Diretor-Geral do IBC Mauro Marcos Farias da Conceição Comissão Editorial Camila Sousa Dutton Geni Pinto de Abreu Heverton de Souza Bezerra da Silva Hylea de Camargo Vale Assis João Batista Alvarenga Maria Cecília Guimarães Coelho Maria Luzia do Livramento Rachel Ventura Espinheira Revisão Marília Estevão Livros impressos em braille: uma questão de direito Governo Federal Brasil: União e Reconstrução
Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita. Arquivo da revista disponível para impressão em braille: ~,http:`/`/www.ibc.gov.br`/~ publicacoes`/revistas~, Nossas redes sociais: Anchor: ~,https:`/`/anchor.fm`/~ podfalar-rbc~, Facebook: ~,https:`/`/www.~ facebook.com`/ibcrevistas~, Instagram: ~,https:`/`/www.~ instagram.com`/revistas{-~ rbc{-pontinhos`/~, YouTube: ~,https:`/`/www.~ youtube.com`/~ RevistasPontinhoseRBC~,
Sumário
Cantigas ::::::::::::::: 2
Brincar de viver ::::::: 2
Cordel ::::::::::::::::: 5
O Menino e a caixa --
um cordel natalino
para crianças! :::::::: 5
História para ler e
contar :::::::::::::::: 13
Galinha ao molho
pardo ::::::::::::::::: 13
A princesa que não
gostava de sopa ::::::: 35
Quebra-cuca :::::::::::: 41
Você sabia... :::::::::: 44
Vamos rir :::::::::::::: 46
Recibo da escola ::::::: 46
Dar e receber :::::::::: 46
Tentando ficar
bonita :::::::::::::::: 46
Cadeira de D.
Pedro :::::::::::::::: 47
Galinha agitada :::::::: 47
Paquera enrolada ::::::: 48
Historiando :::::::::::: 49
Leitura interessante ::: 63
O ponto negro :::::::::: 63
Cuidando do corpo e da
mente ::::::::::::::::: 67
Cuidar da saúde mental
também é coisa de
jovem ::::::::::::::::: 67
Cordel
O Menino e a caixa -- um cordel natalino para
crianças!
Mariane Bigio
Numa casa muito pobre
um menino soluçava
ninguém sabia ao certo
por que é que ele chorava
era noite e estava escuro
ele logo adormeceu
e enquanto ele sonhava
algo estranho aconteceu
uma caixa de sapatos
foi deixada em sua porta
ela estava amarrotada
com a tampa um pouco torta
o menino viu a caixa
logo de manhã bem cedo
foi abrindo, curioso
mas com um pouco de medo
e lá dentro o que havia?
alguém pode adivinhar?
um sapato? um bichinho?
o que ele vai achar?
na caixinha abandonada
embrulhados com cuidado
havia dez bonequinhos
todos em perfeito estado
o primeiro bonequinho
que o menino descobriu
era uma bela moça
com seu manto azul-anil
depois outro bonequinho
foi logo desembrulhado
era um homem, muito sério
segurando seu cajado
havia também na caixa
três bonecos coroados
que traziam três presentes
para serem ofertados
três bichinhos esperavam
pra serem desembalados
uma ovelha, um boizinho
e um galo empertigado!
o menino deu um riso
quando abriu outro papel
era um anjo, tão sublime
desses que moram no céu
a caixa quase vazia…
só restou um bonequinho
que era o mais bonito
um bebê em seu bercinho
o bercinho era de palha
e o bebê, tão pequenino
tinha um brilho diferente
que cativou o menino
durante o dia todo
o menino aproveitou
brincou tanto que nenhum
bonequinho descansou!
na noite daquele dia
antes mesmo de dormir
guardou tudo bem guardado
não deixou ninguém abrir
era noite de Natal
e o menino nem lembrava
foi aí que aconteceu
o que ninguém esperava
uma luz desceu do céu
e entrou dentro do caixote
uma música tocou
e o menino deu pinote!
levantou do seu colchão
e correu pra averiguar
chegou perto e deu um grito
não podia acreditar…!
os bonecos tinham vida
e cantavam em coral
uma música bonita
falando sobre o Natal
Maria, a bela moça
ao menino abençoou
pegou o bebê no colo
e a ele apresentou:
“Esse aqui é o meu filho
o seu nome é Jesus
viemos a sua casa
para trazer muita luz…
para que você não chore
nunca mais, de madrugada
saiba que a sua vida
poderá ser transformada
levante sua cabeça
basta só acreditar
estude, e não esqueça:
nunca pare de lutar!
um dia você verá
tudo vai ser diferente
ajude sua família…
vai ser bom daqui pra frente!”
o menino agradeceu
e se encheu de alegria
ficou ali vendo a cena
enquanto Jesus dormia
conheceu os três Reis Magos
e José, o Carpinteiro,
e depois pegou num sono
agarrado ao travesseiro
na manhã ao despertar
ele achou ter sido um sonho
foi em direção à caixa…
teve um susto tão medonho!
os bonecos lá estavam
parados na posição
em formato de presépio
igual à sua visão…
então não foi sonho, não!
tudo tinha acontecido!
ele então olhou pro céu
pois estava convencido:
tudo iria mudar
e só dele dependia
ele iria estudar
como lhe disse Maria
o menino decidiu
fazer o sonho real…
e nunca mais esqueceu
essa noite de Natal.
