois de almoçar, ela tomou
água.
*Não recomendável*:
Depois de almoçar, ela tomou á-
gua.
19. Histórias em quadrinhos (HQ), tirinhas e charges
f) Deve-se sempre avaliar a necessidade de descrever
alguns personagens a fim de que o leitor saiba se este é um
adulto, uma criança, um animal, etc. Essa descrição
poderá ser contextualizada.
Exemplos: "O tigre Haroldo
diz...", "O cachorrinho Bidu responde...", "A menina Magali
sai correndo...".
g) Todas as onomatopeias e outros sons produzidos dentro
ou fora do ambiente devem ser transcritos e informados ao
leitor por uma breve descrição. Exemplos: “Um forte
trovão
(CABRUM) é ouvido...", “Mônica dá um tapa em Cebolinha
(SLEPT!)”.
h) Sempre que possível, deve-se contextualizar o tipo de
balão: fala, cochicho, pensamento, grito, ideia, fala de
mais de um personagem, dúvida,
etc. Exemplos: “Calvin
pensa: ...”, “Cascão grita:
...”, “Mafalda cochicha para
Miguelito: ...”.
i) As falas do "narrador" ou aquelas que vêm de fora do
ambiente também devem ser transcritas. Exemplo: "Uma
voz que vem de longe diz: ý"Saia daí...ý"".
<56>
Exemplos:
_`[Tirinha do personagem Calvin, em três quadrinhos. No
primeiro quadrinho, Calvin aproxima-se do pai,
que está sentado em uma poltrona, escrevendo em um papel
que está em seu colo. O menino pergunta: "Pai, de onde vêm
os bebês? É verdade que uma cegonha traz eles numa
trouxinha e deixa na porta da frente?". No segundo
quadrinho, o pai, com os olhos fechados e as sobrancelhas
erguidas, responde: "Na maioria das vezes,
sim, mas você
foi atirado chaminé abaixo por um enorme pterodáctilo
peludo.". No último
<57>
quadrinho, Calvin alegra-se e exclama:
"Maneiro!". O pai olha para o papel e diz: "Isso explica
muitas coisas, não é?"._`]
(Fonte: *ENCCEJA 2017 -- Ensino Fundamental*. Questão 28.
Prova de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna,
Artes, Educação Física e Redação. Prova III -- Tarde.
Adaptado.)
_`[Descrição da tirinha: Tirinha intitulada *Felicidade
é...*, em quatro quadrinhos.
Q1: O personagem Charlie Brown aproxima-se do cachorro
Snoopy com uma tigela.
Q2: O pássaro Woodstock está em frente ao cachorro, que
está com o focinho dentro da tigela. Snoopy pensa: “Uma das
grandes alegrias da vida é um bom jantar e uma boa
conversa...”.
<58>
Q3: Um balão com vários sinais gráficos indica que
Woodstock está “falando” sem parar. Snoopy olha para o
balão com expressão intrigada.
Q4: O cachorro pensa: “Tagarelar não é conversar!”._`]
(Fonte: *ENCCEJA 2017 – Ensino Fundamental*. Questão 03.
Prova de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna,
Artes,
Educação Física e Redação. Prova III – Tarde –
Adaptado.)
20. Identificação
A identificação deve ser colocada na face A, na primeira
linha, centralizada entre o número da página do texto
original e o número da página em braille.
Nos livros didáticos, deve ser constituída pelo nome
abreviado da coleção (se houver), da matéria e pelo ano.
Caso ocorra a impressão simultânea de livros do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio ou de livros do 1º e do 2º
semestre, é recomendável que estas informações também
constem da identificação.
Com exceção da folha de rosto, todas as páginas devem ser
identificadas.
Exemplos:
Exemplo:
*Restaurante Comida da Vó*:
21. Índice
O índice deve ser transcrito de acordo com o original,
substituindo-se o número da página em tinta pelo número da
página em braille.
