PONTINHOS Ano 66, n.o 390, julho/setembro de 2024 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Editada e impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1959 por Renato M. G. Malcher Missão: educar recreando, instruir divertindo, convencer esclarecendo. Av. Pasteur, 350/368 Urca -- Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-250 Tel.: (55) (21) 3478-4531 ~,revistasbraille@ibc.gov.br~, ~,http:`/`/www.ibc.gov.br~,

Diretor-Geral do IBC Mauro Marcos Farias da Conceição Comissão Editorial Camila Sousa Dutton Geni Pinto de Abreu Heverton de Souza Bezerra da Silva Hylea de Camargo Vale Fernandes Lima João Batista Alvarenga Maria Cecília Guimarães Coelho Rachel Ventura Espinheira Revisão Marília Estevão Livros impressos em braille: uma questão de direito. Governo Federal Brasil: União e Reconstrução

Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita. Arquivo da revista disponível para impressão em braille: ~,http:`/`/www.ibc.gov.br`/~ publicacoes`/revistas~, Nossas redes sociais: Anchor: ~,https:`/`/anchor.fm`/~ podfalar-rbc~, Facebook: ~,https:`/`/www.~ facebook.com`/ibcrevistas~, Instagram: ~,https:`/`/www.~ instagram.com`/~ revistas{-rbc{-pontinhos`/~, YouTube: ~,https:`/`/www.~ youtube.com`/~ RevistasPontinhoseRBC~,

Pontinhos: revista infantojuvenil para cegos / MEC/ /Instituto Benjamin Constant. Divisão de Imprensa Braille. n. 1 (1959) --. Rio de Janeiro: Divisão de Imprensa Braille, 1959 --. V. Trimestral Impressão em braille ISSN 2595-1017 1. Infantojuvenil -- Cego. 2. Pessoa cega. 3. Cultura -- Cego. 4. Revista -- Periódico. I. Pontinhos. II. Revista infantojuvenil para cegos. III. Ministério da Educação. IV. Instituto Benjamin Constant. CDD-028.#ejhga Bibliotecário -- Edilmar Alcantara dos S. Junior -- CRB/7 6872

Sumário Cantigas :::::::::::::::: 3 Menino Maluquinho (part. Rita Lee) ::: 3 Um menino muito maluquinho ::::::::::::: 6 Cordel :::::::::::::::::: 8 Sonhador :::::::::::::::: 8 O pato :::::::::::::::::: 9 História para ler e contar ::::::::::::::::: 11 História do Pequeno Polegar ::::::::::::::: 11 Quebra-cuca ::::::::::::: 19 Caça-palavras do Menino Maluquinho :::::::::::: 19 Você sabia? ::::::::::::: 21 Como surgiram os nomes das capitais brasileiras? ::::::::::: 21 Vamos rir ::::::::::::::: 27 Mãe super protetora ::::: 27 Lanche :::::::::::::::::: 27 Só pensa em dinheiro :::: 27 Atrasado na palestra :::: 28 Copo de vinho ::::::::::: 28 Mosca no prato :::::::::: 29 Historiando ::::::::::::: 30 Um gênio chamado Mary Somerville :::::::::::: 30 Ela chegou a ser ela declarada “rainha da ciência”, mas acabou caindo no esquecimento ::::::::::: 30 Leitura interessante :::: 40 O baú secreto da vovó ::: 40 Cuidando do corpo e da mente :::::::::::::::::: 44 7 dicas para cuidar da voz :::::::::::::::::::: 44 Olá, amiguinho! Esta edição homenageia o cartunista Ziraldo, que nos deixou em abril desse ano. Lembraremos de seu principal e mais famoso personagem, o Menino Maluquinho, em duas canções e em um desafiador caça-palavras. Você também vai conhecer a origem dos nomes das capitais brasileiras, ler a história do Pequeno Polegar, o conto O Baú Secreto da Vovó, de Heloisa Prieto, rir com as piadas da seção de humor e se informar sobre a cientista e escritora escocesa Mary Somerville -- um verdadeiro gênio, do qual poucos se lembram. Essas e outras atrações estão ao alcance dos seus dedos, nas páginas seguintes. Logo,