Fonte: ~,https:ÿÿmaribigio.~
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e-a-caixa-um-cordel-~
natalino-para-criancas~,
Acesso em: 28/08/2024
Vocabulário
Averiguar: v. Procurar informações acerca de.
Cajado: s.m. Vara, viga ou bordão próprio de pastor.
Empertigado: adj. Que se encontra em posição endireitada; em linha
reta.
Pinote: s.m. Salto, pulo.
História para ler e contar
Galinha ao molho pardo
Fernando Sabino
Ao chegar da escola, dei com a novidade: uma galinha no quintal. O
quintal de nossa casa era grande, mas não tinha galinheiro, como
quase toda casa de Belo Horizonte naquele tempo. Tinha era uma porção
de árvores: um pé de manga sapatinho, outro de manga coração-de-boi,
um pé de gabiroba, um de goiaba branca, outro de goiaba vermelha, um
pé de abacate e até um pé de fruta-de-conde. No fundo, junto do muro,
um bambuzal. De um lado, o barracão como quarto da Alzira cozinheira
e um quartinho de despejo. Do outro lado, uma caixa de madeira grande
como um canteiro, cheia de areia que papai botou lá para nós
brincarmos. Eu brincava de fazer túnel, de guerra com soldadinhos de
chumbo, trincheira e tudo. Deixei de brincar ali quando começaram a
aparecer na areia uns montinhos fedorentos de cocô de gato. Os gatos
quase nunca apareciam, a não ser de noite, quando a gente estava
dormindo. De dia se escondiam pelos telhados. Tinham medo de
Hindemburgo, que era mesmo de meter medo, um pastor alemão deste
tamanhão. Não sabiam que Hindemburgo é que tinha medo deles. Cachorro
com medo de gato: coisa que nunca se viu. Quando via um gato,
Hindemburgo metia o rabo entre as pernas e fugia correndo.
Pois foi no quintal que eu vi a galinha, toda folgada, ciscando na
caixa de areia. Havia sido comprada por minha mãe para o almoço de
domingo: Dr. Junqueira ia almoçar em casa e ela resolveu fazer
galinha ao molho pardo.
Eu já tinha visto a Alzira matar galinha, uma coisa horrível.
Agarrava a coitada pelo pescoço, agachava, apertava o corpo dela
entre os joelhos, torcia com a mão esquerda a cabecinha assim para um
lado, e com a direita, zapt! passava o facão afiado, abrindo um talho
no gogó. O sangue esguichava longe. Ela aparava logo o esguicho com
uma bacia, deixando que escorresse ali dentro até acabar. E a
bichinha ainda viva, estrebuchando nas mãos da malvada.
Como se fosse a coisa mais natural deste mundo, a Alzira me contou
o que ia acontecer com a nova galinha.
Revoltado, resolvi salvá-
-la.
Eu sabia que o Dr. Junqueira era importante, meu pai dependia dele
para uns negócios. Pois no que dependesse de mim, no domingo ele ia
poder comer de tudo, menos galinha ao molho pardo.
Era uma galinha branca e gorda, que não me deu muito trabalho para
pegar. Foi só correr atrás dela um pouco, ficou logo cansada.
Agachou-
-se no canto do muro, me olhou de lado como as galinhas olham e se
deixou apanhar.
Não sei se percebeu que eu não ia lhe fazer mal. Pelo contrário, eu
pretendia salvar a sua vida. O certo é que em poucos minutos ficou
minha amiga, não fugiu mais de mim.
-- O seu nome é Fernanda -- falei então. E joguei um pouquinho de
água na cabecinha dela: -- Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo, amém.
Assim que escureceu, ela se empoleirou muito fagueira num galho da
goiabeira, enfiou a cabeça debaixo da asa e dormiu. Então eu entendi
por que dizem que quem vai para a cama cedo dorme com as galinhas.
No dia seguinte era sábado, não tinha aula. Passei o tempo inteiro
brincando com ela. Levei horas lhe ensinando a responder sim e não
com a cabeça:
-- Você sabe o que eles estão querendo fazer com você, Fernanda?
Ela mexia a cabecinha para os lados, dizendo que não.
-- Pois nem queira saber. Cuidado com a Alzira, aquela magrela de
pernas compridas. É a nossa cozinheira. Ruim que só ela. Não deixa a
Alzira nem chegar perto de você.