Caso o livro tenha mais de uma parte, o índice geral deve
ser colocado na primeira parte e cada uma das outras partes
deve ter o seu índice específico.
Em casos especiais, pode-se também colocá-lo na primeira
parte, sem a indicação do número das páginas em braille, e
repeti-lo, na última parte, já com essa numeração. Os
números das páginas devem ficar alinhados, sem textos
abaixo deles.
Os principais itens do índice (unidades ee capítulos, por
exemplo) devem ser transcritos a
partir da margem e, caso ocupem mais de uma linha, a
continuação deve ser feita a partir
da terceira cela. Os
subitens também deverão ser iniciados na margem, usando-se,
para destacá-los, um marcador (travessão, círculo ou
quadrado). Caso os subitens sejam numerados, não é
necessário usar marcador.
O traço que liga o item ao número da página deve ser
representado pelos pontos : (25), antecedido e seguido de
um espaço em branco.
Exemplos:
Índice
Segunda Parte
1. A universalidade do
fenômeno jurídico ::::::: 43
1.1 Direito: origem,
significados e funções :: 45
1.2 Busca de uma com-
preensão universal; con-
cepções de língua e defi-
nição de direito :::::::: 55
2. O direito como o bjeto
de conhecimento: perfil
histórico ::::::::::::::: 121
Índice Geral
Primeira Parte
Grande Edgar ::::::::::::: 1
O Falcão ::::::::::::::::: 13
Sebo :::::::::::::::::::::: 21
Trapezista :::::::::::::::: 29
Desentendimento ::::::::::: 37
(Fonte: *As Mentiras que os Homens Contam*. Luis Fernando
Verissimo.)
22. Índice onomástico (nomes), índice remissivo e índice de
assuntos
BRICKMAN, N. A., 182-183, 203-204, 220
BRITO, D., $185-$206, 57
BRUNER, J., 104-105, 159-160
(Fonte: *Qualidade em Educação Infantil*. Miguel A.
Zabalza.)
<64>
Índice Remissivo
Adulto, $159-$161, 101, 102, 147, 148, 148, 151, 153, 154,
155, 156, 158, 159, 168, 172-173, 183, 177-178, 179-180,
186-187, 187-188, 188, 190-191, 191-192, 192, 193-194,
194-195, 195-196, 197-198, 198, 199-200, 202-203, 209-210,
211, 221-222
<65>
Autonomia, 11-12, 51-52, 52-53, 55, 75-76, 89, 99, 101,
102, 104, 148, 153-166, 167, 168, 172-173, 183, 180,
190-191, 196-197, 197-198, 223, 252, 257-258, 261-262, 263,
266-267
Autorreflexão, 93-94
Avaliação de processos, $15-$16, 44-45
Avaliação, 53, 156, 172-173, 207-208, 209-210, 266-267,
269, 270
(Fonte: *Qualidade em Educação Infantil*. Miguel A.
Zabalza.)
23. Lacunas
As lacunas (espaços a serem completados em exercícios e
outras atividades) devem ser representadas pelos pontos
..... `(3#c#c#c#c`). Esses pontos devem ser representados
da seguinte forma:
d) Junto do elemento posterior quando este for um dos
seguintes sinais: vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos,
ponto final, interrogação, exclamação, fecha parênteses e
fecha aspas.
Exemplos:
Observação 2: Quando a lacuna tiver de ser preenchida por
uma letra ou um algarismo, deverá ser representada apenas
pelos pontos ... `(3#c#c`), sem espaço em branco antes ou
depois destes.
Exemplos:
Multiplicando o número de fileiras pelo número de colunas,
temos ...×...=....
2×2=...
Complete com a letra s ou z:
rique...a
ca...a
univer...o
pobre...a
(Fonte: *Matemática -- 2º ano -- 1º semestre -- Ensino
Fundamental*. Coleção
Phases.)
(Fonte: *Matemática -- 2º ano -- 1º semestre -- Ensino
Fundamental*. Coleção
Phases. Adaptado.)