PONTINHOS
Ano LXI, n.o 375,
outubro/dezembro de 2020
Ministério da Educação
Instituto Benjamin Constant
Publicação Trimestral de
Educação, Cultura e
Recreação
Editada e Impressa na
Divisão de Imprensa Braille
Fundada em 1959 por
Renato M. G. Malcher
Av. Pasteur, 350/368
Urca -- Rio de Janeiro-RJ
CEP: 22290-250
Tel.: (55) (21) 3478-4457/3478-4531
~,pontinhos@ibc.gov.br~,
~,http:ÿÿwww.ibc.gov.br~,
Diretor-Geral do IBC
João Ricardo Melo
Figueiredo
Comissão Editorial
Geni Pinto de Abreu
Heverton de Souza Bezerra da Silva
Hyléa de Camargo Vale
Fernandes Lima
João Batista Alvarenga
Maria Cecília Coelho e
Rachel Ventura Espinheira
Colaboração
Carla Maria de Souza
Daniele de Souza Pereira
Leida Maria de Oliveira Gomes -- Ilustradora da
história em quadrinhos do
Superbraille
Regina Celia Caropreso
Revisão
Carla Dawidman
¨ I
Livros Impressos em Braille: uma Questão de
Direito
Governo Federal: Pátria
Amada Brasil
Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998.
Distribuição gratuita.
Nossas redes sociais:
Anchor: ~,https:ÿÿanchor.fmÿ~
podfalar-rbc~,
Facebook: ~,https:ÿÿwww.~
facebook.comÿibcrevistas~,
Instagram: ~,https:ÿÿwww.~
instagram.comÿrevistas{-~
rbc{-pontinhosÿ~,
Spotify: ~,https:open.~
spotify.comÿshowÿ~
IEA1XOITAuUEUR~
5GoLU5iy~,
Youtube: ~,https:ÿÿwww.~
youtube.comÿ~
RevistasPontinhoseRBC~,
¨ III
Pontinhos: revista infanto-
juvenil para cegos / MEC/Instituto Benjamin Constant. Divisão de
Imprensa Braille. n. 1 (1959) --. Rio de
Janeiro: Divisão de
Imprensa Braille, 1959 --. V.
Trimestral
Impressão em braille
ISSN 2595-1017
1. Infantojuvenil --
Cego. 2. Pessoa cega. 3. Cultura -- Cego. 4.
Revista -- Periódico. I. Pontinhos. II. Revista
infantojuvenil para cegos. III. Ministério da
Educação. IV. Instituto Benjamin Constant.
CDD-028.#ejhga
Bibliotecário -- Edilmar Alcantara dos S. Junior -- CRB/7 6872
¨ V
Sumário
Seção Infantil
Cantiga infantil :::::::: 1
Trava-Línguas :::::::::: 10
Cordel
A criança não deve
trabalhar/A criança é
quem deve dar
trabalho! :::::::::::::: 13
A Seca e o Inverno :::: 17
Histórias para Ler e
Contar
A Princesa e a
Ervilha ::::::::::::::: 23
Sonhos :::::::::::::::::: 28
Seção Juvenil
Quebra-Cuca :::::::::::: 31
Você Sabia?
Origem do Dia das
Crianças, 12 de
Outubro ::::::::::::::: 34
Vamos Rir? ::::::::::::: 39
Historiando
Qual foi o Primeiro
*Software* Criado :::: 43
Leitura
Interessante :::::::::: 46
Cuidando do Corpo e da
Mente ::::::::::::::::: 50
História em quadrinhos do
Superbraille :::::::::: 53
Seção Infantil
_`[{imagem do mascote da Revista Pontinhos, Furinho, em formato de um punção. A parte superior é a cabeça, com olhos e boca; a ponta é o corpo; das laterais, saem braços com as mãos na cintura; os símbolos *õxo* representam a cabeça, *é* o corpo._`]
!:::::::::::::::::::::::ÿ
õxo l -- Agora é hora _
é l de dançar! _
é h:::::::::::::::::::::::j
Cantiga Infantil
O Carimbador Maluco
Raul Seixas
5... 4... 3... 2
Parem! Esperem aí
Onde é que vocês pensam que vão?
Ãn-ãn
¨
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!
Tem que ser selado, registrado, carimbado
Avaliado, rotulado se quiser voar!
(Se quiser voar)
Pra Lua: A taxa é alta
Pro Sol: Identidade
Mas já pro seu foguete viajar pelo universo
É preciso meu carimbo dando o sim
Sim, sim, sim
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!
Tem que ser selado, registrado, carimbado
Avaliado, rotulado se quiser voar!
(Se quiser voar)
Pra Lua: A taxa é alta
Pro Sol: Identidade
Mas já pro seu foguete viajar pelo universo
É preciso meu carimbo dando o sim
Sim, sim, sim
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!