Ela mexia com a cabecinha para cima e para baixo, dizendo que sim.
-- Estão querendo matar você para comer. Com molho pardo.
Os olhinhos dela piscaram de susto. O corpo estremeceu e ali mesmo,
na hora, ela botou um ovo. De puro medo.
-- Mas eu não vou deixar -- procurei tranquilizá-la, apanhando o ovo
com cuidado, para enterrar na areia depois e ver se nascia pinto.
E acrescentei:
-- Hoje não precisa de ter medo, que o perigo todo vai ser amanhã.
Eu sabia que para fazer galinha ao molho pardo tinham de matar
quase na hora, por causa do sangue, que era aproveitado para preparar
o molho.
-- Vou esconder você num lugar que ninguém é capaz de descobrir.
Junto do tanque de lavar roupa costumava ficar uma bacia grande de
enxaguar. A Maria lavadeira só ia voltar na segunda-feira. Antes
disso ninguém ia mexer naquela bacia. Assim que escureceu, escondi a
Fernanda debaixo dela. Fiquei com pena de deixar a coitada ali sozinha:
-- Você se importa de ficar ai debaixo até passar o perigo?
Ela fez com a cabeça que não.
-- Então fica bem quietinha e não canta nem cacareja nem nada.
Principalmente se ouvir alguém andando aqui fora.
Ela fez com a cabeça que sim.
-- Amanhã, assim que puder eu volto. Dorme bem, Fernanda.
Naquela noite, para que ninguém desconfiasse, jantei mais cedo e
fui dormir com as galinhas.
Na manhã de domingo me levantei bem cedo e fui dar uma espiada na
Fernanda. Encontrei a pobrezinha mais morta do que viva debaixo da
bacia. Mais um pouco e nem ia ser preciso a Alzira usar o facão. Não
sei se por falta de ar, por causa da fome, da sede ou de tudo isto
junto: ela estava deitada de bico aberto e os olhos meio fechados de
quem já desistiu de viver.
Água era fácil, eu trouxe um pouco numa tigelinha, despejei pelo
bico adentro e ela se reanimou.
Mas como arranjar comida sem chamar a atenção de
ninguém? Ainda não
tinham notado a falta da galinha, nem mesmo pensado em trazer alguma
coisa para ela comer. Que diferença fazia? Se ia ser comida naquele
dia mesmo?
O jeito foi furtar um pouco do milho do Godofredo, que no seu
poleiro, correntinha presa no pé, acompanhava tudo com ar intrigado.
A galinha come milho e o papagaio leva a fama! -- ele parecia dizer.
No que tirei o milho, disparou a berrar:
-- Socorro! Socorro! Pega ladrão!
O diabo do papagaio não gostava de mim, eu sabia. Era do Toninho,
meu irmão, a quem dava o pé, todo lampeiro, e ainda abaixava a
cabecinha para um cafuné. Ai de mim, se quisesse fazer o mesmo: me
pespegava uma bicada na mão.
-- Cala a boca, Godofredo.
-- Cala a boca já morreu! Quem manda aqui sou eu!
Joguei na cara dele o resto da água da tigelinha:
-- Toma, seu desgraçado, para você aprender.
-- Socorro! Socorro! Pega ladrão! -- berrava ele, batendo as asas.
Tamanho foi o escarcéu que o Godofredo aprontou, que acabou caindo
do poleiro e ficou de pendurado pelo pé. Foi o tempo de esconder a
Fernanda debaixo da bacia e me escafeder correndo pelo porão adentro.
A Alzira já batia os chinelos escada abaixo com suas pernas
compridas, faca na mão, à procura da galinha. Ao ouvir aquele
berreiro, veio ver o que estava acontecendo:
-- Que é que esse bicho tem? Não fala nada que preste
e de repente destampa essa gritaria toda!
O papagaio tentava com muito esforço voltar ao poleiro, subindo com
a ajuda do bico pela própria correntinha e se balançando de um lado
para outro. Olhava com raiva para a cozinheira, como a dizer: essa
miserável nem para me dar uma mãozinha. Ela também não achava lá
muita graça no Godofredo. Dizia que ele não servia para nada, só
sabia sujar de titica o chão todo debaixo do poleiro, e ela é que
tinha de limpar.
-- Que é que você quer, coisa ruim? Quem é que é ladrão?
O bicho tinha conseguido com muita dificuldade empoleirar-se de
novo, depois de despencar algumas vezes.
Ofegante, entortou a cabecinha e encarou a cozinheira:
-- Sua galinha! Sua galinha!
O Godofredo já havia xingado a Alzira de nomes feios, de modo que
ela achou desaforo ser chamada de galinha. E respondeu no mesmo tom,
brandindo o facão para o papagaio:
-- Galinha é você! Galinha verde!
