äoäoäoäoäoäoäoäoäoäoäoäoäoäo
ä o
ä PONTINHOS o
ä o
ä Ano Xxxix -- n.o 307 o
ä Janeiro-Junho o
ä de 2000 o
ä Instituto o
ä Benjamin Constant o
ä Diretor-Geral o
ä do IBC o
ä Prof. Carmelino o
ä Souza Vieira o
ä Fundador de Pontinhos o
ä Prof. Renato o
ä M. G. Malcher o
ä Responsável por o
ä Pontinhos o
ä Kate Q. Costa o
ä Impressa na o
ä Imprensa Braille o
ä do IBC o
ä Av. Pasteur, 350-cfh, o
ä Urca, Rio de Janeiro, o
ä RJ -- Brasil o
ä CEP 22290-bdj o
ä (0xxba) 543-aaai o
ä ramal 145 o
ä o
äoäoäoäoäoäoäoäoäoäoäoäoäoäo
SUMÁRIO
Seção Infantil
A Vovó Conta Histórias:
A Fada Aline ,,,,,, 1
A Raposa e o
Corvo ,,,,,,,,,,,,,,, 5
Divertimentos:
O que É, o
que É? ,,,,,,,,,,,,,, 6
Só Rindo ,,,,,,,,,,, 8
Vamos Aprender:
O que é Folclo-
re? ,,,,,,,,,,,,,,,,,, 10
Para você Recitar:
Bom Dia ,,,,,,,,,,,, 10
Zoologando:
A Capivara ,,,,,,,,, 12
Historiando:
A Pena e o Tintei-
ro ,,,,,,,,,,,,,,,,,,, 12
Seção Juvenil
O Vovô Narra a História:
Cortem-se as Cabe-
ças ,,,,,,,,,,,,,,,,,, 13
Mohandas Gandhi ,,,, 15
Quando os Políticos são
Legais ,,,,,,,,,,,,,, 16
Rezar pelos Outros Faz
Bem ao Espírito ,,,, 18
Nosso Brasil:
História e Char-
me ,,,,,,,,,,,,,,,,,,, 20
Cortejo Fúnebre pode ser
Faxina no Formiguei-
ro ,,,,,,,,,,,,,,,,,,, 23
A Flor do Ecumenis-
mo ,,,,,,,,,,,,,,,,,,, 24
Curiosidades ,,,,,,,,,, 25
Uma Amizade que Vem de
Longe ,,,,,,,,,,,,,,, 27
A Pedra mais Precio-
sa ,,,,,,,,,,,,,,,,,,, 30
Ecoando:
Troca ,,,,,,,,,,,,,,, 32
Faz mais Frio no Pólo
Norte ou no Pólo
Sul? ,,,,,,,,,,,,,,,, 33
El Niïo e os
Incas ,,,,,,,,,,,,,,, 35
Conhecendo o Mundo:
Segóvia, Espanha ,,, 37
Cifrão ,,,,,,,,,,,,,,,, 38
Uma Besta ,,,,,,,,,,,, 39
Ameno e Instrutivo:
Água do Mar não Limpa
Ninguém ,,,,,,,,,,,,, 40
Uma Explosão de Oxigê-
nio ,,,,,,,,,,,,,,,,,, 41
É Útil Saber:
Ano 2000 Pra
Quem? ,,,,,,,,,,,,,,, 43
A Importância do
Sistema Braille na Vida
da Pessoa Cega ,,,,, 45
Folia de Reis ,,,,,, 49
Iemanjá ,,,,,,,,,,,,, 49
Baco e Pã Inspiravam a
Festa em Roma ,,,,,, 50
Em Memória de José
Alvares de
Azevedo ,,,,,,,,,,,,, 53
Um Livro Mágico ,,, 54
Há Índios que Nunca
Viram um Homem Bran-
co ,,,,,,,,,,,,,,,,,,, 56
Tiradentes ,,,,,,,,,, 58
Descobrimento do
Brasil ,,,,,,,,,,,,,, 59
Dia do Trabalho ,,,, 63
Servidão Humana ,,,, 64
Tudo É Lá com Santo
Antônio ,,,,,,,,,,,,, 65
Fontes de Pesquisa ,,, 69
O Dicionário Esclare-
ce ,,,,,,,,,,,,,,,,,,, 69
::::::::::
Seção Infantil
A Vovó Conta Histórias
A Fada Aline
Aline se matriculou numa
escola de fadas. Pagou a matrícula com uma dúzia de raios de luar, e combinou a
mensalidade: sete favos de mel, sete rosas brancas e sete pássaros azuis, entregues em dia de sol quente.
Foi a melhor aluna do curso. A mais atenta, a que não perdia uma palavra das
fadas-madrinhas, tão antigas e poderosas que a sua origem se perdia nas névoas
do tem-
po...
As provas finais foram realizadas num castelo de cristal tão lindo que o sol,
batendo nele, fazia aparecer figuras coloridas que até o-
fuscavam a vista de Aline.
Ela sorteou o primeiro ponto e leu:
-- Faça aparecer uma floresta encantada com gnomos e árvores falantes.
-- Arre! -- suspirou a candidata a fada -- que prova difícil!
-- Não para você, querida -- disse suavemente a fada examinadora. -- Você é mi-
nha melhor aluna, sabe?
Aline não queria fazer feio, principalmente porque
achara a prova a coisa mais
fofa do mundo.
Então ela se concentrou,
brandiu a varinha mágica
(era uma varinha emprestada
pelas fadas, só para fazer o
exame, porque ela só teria direito a uma se passasse em todas as provas) e...
Para alegria de Aline e
satisfação ainda maior da fada examinadora, começou a
surgir ao redor do castelo de cristal uma floresta encantada (como vocês imaginam
que seja!) com gnomos, que são anõezinhos, correndo na
maior algazarra em torno das árvores, que gritavam:
-- Cuidado com as minhas
raízes, cuidado com as mi-
nhas raízes!
-- Parabéns, Aline! -- disse a fada. -- Na minha matéria você passou com louvor.
E, daí por diante, Aline não parou. Imaginem só o que pediram para ela fazer.
Imaginem não, eu conto:
1o.) Adoce o oceano com sabor de baunilha. (Qual deles? Ora, fica à escolha
do freguês, digo, da fada!)
2o.) Faça o sol aparecer
uma hora mais cedo. (E não
vale chamar o Super-Homem!)
3o.) Invente um pássaro que declame poesia para as crianças. (Mesmo para as
malcriadas!)
4o.) Traga um sorvete que nunca derreta. (E me convide!)
5o.) Faça as paredes cantarem. (Sem serem desafinadas, é lógico!)
6o.) Cubra as montanhas de flores azuis. (A fada desta matéria só gosta de
azul, pô! E Aline é vidrada no vermelho!)
7o.) Parta o mar ao meio
para quem quiser brincar de
amarelinha. (Vide o ponto número 1, o mar fica à escolha do freguês, digo, da fada.)
8o.) Acenda fogos de artifício no gelo polar. (Vai ser uma curtição!)
9o.) Faça todo o mundo sorrir. (Epa...!)