não perca tempo e comece e… boa leitura! Furinho, o mascote da revista Pontinhos! õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Cantigas Menino Maluquinho (part. Rita Lee) Milton Nascimento Vida de moleque é vida boa Vida de menino é maluquinha É *bente altas*, rouba bandeira Tudo que é bom é brincadeira É bente altas, rouba bandeira Tudo que é bom é brincadeira Vida de moleque é vida boa Vida de menino é maluquinha É bente altas, rouba bandeira Tudo que é bom é brincadeira É bente altas, rouba bandeira Tudo que é bom é brincadeira O menino é o dono do mundo E o mundo não é mais que uma bola O menino não conhece perigo Tem um anjo da guarda na sua cola ¨ Vida de moleque é vida boa Vida de menino é maluquinha É bente altas, rouba bandeira Tudo que é bom é brincadeira É bente altas, rouba bandeira Tudo que é bom é brincadeira O tempo do Menino Maluquinho É um tempo que existe só na infância Mas ele é eterno em todos nós Gruda feito chiclete, feito esperança O tempo do Menino Maluquinho É um tempo que existe só na infância Mas ele é eterno em todos nós Ele gruda em nós feito esperança Vida de moleque é vida boa Vida de menino é maluquinha É bente altas, rouba bandeira Tudo que é bom é brincadeira É bente altas, rouba bandeira Tudo que é bom é brincadeira Vida de moleque é vida boa Vida de menino é maluquinha É bente altas, rouba bandeira Tudo que é bom é brincadeira É bente altas, rouba bandeira Tudo que é bom é brincadeira Fonte: ~,https:`/`/www.letras.~ mus.br`/milton-nascimento`/~ 1176751`/~, Acesso em: 08/07/2024 Nota: bente altas é um jogo de rua, em que é disputado por duas duplas que protegem suas casinhas feitas por pedaços de bambus. Ganha quem derrubar a casinha do adversário com uma bola. ::::::::::::::::::::::::

Um menino muito maluquinho Felipe Severo Para quem vem, É só seguir, Devagarinho, Um menino maluquinho. (Isso é uma panela!) Pra quem vem é só seguir devagarinho, maluquinho. O menino é que sabe, "cochichou" bem baixinho. Que num pote de ouro, feito por um alquimista, Cabe tudo, tudo cabe mais só vê quem tem a pista. Quem será que sabe? Quem será o artista? Me disseram que quem sabe é o maluco pequenino.

O moleque de verdade é o menino maluquinho... Fonte: ~,https:`/`/www.letras.~ mus.br`/felipe-severo`/~ 1832552`/~, Acesso em: 08/07/2024 õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Cordel Sonhador Viver é um desafio Desafiar é viver Por isso eu vou vivendo Sempre buscando aprender Para não ser devorado Pela falta de saber. Se posso dou um sorriso Se não posso, um lamento Mas não fico esperando Sonhando sou *avarento* E busco sonhar meus sonhos Até no sopro do vento. Nas gotas fracas da chuva Que a terra vai borrifando E faz levantar o cheiro De chuva que vou cheirando Eu sonho dias melhores E levo a vida cantando. Fonte: ~,https:`/`/~ nildocordel.blogspot.~ com`/search?updated-max=~ 2014-12-22T04:17:00-~ 08:00~&max-results=10~&~ reverse-paginate=true~, Acesso em: 02/07/2024 Vocabulário Avarento: adj. Cumprido de maneira rigorosa, implacável. :::::::::::::::::::::::: O pato O pato saiu do lago Tropeçou caiu num caco Deu um pulo feito um sapo Foi parar no meu casaco Mas teve um susto danado Confundiu-o com um macaco. Correu pedindo socorro E foi parar no riacho Lá tinha um urubu macho Dando um banho no cachorro Que encontrou lá no morro. Casa da vaca malhada Que viu a onça pintada Correndo atrás do macaco Que pegou o meu casaco Lá na beira da estrada. Depois foi chegando a pata Que tava dentro da mata Conversando com a gata Que era esposa do gato E amiga da cadela Uma cachorra amarela Que pintou uma aquarela. Com a história do pato. Fonte: ~,https:`/`/~ nildocordel.blogspot.com`/~, Acesso em: 02/07/2024 õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