Mas ora, vejam só, já estou gostando de vocês
Aventura como essa eu nunca experimentei!
O que eu queria mesmo era ir com vocês
Mas já que eu não posso
Boa viagem, até outra vez
Agora o
Plunct Plact Zum
Pode partir sem problema algum
Plunct Plact Zum
Pode partir sem problema algum
Boa viagem
Plunct Plact Zum
Pode partir sem problema algum
Plunct Plact Zum
Pode partir sem problema algum
Boa viagem, boa viagem
::::::::::::::::::::::::
Uni Duni Tê
Trem da Alegria
Eu quis saber da minha estrela-guia
Onde andaria meu sonho encantado
Fada-madrinha, vara de condão
Esse meu coração sonhando acordado
¨
Vai nos levar pro mundo de magia
Onde a fantasia vai entrar na dança
E quando o brilho do amor chegar
Quero é mais brincar, melhor é ser criança
Uni, duni, duni, tê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Salamê minguê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Sorvete colorê
Sonho encantado, onde está você?
Uni, duni, duni, tê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Salamê minguê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Sorvete colorê
Sonho encantado, onde está você?
¨
A carruagem vai seguir viagem
O Trem da Alegria vai pedir passagem
Na direção do amor que eu preciso
Do meu paraíso, doce paisagem
Vai nos levar pro mundo de magia
Onde a fantasia vai entrar na dança
E quando o brilho do amor chegar
Quero é mais brincar, eu quero ser criança
Uni, duni, duni, tê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Salamê minguê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Sorvete colorê
Sonho encantado, onde está você?
Uni, duni, duni, tê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Salamê minguê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Sorvete colorê
Sonho encantado, onde está você?
Eu quis saber da minha estrela-guia
Onde andaria meu sonho encantado
Fada-madrinha, vara de condão
Esse meu coração sonhando acordado
Vai nos levar pro mundo de magia
Onde a fantasia vai entrar na dança
E quando o brilho do amor chegar
Quero é mais brincar, eu quero ser criança
Uni, duni, duni, tê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Salamê minguê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Sorvete colorê
Sonho encantado, onde está você?
Uni, duni, duni, tê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Salamê minguê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Sorvete colorê
Sonho encantado, onde está você?
Uni, duni, duni, tê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Salamê minguê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Sorvete colorê
Sonho encantado, onde está você?
Uni, duni, duni, tê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Salamê minguê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Sorvete colorê
Sonho encantado, onde está você?
::::::::::::::::::::::::
Ao Mestre com Carinho
Eliana
Quero aprender
Sua lição
Que faz tão bem pra mim
Agradecer
De coração
Por você ser assim
Legal ter você aqui
Um amigo em que eu posso acreditar
Queria tanto te abraçar
Pra alcançar as estrelas não vai ser fácil
Mas se eu te pedir
Você me ensina como descobrir
Qual é o melhor caminho
Foi com você
Que eu aprendi a repartir tesouros
Foi com você
Que eu aprendi a respeitar os outros
Legal ter você aqui
Um amigo em que eu posso acreditar
Queria tanto te abraçar
Pra mostrar pra você
Que eu não esqueço mais essa lição
Amigo, eu ofereço essa canção
Ao mestre com carinho
Pra mostrar pra você
Que eu não esqueço mais essa lição
Amigo, eu ofereço essa canção
Ao mestre com carinho
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Trava-línguas
õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ
é l -- Vamos lá! _
é h:::::::::::::::::::::::j
Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastros.
O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem, o tempo
respondeu ao tempo que o tempo tem o tempo que o tempo tem.
A pia perto do pinto, o pinto perto da pia. Quanto mais a pia pinga
mais o pinto pia. A pia pinga, o pinto pia. Pinga a pia, pia o pin-
to.
O pinto perto da pia, a pia perto do pinto.
O que é que Cacá quer? Cacá quer caqui. Qual caqui que Cacá quer?
Cacá quer qualquer caqui.
Esta casa está ladrilhada, quem a desenladrilhará? O
desenladrilhador. O desenladri-
lhador que a desenladrilhar, bom
desenladrilhador será.
Não sei se é fato ou se é fita. Não sei se é fita ou fato. O fato é
que você me fita e fita mesmo de fato.
Gato escondido com rabo de fora tá mais escondido que rabo escondido
com gato de fora.
– Pedreiro da catedral, está aqui o padre Pedro?
– Qual padre Pedro?
– O padre Pedro Pires Pisco Pascoal.
– Aqui na catedral tem três padres Pedros.
Pires Piscos Pascoais, como em outras catedrais.
Disseram que na minha rua tem paralelepípedo feito de paralelogramos.