10o.) Que a lágrima de alguém muito triste vire uma borboleta dourada. (Aí
é que o carro enguiçou de vez! Sai dessa, Aline!)
Puxa! Não foi moleza, não! Principalmente as duas últimas. Caramba, ser bruxa
era maria-mole perto de ser
fada. Pelo menos uma fada pra valer.
***
A Raposa e o Corvo
O corvo conseguiu arranjar um queijo em algum lugar.
Veio voando, com o queijo no bico, até que pousou numa árvore.
A raposa viu o queijo e resolveu apoderar-se dele.
Chegou-se ao pé da árvore e começou a bajular o corvo:
-- Ó senhor corvo, o se-
nhor é certamente o mais belo dos animais! Se souber
cantar tão bem quanto a sua
plumagem é linda, não haverá ave que possa comparar-se
ao senhor.
O corvo, acreditando nos
elogios, pôs-se imediatamente a cantar, para mostrar
que tinha uma linda voz. Mas, abrindo o bico, deixou cair o queijo. A raposa, mais que depressa, abocanhou o queijo e foi-se embora.
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Divertimentos
O que É, o que É?
1) Qual a palavra que tem sete letras, mas, se tirarmos cinco, ficam onze?
2) O que acontece ao mergulhador que resolve trabalhar como garçom?
3) O que é uma cárie?
4) Qual a semelhança en-
tre a letra A e a morte?
5) Mata, cobra; cura, cobra. O que é?
6) Qual é a nota musical que vive no meio do palácio?
7) Quando é que a Lua perde a paciência?
8) O que foi que o travesseiro disse para o galo?
9) O que é que não é barulhento, mas, quando vai embora, acorda todo mundo?
10) Qual é o homem que,
quando se lhe pergunta o nome, logo diz que viu uma mu-
lher?
11) Que faz um nadador quando descansa?
12) Qual a fruta de que
nenhum cachorro gosta?
13) Qual é o fim da picada?
14) Quem é que, mesmo sem maquiagem, anda sempre bem pintada?
15) O que faz um jóquei
quando começa a chover?
***
Respostas
1) Abacaxi.
2) Muda da água para o vinho.
3) Um rombo no orçamento.
4) Ambas estão no fim da vida.
5) Médico.
6) Lá -- Palácio.
7) Quando está cheia.
8) Tenho muita pena de você.
9) O sono.
10) Viana.
11) Nada.
12) Passa.
13) Quando o pernilongo
vai embora.
14) A onça.
15) Tira o cavalo da chuva.
***
Só Rindo
O garoto de seis anos diz ao irmãozinho de cinco, na volta do colégio:
-- Vai perguntar à mamãe
se você pode jogar _videogame comigo.
-- Vai você, que conhece
ela há mais tempo do que eu...
A garotada está brincando dentro de casa quando, de repente, bate à porta um
homem para cobrar umas contas
que já estavam barbudas de tão atrasadas.
-- Bom dia, seu pai está?
-- Papai não está.
-- Bem, sua mãe está?
-- Também não.
-- Então, chame o seu irmão mais velho...
-- Não posso.
-- Por quê?
-- Porque ele está escondido também...
Juquinha, você prefere ganhar um irmãozinho ou uma
irmãzinha?
-- Ô, mãe, não poderia ser um _skate?
Ceia de Natal na casa de Joãozinho. A família está
toda reunida em volta da mesa. De repente, alguém pergunta:
-- Joãozinho, você gosta
de castanha?
-- Claro que sim!
-- E de noz?
-- Que pergunta! Claro que eu gosto de vocês!
Ainda Mais Barato
Nossa filha de 12 anos,
muito econômica, foi mandar
revelar seu primeiro filme.
Deram-lhe o preço, para a revelação em uma hora, e o custo mais barato, se ela fosse buscar as fotos dali a três dias.
-- E se eu deixar com vocês durante um mês? -- perguntou.
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Vamos Aprender
Que é Folclore?
Folclore?
Sabe o que é?
São coisas que os
velhos contam...
São histórias encantadas,
onde brinca a fantasia...
São quadrinhas bem rima-
das,
é arte, é graça, é poesia!
É o rico artesanato,
os trajes, os rituais,
o rodeio, o desafio,
os tipos originais...
O velho carro de bois,
Dos nossos ancestrais.
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Para você Recitar
Bom Dia
(Cassi Salles)
Bom dia meu amigo passa-
rinho
que canta alegre no meu
caminho.
Bom dia amigo sol claro e
brilhante,
trazendo vida do céu dis-
tante.
Bom dia, amiga planta,
suas flores
trazendo cores ao meu
jardim.
Bom dia, jasmineiro meu
amigo,
tão perfumado, tão lindo
assim.
Bom dia amigo mar, meu
barco passa
leveza e graça a balançar.
Bom dia amigo vento, que
feliz
passa e me diz {vem pas-
sear}
Bom dia, toda terra, toda
gente
triste ou contente, seja
quem for.
Feliz meu coração canta
bom dia
com alegria, com muito
amor!
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Zoologando
A Capivara
Para quem não conhece, a
capivara é o maior roedor do mundo. Algumas chegam mesmo a pesar 60 quilos. Têm pêlos ruivos, vivem nas margens dos rios e se escondem
no capinzal, perto da água.
As capivaras, quando perseguidas, atiram-se e mergu-
lham na água rapidamente para se afastar do alcance do
seu perseguidor. Isso porque elas têm membranas entre os dedos dos pés, o que facilita o nado.
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Historiando
A Pena e o Tinteiro
Uma pena presumida
De escrever grandes sen-
tenças,
Falava das suas obras
Tão sublimes como exten-
sas.
Sem mim, disse ela ao
tinteiro,
Pouca figura farias:
Cheio de um licor imundo,
Sem mim, triste, que se-
ria?
O tinteiro injuriado
Vazou logo a tinta fora,
E voltou-se para a pena
Dizendo-lhe: {Escreve
agora.}
Assim responde aos ingra-
tos
Muitas vezes a razão:
Muita gente há como a
pena,
Como o tinteiro outros
são.
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Seção Juvenil
O Vovô Narra a História
Cortem-se as Cabeças!
A Revolução Francesa foi a primeira revolução social da História, forjando
não só um novo governo, mas
uma sociedade nova. Os franceses comuns suportavam, havia muito tempo, reis ex-
travagantes e opressores. Voltaire, Rousseau,
Montesquieu, os filósofos,
clamavam por uma ordem social com a lei e a razão em
lugar do privilégio real. A revolta começou em 1789, quando os deputados da classe média romperam com uma legislatura manipulada em favor da nobreza e do clero
e formaram sua própria Assembléia Nacional. Então milhares de pessoas invadiram a cidadela da Bastilha. Na guerra civil que se seguiu, a guilhotina decepou dezessete mil cabeças, in-
clusive a de Luís Xvi, de
sua rainha Maria Antonieta e de inúmeros revolucionários cujas facções perdiam as lutas pelo poder.
Em 1814, a monarquia foi temporariamente restaurada,
mas o legado da revolução perdurou. Camponeses e mu-
lheres ganharam igualdade perante a lei. A nobreza perdeu poder. As idéias de
socialismo e nacionalismo foram alguns dos produtos de exportação gerados pela insurreição. O sistema legal
igualitário e a Declaração
dos Direitos do Homem, suas grandes marcas. Até sua bandeira tricolor virou
modelo, drapeando em vários
matizes pelas novas repúblicas do mundo todo.