História para ler e contar História do Pequeno Polegar Há muito, muito tempo, em uma pequena aldeia, vivia uma família muito pobre com sete filhos. O filho mais novo, conhecido como Pequeno Polegar, era o menor de todos, mas também o mais esperto e corajoso. Um dia, a aldeia foi atingida por uma terrível fome, e a família não tinha comida suficiente para todos. Os pais estavam preocupados e tristes, sem saber como alimentar os filhos. A vida era dura, e a esperança começava a ir embora. Na tentativa de encontrar algo para comer, os sete irmãos decidiram explorar a densa floresta que cercava a aldeia. No entanto, eles se perderam, vagando por entre as árvores *imponentes*, enquanto a fome apertava cada vez mais. Desesperadas e famintas, vendo que a noite se aproximava e a escuridão não tardaria em chegar, as crianças começaram a chorar, menos o Pequeno Polegar, que logo teve uma ideia para encontrar o caminho de volta. Ágil como um esquilo, ele subiu na árvore mais alta e teve a sorte de avistar ao longe uma cabana na floresta. Satisfeito com a descoberta, o Pequeno Polegar desceu da árvore e guiou os irmãos na direção da pequena casa. Chegando lá, bateram na porta e foram recebidos por uma velha senhora. -- O que querem aqui, cri- anças? Não sabem que esta é a casa do ogro mais terrível das redondezas? Não tarda e ele logo estará de volta.

O Pequeno Polegar então tomou a frente dos irmãos e falou: -- Minha senhora, não temos para onde ir. Ou ficamos aqui, ou seremos devorados pelos lobos da floresta. Com pena da situação das pobres crianças, a mulher decidiu escondê-las antes que o ogro voltasse para casa. Ao retornar, o ogro farejou a presença dos intrusos, mas a mulher o assegurou de que não havia mais ninguém ali. Desconfiado, o cruel ogro decidiu verificar por conta própria e acabou encontrando os sete irmãos. Com medo de ser castigada, a mulher fingiu desconhecer as crianças e prometeu prepará-las para seu café da manhã, afinal, eram muito magrinhas e certamente não dariam um bom jantar. Convencido a não desperdiçar o cozido que a mulher já tinha preparado, o ogro aceitou a sugestão para adiar aquela saborosa refeição. Depois de comer e beber, ele caiu em um sono profundo. Foi quando o Pequeno Polegar, esperto como sempre, chamou os irmãos e, com um belo plano de fuga, conseguiu escapar silenciosamente da cabana. Já em liberdade, o Pequeno Polegar lembrou-se de ter ouvido, durante o jantar, uma conversa entre o ogro e a mulher sobre umas botas mágicas. Sob o protesto dos irmãos, ele deu meia-volta e, com *astúcia*, pegou as botas do ogro e levou-as com ele. As crianças continuavam perdidas na floresta, mas agora sabiam que ali não era o pior lugar de se estar. Esconderam-se numa gruta e decidiram que o melhor era esperar o nascer do sol. Enquanto isso, o Pequeno Polegar estava intrigado com as botas e, mesmo sendo tão grandes, decidiu calçá-las. De repente, como que por mágica, as botas encolheram e se ajustaram exatamente ao tamanho dos pés do menino. O Pequeno Polegar percebeu que aquelas botas lhe davam uma nova habilidade. Ao calçá-las, ele podia correr muito rápido, quase como se voasse. Então, levou os irmãos para longe do alcance do ogro malvado, garantindo a segurança de todos, e logo voltou a encontrar o caminho de volta para casa. Os pais do Pequeno Polegar ficaram muito felizes com o regresso dos filhos, mas a fome e a *escassez* ainda reinava por ali. Determinado a ajudar sua família, o Pequeno Polegar teve outra ideia. Foi até o castelo do rei e

ofereceu seus serviços como mensageiro pessoal. A princípio, o rei riu daquela situação, mas o menino não se deixou abater. Pediu que fosse testado e, graças à rapidez proporcionada pelas botas mágicas, fez em menos de um dia um caminho que o mais veloz dos mensageiros demorava mais de uma semana para fazer. Impressionado com a agilidade, a persistência e a eficiência do Pequeno Polegar, o rei o contratou e deu-lhe uma recompensa generosa. Com esse dinheiro, o Pequeno Polegar conseguiu garantir uma vida confortável para sua família, tirando-os da miséria que antes tanto os maltratava. E assim, o Pequeno Polegar provou que, mesmo diante das *adversidades*, a inteligência e a coragem podem abrir caminho para um futuro melhor.