Seis paralelogramos têm um paralelepípedo. Mil paralelepípedos têm
uma paralelepipedovia. Uma paralelepipedovia tem mil paralelogramos.
Então uma paralelepipedovia é uma paralelogramolândia?
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Cordel
õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ
é l -- Você concorda? _
é h:::::::::::::::::::::::j
A criança não deve
trabalhar/A criança é quem deve dar trabalho!
Mariane Bigio
Eu acordo bem cedo pra escola
Tomo banho com muito contragosto
Mas até despertava bem disposto
Se dissessem que é para jogar bola
Minha mãe já resmunga “não enrola!”
E na cama espreguiço, me espalho
No lençol me aninho, me agasalho
O meu pai diz “tu vai te atrasar!”
A criança não deve trabalhar
A criança é quem deve dar trabalho!
Eu adoro brincar com melequeria
Misturar o sabão com água e terra
Depois disso fazer a maior guerra
Molhar os meus amigos com mangueira
Cozinhar só se for de brincadeira
De mentira um cuscuz com queijo coalho
Minha sopa não leva sal nem alho
Mas tem tudo que eu possa misturar
A criança não deve trabalhar
A criança é quem deve dar trabalho!
Gosto de imaginar que estou no mar
Quando sento e balanço lá na rede
Já pintei com o giz toda a parede
Mas não faço mais pra ninguém brigar
Travessuras eu gosto de aprontar
Dessa arte eu entendo e nunca falho
Já menti mas eu sempre me atrapalho
É melhor a verdade revelar
A criança não deve trabalhar
A criança é quem deve dar trabalho!
Faço birra se é pra tomar remédio
É tão chato ficar aqui deitada
Então tomo para ficar curada
E assim acabar com esse tédio
Vou brincar com as crianças do meu prédio
Mas na hora do banho eu pego atalho
E pra que tomar banho? logo ralho
Porque tenho que parar pra jantar?
A criança não deve trabalhar
A criança é quem deve dar trabalho!
Minhas roupas só vivem no varal
Elas sujam com tal facilidade
Acho que são roupas sem qualidade…
Só por causa da lama no quintal?
Minha calça rasgou lá no final
Minha avó remendou com um retalho
Fui pra escola igual a espantalho
Com um peido ela pode se furar
A criança não deve trabalhar
A criança é quem deve dar trabalho!
::::::::::::::::::::::::
A Seca e o Inverno
Autor: Patativa do Assaré
Na seca *inclemente* no nosso Nordeste
O sol é mais quente e o céu, mais azul
E o povo se achando sem chão e sem veste
Viaja à procura das terras do Sul
¨
Porém quando chove tudo é riso e festa
O campo e a floresta prometem fartura
Escutam-se as notas alegres e graves
Dos cantos das aves louvando a *natura*
Alegre esvoaça e gargalha o *jacu*
Apita a *nambu* e geme a *juriti*
E a brisa *farfalha* por entre os *verdores*
Beijando os *primores* do meu *Cariri*
De noite notamos as graças eternas
Nas lindas lanternas de mil vaga-lumes
Na *copa* da mata os ramos embalam
E as flores exalam suaves perfumes
¨
Se o dia *desponta* vem nova alegria
A gente aprecia o mais lindo compasso
Além do *balido* das lindas ovelhas
Enxames de abelhas zumbindo no espaço
E o forte *caboclo* da sua *palhoça*
No rumo da roça de marcha apressada
Vai cheio de vida sorrindo e contente
Lançar a semente na terra molhada
Das mãos deste bravo caboclo *roceiro*
Fiel *prazenteiro* modesto e feliz
É que o ouro branco sai para o processo
Fazer o progresso do nosso país.
Vocabulário:
Balido: s. m. Som emitido por ovelha ou por cordeiro.
Caboclo: s. m. Pessoa que resulta da mistura de branco com índio.
Copa: s. f. Parte superior das árvores.
Cariri: s. m. Indígena das tribos dos cariris, que habitava a margem
esquerda do rio São Francisco, no Brasil.
Desponta: v. Desfaz(-se) ou gasta(-se) a ponta de; torna(-se)
embotado.
Farfalha: s. f. Barulho; coisa sem importância; pedaço ou parte
insignificante de algo.
Inclemente: adj. Dotado de extrema severidade.
Jacu: s. m. Nome de algumas espécies de aves cracídeas que habitam as
florestas da América do Sul. Assemelham-se às galinhas, mas, ao
contrário destas, vivem nas árvores, em bandos mais ou menos
numerosos, embora às vezes desçam ao chão. Possuem cauda e corpo
alongados, bico curto e um topete baixo, acompanhando o perfil da
cabeça. Uma das espécies brasileiras tem a garganta totalmente
desprovida de penas. Alimentam-se de folhas, frutos e sementes, tendo
especial preferência pelo coquinho do palmito.