***
Mohandas Gandhi
(1869-aidh)
{A vela da não-violência
deve ser capaz de ficar acesa mesmo quando o ciclone
da violência a envolve.} Mohandas Gandhi explicava
sua filosofia, com a qual conduziu a Índia à independência, em 1947, depois de
quase dois séculos de dominação inglesa. A estratégia de Gandhi era chamada de Satyagraha e, além da não-
-violência, incluía o boicote às mercadorias inglesas,
desobediência civil, marchas e jejuns.
Em 1930, Mohandas Gandhi, que pregava a resistência pacífica, liderou
milhares de seguidores numa
marcha de 300 quilômetros até o mar, onde, em desafio
às leis fiscais inglesas, produziram sal.
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Quando os Políticos
São Legais
Eu vejo muita gente falando mal dos políticos... Se eles merecem tudo o que
falam deles, isso eu não sei.
O que eu sei é que eles fizeram uma coisa superlegal! É! Eles aprovaram uma
lei que cria um monte de problema pra quem quer ficar por aí andando com revól-
ver...
Essa lei também proíbe a
fabricação e a compra, em outros países, daquelas armas de brinquedo iguaizinhas às de verdade.
Achei muito bom. Ter uma arma nunca fez ninguém ser melhor que ninguém. Só
mais bobo e convencido.
Eu e a minha turma esperamos que isso ajude a tirar as armas das pessoas que
pensam que a época do faroeste ainda não acabou. Porque acabou.
Porque, mesmo quando a gente tem vontade de brigar, o que às vezes acontece,
a gente inventou uma coisa muito melhor que as armas: as palavras.
Com elas a gente pode-se
comunicar, pedir ajuda, re-
clamar!
Elas servem pra quase tudo e não machucam ninguém de tirar sangue. Acho que, se
a gente não preferir conversar, mesmo que seja pra xingar e tudo, vai viver sempre cheio de medo e tristeza. Não quero isso pra mim.
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Rezar Pelos Outros
Faz Bem ao Espírito
(Dr. Luiz Alberto Py)
Devemos agradecer as coisas boas de nossa vida, pedir pelos amigos e orar pelos
inimigos, para nos li-
vrarmos de mágoas.
Rezar não é apenas repetir orações conhecidas, mas
também dizer nossa própria prece. Ela pode se dividir
em duas partes: uma de agradecimentos e outra de pedidos.
A oração pode ser dirigida a Deus, qualquer que seja nossa idéia a respeito
Dele, a santos ou anjos e mesmo a antepassados. Os católicos costumam rezar muito para Nossa Senhora,
uma santa extremamente especial, que tem diferentes re-
presentações, mas deve parte de sua popularidade ao fato
de ser a mãe de Jesus Cristo.
A parte da prece destinada a agradecimentos nos ajuda a fazer um levantamento
de tudo o que nos tem ocorrido de bom e de tudo o que
não nos ocorreu de ruim.
Através disso, desenvolveremos o espírito de gratidão pela dádiva do milagre
da vida e o reconhecimento das
muitas boas coisas que existem em nossa vida e que raramente percebemos.
Quanto à parte de pedidos, convém seguir o preceito de pedir para os outros
e não para nós mesmos. Evitar pedidos pessoais nos protege de cometer possíveis
erros de avaliação das situações vividas, por estarmos nelas
envolvidos. E podemos supor que Aquele a quem estamos orando deve saber melhor do
que nós do que estamos precisando. Pedir para os ou-
tros nos ajuda a desenvolver a generosidade e reforça o sentido de solidariedade, amizade e amor. Última idéia: faz bem rezar por nossos inimigos e pelas pessoas de quem não gostamos, para que sejam iluminadas e
nosso coração fique livre de mágoas.
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Nosso Brasil
História e Charme
Nas cidades históricas de Minas Gerais estão as mai-
ores jóias do período colonial brasileiro. Caminhar pelas ladeiras de 300 anos
de Ouro Preto, ou embarcar na Maria Fumaça do século Xix, em São João del Rei, vale como uma aula de
história. O casario é belíssimo e as igrejas estão repletas de esculturas im-
portantes.
Há dez anos, Tiradentes
era apenas um pequeno município de 5'jjj habitantes com construções antigas. Hoje, tem sessenta hotéis e pousadas, bons restaurantes, vida noturna e cultural. Nos fins de semana, 3'jjj
turistas passeiam pelas ruas calçadas de paralelepípedos, fazem compras nas lojas de artesanato e visitam marcos
históricos como o Chafariz
de São José, construído em 1749. Entre um monumento e outro, tomam banho de cacho-
eira e comem em restaurantes instalados em casas coloniais. Encravada na Serra
de São José, ela é cercada por cachoeiras e reservas de Mata Atlântica. Hoje, pequenos paraísos como a Ca-
choeira do Mangue estão bem sinalizados e são facilmente acessíveis. Tiradentes sur-
preende pela excelente preservação histórica e pela dinâmica de sua vida cultural.
Sua principal atração ainda é, naturalmente, a paisagem. Emolduradas por um imenso paredão de pedra,
as casas coloridas se agrupam no traçado irregular das ladeiras, dando a impressão
de que foram encaixadas uma
ao lado da outra. Graças a
projetos de restauração pa-
trocinados por uma associação de moradores, os monumentos estão bem conservados. As capelas ostentam raridades assinadas por
Aleijadinho e Manuel Vitor de Jesus. No topo do morro da cidade fica a Ma-
triz de Santo Antonio, um
dos mais belos templos barrocos de Minas Gerais. Seu interior é todo revestido de dourado. Apesar do
batalhão de turistas que circula por lá, Tiradentes
continua com aspecto de vila do século Xviii, quando foi fundada por bandeirantes paulistas.
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Cortejo Fúnebre pode ser
Faxina no Formigueiro
Por que algumas formigas
costumam carregar outras?
São vários os motivos. Na maioria das vezes elas se preocupam em levar a falecida
para longe de casa. Insetos sociáveis, como a
formiga e o cupim, gastam boa parte do seu tempo cuidando da higiene da colônia. Como estão em contato muito próximo, um indivíduo contaminado poderia gerar uma tragédia. Por isso, os mortos são retirados do meio dos outros. Já alguns insetos carnívoros, como as formigas-de-corredeira, predam
animais menores para comer.
Aí, a carga nada mais é do
que parte de um possível banquete. Mas há também boas samaritanas, como as saúvas: ao encontrar compa-
nheiras perdidas, elas as colocam nas costas e as levam ao formigueiro.
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A Flor do Ecumenismo
A quinze quilômetros da capital indiana, ergue-se um
lótus branco, por entre lagos e jardins -- o templo Bahai, ou Casa de Adoração, aberto a todos os que desejem a paz no Mundo.
Construído entre 1980 e
1986, o templo Bahai ainda não conseguiu ultrapassar as fronteiras da fama. O culto Bahai pretende reunir crentes de todas as crenças, nos seus jardins bem cuidados, à volta de lagos, onde se re-
flete o grande edifício, em
forma de flor-de-lótus.