Moral e interpretação da história A história do Pequeno Polegar fala sobre a importância da inteligência, da coragem e da perspicácia para superar os desafios. Mesmo diante da fome e do perigo, ele não apenas enfrentou seus medos, mas também encontrou soluções para garantir a segurança de sua família. Sua habilidade de pensar rápido e agir com coragem foram ferramentas poderosas para superar as dificuldades. Fonte: ~,https:`/`/www.~ pensador.com`/historia{-do{-~ pequeno{-polegar{-com{-~ moral{-e{-interpretacao{-~ da{-historia`/~, Acesso em: 02/07/2024

Vocabulário Adversidade: s.f. Falta de sorte. Astúcia: s.f. Esperta. Escassez: s.f. Ausência de algo que seja de extrema importância. Imponente: adj. Que se consegue impor pelo excesso de majestade, de tamanho, de proporções. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Quebra-cuca Caça-palavras do Menino Maluquinho Encontre os personagens da turma do Menino Maluquinho: Maluquinho, Julieta, Bocão, Junim, Carolina, Herman, Nina, Lúcio, Sugiro, Pagu, Simone, Janaína, Jô e Renata. a n a o b o c ã o s y o l l e j a n a í n a o r u b ã o ú i h é r n o n r j e g e m i l t e n j ô l y o n a i r e g g é r j u n i m l i n r y a n u m m a l u q u i n h o c a r l ô a y i n p i n a e w s o p r e n r e n a t a ú l ú c i o ã n e s t ô g o j a n a í n h o i m m a l u s i m o n e k e l k