Juriti: s. f. Ave que ocorre da Venezuela à Bolívia até a Argentina e
em grande parte do Brasil, no interior de matas; com cerca de 25 cm
de comprimento, plumagem marrom-avermelhada, testa clara e região
perioftálmica vermelha.
Nambu: s. m. Ave da região amazônica, parecida com a galinha
d'angola, de cor
parda, possui ovos azuis e um cantar muito bonito.
Natura: s. f. Natureza.
Palhoça: s. f. Habitação rústica coberta de palha, típica das áreas
tropicais, que varia de formato e técnica construtiva conforme a
região.
Prazenteiro: adj. Que tem ou manifesta satisfação; alegre, animado,
feliz.
Primores: s. m. Referente ao que possui superioridade ou perfeição.
Roceiro: adj. Aquele que mora na roça ou que possui hábitos comuns a
essa região.
Verdores: s. m. Característica ou qualidade de verde.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Histórias para Ler e Contar
!:::::::::::::::::::::::ÿ
õxo l -- Em quantos _
é l colchões você _
é l dorme? _
h:::::::::::::::::::::::j
A Princesa e a Ervilha
Hans Christian Andersen
Era uma vez um príncipe que viajou pelo mundo inteiro à procura
da princesa ideal para se casar. Tinha de ser linda e de sangue azul,
uma verdadeira princesa!
Mas depois de muitos meses a viajar de país em país, o príncipe
voltou para o seu reino muito triste e abatido, pois não tinha
conseguido encontrar a princesa que se tornaria sua mulher.
Numa noite fria e escura de inverno, quando o príncipe já
pensava ser impossível casar com uma princesa, houve uma terrível
tempestade. No meio da tempestade, alguém bateu à porta do castelo. O
velho rei intrigado foi abrir a porta. Qual não foi a sua surpresa ao
ver uma bela menina completamente molhada da cabeça aos pés.
A menina disse: “Poderei passar a noite aqui no seu castelo,
senhor? Fui sur-
preendida pela tempestade enquanto viajava já de volta
para o meu reino. Estou com fome e frio e não tenho onde ficar…”
O rei desconfiado perguntou: “Sois uma princesa?” A princesa
respondeu timidamente: “Sim, senhor”.
“Então entrai, pois seria imperdoável da minha parte deixar-vos
lá fora numa noite como esta!” – respondeu o rei não muito convencido
de se tratar mesmo de uma princesa.
Enquanto a princesa se secava e mudava de roupa, o rei informou
a rainha daquela visita inesperada. A rainha pôs-se a pensar e, com
um sorriso *matreiro*, disse: “Vamos já descobrir se se trata de uma
verdadeira princesa ou não…”
A rainha subiu ao quarto de hóspedes onde ia ficar a princesa
e, sem ninguém ver, tirou a roupa de cama e colocou por baixo do
colchão uma ervilha. Em seguida colocou por cima da cama mais vinte
colchões e edredons e, finalmente, a roupa de cama. Então, desceu a
escadaria e dirigiu-se à princesa, apresentando-se, e dizendo
amavelmente: "Já podes subir e descansar. Amanhã falaremos com mais
calma sobre a menina e o seu reino…”
A princesa subiu e deitou-se naquela cama estranha que mais
parecia uma montanha!
Na manhã seguinte, a princesa desceu para tomar o pequeno
almoço. O rei e a rainha já estavam sentados à mesa. A princesa
saudou os reis e sentou-se. Então a rainha perguntou: “Como passou a
noite, princesa?”
A princesa respondeu: “Oh, a verdade é que não consegui dormir
nada naquela cama tão incômoda… Senti qualquer coisa no colchão que
me incomodou toda a noite e deixou o meu corpo todo dolorido!”
O rei levantou-se e, muito ofendido, exclamou: “Impossível!
Nunca nenhum convidado se queixou dos nossos excelentes colchões de
penas!”
Mas a rainha interrompe-o e disse com um sorriso: “Pode sim!” E
explicou ao rei o que tinha feito para ver se realmente se tratava de
uma princesa ou alguém a querer enganá-los.
A rainha levantou-se e disse a todos: “Só uma verdadeira
princesa com uma pele tão sensível e delicada é capaz de sentir o
incômodo de uma ervilha através de vinte colchões e edredons!”
O rei e a rainha apresentaram a princesa ao seu filho, o
príncipe, e ele, mal a viu, ficou logo perdido de amores.
Ao fim de alguns dias, o príncipe casou com a princesa, com a
certeza de ter encontrado finalmente uma princesa verdadeira que há
tanto tempo procurava.
A partir daquele dia, a ervilha passou a fazer parte das joias
da Coroa, para que todos se lembrassem da história da princesa
ervilha.