No seu interior, bem menos rebuscado que o exterior, salas simples esperam
os visitantes, com mensagens de paz em inglês e hindi. Quem chega é livre de en-
trar para rezar ou meditar,
conforme as inclinações religiosas de cada um, ou apenas para conhecer o templo e a iniciativa Bahai. E, a-
pesar do exagero dos folhetos turísticos, que o classificam de {Taj Mahal do século Xxi}, a verdade é que o local constitui um a-
gradável refúgio no bulício
e confusão da cidade, e a originalidade da construção
é inegável.
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Curiosidades
Batismo de Sangue
Hoje, usa-se champagne para batizar um novo barco.
Mas, no tempo dos vikings,
a coisa era diferente: eles
sacrificavam seres humanos e faziam o batismo com sangue. Acreditavam que, assim, os
espíritos das pessoas mortas protegeriam as embarcações.
***
É Animal
Tamanho não é documento,
certo? Nem sempre. Apesar
de ser tão comprido, o pescoço de uma girafa tem apenas sete ossos -- o mesmo número de ossos do pescoço do homem. Como a distância
entre a cabeça e o coração do animal é muito grande --
mais de dois metros -- o co-
ração precisa bombear com força total. Para se ter uma idéia, o coração da gi-
rafa é quarenta e três vezes maior do que o do homem. Neste caso, o tamanho faz toda a diferença.
***
Abelhudas
As abelhas têm apetite voraz! Em um minuto, uma a-
belha visita dez flores em busca de pólen e néctar, que ficam armazenados numa bolsa localizada no fundo da garganta. Em um ano, uma abe-
lha produz cinco gramas de mel.
***
Invenções
O guarda-sol foi criado na Mesopotâmia há três mil
e quatrocentos anos. Foi somente no início da Era Cristã que os romanos criaram modelos semelhantes, só
que impermeabilizados, para
protegê-los também da chuva.
***
Quem inventou a cama?
Quando isso aconteceu?
Os primeiros registros indicam que a cama é conhecida desde o Egito (nos tempos dos Faraós) e Grécia Antiga. O móvel era composto por um estrado a-
marrado com correias e uma madeira servindo como cabeceira.
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Uma Amizade que
Vem de Longe
Há sete mil anos, o cão já era amigo do homem e o a-
companhava em suas caçadas.
O homem, agradecido, dese-
nhou um cão nas paredes de sua caverna. Mais tarde, no Egito, os faraós pintavam desenhos de cães em templos
e túmulos. Monumentos assírios de oitocentos anos antes de Cristo mostram cães
perseguindo outros animais.
Gregos e romanos utilizavam-nos em suas guerras, e-
quipando as coleiras com pontas de ferro. E, do ou-
tro lado do oceano, os índios da América do Sul ti-
nham cães de estimação, antes que o primeiro europeu ali chegasse.
Durante muito tempo, em algumas partes do mundo, a-
creditou-se que a alma do
cachorro, depois de morto, poderia passar para quem comesse o animal. Assim,
os índios peles-vermelhas comiam {o melhor amigo}, certos de que era a receita i-
deal para se tornarem guerreiros bravos e corajosos. Os índios peruanos reservavam
o cão para o cardápio dos dias de festa, quando o-
corriam as mais importantes
solenidades.
Em Epidaura, na Grécia, no século Iv antes de Cristo, acreditava-se que bastava
um cão lamber um do-
ente para que este ficasse curado. E Hipócrates, o maior médico da antigüidade, afirmava do alto de sua sabedoria, que tuberculose se
curava em dois tempos, se o
enfermo seguisse uma dieta de carne de cachorro.
Hipócrates estava enganado, mas não se enganaram os
que viram no cão um ótimo
guia para cegos. Tampouco se enganaram os cientistas que escolheram uma cadela,
Laika, para enviar ao espaço, a fim de estudar os e-
feitos de uma viagem espacial sobre um organismo. Laika subiu, a três de novembro de 1957, a bordo do
satélite artificial soviético {Sputinik Ii}. Ficou sete dias, foi recuperada viva, e os especialistas puderam obter as valiosas informações de que necessitavam para suas pesquisas.
Nos tempos pré-históricos, homem e cão aproximaram-se a partir de uma necessidade
comum: arranjar caça. É possível que, no começo, os cachorros seguissem os caçadores
para ganhar os restos de comida. Depois, foi como se ambos tivessem percebido
que a união faz a força e passaram a trabalhar juntos. Quando o
homem se fixou como agricul-
tor e criador, o cão aceitou a nova vida, assumindo a função de pastor dos primeiros rebanhos cercados por seu dono.
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A Pedra mais Preciosa
Uma das grandes aventuras intelectuais da História começou num dia do verão de
1799, quando soldados de Napoleão acharam, perto da
cidade egípcia de Roseta, um fragmento de basalto ne-
gro com inscrições em três línguas: em grego, em carac-
teres demóticos, (escrita
egípcia simplificada) e em hieróglifos. Os três escritos pareciam conter a mesma
mensagem. Se os lingüistas
conseguissem justapor os hieróglifos e o grego, toda
a literatura do Egito antigo seria revelada.
Demorou até 1822 para Jean-François Champollion descobrir que os hieróglifos
misturavam significados fonéticos e simbólicos, que alguns textos se liam da
direita para a esquerda, ou-
tros ao contrário, muitos de cima para baixo, e que al-
guns símbolos tinham dois sentidos diferentes. Dessa
descoberta e das traduções feitas, saíram revelações que causaram, a um só tempo, sentimentos de humildade e entusiasmo: os egípcios co-
nheciam medicina, astronomia, geometria, usavam pesos e medidas e tinham um sistema organizado de governo. Eram românticos também. {Tua voz é como vinho de romã}, dizia um poema.
A Pedra de Roseta e as
descobertas das ruínas de Herculano e de pinturas pré-históricas nas grutas de Lascaux ensinaram-nos que cada era, inclusive a nossa, por mais orgulhosa que seja, não ocupa mais do que uma ínfima fração no tempo.
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Ecoando
Troca
Troco um passarinho na
gaiola
por um gavião em pleno ar.
Troco um passarinho na
gaiola
por uma gaivota sobre o
mar.
Troco um passarinho na
gaiola
por uma andorinha em pleno
vôo.
Troco um passarinho na
gaiola
por uma gaiola aberta,
vazia...
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Faz mais Frio no Pólo
Norte ou no Pólo Sul?
O Pólo Sul é, sem dúvida, mais frio. Ali, a tem-
peratura média é de 49'c graus centígrados negativos, chegando a 80 graus centí-
grados negativos no inverno.
No Pólo Norte a temperatura varia entre 0 grau a 32 graus centígrados negativos. Vários fatores ex-
plicam essa diferença. O primeiro é o efeito da continentalidade.