Resposta: Maluquinho: 6ª linha e 1ª coluna; Julieta: 4ª linha e 3ª coluna; Bocão: 1ª linha e 5ª coluna; Junim: 5ª linha e 2ª coluna; Carolina: 1ª linha e 7ª coluna; Herman: 3ª linha e 1ª coluna; Nina: 4ª linha e 8ª coluna; Lúcio: 8ª linha e 9ª coluna; Sugiro: 1ª linha e 10ª coluna; Pagu: 6ª linha e 5ª coluna; Simone: 10ª linha e 6ª coluna; Janaína: 2ª linha e 1ª coluna; Jô: 4ª linha e 3ª coluna; Renata: 8ª linha e 2ª coluna. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Você sabia? Como surgiram os nomes das capitais brasileiras? Você sabe por que a capital do seu estado foi batizada com o nome atual? Descubra o motivo! Já parou para pensar de onde vieram os nomes das capitais dos estados brasileiros? Descubra! Aracaju/SE: do tupi ara (papagaio) + acayu (caju). Cajueiro do papagaio. Belém/PA: de Santa Maria de Belém, cidade portuguesa hoje chamada só Belém. Belo Horizonte/MG: a capital do estado de Minas Gerais foi batizada devido ao marcante horizonte montanhoso da cidade. Boa Vista/RR: o nome da capital de Roraima nasceu da Fazenda Boa Vista de Roraima, em 1858. Brasília/DF: José Bonifácio de Andrada e Silva foi o primeiro a usar o termo em 1823. A palavra Brasília refere-se ao Brasil. Campo Grande/MS: fica em um planalto com vegetação esparsa, ou seja, um grande campo. Cuiabá/MT: provavelmente o nome veio dos cuiabás, nome usado para designar os índios bororos. Curitiba/PR: origem no guarani: kur yt yba, ou excesso de pinheiros (araucárias). Florianópolis/SC: a cidade se chamava Nossa Senhora do Desterro, mas o nome mudou em homenagem ao presidente Floriano Peixoto, ao fim da Revolução Federalista, em 1894. Fortaleza/CE: o nome da capital do Ceará vem do Forte de Nossa Senhora da Assunção, criado em 1649 por invasores holandeses. Goiânia/GO: o nome veio do estado de Goiás, que teve origem na tribo dos goyazes. João Pessoa/PB: o nome foi dado em homenagem ao governador da Paraíba João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, assassinado em 1930. Macapá/AP: junção dos termos em tupi: macaba (bacaba, palmeira típica do Amapá) e aba (lugar). Maceió/AL: do tupi maça-i-ok, "sobre o molhado", porque a cidade foi feita so- bre terreno alagadiço. Manaus/AM: Manaus vem dos extintos índios manaós, que foram os primeiros moradores da região e resistiram à colonização portuguesa. Natal/RN: a cidade recebeu o nome de Natal porque foi fundada em 25 de dezembro de 1599. Palmas/TO: de São João da Palma, onde cidadãos primeiros propuseram criar o estado de Tocantins. Porto Alegre/RS: foi rebatizada em 1773 -- era Porto dos Casais --, para, provavelmente, atrair colonos. Porto Velho/RO: o nome da capital de Rondônia veio do porto para escoamento da borracha pelo Rio Madeira, no século 19. Recife/PE: surgiu a partir de uma barreira de recifes, bem visível a metros de distância da praia. Rio Branco/AC: é uma homenagem ao Barão do Rio Branco, que negociou a compra do Acre para o Brasil -- antes, o estado era território da Bolívia. Rio de Janeiro/RJ: quando a Baía de Guanabara foi descoberta, em 1º de janeiro de 1502, acharam que o lugar era a foz de um rio. Salvador/BA: a origem é Jesus Cristo, chamado de Salvador. Foi fundada com o nome de São Salvador da Bahia de Todos os Santos, em 1549. São Luís/MA: a cidade foi fundada pelos franceses em 1612, durante o reinado de Luís 13. Por isso, o nome foi uma homenagem ao rei. São Paulo/SP: vem do apóstolo de Jesus, Paulo. A cidade foi fundada ao redor do Colégio de São Paulo, criado pelos jesuítas em 1554. Teresina/PI: homenagem à imperatriz Teresa Cristina, esposa do imperador D. Pedro II. Vitória/ES: foi batizada devido à celebração da derrota dos índios goitacazes pelos portugueses em 1551. Fonte: ~,https:`/`/recreio.~ uol.com.br`/noticias`/mapa-~ mundi`/de-onde-vieram-os-~ nomes-das-capitais-~ brasileiras.phtml~, Acesso em: 02/07/2024 õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Vamos rir Mãe super protetora A mãe super protetora encontrou uma amiga e foi logo falando: -- Meu filhinho está andando há mais de três meses. -- Xi! -- Disse a amiga. -- A essa altura ele já deve estar bem longe, não? Lanche -- Filho! Por que você engoliu o dinheiro que eu lhe dei? -- Ué! Quando a senhora me deu, disse que era o meu lanche. Só pensa em dinheiro Duas pessoas estavam conversando:

-- Você só pensa em dinheiro! -- Não é verdade! -- Ah é? Que horas são? -- Cinco horas e vinte centavos. Atrasado na palestra O sujeito chega quinze minutos atrasado a uma palestra, e ao entrar, o porteiro o alerta: -- Por favor, não faça barulho! -- O quê? Já tem gente dormindo? Copo de vinho O sujeito entra num boteco e pede um copo de vinho. -- Branco ou tinto? -- Pergunta o balconista. -- Tanto faz, eu sou cego!