Vocabulário
Matreiro: adj. Esperto; diz-se de quem se utiliza de
astúcia para obter o que pretende.
::::::::::::::::::::::::
Sonhos
Edith Modesto
Finalmente os computadores chegaram à escola. Os alunos olhavam
para eles com orgulho, curiosidade e respeito.
Naquela noite, Marilena foi dormir feliz. Muito romântica,
sonhava com um príncipe encantado e, para ela, o computador era como
um super-
-herói. Acreditava que ele transformaria sua vida.
“Mas como? Não entendo nada de computação...” – pensou,
insegura. E, para espantar a preocupação, virou-se na cama.
De repente, ouviu um ruído estranho. Olhou para o canto do
quarto e... iluminado por uma luz azulada, lá estava ele: o
computador. Intrigada, a menina levantou-se, aproximou-se, pé ante
pé, e qual não foi seu espanto quando surgiu na tela do monitor um
jovem simpático que foi se apresentando:
– Oi, Marilena! Prazer, eu sou o S. O.
– Oi! – respondeu ela, bastante surpresa. E pensou: “S. O.? Só
espero que não seja Serapiano Osmundo...”
Como se tivesse adivinhado, o rapaz explicou:
– S. O., de “Sistema Operacional”, viu? E foi você mesma quem
me escolheu... – Sorrindo ao perceber o olhar de espanto da garota,
S. O. completou: – ...para coordenar os trabalhos aqui.
A menina sorriu encabulada e tentou fingir que sabia da
existência de outros “sistemas operacionais” e da possibilidade de
escolher entre eles. Depois, resolveu confessar:
– É, é... que eu nunca tive um – gaguejou ela.
E comentou, preocupada:
– Computador... parece só para homem...
Aí foi a vez de S. O. ficar admirado:
– Para homem? Você nunca ouviu falar de Ada Lovelace? Em meados
do século XIX, Ada criou o primeiro programa de computador. Ela foi a
primeira programadora do mundo!
– Nessa época já existia computador? – perguntou a menina,
surpresa.
– Bem, computador, computador... – hesitou ele. – Os programas
de Ada eram pra ser usados num avô dos mi-
cros... um *precursor* do
com-
putador, planejado por Charles Babbage, um matemático e cientista
meio maluco.
E o rapaz acrescentou com um olhar sedutor:
– Dizem que eles eram apaixonados.
Para Marilena, descortinaram-se novas perspectivas. E ela
sorriu.
Vocabulário
Precursor: adj. Que anuncia
a chegada.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Seção Juvenil
_`[{furinho enfurecido._`]
õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ
é l -- Você consegue! _
é h:::::::::::::::::::::::j
Quebra-cuca
1- O que é, o que é? Não se come, mas é bom para se comer?
2- O que é, o que é? Dá muitas voltas e não sai do lugar?
3- O que é, o que é? Feito para andar e não anda?
4- O que é, o que é? Quanto mais rugas têm mais novo é?
5- O que é, o que é? Nunca volta, embora nunca tenha ido?
6- Um cachorro passou em um cinema e viu pedras, areia e tijolos.
Qual é o nome do filme?
7- O pai de meu neto é neto de meu pai. Quantas pessoas estão
envolvidas nesta relação e qual o parentesco entre elas?
8- O que fica mais barato? Levar dois amigos ao cinema uma vez ou
levar um amigo ao cinema duas vezes?
9- Qual é o número mínimo de moeda(s) que devemos colocar numa
superfície plana para garantir que cada moeda
toque exatamente três
outras moedas?
10- Se a única irmã do único irmão da tua mãe tem um filho único, que
parentesco essa criança tem com você?
11- Cinco sapos estavam sentados na beira da lagoa, dois deles
decidiram pular na água. Quantos sapos continuaram sentados na beira
da lagoa?
Respostas:
1- O talher.
2- O relógio.
3- A rua.
4- O pneu.
5- O passado.
6- Nenhum, o cinema estava em obras.
7- Filho (neto), pai (neto), avô e bisavô.
8- Se ele levar dois amigos ao cinema uma vez, pagará três entradas;
Se ele levar um amigo duas vezes ao cinema pagará quatro entradas;
Logo, a primeira opção ficará mais barato para ele.
9- Solução: 4, sendo 3 moedas colocadas sobre a mesa em um triângulo
(tocando uma na outra) e colocar a quarta em cima delas no meio.
10- É você mesmo.
11- 5, pois os sapos apenas decidiram, mas não chegaram a pular na
água.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Você sabia?
õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ
é l -- Vamos comemorar! _
é h:::::::::::::::::::::::j
Origem do Dia das Crianças,
12 de Outubro
O Dia das Crianças é uma data comemorada em diferentes países.