O Pólo Sul encontra-se no interior do continente Antártico, a mais de 1'bgj quilômetros
da costa. Já o Pólo Norte é coberto por uma grande camada de gelo que flutua so-
bre o mar, e, lentamente, o-
ferece calor para a atmosfera, amenizando as diferenças de temperatura entre inverno e verão. Além disso, correntes marinhas, relativamente quentes, aquecem as regiões próximas a ele. O segundo fator é o calor da luz solar refletida para o espaço. O gelo, que cobre 98 por cento do continente
antártico, reflete para o espaço 90 por cento da energia solar que recebe. Como essa energia não é ab-
sorvida na superfície, a região permanece fria. No Ártico, a luz solar também
é refletida, porém, trata-se de um mar coberto por uma camada de gelo de 2 a 4 metros de espessura e, de tempos em tempos, esse gelo
é quebrado. Então, o mar fica exposto a uma quantidade maior de radiação solar.
Outro fator é a altitude: o Pólo Sul está a 2'hce me-
tros, e o Pólo Norte, ao nível do mar.
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El Niïo e os Incas
Há cinco séculos, mesmo desprovidos de qualquer aparato tecnológico, os incas
já haviam detectado os fenômenos meteorológicos _El _Niïo e _La _Niïa. Bem antes
da chegada dos espa-
nhóis, eles já se orientavam através de um molusco chamado pelos próprios índios de
_mullu (_Spondylus _sp.).
Os sacerdotes incas do templo de Pachacamac, na região de Lima, costumavam
mandar emissários ao norte do Império. O objetivo era trazer o mullu, que cresce abundante em águas quentes,
principalmente no Golfo de
Guaiaquil e na região de Tumbes, fronteira atual do
Peru e Equador. Dependendo da quantidade trazida, os sacerdotes festejavam com antecedência as boas colheitas que teriam naquele ano.
A explicação é que esse molusco se reproduz em águas quentes. Por isso, a quantidade
encontrada na região
de Tumbes permitia saber se a temperatura média do oceano
naquela região havia aumentado, um claro sinal do fenômeno El Nino e um desastre
para a agricultura, devido às chuvas em excesso.
Se o molusco não fosse encontrado, os índios tinham um indício de que a temperatura
média das águas na costa norte do império tinha a-
baixado, e se preparavam para um período de seca. O controle do mullu, portanto, foi muito importante para a
economia do Império, permitindo aos incas uma melhor planificação da agricultura,
através da observação dos fenômenos naturais.
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Conhecendo o Mundo
Segóvia, Espanha
A cidade de Segóvia, na
Espanha, abriga muitas construções medievais. En-
tre elas, o palácio de
Segóvia, Alcázar, que tem
o mesmo significado em sua origem moura. Esta construção, que aparece nos regis-
tros históricos do século Xvi, serviu como residência dos reis de Castela, uma das mais antigas províncias
do país.
Há também a catedral erguida no século Xvi, no reinado de Carlos V e muralhas
com 86 torres que cercam toda a cidade. Outro importante monumento é o a-
queduto -- conhecido como {A Ponte} -- construído por Trajano, durante o Im-
pério Romano.
O aqueduto funciona até hoje e traz água do rio que nasce na Serra de Guadarrama,
entre Madri e Segóvia. Esta cidade tem o nome do músico
espanhol Andrés Segóvia, mesmo não existindo nenhuma
ligação entre eles.
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Cifrão
Como Surgiu o Cifrão?
Não se conhece bem a origem do símbolo do dinheiro.
A hipótese mais aceita o relaciona às antigas moedas
_ocho _reale espanholas, cu-
nhadas pelo general árabe Djebl-el-Tarik, após a conquista da Espanha, no ano 7aa. Tarik mandou gravar nas moedas uma linha em
forma de S, representando o longo e sinuoso caminho por
ele percorrido; e, cortando
essa linha, duas barras paralelas verticais, representando as Colunas de Hércules, que, segundo a antiga mitologia grega, significavam força, poder, perseverança.
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Uma Besta
Não é um animal, como você pode estar confundindo.
É o nome de uma arma antiga: um arco aperfeiçoado.
Sua corda, muito forte, é distendida por meio de uma manivela.
Quem a usava era chamado
de besteiro.
Besta, ou balesta, é um arco aperfeiçoado, permitindo o lançamento da flecha
com mais força e segurança.
O arco era de madeira ou aço e se apoiava numa armação de madeira. Por meio de um dispositivo simples, a corda era distendida mecanicamente.
Pouco depois de sua invenção, em 1189, a Igreja Católica condenou seu uso, por
considerá-la arma mortífera. A besta lança flechas a uns 150 metros de distância
e seu tiro só é mortal até 75
metros.
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Ameno e Instrutivo
Água do Mar Não
Limpa Ninguém
Por que o sabonete não funciona direito com água salgada?
Por mais que se esfregue, não adianta. A sujeira, que é composta, em grande
parte, de gordura, só vai embora quando o sabonete é usado com água pura, sem
sal. {Isso porque os sabões funcionam como uma ponte, unindo as moléculas de
gordura às de água, que leva tudo ralo abaixo.} Na água sal-
gada, existem substâncias,
como cálcio e magnésio, que
bagunçam tudo: elas reagem com o sabão, impedindo que ele grude na água. Assim, a ponte não consegue se formar, e a sujeira não sai de
enxurrada. Quanto mais sais, menor a eficiência da
limpeza. Banho higiênico,
mesmo, é o de chuveiro.
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Uma Explosão
de Oxigênio
Civilizações podem ser detectadas pelo aço: quem o
fez ganhou as guerras. Os árabes tinham suas lendárias espadas de Damasco, temperadas nas forjas dos ferreiros.
Os suecos vinham fazendo pequenas quantidades de aço, desde o século Xiii, fundindo
minério de ferro em cadinhos. Só em 1854, quando o inventor in-
glês Henry Bessemer decidiu fabricar um canhão me-
lhor para o imperador francês Napoleão Iii, desco-
briu-se como produzir aço forte, o suficiente para suportar uma explosão ou sustentar uma ponte. As impurezas eram o problema. O que Bessemer inventou foi uma explosão de oxigênio, para queimar o excesso de carbono no minério de ferro derretido.
Foi assim que nasceu a era do aço. O americano William Kelly tam-
bém fez essa descoberta, mais ou menos na mesma época, mas perdeu a corrida para registrar a patente.
Logo o aço montou edifícios altos, escorou grandes
anúncios, sustentou pontes,
lançou trilhos pelo mundo e
botou os EUA sobre rodas.
O aço fez fortunas como fez cidades. Na virada do século, das siderúrgicas americanas saíam 8,e milhões de
toneladas de aço por ano. As ligas da era espacial empanaram o brilho da liga de aço e os carros hoje são
feitos de plástico. A demanda pelo aço ainda continua grande -- 1 bilhão de toneladas por ano, ironicamente transportadas em caminhões com motores de alumínio.
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É Útil Saber
Ano 2000 Pra Quem?
Para os cristãos, certamente, e para todos os habitantes dos países ocidentais,
que estão ligados historicamente, a essa região.
Mas, para muitas pessoas, deve ser surpreendente saber que mais da metade da população mundial {não} comemorou a passagem de 31 de dezembro de 1999 para #,o de
janeiro de 2000 como o dia
mais especial deste século.
Mesmo porque, para muitos,
o ano 2000 já passou, há um
bom tempo.