Mosca no prato O homem fala para o garçom: -- Garçom tem uma mosca no meu prato! E o garçom, distraído: -- E quantas o senhor pediu? õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Historiando Um gênio chamado Mary Somerville Ela chegou a ser ela declarada “rainha da ciência”, mas acabou caindo no esquecimento A escocesa Mary Somerville conseguiu, no século XIX, um feito impressionante: traduziu obras científicas e escreveu um livro abarcando diversos campos da ciência, explicando de forma simples e compreensível as partes mais complicadas da física, da química e da astronomia. Autodidata, fez isso em uma época em que era ainda mais difícil para mulheres terem educação científica, o que lhe rendeu o apelido de "rainha da ciência". Mas, apesar da importância que chegou a alcançar por suas contribuições à ciência, sua história hoje em dia é praticamente desconhecida. Nascida em 1780, Mary cresceu passeando pelos campos da Escócia, coletando conchas na praia e observando as aves. Sua educação formal se limitava às disciplinas consideradas "femininas" à época: pintura, música e francês. No entanto, quando foi alfabetizada -- aos dez anos --, começou a ler vorazmente centenas de livros e revistas, basicamente tudo o que pudesse encontrar, incluindo peças de Shakespeare. O incentivo, contudo, não vinha de casa. Seu pai era um oficial naval que passava longos períodos no mar, enquanto a mãe se interessava apenas por textos religiosos. Aos 13 anos, em um dos chás que a mãe organizava para reunir as amigas, uma jovem mostrou a Mary o que descreveu como "uma revista com imagens coloridas de vestidos, charadas e quebra-cabeças". "No final de uma página, li o que pensei ser uma simples pergunta aritmética", escreveu a jovem em seu diário. "Mas, quando virei a página, fiquei surpresa ao ver números misturados com letras, principalmente X e Y, e perguntei: ý"O que é isso?ý" ý"Ohý", disse Miss Ogilvie, ý"é uma espécie de aritmética: eles chamam de álgebraý"". Depois de insistir para que todos os seus "conhecidos ou parentes" explicassem o que era álgebra, finalmente alguém lhe disse que ela poderia aprender com um livro chamado "Euclides". A jovem teve que implorar ao tutor do irmão que lhe

comprasse o livro, porque na época se considerava que não era "certo" uma mulher ler "esse tipo de coisa". Sem deixar de fazer as atividades "corretas para ela", isto é, tocando piano, pintando e arrumando roupas, Mary se dedicou a estudar álgebra. Ela lia antes de dormir -- já que seus pais não viam com bons olhos seus estudos sobre o tema. Com medo de que ela acabasse "em uma camisa de força", eles chegaram a tirar a vela que mantinham em seu quarto para impedi-la de ler à noite. No escuro, Mary revisava mentalmente os seis primeiros livros de Euclides até sentir que os sabia de cor. O casamento de Mary com Samuel Grieg, um primo distante, foi arranjado por seus pais. A união foi desastrosa

para sua vida intelectual. O casal foi morar em Londres e teve dois filhos. Grieg morreu em 1808, quando Mary tinha 28 anos. Após sua morte, ela voltou para a Escócia e, embora estivesse amamentando, tinha muito tempo para retomar seus estudos, conforme escreveu na época. "Estudei trigonometria plana e esférica, seções côni- cas e astronomia de (James Fergusson)." Em Edimburgo, Mary finalmente começou a encontrar pessoas com as mesmas afinidades. Ela ganhou uma medalha de prata por resolver um problema publicado em uma revista de matemática, levantado por William Wallace, que se tornaria o primeiro professor de matemática da Universidade de Edimburgo.

Mary também conheceu pessoas com novas teorias sobre o mundo natural, estendeu seus estudos para astronomia, química, geografia, microscopia, eletricidade e magnetismo e usou a herança que recebeu de Grieg para comprar uma bi- blioteca de livros científicos. Quando conheceu seu segundo marido, William Somerville, já estava claro que ela era uma pessoa excepcional. Ele e seus pais incentivaram a pesquisa científica de Mary. Eles viveram primeiro em Edimburgo e depois em Londres, e estavam bem conectados com a vibrante cena intelec- tual da época. Finalmente, Mary estava em seu lugar. Com seu francês fluente e profundo conhecimento de matemática, Mary foi contratada

para traduzir o livro que foi aclamado como a maior conquista intelectual desde da descoberta da gravidade por Isaac Newton: Mecânica Celeste, do matemático e astrônomo Pierre-Simon Laplace. Mary tinha 51 anos e sua grande carreira como escritora científica best-seller estava prestes a começar. Um dos talentos de Mary era a pintura. Isso lhe permitiu desenhar com suas palavras mundos que os leitores não tinham visto, desde o primeiro trabalho, sobre o espaço sideral, até o último, da Ciência Molecular e Microscópica (1869), que coletou as descobertas mais recentes reveladas pelo mi- croscópio. Seu maior sucesso de vendas foi Geografia Física, publicado em 1848, no qual, dizia ela, seguiu "o nobre exemplo

do Barão Humboldt, o patri- arca da geografia física", e adotou uma visão ampla da geo- grafia. O livro lhe rendeu a Medalha Victoria de Ouro da Sociedade Geográfica Real e a admiração de Humboldt, que a escreveu elogiando sua originalidade. Mary e William Somerville se mudaram para a Itália quando ele se aposentou de seu trabalho como médico no Hospital Chelsea em 1840. Vinte anos depois, William morreu. A intelectual apoiava causas liberais, como a campanha para as mulheres poderem votar, e uma educação de boa qualidade para as meninas. Com a ajuda de suas filhas, compilou sua autobiografia e pediu aos filhos que ela fosse publicada postumamente.