Lá do fundo escuro do porão, onde tinha ido me esconder, vi a
Alzira olhar ao redor:
-- Por falar nisso, onde é que se meteu a galinha?
Apavorado, ouvi o Godofredo gritar, com sua voz de currupaco-papaco:
-- Na bacia! Na bacia!
Além do mais, era delator, o miserável. Dedo-duro, traidor,
entregava ao carrasco o seu próprio semelhante (ou quase). Antes que
fosse tarde, saí do meu esconderijo lá no porão, como quem não quer
nada, vim me sentar na própria bacia.
-- Uai, que é que você estava fazendo ali escondido, Fernando?
-- Nada não...
A cozinheira me olhava com ar de suspeita:
-- Boa coisa é que não há de ser. Alguma esse menino anda
arrumando, com esse ar de cachorro que quebrou a panela.
-- Na bacia! Na bacia! o Godofredo berrava.
-- Cala essa boca, seu filhote de urubu! -- gritei.
-- Na bacia! Na bacia! -- ele continuava.
-- Que é que esse tagarela está falando? perguntou a Alzira.
-- Está te chamando de nabacinha.
-- Nabacinha? Que quer dizer isso?
-- Quer dizer vagabunda respondi, a cara mais séria deste mundo.
A Alzira arregalou os olhos, ergueu no ar o facão:
-- Vagabunda? Está me chamando de vagabunda? Nabacinho é você, seu
bicho ordinário! Não sei onde estou que não te corto o pescoço, asso
no espeto e como, ouviu? E ainda chupo os ossinhos um por um!
Ela correu de novo os olhos em torno:
-- Por falar em comer: *quede* a galinha? Já está na hora de fazer
o almoço. Onde é que ela se meteu?
-- Não sei...
-- Você não estava brincando com ela ontem, menino?
-- Isso foi ontem. Hoje eu não vi ela ainda.
-- Será que fugiu? Ou alguém roubou?
E ela olhou para o papagaio, cismada agora com o silêncio dele:
-- Vai ver que é por isso que esse nabacinho de uma figa estava
gritando pega ladrão. Algum ladrão de galinha.
Agarrei a ideia no ar, era a salvação:
-- Isso mesmo! Quando eu estava ali no quintal vi um homem passar
correndo... Levava uma coisa escondida em-
baixo do paletó. Só podia
ser a galinha.
A Alzira não parecia acreditar muito na história. Pelo contrário,
ficou mais desconfiada. E naquele exato momento a Fernanda resolve se
mexer debaixo da bacia, fazendo um barulhinho na lata com o bico e
com os pés. Continuei sentado e, para disfarçar, comecei a bater com
os dedos na bacia como se tocasse tambor. A galinha deve ter
entendido, pois logo ficou quieta. Mas a Alzira continuava com ar de
desconfiança:
-- Esse menino está com um jeito muito velhaco. Sei não... Alguma
ele andou fazendo.
E saiu pelo quintal, à procura da galinha, olhando aqui e ali: nos
galhos das árvores, atrás do barracão, no meio dos bambus. Depois foi
contar para mamãe que a galinha havia sumido.
Fui atrás, para o que desse e viesse. Escutei tudo. Mamãe torcia as
mãos:
-- E agora, como vai ser? Como é que ela foi sumir assim, sem mais
nem menos?
-- Sei lá -- respondeu a Alzira: Não acredito que tenham roubado,
como diz o Fernando. Vai ver que saiu voando e pulou o muro. Bem que
eu pensei em cortar as asas dela e me esqueci. Agora é tarde.
E a cozinheira me apontou:
-- Para mim, a gente anda precisando de cortar as asas é desse
menino.
-- Está quase na hora do almoço -- disse minha mãe: -- O Dr.
Junqueira está para chegar de uma hora para outra, e como é que a
gente vai fazer sem a galinha? O Domingos vai ficar aborrecido.
Dali a pouco era o meu pai quem chegava da rua, trazendo o jornal
de domingo debaixo do braço. Quando mamãe lhe deu a triste notícia,
para surpresa minha e dela, ele não se aborreceu:
-- Faz outra coisa. Macarrão, por exemplo. O Dr. Junqueira é bem
capaz de gostar de macarrão.
E foi ler o jornal na varanda.
Filho de italiano, quem gostava de macarrão era ele. E da
macarronada que a Alzira fazia todo mundo gostava.
Pois o Dr. Junqueira não só gostou, como repetiu duas vezes, para
grande satisfação de mamãe. Papai abriu uma garrafa de vinho daquelas
de cestinha de palha, e os dois a esvaziaram, depois de dar um
pouquinho para mim e meus irmãos, com água e açúcar. Guardanapo
enfiado no colarinho, o Dr. Junqueira limpou os bigodes, satisfeito:
-- Ainda bem que era essa macarronada tão boa. Eu estava com medo
que fosse galinha.