Há 1 bilhão e 200 mi-
lhões de chineses no mundo.
A contagem oficial adotada
na China registra o nosso ano 2000 como ano... 4fig. Já os muçulmanos perfazem
1 bilhão de crentes. Para
eles, estaremos no ano 1378 da Hégira, Era iniciada
quando o profeta Maomé fugiu de Meca para Medina, em 622. Os cerca de 7 mi-
lhões de tibetanos estarão no ano 2124; os 330 mi-
lhões de budistas, no ano 2544, e mais 13 milhões de judeus estarão no ano 5760
do seu calendário -- ou seja, bem próximo do {sexto} milênio, e não do terceiro,
como nós.
Também não é provável que os 760 milhões de hinduístas comemorem uma data associada
ao dia oficial do nascimento de Jesus Cristo. Portanto, uma simples soma
revela que um pouco menos que a metade dos atuais 6 bilhões de habitantes da Terra comemorou
essa data histórica.
A razão para essa data encontra-se na reforma do calendário, efetuada pelo Papa
Gregório Xiii, em 1582, baseada em estudos realizados pelo monge
Dionísio, o Pequeno, no ano de 525. Criou-se a divisão do tempo com dois períodos distintos:
um antes e outro depois do nascimento de Cristo, ponto estabelecido como início
do ano 1 da Cristandade. E essa divisão, arbitrária como todas as outras, difundiu-se,
à medida que o colonialismo conquistava novas terras e povos.
***
A Importância do Sistema
Braille na Vida da
Pessoa Cega
(Cíntia Gomes Santana)
Concurso de Redação --
Terceiro Lugar
Há muitos anos atrás, os
cegos não tinham como estudar. Até que um dia surgiu
um sistema em que cada pala-
vra era representada por um
sinal. Neste sistema,
as pessoas cegas não aprendiam
grafias, sentenças, pontuações, música, etc.
Através deste sistema, Louis Braille, um jovem cego, resolveu criar o Sistema
Braille. Pelo fato do Sistema Braille ser mais completo, mostrou-se superior
ao outro, e por isso o
substituiu.
O Imperial Instituto dos Meninos Cegos, atual Instituto Benjamin Constant,
foi a primeira escola
na América Latina a adotar este sistema, possibilitando
o estudo das pessoas cegas.
Agora, graças a ele, as pessoas cegas podem atingir
várias profissões, como:
ad-
vogados, professores, fisioterapeutas, analistas de sistema e muitas outras.
Também é possível ao cego ter acesso às partituras musicais de qualquer obra,
pois com apenas 64 sinais fazemos tudo o que é necessário para o nosso aprendizado.
Podemos estudar ou-
tras línguas, matemática, química...
Até 1994, nunca havia ouvido falar no braille em minha vida. A primeira vez
que ouvi, fiquei superassustada. Nunca me imaginei lendo e escrevendo com estes {furos}. Só vivia dizendo as seguintes palavras: {Estes furos não têm o mesmo formato das letras.}
Hoje, para mim, o braille significa muita coisa, pois
com ele eu posso obter
muitas informações.
O braille, para mim, é muito importante, porque a-
través do estudo com o braille, no futuro, eu posso ter uma boa profissão.
Antes de eu aprender o braille, eu não sabia como era o estudo da pessoa cega.
Depois que aprendi, minha vida mudou completamente. Dali em diante, passei a
achar que a pessoa cega poderia ser mais independente.
Eu, como uma pessoa cega, não gostaria de que o braille desaparecesse, a não ser
que surja outro sistema
no qual o cego possa ter sua total independência.
Louis Braille foi, sem dúvida, um grande inventor para os cegos, pois, graças
à sua invenção, podemos participar da vida no mundo que nos cerca.
(4 de Janeiro -- Nasci-
mento de Louis Braille)
***
Folia de Reis
A visita dos três Reis Magos ao Menino Jesus é relembrada na Folia de Reis,
popular natalino a-
tualmente festejado principalmente no interior. Homens fantasiados
percorrem a cidade, à noite, cantando e
dançando nas casas que têm presépios,
onde são convidados a tomar café. O Dia de Reis é 6 de janeiro, mas a festa vai
de 24 de dezembro a 2 de fevereiro.
***
Iemanjá
O culto a Iemanjá é o maior e mais espetacular na
tradição afro-brasileira.
Filha de Obatalá e Obudua e mãe de Orugã, o filho maldito, ela gerou os grandes orixás. De seus seios saíram as águas que formam os rios, mares e oceanos.
No dia 2 de fevereiro comemora-se o seu dia. No Brasil mesclou-se com as lendas
das sereias européias e da iara indígena. A maior festa em sua homenagem acontece
em Salvador. As prin-
cipais oferendas à rainha do mar são pentes, espelhos, perfumes
e flores. Diz-se que, quando o presente não afunda, é porque não foi aceito.
***
Baco e Pã Inspiravam
a Festa em Roma
Em Roma, comemoravam-se
as Saturnais, de 16 a 18
de dezembro, para a glória do deus Saturno. Tribunais e escolas fechavam as portas, escravos eram alforriados, dançava-se pelas ruas em grande e igualitária al-
gazarra. A abertura era um
cortejo de carros imitando navios, com homens e mulheres nus dançando frenética e obscenamente -- os _carrum _navalis. Para muitos, deriva daí a expressão _carnevale.
No dia 15 de fevereiro,
comemoravam-se as Luper-
cais, dedicadas à fecundidade.
Os lupercos, sacerdotes de Pã, saíam pelados, ba-
nhados em sangue de cabra, e perseguiam os transeuntes, batendo-lhes com uma correia. Em março, as Bacanais homenageavam Baco (o deus grego Dionísio em versão romana), celebrando a primavera, inspirados por Como e Momo, entre outros
deuses.
Assumindo o controle da coisa, a Igreja fez o que pôde para depurar a permissividade
igualitária dos carnavais. Na Idade Média, a festa virou encenação litúrgica,
corrida de corcundas, disputa de cavaleiros e batalha urbana de ovos, água e
farinha. Depois, o carnaval se espalhou pelo mundo.
Na Rússia, a _Masle-
nitsa dá adeus ao inverno, com corridas de esqui, patinação,
danças com acordeão,
_balalaika, _blink _masleye
(panquecas amanteigadas) e, é claro, muita vodka. No carnaval de Colônia, na Alemanha, as mulheres armam-
-se com tesouras e saem pelas ruas para cortar as gravatas dos homens.
Em Veneza, a tradição consagrou os fogos de artifício e foliões mascarados,
inspirados na velha _Comedia _dell' _Arte. Na Bolívia, os mineiros de Oruro veneram
a mãe-terra, Pachamama, dançando fantasiados de demônios. Em New
Orleans, nos Estados Unidos, uma torrente humana invade as ruas do French Quarter, na terça-feira do
_Mardi _Gras, atrás de músicos que tocam toda a noi-
te.
***
Em Memória de José
Alvares de Azevedo
(Paulo Guedes de
Andrade)
Acróstico
Júbilo temos nós em re-
cordarmos
O teu ardor na luta pelo
bem!