De acordo com a história e o significado da comemoração, cada país
escolhe uma determinada data e certos tipos de celebração para
lembrar de seus menores. Ao mesmo tempo, o Fundo das Nações Unidas
para a Infância (UNICEF) convencionou o dia 20 de novembro para se
comemorar o Dia das Crianças.
A escolha dessa data se deu porque nesse mesmo dia, no ano de
1959, o UNICEF oficializou a Declaração dos Direitos da Criança.
Neste documento se estabeleceu uma série de direitos válidos a todas
as crianças do mundo, como alimentação, amor e educação. No caso do
Brasil, a tentativa de se padronizar uma data para as crianças
aconteceu algumas décadas antes.
Em 1923, a cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil,
sediou o 3º Congresso Sul-Americano da Criança. No ano seguinte,
aproveitando a recente realização do evento, o deputado federal
Galdino do Valle Filho elaborou o projeto de lei que estabelecia
essa nova data comemorativa. No dia 5 de novembro de 1924, o Decreto
n.o 4.867, instituiu 12 de outubro como data oficial para comemoração do Dia das Crianças.
No entanto, o dia ganhou maior popularidade em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma
promoção com a Johnson & Johnson e criou a "Semana do Bebê Robusto" (como uma estratégia para aumentar suas vendas),
e a partir desse momento a data passou a ser comemorada, com a atribuição de presentes para as crianças.
O Dia das Crianças, celebrado no dia 12 de outubro no Brasil, é um dia para comemorar os direitos das crianças,
quando normalmente elas ganham muitos presentes de seus familiares.
O Dia das Crianças é sempre muito aguardado pela criançada, e com o passar dos anos, a forma de comemorá-lo
evoluiu à medida que os presentes se modernizaram, e o gosto das crianças também se atualizou.
Ser Criança
Ser criança é achar que o mundo é feito de fantasias, sorrisos e brincadeiras.
Ser criança é comer algodão-doce e se lambuzar.
Ser criança é acreditar num mundo cor-de-rosa.
Cheio de pipocas
Ser criança é olhar e não ver o perigo.
Ser criança é sorrir e fazer sorrir.
Ser criança é chorar sem saber por quê.
Ser criança é se esconder para nos preocupar.
Ser criança é pedir com os olhos.
Ser criança é derramar lágrima para nos sensibilizar.
Ser criança é isso e muito mais.
É nos ensinar que a vida, apesar de difícil,
Pode tornar-se fácil com um simples sorriso.
É nos ensinar que criança só quer carinho e afeto.
É nos ensinar que, para sermos felizes,
Basta apenas olharmos para uma criança.
Fontes:
~,https:ÿÿwww.radiosimpatia.~
com.brÿnoticiasÿ3038-~
origem-do-dia-das-~
crian%C3%A7as,-12-~
de-outubro.html~,
~,https:ÿÿbrasilescola.uol.~
com.brÿdia-das-criancasÿa-~
origem-dia-das-criancas.~
htm~,
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Vamos rir?
!:::::::::::::::::::::::ÿ
õxo l -- Você sabe _
é l contar piada? _
é h:::::::::::::::::::::::j
Como se chama um pedido de desculpas escrito em pontos e traços?
Resp.: Código re-Morse.
Era uma vez um pintinho que se chama Relam. Toda vez que chovia,
relam piava!
Um caipira chega à casa de um amigo que estava vendo TV e pergunta:
– E aí, firme?
E o outro responde:
– Não, futebor!
Por que a aranha é o animal mais carente do mundo?
Resp.: Porque ela é um
*aracneedyou* (aracnídeo)
Qual é o mercado que voa?
– É o super-mercado!
Por que o pinheiro não se perde na floresta?
Resp.: Porque ele tem uma pinha (um mapinha)
Como transformar o giz em uma cobra?
Resp.: É só colocar ele na água que o GIZBÓIA!
Por que a formiga tem 4 patas e não 5?
Resp.: Porque ela não se chama FIVEmiga
A Professora:
– Quem se acha burro fique em pé.
Dudu se levanta:
– Você se acha burro Dudu?
– Não, mas fiquei com dó de ver a senhora em pé sozinha.
Joãozinho chamou o táxi e perguntou:
– Moço quando o senhor cobra para me levar para o aeroporto?
E o taxista respondeu:
– R$15.
– E as malas?
– As malas eu não cobro nada.
– Então leve as malas que eu vou a pé.
A professora pergunta:
– Joãozinho, arroz é com S ou Z?
Joãozinho responde:
– Aqui na escola eu não sei, mas lá em casa é com feijão!
O que as bruxas usam para voar em dias de chuva?
Resp.: Um rodo!
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Historiando
!:::::::::::::::::::::::ÿ
õxo l -- Você sabe _
é l a resposta? _
é h:::::::::::::::::::::::j
Qual foi o primeiro
*software* criado?