Se tem uma coisa que eu detesto é galinha. Principalmente ao molho
pardo.
Nem por isso senti que minha amiga Fernanda não estava mais
condenada à morte. Mesmo porque, meu pai gostava também de galinha,
com ou sem o Dr. Junqueira. Por outro lado, ela não podia ficar
escondida o resto da vida (eu não tinha a menor ideia de quanto tempo
vivia uma galinha). E na manhã seguinte a Maria viria lavar roupa, ia
descobrir a Fernanda encolhida debaixo da bacia.
Depois que o almoço terminou e o Dr. Junqueira se despediu, fui lá
perto do tanque fazer uma visitinha a ela, resolvido a ganhar tempo:
-- Você hoje ainda vai dormir aí, mas amanhã eu te solto, está bem?
Ela fez que sim com a cabeça. Deixei água na tigelinha e mais um
pouco de milho furtado de novo do Godofredo. Antes que o diabo do
papagaio pusesse a boca no mundo eu avisei:
-- Se você falar alguma coisa, mando a Alzira fazer papagaio ao
molho pardo para o jantar.
Ele fez cara de quem comeu e não gostou, mas ficou calado, vai ver
que pensando um jeito de se vingar.
De manhãzinha, antes que a Maria lavadeira chegasse, fui até lá,
levantei a bacia e peguei a Fernanda, procurei mamãe com ela debaixo
do braço:
-- Olha só quem está aqui. Mamãe se espantou.
-- Uai, ela não tinha sumido? Onde é que você encontrou essa
galinha, Fernando?
De repente seus olhos se apertaram num jeito muito dela, quando
entendia as coisas, havia entendido tudo. Antes que me passasse um
pito, eu avisei:
-- Se tiverem de matar a minha amiga, me matem primeiro.
Mamãe achou graça quando soube que ela se chamava Fernanda e
resolveu não se importar com o que eu tinha feito, pelo contrário:
deixou que a galinha passasse a ser um de meus brinquedos. Só proibiu
que eu a levasse para dentro de casa. Fernanda me seguia os passos
por toda parte, como um cachorrinho.
E ela continuou minha amiga, até morrer de velha, não sei quanto
tempo mais tarde.
Só sei que alguns dias depois do almoço do Dr.
Junqueira, mamãe comprou um frango.
-- Esse vai se chamar Alberto. -- eu disse logo.
-- Pois sim. -- disse minha mãe e mandou que a Alzira tomasse conta
do frango.
No dia seguinte mesmo, no almoço, comemos o Alberto. Ao molho pardo.
A princesa que não gostava de
sopa
Ana Filipa Silva
Era uma vez uma menina que adorava ser princesa. Era a Mariana.
Todos os dias usava um vestido de princesa, rodado, de tule ou
folhos: ora um amarelo, um azul ou cor de rosa -- a sua cor
preferida. Colocava a sua coroa e os seus sapatinhos de tacão e
demorava muuuuuuito tempo a olhar-se ao espelho. Era a sua
brincadeira preferida.
-- Eu sou uma princesa! -- dizia ela a toda a gente, muito
simpática e sorridente.
Todos achavam interessante a piada e sorriam. Era vaidosa, mas
também muito meiga, amiga de todos os meninos e tratava muito bem os
animais.
O problema, o grande pro-
blema era a hora da refeição. É que ela não
gostava nada da sopa. Mal a mãe colocava o prato de sopa à sua
frente, ela esquecia-se de ser uma princesa e desatava a fazer
birras. Não comia porque a sopa estava quente; não comia porque a
sopa estava fria ou porque estava verde ou porque estava castanha.
Enfim, tudo servia de desculpa para não comer a sopa.
E os pais? Não gostavam nada daquelas birras. Já não sabiam o que
fazer: ora lhe davam a sopa porque pensavam que ela só queria um
pouco mais de atenção; ora ralhavam com ela e mandavam-na comer com
um tom de voz mais alto -- às vezes passava uma eternidade até a sopa
estar comida. Outras vezes, falavam-lhe da
importância de comer legumes, de como a sopa é o prato ideal para
comer uma porção de legumes por dia. Até já pensavam em castigos, se
as birras continuassem. Era demais. Não conseguiam ter um jantar
sossegados. Ora, então, um dia, no meio daquelas birras, os pais
disseram:
-- Bem, não quer sopa, não coma.
A princesa Mariana, ficou a olhar muito admirada, sem querer
acreditar.
-- “Os pais vão mesmo me deixar sem comer a sopa?” -- pensou ela.
Então, a Mariana pôs o prato de sopa de lado e começou a comer o
peixe. Olhou para os pais, impávidos e serenos, também a jantar e
continuou.
-- “Afinal, não preciso mesmo comer sopa” -- pensou ela, feliz.