Sem dúvida, teu nome pro-
clamarmos
É um dever que a todos
nós convém.
Ávido sou em te presti-
giar
Levando enfim, a termo
universal
Vantagens, gloriosas e
sem par.
A vislumbrar-te um alvo
sem igual
Refulge como luz o teu
farol,
Excede o ato da gente o
teu valor,
Sublime, pela força e
pelo amor.
A força do querer e do
poder
Zombando dos rigores da
carência
Exaltação da fama e da
prudência,
Vibrando qual estrela a
resplandecer!
Esplendorosa luz primave-
ril,
Dourando com o brilho
mais sutil,
Os céus, a terra e a sor-
te do Brasil!
(17 de Março -- Morte de
José Alvares de Azevedo)
***
Um Livro Mágico
(Branca Maria de Paula)
Sonhar acordado?
É fácil!
Basta ser o dono do
tempo.
Trate de dar um nó no
vento; depois pendure uma
rede no azul e balance
devagar, bem devagari-
nho... sozinho.
Aí tudo começa...
Brota feito semente,
cresce feito mato, de
fato...
Menino come nuvem, menina
calça luva de penugem.
Quem quiser acende estre-
la sapeca, depois se en-
feita de flor cheirosa,
visita a casa do bicho-da-
-seda, vira borboleta
airosa.
Um cometa aparece, deixa
uma poeira de ouro e pra-
ta. Em seguida, desapare-
ce...
Depois viaja num raio de
chuva ou de sol.
De qualquer lado a gente
vê os dois lados da lua.
Será que no céu tem rua?
Se o menino faz do arco-
-íris um anzol, com ele
pesca o tesouro. Em cima
dorme um besouro.
Até que um dia... Quem
adivinha?
Encontra um livro e sua
magia.
(18 de Abril -- Dia do
Livro)
***
Há Índios que Nunca
Viram um Homem Branco
Quais são as principais populações indígenas do Brasil?
Existem 215 grupos identificados. Mas os dez mais
numerosos representam quarenta
e três por cento de todo o contingente indígena
brasileiro, que reúne 325'feb indivíduos.
A maior parte (89'ebi) mora na Amazônia. Apesar das estimativas bastante contraditórias,
certamente havia muito mais índio na época do descobrimento: alguns pesquisadores
acreditam num contingente de pouco mais de 1 milhão, e outros falam em 5'a milhões,
apenas na
Amazônia. De qualquer forma, o número foi bem reduzido. Do ponto de vista do índio, a descoberta do Brasil foi, na verdade, uma invasão.
Atualmente, a maior população indígena é a dos guaranis, que inclui os grupos
Kaoiwá, Mbaiá e Nhandéva. O que os une é, principal-
mente, a língua falada: o tupi-guarani.
A maior parte das etnias já identificadas
mantém contato regular com a população não-ndígena. {À
primeira vista, pode parecer
que eles perderam totalmente sua cultura, mas isso não é
verdade}, diz o indigenista
Moacir Santos, da Fundação Nacional do Índio (FUNAI). {Apesar de falarem português, também conversam na língua original e
mantêm vários hábitos.} A FUNAI calcula que, além das tribos já conhecidas, e-
xistem ainda cerca de sessenta grupos totalmente isolados, todos em áreas remotas da Amazônia. {Somente
depois de fazer contato poderemos saber se são novas etnias ou grupos de populações conhecidas que se isolaram}, diz Santos.
(19 de Abril -- Dia do Índio)
***
Tiradentes
(Ubaldina Dias Jacaré)
Radiosa manhã do mês de abril
O Rio de Janeiro iluminava!
O céu sereno, em sua cor
de anil,
Com a turba agitada con-
trastava!
Das janelas, portões, ruas, surgiam
Homens, mulheres, escravos, senhores...
Um cortejo passava! Sons partiam
De clarins, arautos de tantas dores!
Tiradentes seguia calmo e altivo,
Simbolizando o amor e a liberdade!
Sonhava seu Brasil sem ser cativo
Feliz e rico, em sua imensidade!
Hoje, seu ideal está bem
vivo:
Na República da fraternidade!
(21 de Abril -- Tiradentes)
***
Descobrimento do Brasil
Depois que os espanhóis atravessaram o Atlântico e
descobriram a América, em
1492, foi a vez de Portugal fazer suas descobertas.
Após a viagem de Vasco da
Gama, que, em 1498, conseguiu chegar ao Oriente circunavegando a África,
D. Manoel I, rei de Portugal, organizou uma nova expedição, que seria capitaneada por Pedro Álvares Cabral.
Cabral foi incumbido de fazer, nas Índias, acordos
que dessem aos portugueses
a exclusividade nas transações comerciais. Mas, querendo garantir o seu quinhão
de terras do outro lado do A-
tlântico, d. Manoel também
instruiu Cabral a se afastar da costa africana e se aventurar pelos mares desconhecidos.
Foi com essas missões que, no dia 8 de março de 1500, em meio a grandes festejos,
uma frota composta de treze embarcações partiu
de Lisboa. Seis dias depois, os navegantes avistavam as Ilhas Canárias e, em mais uma semana, se reuniam no Arquipélago de Cabo Verde, de onde partiram
em direção oeste, esperando
finalmente descobrir novas terras.
Após um mês navegando, no dia 21 de abril, os portugueses perceberam sinais
de
que havia terra firme nas proximidades. No dia seguinte, puderam avistar uma
elevação que se delineava no horizonte, à qual deram o nome de Monte Pascoal, pois era época da Páscoa.
Foi nas proximidades do Monte Pascoal que as em-
barcações ancoraram e pernoitaram no primeiro dia. Mas, como o tempo não estava bom, acabaram procurando
um local mais protegido para ficar. No dia 24 encontraram esse lugar, que batizaram de Porto Seguro.
Como representante da Coroa Portuguesa, de religião católica, Cabral mandou
que, no dia 26 de a-
bril, celebrassem missa em uma das ilhas próximas de Porto Seguro. Uma semana
mais tarde, em #,o de maio,
outra missa foi rezada, dessa vez no continente. Nesse mesmo dia Cabral tomou posse da terra, em nome de Portugal, e, como pensava que fosse uma grande ilha, batizou-a com o nome de Ilha de Vera Cruz.
O pau-brasil foi o responsável não só pelo nome definitivo do Brasil, mas também
pela primeira atividade econômica por aqui desenvolvida: a predatória ex-
ploração da madeira, arrendada a comerciantes portugueses, em 1502.
Começava, então, uma nova fase na história de Pindorama, a terra das palmeiras,
assim chamada por alguns dos grupos indígenas que já viviam aqui, milênios antes
da
chegada dos portugueses.
(22 de Abril -- Desco-
brimento do Brasil)
***
Dia do Trabalho
No dia #,o de maio comemora-se o Dia do Trabalho. Essa data começou a ser comemorada
pelos trabalhadores a partir de 1889, como um dia de luta para que a jornada de trabalho
fosse de oito horas.
Aos poucos, os trabalhadores foram conseguindo esse direito, e muitos países do
mundo, inclusive o Brasil,
passaram a considerar o #,o
de Maio como uma data comemorativa.
O trabalho é muito importante para o ser humano, pois gera o progresso e as
mudanças.