Nos seus últimos dias, ela escreveu: "Tenho 92 anos, minha memória para eventos comuns é fraca, mas não para ex- periências matemáticas ou ci- entíficas. Ainda sou capaz de ler livros de álgebra superior por quatro ou cinco horas pela manhã e até de resolver pro- blemas". Em seu obituário, o jornal The Morning Post declarou: "Embora tenhamos dificuldade para escolher um rei da ciência em meados do século XIX, não há dúvida sobre quem é a rainha". Em 1879, o Somerville College da Universidade de Oxford foi nomeado em sua homenagem. Mas, com o tempo, sua contribuição para a ciência foi quase esquecida. É muito comum que a fama seja dada às pessoas que fazem descobertas, não àquelas que conseguem

comunicar brilhantemente essas realizações ao público. Fonte: ~,https:`/`/www.bbc.~ com`/portuguese`/geral-~ 50906021~, Acesso em: 01/07/2024 õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Leitura interessante O baú secreto da vovó Conto de Heloisa Prieto Quando eu era menina e sentia medo, no lugar de chorar, ficava com raiva. Na noite em que descobri o baú de minha avó, eu estava em Santos. Trovejava muito. Apavorada, comecei a gritar que odiava o mar. Foi quando minha avó me chamou e disse: -- Minha neta, você sabia que eu tenho um baú cheio de segredos? -- Como assim? Onde? -- Lá no fundo da garagem. Pronto. Nada como a curiosidade para espantar o medo. Na garagem, vovó o abriu e retirou de dentro dele uma espécie de régua. -- Você sabe o que é isso? -- Ah, uma régua esquisita -- respondi.

-- Não, isso é uma palmatória. Quem errasse na escola levava uma batida na palma da mão. -- Não acredito! E por que a senhora guardou este treco horrível? -- Pra lembrar que a gente precisa ser mais forte do que as injustiças. Olha... meu dedal preferido. Foi com ele que eu costurei esta roupa -- e ela me mostrou um vestidinho com uma espécie de short por baixo. -- Você jogava tênis, vovó? -- Não, isso é um maiô! -- Você nadava de vestido? -- Sim, e era considerada atrevida. Mas foi assim que eu conquistei seu avô. -- Nadando de roupa? -- Eu vinha de uma família pobre. Seu avô, não. Ele lia, gostava de dançar. -- E de nadar também?

-- Sim, e por isso fiz esse maiozinho. Corri até a praia de chapéu. Seu avô estava tomando sol. Fingi que tinha perdido o chapéu no mar. Ele, como era um cavalheiro, veio me ajudar. O chapéu foi parar no fundo. Então apostamos uma corrida para ver quem o apanhava. Ele gostou da minha ousadia. -- Foi assim que vocês começaram a namorar, vó? -- E logo me casei. Guardei o dedal pra lembrar que a gente precisa tecer a felicidade, e o maiô, porque um pouco de coragem não faz mal a ninguém. Olhe esta caixinha de música. Seu avô me deu de presente quando você nasceu. Não é linda? Vovó mostrou para mim ou- tros objetos e assim fui descobrindo que se não fosse o mar, que eu temia, não haveria o encontro de meus avós e que viver é saber perder o medo de

tudo o que a gente nunca espera e nunca vai conseguir controlar. Fonte: ~,https:`/`/novaescola.~ org.br`/arquivo`/vem-que-eu-~ te-conto`/pdf`/o{-bau{-~ secreto{-da{-vovo.pdf~, Acesso em: 08/07/2024 õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Cuidando do corpo e da mente 7 dicas para cuidar da voz No início do mês passado, a cantora britânica Adele informou aos fãs que iria cancelar alguns shows da turnê e que talvez não voltasse mais a cantar. O motivo? Problemas na voz, o que deixou fãs e o mundo inteiro perplexos. Mas seria possível evitar desgastes nas cordas vocais mesmo fazendo uso dela constantemente? Segundo a fonoaudióloga do Hospital Otorrinos Curitiba Lorayne Santos, há alguns sinais que a voz dá e que indicam que ela está ficando “danificada”. Por isso, qualquer sintoma ou mudança na voz deve ser avaliado por profissionais especializados, geralmente um otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo.