Durante uns dias, assim foi. À hora da refeição, a sopa lá estava à
espera. Ela comia duas colheradas e quando começava a dizer que não
queria comer a sopa, os pais *assentiam* e deixavam-na pôr a sopa de
lado.
Até que, três dias depois, inesperadamente, a Mariana viu a sopa na
mesa e comeu-a toda. Não admitiu, mas sentia saudades de comer uma
sopa quentinha.
E a partir desse dia, começou a comer sopa sem fazer aquelas birras
tão feias.
Claro que, por vezes, demorava mais ou dizia que não lhe
*apetecia*, como qualquer menina. Mas agora, agora era uma princesa
de verdade.
Tule: s.m. Tecido leve e transparente, de fios de seda, nylon ou
algodão.
Quebra-cuca
Você sabia?
• O cérebro humano é constituído por 75% de água.
• As corujas não conseguem mexer os globos oculares.
• Foi Leonardo da Vinci quem inventou a tesoura.
Vamos rir
Recibo da escola
O garoto chega em casa e entrega ao pai o recibo da mensalidade da
escola:
-- Puxa vida, mas essa sua escola está ficando muito cara!
-- E, olhe pai, que eu sou um dos que menos estuda.
Dar e receber
Dois meninos conversam:
-- Meu pai sempre diz que é melhor dar do que receber!
-- Ele é evangélico?
-- Não! É lutador de boxe.
Tentando ficar bonita
A garotinha olhava, fascinada, a mãe esfregando creme no rosto.
-- Pra que é que você está fazendo isso?
-- Pra ficar bonita. -- disse a mãe começando a tirar o creme do
rosto com um algodão.
-- Que foi?? -- Perguntou a garota. -- Desistiu????
Cadeira de D. Pedro
Zezinho está visitando o museu imperial, quando um guarda
bronqueia:
-- Não pode se sentar aí, moleque! É a cadeira do D. Pedro!
-- Quando ele chegar eu saio!
Galinha agitada
No galinheiro uma galinha estava prestes a botar um ovo
do alto do poleiro quando sua amiga perguntou:
-- Ei! Por que você tá botando ovo aí de cima se os ninhos estão
aqui embaixo?
-- Ah é porque agora eu tô botando pra quebrar!
Paquera enrolada
-- Qual é o telefone da sua casa?
-- Setenta, setenta, e se não der certo “cê tenta de novo”.
-- E fax, você tem?
-- Sim, é só discar meia, meia, sem sapato.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Historiando
Benjamin Constant
Daniel Neves Silva
Benjamin Constant Botelho de Magalhães foi um militar e educador
brasileiro, nascido em 9 de fevereiro de 1837 na cidade de Niterói,
então capital da província do Rio de Janeiro. Filho mais velho do
militar português Leopoldo Henrique Botelho de Magalhães com a gaúcha
Bernardina Joaquina da Silva Magalhães, com quem teve outros quatro
filhos, a data de seu nascimento é imprecisa. Existem documentos que
apontam que ele nasceu em 18 de outubro de 1836, enquanto outros
afirmam que o nascimento aconteceu em 9 de fevereiro de 1837.
Como militar, Benjamin Constant ficou conhecido por ter lutado na
Guerra do Paraguai, o maior conflito da história brasileira. Foi
também uma das figuras mais importantes na defesa do
republicanismo no Brasil e um dos articuladores do golpe que levou à
Proclamação da República em 1889.
Já como professor, dedicou-
-se ao ensino de matemática e física. Mas
o grande marco de sua carreira de educador foi sua passagem pelo
Instituto dos Meninos Cegos -- atual Instituto Benjamin Constant --
onde trabalhou por 20 anos, chegando a ocupar o cargo de diretor,
desempenhando um papel fundamental para a consolidação da instituição
como centro de referência na educação de pessoas cegas.
Confira a seguir, mais detalhes sobre a vida deste grande brasileiro.
Infância
A infância de Benjamin Constant ficou marcada pela extrema pobreza.
O pai havia sido militar em Portugal e fez parte das forças
comandadas por D. Pedro I na luta pela independência do Brasil.
Depois, afastado da vida militar, dedicou-se profissionalmente ao
ofício de professor, cujos ganhos nunca foram suficientes para
garantir o sustento da mulher e dos cinco filhos. A situação da
família só melhorou quando Leopoldo recebeu uma proposta para
trabalhar em uma fazenda no interior de Minas Gerais. A melhora na
condição financeira da família seria por pouco tempo -- em outubro de
1849 Leopoldo contraiu tifo e morreu.
A mãe, Bernardina Joaquina, teve sua saúde mental profundamente
afetada pela morte do marido e enfrentou um qua-
dro de depressão muito grave. A morte do pai, a depressão da mãe e
as dificuldades para
sustentar a família afetaram de tal maneira Benjamin Constant, que
ele chegou a tentar o suicídio, mas foi impedido e sobreviveu.