Dependendo da definição, é possível dizer que ele tenha sido
inventado por uma
mulher no século XIX
A resposta não é tão simples. “Depende do que considerarmos
*software*”, afirma o cientista de computação Paulo Candido, diretor
técnico de uma empresa de consultoria de informática. Os primeiros
computadores eletrônicos do mundo – como o Z3 alemão e o ENIAC
americano – eram verdadeiras montanhas de válvulas que ocupavam o
andar inteiro de um prédio. Sua pro-
gramação era feita por técnicos
que ligavam e desligavam centenas de cabos e tomadas nas posições
desejadas, em um trabalho que lembra o das telefonistas de
antigamente.
Hoje, o *software* é composto de instruções escritas em uma
linguagem específica de programação, armazenadas em memória
eletrônica e executadas por um microprocessador ou *chip*. Se essa for
a definição aceita, o primeiro *software* surgiu na Inglaterra, em
1948, baseado num sistema criado pelo matemático húngaro John von
Neumann (1903-1957).
O incrível é que, 100 anos antes de Neumann, o conceito de
*software* já havia sido imaginado, na teoria, por uma mulher. Por
isso, muitos estudiosos consideram que a primeira programadora do
mundo teria sido a condessa Ada Lovelace (1815-1852), matemática,
filha do célebre poeta romântico inglês, Lord Byron.
Tudo começou quando Ada conheceu Charles Babbage, visionário
que tentava construir um computador mecânico. Os dois trocaram muitas
cartas e, em 1843, ela chegou a escrever programas para a chamada
“Máquina Analítica de Babbage”, que, infelizmente, nunca foi
construída.
Fonte: ~,https:ÿÿsuper.~
abril.com.brÿmundo-~
estranhoÿqual-foi-o-~
primeiro-software-criadoÿ~
#k:~:text=Se%20essa%~
20for%20a%20defini~
%C3%A7%C3%A3o,~
na%20teoria%2C%~
20por%20uma%20mulher.~
Vocabulário
Válvulas: s. f. Cada um de vários dispositivos que se inserem numa
tubulação para movimentar.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Leitura Interessante
!:::::::::::::::::::::::ÿ
õxo l -- Você gosta do _
é l seu professor? _
é h:::::::::::::::::::::::j
Você sabe como surgiu o dia do Professor?
No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa
Tereza D'Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o
Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e
lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”.
Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do
ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os
alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser
contratados. A ideia inovadora e revolucionária teria sido ótima –
caso tivesse sido cumprida.
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que
ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.
Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1.520 da
Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como
“Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 1 de
junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo o
período. Quatro professores tiveram a ideia de organizar um dia de
parada para se evitar a *estafa* – e também de *congraçamento* e análise
de rumos para o restante do ano.
O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no
dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e
alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com
os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a
ideia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o
Brasil.
A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela
cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada
nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14
de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado:
“Para comemorar *condignamente* o Dia do Professor, os estabelecimentos
de ensino farão promover solenidades, em que se *enalteça* a função do
mestre na
sociedade moderna, fazendo
participar os alunos e as
famílias”.
Fonte: ~,https:ÿÿwww.~
soescola.comÿ2017ÿ10ÿ~
voce-sabe-como-surgiu-~
o-dia-do-professor.html~,
Vocabulário
Condignamente: adv. de modo. De maneira merecida.
Congraçamento: s. m. Conciliação, reconciliação.
Enalteça: v. Tornar grandioso.
Estafa: s. f. Extremo cansaço; esgotamento.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Cuidando do Corpo e da
Mente
!:::::::::::::::::::::::ÿ
õxo l -- Que tal um _
é l banho de sol, _
é l amiguinhos? _
h:::::::::::::::::::::::j
VITAMINA D: importante para a saúde das crianças
Dani Monreal
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, com medo do câncer
de pele, o sol é fundamental para a saúde e o funcionamento do corpo.
Por meio dos raios do tipo ultravioleta B, nosso organismo
obtém a vitamina D e, com ela, melhora a absorção do cálcio,
fortalecendo os ossos.
A vitamina D é imprescindível para a formação e o
fortalecimento dos ossos, em especial para as crianças.
A falta dessa vitamina, quando associada à falta de cálcio,
pode ocasionar falha no desenvolvimento infantil e levar até a
deformidade dos ossos.
Para incluir essa substância é importante a exposição solar
diária de 20 minutos (antes das 11 da manhã e após as 16 horas da
tarde), para a reposição natural da vitamina D no sangue, e buscar
incluir na dieta alimentos fonte de cálcio e vitamina D.
A criança pode aproveitar a praia e a piscina desde cedo. No
entanto, os horários de pico devem ser evitados, pois é quando a
intensidade dos raios ultravioleta é muito forte e pode causar danos
à pele, principalmente na do bebê, que é mais sensível.