“A rouquidão é a mudança no tom ou na qualidade vocal, geralmente para um tom mais áspero. Ficar rouco com frequência, sentir dor, dificuldade na hora de falar ou viver com a garganta coçando são sinais de que algo vai mal. A voz rouca que persiste por mais de 15 dias deve ser investigada. A rouquidão pode ser de curta duração (aguda) ou de longa duração (crônica)”, explicou Lorayne. De acordo com a fonoaudióloga, é possível evitar desgastes nas cordas vocais, principalmente para aqueles que trabalham com a voz diariamente, como por exemplo, cantores, atores, contado- res de histórias, guias, professores, profissionais de telemarketing e jornalistas. “Além do cuidado com o corpo e alimentação, começar o dia com um bom bocejo é muito saudável, pois mexe com as estruturas do trato vocal e tam- bém o alonga, permitindo que ele saia do modo de relaxamento”, orienta. Confira 7 dicas para uma voz saudável: 1) Evite ambiente de trabalho com uso de ar-condicionado, pois ele é prejudicial à saúde vocal devido ao ressecamento que ocasiona na mucosa do trato respiratório. 2) Evite falar em local barulhento, onde seja necessário gritar, fazendo, assim, um esforço vocal. 3) Não consuma bebidas muito quentes ou muito geladas. Mudança brusca de temperatura pode danificar as pregas vocais. 4) Não fume. A nicotina associada ao calor da fumaça resseca as cordas vocais.

5) Cuidado com o excesso de café. A bebida desidrata as cordas vocais e, além disso, provoca um aumento da acidez no estômago, causando refluxo e ardor na hora de falar. 6) Muito cuidado com os resfriados e suas consequências como rinites, sinusites, laringites, faringites, pois esses sintomas alteram a voz, a disposição física e emocional, principalmente quando envolvem a laringe (bordas e pregas vocais), devido à tosse, vilã dos profissionais da voz. A tosse, se não for tratada a tempo, pode provocar uma disfonia (alteração ou enfraquecimento da voz) de longa duração. 7) Cuidado com a respiração, pois problemas respiratórios de fundo alérgico ou decorrentes de limitações estruturais como, por exemplo, adenoides hipertrofiados, levam a respirar pela boca. Com isso, fazemos um esforço maior para falar e respirar, e o ar que entra não fica aquecido. Hidratação para as cordas vocais Existem métodos preventivos como a hidratação para uma boa qualidade vocal, principalmente durante o uso prolongado da voz. E isso pode ser feito com a ingestão de uma fruta acessível a todos. “A maçã, fruta antioxidante e rica em vitamina, tem ação adstringente e, por isso, ý"limpaý" as cordas vocais, trazendo alívio e bem-estar”, comenta. Outras dicas são beber água constantemente, pois a água hidrata o organismo e favorece uma emissão vocal com menos esforço e em melhores condições. Além disso, evitar o esforço vocal ou cantar quando estiver rouco e gripado. “Tudo isso pode lesionar a musculatura e pode causar danos sérios nas pregas vocais”, finaliza. Lorayne Santos é fonoaudióloga, especialista em audiologia clínica e mestre em distúrbios da comunicação. Fonte: ~,https:`/`/~ otorrinoscuritiba.com.br`/~ saude`/7-dicas-para-cuidar-~ da-voz.html~, Acesso em: 02/07/2024 õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Então… cuidar da voz é fundamental. Ela é uma das principais marcas registradas da gente. E quando juntamos uma boa voz com coisas importantes para dizer… ah, podemos fazer a diferença no mundo! Como Mary Somerville fez, não é mesmo? História fascinante! Nossa edição chegou ao fim, mas nos veremos em breve, com mais conteúdos interessantes. Afinal, esta é a minha missão: educar recreando, instruir divertindo, convencer esclarecendo! Furinho, o mascote da revista Pontinhos! õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra

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