Na condição de arrimo da família, Benjamin recorreu à ajuda
financeira de amigos para estabilizar-se no Rio de Janeiro. Na Corte,
ele, que até então estudara apenas com o pai, começou em 1850 a
frequentar as aulas de matemática e latim do Mosteiro de São Bento.
Em pouco tempo
destacou-se entre os alunos e passou a auxiliar os colegas mais
atrasados.
Carreira militar
Quando tinha 15 anos, Benjamin Constant matriculou-se na Escola
Militar do Rio de Janeiro, iniciando sua carreira no Exército
Brasileiro. Na época, foi obrigado a conciliar estudos e trabalho
porque o sustento da família era sua responsabilidade. Quando se
tornou cadete de segunda classe, passou a receber um soldo. Concluiu
os seus estudos regulares nessa instituição, além de graduar-
-se em Engenharia pela Real Academia Militar e obter doutorado em
Matemática e Física. Seus conhecimentos fizeram com que se tornasse
professor de Matemática na Escola de Aplicação do
Exército.
Tinha 25 anos quando conheceu Maria Joaquina Bittencourt Costa,
filha do diretor do Imperial Instituto de Meninos Cegos, Cláudio Luiz
da Costa. Casaram-
-se em 16 de abril de 1863 e tiveram oito filhos. Em 1866, já como
tenente-coronel, foi convocado para servir na Guerra do Paraguai como
engenheiro, sendo condecorado por sua atuação no conflito, ao
demonstrar bravura em batalha.
A atuação dele na guerra foi importante, porém breve. No ano
seguinte, voltou ao Rio de Janeiro de licença médica para tratar da
malária que contraíra durante o combate. Apesar de ter retornado
precocemente ao Brasil,
Benjamin Constant continuou no Exército,
sendo uma das figuras mais proeminentes dos meios militares no final
do século XIX, chegando à patente de coronel, tendo sido também um
dos fundadores do Clube Militar.
Após convalescer da doença, passou a trabalhar como professor de
matemática e ciências do Instituto ainda dirigido pelo seu sogro.
Quando este morreu, em 1869, Benjamin o sucedeu na direção da escola,
sendo responsável por uma gestão decisiva para que a instituição se
tornasse referência na educação de crianças e jovens cegas não só no
Brasil como em toda América Latina. A ele coube executar o projeto
de construção do magnífico palácio construído no terreno de 9.525 m2
doado pelo imperador, localizado na Praia da Saudade, atual Praia
Vermelha. Uma construção sólida, ampla, capaz de abrigar uma
instituição que passaria a receber cada vez mais crianças cegas de
todo o País para receberem uma educação de qualidade, comparada às
melhores escolas europeias.
Benjamin Constant e a
Proclamação da República
A Proclamação da República foi a mudança de regime político do
nosso país que aconteceu em 15 de novembro de 1889. Nesse evento, o
Brasil deixou de ser uma monarquia e tornou-se uma república.
Benjamin Constant, como ferrenho defensor do positivismo, ideologia
muito influente nos meios militares do final do século XIX e que
contribuiu diretamente para dar força ao movimento repu-
blicano no
Brasil, foi uma das personalidades mais ativas para que a monarquia
fosse efetivamente derrubada.
Benjamin Constant esteve muito próximo ao Partido Republicano e foi
um dos responsáveis por convencer o marechal monarquista Deodoro da
Fonseca, a aderir à conspiração que derrubou a monarquia no Brasil.
Ele defendia que o Brasil deveria ser transformado em uma república
autoritária e sem qualquer influência da religião, isto é, um Estado
laico.
Como foi uma das figuras mais importantes da transformação do
Brasil em República, Benjamin Constant assumiu posições de
importância no novo governo, presidido por Deodoro da Fonseca.
Assumiu o Ministério da Guerra, sendo o responsável por aumentar o
salário dos militares na época, atendendo a uma reivindicação antiga
de seus pares do Exército. Também foi ministro da Instrução Pública,
Correios e Telégrafos, promovendo uma verdadeira revolução no ensino,
proibindo o ensino religioso em estabelecimentos públicos de
instrução leiga. Realizou também uma ampla reforma da instrução
pública primária e secundária, no Distrito Federal e, superior, em
todo o País.
Doente, exonerou-se do Ministério da Instrução Pública, Correios e
Telégrafos em 17 janeiro de 1891 por não concordar com a postura
autoritária de Deodoro da Fonseca. As sequelas da malária contraída
durante a Guerra causaram sua morte precoce, no auge da sua
capacidade técnica e intelectual, aos 54 anos de idade, no dia 22 de
janeiro de 1891 por problemas no fígado.