Todas as profissões deveriam ser valorizadas, e os trabalhadores deveriam exercer
suas atividades em condições de segurança e receber salários dignos. Porém,
nem sempre isso acontece.
***
Servidão Humana
Já havia escravidão muito antes do início do segundo milênio. Antiga, medieval,
asiática, européia, africana -- quase todas as sociedades a tinham de alguma
forma. Do século Xvi ao Xix, o tráfico transoceânico de es-
cravos transformou quatro continentes: europeus exportaram através do Atlântico
de dez a quinze milhões de escravos africanos, despejando-os nos horrores da servidão perpétua.
A maior migração forçada
da História começou lentamente e acompanhou a expan-
são européia de conquista e
comércio. Os primeiros es-
cravos africanos chegaram ao Novo Mundo em 1509, mas foram poucos até 1530, quando Portugal, primeira nação européia a negociar com os reinos negros da África Ocidental, começou
a mandar escravos para as plantações de cana-de-açúcar no Brasil. O sofrimento da travessia era imenso. Arrancados às famílias, acorrentados e levados a pé até
o litoral, amontoados em barracões para o embarque, a degradação dos escravos não
tinha fim. Ficavam semanas, meses, acorrentados em porões de navios, lado a lado
com doentes e agonizantes, sem saber que destino teriam.
(13 de Maio -- Libertação dos Escravos)
***
{Tudo É Lá com Santo Antonio}
Festeiro -- Em Portugal, o dia treze de junho é
comemorado nas ruas enfeitadas de bandeirolas, com desfiles de gente mascarada, dançando ritmos mouriscos ou africanos. Os brasileiros adotaram a tradição da qua-
drilha.
Porteiro -- Como a antiga residência de sua família era próxima à Porta de
Ferro de Lisboa, Antonio
ganhou o _status de guardião das portas. Como bom protetor,
é comum ele aparecer em azulejos, na fachada das casas portuguesas. Esse culto
cresceu depois do terremoto
de 1755, que arrasou a capital do país.
Soldado -- No século Xvii, o rei português Dom
João Iv lutava contra os espanhóis.
Em um golpe de _marketing, aproveitou a popularidade do santo, inscrevendo-o no
exército. No final da carreira militar, ele era tenente-coronel e o Brasil herdou
a tradição. Aqui, o santo também {pertence} às nossas Forças Armadas.
Banqueteiro -- Em junho, celebrava-se a colheita do trigo, desde os tempos dos
romanos. Antonio, por sua vez, era franciscano e fez voto de pobreza. Diz a lenda
ele costumava distribuir
pão aos pobres. Juntando as duas coisas, os católicos
criaram a tradição de, no dia do santo, fazer pães para serem guardados o ano
inteiro. Eles não emboloravam porque não continham fermento. Na receita tradicional,
os ingredientes são, apenas, um quilo de farinha de trigo e setecentos e cinqüenta
mililitros de água. É só misturar, deixar a massa descansando por uma hora e
assá-la em forma de bolas. Hoje os devotos levam qual-
quer pão para benzer nas i-
grejas no dia 13 de junho.
Casamenteiro -- A fama de ajudar as solteironas surgiu porque a igreja em que
ele foi pároco em Lisboa (a atual Igreja de Santo António) ficava próxima ao
templo de Janus, o
deus romano da fertilidade.
Aos poucos, os adoradores da divindade pagã passaram a trocá-la por seu vizinho, o
frade Antonio. Além disso, as festas juninas, durante as quais se celebra o dia do santo, coincidem com a época dos rituais pagãos da fecundidade.
Versão Italiana -- Enquanto em Portugal ele é o
Santo Antonio de Lisboa,
na Itália ficou conhecido como o Santo Antonio de Pádua. Não se sabe como o
frade foi parar na cidade italiana, em 1222. A teoria mais aceita é a de um naufrágio, quando o religioso tentava chegar ao Marrocos para pregar entre os mouros. Os italianos cul-
tuam o santo de um jeito mais respeitoso, recordando
a figura de um orador sério, que se tornaria professor na Universodade de Bolonha.
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Fontes de Pesquisa
Editora Melhoramentos
Jornal O Dia
Ciência Hoje das Crianças
Revista Veja
Livro Classificados
Poéticos
Folha de São Paulo
Revista Superinteressante
Jornal O Fluminense
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O Dicionário Esclarece
Ancestrais -- relativo
aos antepassados.
Aqueduto -- canal; galeria
ou encanamento largo des-
tinado a conduzir águas de
um sítio para outro.
Assírios -- naturais da
Assíria, região da Ásia.
Auto -- ato público; sole-
nidade; peça de teatro da
Idade Média.
Boicote -- recusa de com-
prar ou fazer qualquer
transação com alguém ou
algum país.
Brandiu -- moveu; meneou;
agitou.
Classe Média -- categoria
de indivíduos medianamente
remunerados.
Degradação -- aviltamento;
baixeza; depravação.
Delimitando -- demarcando;
fixando limites.
Demanda -- litígio; ação
judicial; combate.
Depurar -- tornar puro;
limpar.
Difundiu-se -- espalhou-se;
derramou-se; estendeu-se;
divulgou-se.
Equipando -- guarnecendo;
provendo do necessário.
Estratégia -- a arte de
traçar os planos de uma
guerra.
Facções -- divisões de um
partido político; corren-
tes filosóficas.
Forjando -- fabricando;
inventando; maquinando.
Frenética -- que tem frene-
si; impaciente; agitada.
Ínfima -- pequeníssima;
insignificante.
Justapor -- aproximar-se;
juntar-se; pôr-se ao lado.
Legado -- coisa ou quantia
que se deixa em testamento
a quem não é herdeiro ne-
cessário.
Legislatura -- tempo duran-
te o qual os legisladores
exercem os seus poderes
(parlamentares).
Lendária -- relativo às
lendas; fantásticas.
Manipulada -- preparada
com a mão.
Membranas -- tecidos orgâ-
nicos tênues, flexíveis
que envolvem outros ór-
gãos.
Mesclou-se -- misturou-se;
incorporou-se; ligou-se.
Migração -- passadem de um
lugar para outro; deslo-
cou-se.
Mitologia -- história fa-
bulosa dos deuses, semi-
deuses e heróis da Anti-
güidade.
Molusco -- animais de cor-
po mole; sem vértebras nem
articulações.
Mouriscos -- relativo a
mouros.
Mouros -- homens que tra-
balham muito.
Nuances (nuanças) -- cada
um dos matizes diferentes
por que pode passar uma
cor.
Obscenamente -- de forma ou
modo imoral, contrariamen-
te ao pudor.
Ofuscavam -- impediam de
ver ou de ser visto; ocul-
tavam; encobriam; obscure-
ciam.
Opressores -- aqueles que
oprimem; oprimentes; tira-
nos.
Preceito -- regra de pro-
ceder; norma; ensinamento.
Rebuscado -- apurado com
esmero excessivo; requin-
tado.
Samaritanas -- mulheres da
cidade de Samaria, cujos
habitantes eram rejeitados
pelos israelitas, por se
haverem casado com pessoas
fora da raça judaica.
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