Apesar de alguns alimentos serem fonte dessa vitamina,
como
peixes gordurosos, leite e ovos, a quantidade presente é muito
pequena e insuficiente para suprir as necessidades do corpo.
Durante a vida intrauterina, o feto retira essa substância do
sangue materno, mas, depois do nascimento, precisa produzir sua
própria vitamina, pela exposição ao sol, pela dieta alimentar ou por
meio da suplementação.
Por esse motivo, os pediatras orientam às mães que exponham
seus bebês ao sol diariamente. Quando mais velhos devem ainda
estimular brincadeiras e esportes ao ar livre, como era feito
antigamente.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
História em quadrinhos do
SuperBraille
õxo !:::::::::::::::::::ÿ
é l -- Adoro _
é l comemorar! _
é h:::::::::::::::::::j
Superbraille em...
“Comemoração!”
_`[{história do Superbraille em... “Comemoração!”, em treze quadrinhos:
Q1: Em pé, de frente para o restaurante, pai com a mão direita no
ombro da mãe, e mãe com a mão direita nas costas de Luís. Narrador
diz: “Hoje é o dia do aniversário de casamento de 15 anos dos pais de
Luís. Eles vão jantar fora com o filho. No restaurante...”; Luís diz:
“Nossa! Que lugar bonito!”
Mãe diz: “É, meu filho. Foi aqui que seu pai me pediu em
casamento. Achei que seria legal trazer você para conhecer.”
Q2: Narrador diz: “A recepcionista acompanha a família até a mesa.”
Q3: Sentados à mesa. Pai diz: “Por favor, o cardápio.”
Q4: Narrador diz: “De repente, surge, na porta do restaurante, uma
moça com o seu cão-guia.”; Luís diz: “Mamãe! Pode entrar cachorro no
restaurante?”
Mãe diz: “Não, filho. Não se trata de um cachorro comum, aquele é
um cão-guia, e é permitido.”
Pai diz: “Sim, filho. É permitido pela Lei N.o 11.126/05, que
garante acessibilidade para as pessoas com deficiência visual
permanecerem acompanhadas
com seu cão-guia nos estabelecimentos.”
Q5: Sentados à mesa, ao lado da mesa da moça. Narrador diz: “Eles
observam o garçom entregar o cardápio à moça. E prestam atenção ao
diálogo dos dois.”; Moça diz: “Senhor, por favor, o cardápio.”;
Garçom diz: “Aqui, senhora.”
Q6: Moça diz: “Como assim? Vocês não têm cardápio acessível? Vou
depender do senhor para fazer a escolha da minha comida?”
Garçom diz: “Infelizmente, não temos! Mas eu posso ler para a
senhora.”
Q7: Narrador diz: “Luís, incomodado....”; Luís diz: “Papai, mamãe, me
deem um minuto. Eu preciso ir ao banheiro.”
Q8: Narrador diz: “No banheiro... Luís passa a bengala para mão
esquerda e
se transforma no Super-
braille.”
Q9: Narrador diz: “Superbraille se aproxima da moça.”; Superbraille
diz: “Olá! Eu acho que posso ajudá-la a ler o cardápio. Senhor, por
favor, poderia passá-lo para mim?”
Q10: Narrador diz: “O garçom entrega o cardápio ao Superbraille, que
passa a mão direita sobre o texto em tinta, transformando-o em
braille. Após, entrega à moça, que o coloca sobre a mesa.”
Q11: Superbraille diz: “Agora pode passar a mão sobre o cardápio.”;
Moça diz: “Uau! Está todo em braille. Mas quem é você?”
Q12: Superbraille diz: “Eu sou o Superbraille. E agora é preciso que
o restaurante providencie cardápios acessíveis, não só em braille,
mas também ampliado, conforme indica a Lei N.o 7.486/16.”
Garçom diz: “Sim, senhor. Pode deixar, vou falar com a gerência,
isso não acontecerá mais.”
Q13: Narrador diz: “Superbraille se despede da moça e disfarçadamente
retorna ao banheiro. Lá volta a ser Luís ao passar a bengala para a
mão direita. Em seguida, retorna para a mesa dos pais.”; Pai diz:
“Luís! Você perdeu. O Superbraille esteve aqui e ajudou aquela moça
com o cardápio acessível, transformando todas as letras em tinta em
braille. Foi incrível!”
Luís diz: “Que legal, pai! Poxa! Eu perdi. Eu já tinha ouvido
falar dele lá na livraria. Será que esse Superbraille é mesmo um
herói?”_`]
õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo
Transcrição: Diogo Silva Müller Dunley
Coordenação de revisão: Geni Pinto de Abreu
Revisão braille: João
Eterno Nascimento
Produção: Instituto
Benjamin Constant
Ano: 2020