A instituição que, por causa da Proclamação da Repú-
blica, já havia passado de Instituto Imperial de Meninos Cegos para
Instituto dos Meninos Cegos e, mais tarde, Instituto Nacional de
Cegos, no ano da morte de seu mais brilhante professor e diretor,
mudou mais uma vez de nome, passando a se chamar Instituto Benjamin
Constant. E assim permanece até hoje.
Leitura interessante
O ponto negro
Viver é enfrentar um problema atrás do outro. O modo como você o
encara é que faz a diferença. (Benjamin Franklin)
Certo dia, um professor chegou na sala de aula e disse aos alunos
para se prepararem para uma prova-relâmpago.
Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que
viria.
O professor foi entregando, então, a folha da prova com a parte do
texto virada para baixo, como era de costume.
Depois que todos receberam, pediu que desvirassem a folha.
Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas
um ponto negro, no meio da folha.
O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam,
disse o seguinte:
-- Agora, vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo.
Todos os alunos, confusos, começaram, então, a difícil e
inexplicável tarefa. Terminado o tempo, o mestre recolheu as folhas,
colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta.
Todas, sem exceção, definiram o ponto negro, tentando dar
explicações por sua presença no centro da folha.
Terminada a leitura, a sala em silêncio, o professor então começou
a explicar:
-- Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos
nós. Ninguém na sala falou sobre a folha em branco. Todos
centralizaram suas atenções no ponto negro. Assim acontece em nossas
vidas. Temos uma folha em branco inteira para observar e aproveitar,
mas sempre nos centralizamos nos pontos negros. A vida é um presente
da natureza dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado.
Temos motivos para comemorar sempre! A natureza que se renova, os
amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá o sustento, os
milagres que diariamente presenciamos. No entanto, insistimos em
olhar apenas para o ponto negro! O problema de saúde que nos
preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um
familiar, a decepção com um amigo. Os pontos negros são mínimos em
comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que
povoam nossa mente.
Autor Desconhecido
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Cuidando do corpo e da mente
Cuidar da saúde mental também
é coisa de jovem
A adolescência é uma fase cheia de mudanças e descobertas, sejam
elas físicas, psicológicas ou sociais. Nesse período, muitas coisas
começam a ter outra cara. Mais autonomia e uma maior compreensão das
situações do dia a dia passam a fazer parte da vida dos jovens. É
ainda nesse momento da vida que uma boa saúde mental faz toda
diferença, principalmente para o futuro, na fase adulta.
Neste momento em que se percebe um alto índice de suicídio entre os
adolescentes, é preciso estar ainda mais atento às emoções das pessoas
nesta etapa da vida. Uma pesquisa nacional do instituto Datafolha,
em parceria com a Fundação Lemann, o Itaú Social e a Imaginable
Futures, revelou que 74% dos adolescentes se sentiram mais tristes,
ansiosos ou irritados no período de isolamento social, por conta da
pandemia da Covid-19.
A boa notícia é que é possível contornar essa situação e cuidar da
saúde mental dos jovens de maneira leve, promovendo o bem-estar, uma
rotina mais tranquila e novas perspectivas de futuro.
um bom rendimento e produtividade no dia seguinte. É durante o sono
que o organismo exerce as principais funções
restauradoras do corpo. Durante este momento, é possível repor
energias e regular o metabolismo, fatores essenciais para manter
corpo e mente saudáveis, lembrando que adolescentes precisam dormir
cerca de 8 a 10 horas diariamente.
4) Contato com a natureza e o sol: estar em contato com a natureza
pode reduzir o estresse e promover a saúde mental e, também, ajudar
na concentração. Se o dia estiver ensolarado é ainda melhor, já que o
sol estimula a produção de vitamina D. Ela é essencial para o
funcionamento de várias atividades do corpo, além de
estimular também a produção de melatonina (hormônio do sono),
prevenir doenças e aumentar a sensação de bem-estar.
5) Alimentação saudável: para ter uma boa disposição, uma
alimentação saudável, colorida e equilibrada em nutrientes é
essencial. O ideal é evitar frituras e alimentos muito gordurosos,
fazer pelo menos três refeições e um lanche por dia. Consumir uma
grande variedade de frutas, legumes e verduras e, claro, beber
bastante água, no mínimo 2 litros diariamente.
6) Diálogo rico dentro de casa: ter uma boa conversa entre pais e
filhos, trocar informações, abrir-se e com-
partilhar problemas e estar à vontade para se expressar
emocionalmente, além de uma relação saudável, de respeito mútuo entre
os familiares, é crucial para uma boa saúde mental.
Então? O que acharam da letra de “Brincar de Viver”? A vida não é
só brincadeira, mas a verdade é que, em nossa casa, a gente,
normalmente, se sente mais protegido, feito um passarinho no ninho.
Falando em nossa casa, também acho que não há nada como um bom papo
com nossos familiares e amigos próximos, aqueles que nos amam, para
organizar nossa cabeça.
Até o próximo número, amiguinhos, e boas férias!