PONTINHOS
Ano 65, n.o 387,
outubro/dezembro de 2023
Ministério da Educação
Instituto Benjamin Constant
Editada e impressa na
Divisão de Imprensa Braille
Fundada em 1959 por Renato M. G. Malcher
Missão: educar recreando, instruir divertindo, convencer esclarecendo.
Av. Pasteur, 350/368
Urca -- Rio de Janeiro-RJ
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Diretor-Geral do IBC
Mauro Marcos Farias da Conceição
Comissão Editorial
Camila Sousa Dutton
Geni Pinto de Abreu
Heverton de Souza Bezerra da Silva
Hylea de Camargo Vale
Fernandes Lima
João Batista Alvarenga
Maria Cecília
Guimarães Coelho
Rachel Ventura Espinheira
Colaboração
Daniele de Souza Pereira
Revisão
Marília Estevão
Livros impressos em braille: uma questão de direito
Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I,
art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998.
Distribuição gratuita.
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Pontinhos: revista infantojuvenil para cegos / MEC/
/Instituto Benjamin Constant. Divisão de
Imprensa Braille. n. 1 (1959) --. Rio de Janeiro: Divisão de
Imprensa Braille, 1959 --. V.
Trimestral
Impressão em braille
ISSN 2595-1017
1. Infantojuvenil --
Cego. 2. Pessoa cega. 3. Cultura -- Cego. 4.
Revista -- Periódico. I. Pontinhos. II. Revista
infantojuvenil para cegos. III. Ministério da
Educação. IV. Instituto Benjamin Constant.
CDD-028.#ejhga
Bibliotecário -- Edilmar Alcantara dos S. Junior -- CRB/7 6872
Sumário
Poesias ::::::::::::::::: 1
Pessoas são
diferentes ::::::::::::: 2
O Direito das
Crianças :::::::::::::: 3
Trava-línguas ::::::::::: 5
Cordel :::::::::::::::::: 7
A República do Brasil,
como aconteceu, como
surgiu! :::::::::::::::: 7
Histórias para ler e
contar ::::::::::::::::: 10
A formiga e a pomba --
fábula de Esopo ::::::: 10
A lebre e o cão de caça
-- fábula de Esopo :::: 12
A raposa e o corvo --
fábula de Esopo ::::::: 12
Wild Blosson ::::::::::: 15
Quebra-cuca ::::::::::::: 17
Caça-palavras ::::::::::: 17
Você sabia? ::::::::::::: 18
Vamos rir ::::::::::::::: 21
Menino mentiroso :::::::: 21
Sobras de carne ::::::::: 22
Redução da mesada ::::::: 22
Repetindo o ano ::::::::: 23
Pior aluno :::::::::::::: 23
Nascimento :::::::::::::: 24
Escola bíblica :::::::::: 24
Historiando ::::::::::::: 25
Cais do Valongo :::::::: 25
Leitura interessante :::: 34
Ervas aromáticas: o que
são e quais precisamos
ter em casa? ::::::::::: 34
Cuidando do corpo e da
mente :::::::::::::::::: 42
Beber água também
favorece a saúde mental:
veja quanto tomar :::::: 42
Espaço do leitor :::::::: 49
Olá, amiguinhos! Vamos começar com poesias de Ruth Rocha sobre “O
direito das crianças”. Ou, se preferir, dando boas risadas na seção
“Vamos rir?”. Podemos ainda viajar na história e conhecer um pouco do
Cais do Valongo, antigo cais localizado na zona portuária do Rio de
Janeiro, entre as atuais ruas Coelho e Castro e Sacadura Cabral onde
acontecia a comercialização dos escravos, logo após a independência
do Brasil. Nesta edição, trazemos também os ensinamentos de duas
fábulas de Esopo, um escritor do Egito antigo, considerado o criador
desse estilo literário. Outro tema que consideramos muito importante,
é o da Saúde. Nesse número, vamos falar da importância de manter o
organismo bem hidratado.
Por isso, trate de pegar um copo d'água e...
Boa leitura!
Furinho, o mascote da revista
Pontinhos
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Poesias
Pessoas são diferentes
Ruth Rocha
São duas crianças lindas
Mas são muito diferentes!
Uma é toda desdentada,
A outra é cheia de dentes...
Uma anda descabelada,
A outra é cheia de pentes!
Uma delas usa óculos,
E a outra só usa lentes.
Uma gosta de gelados,
A outra gosta de quentes.
Uma tem cabelos longos,
A outra corta eles rentes.
Não queira que sejam iguais,
Aliás, nem mesmo tentes!
São duas crianças lindas,
Mas são muito diferentes!
:::::::::::::::::::::
O Direito das Crianças
Ruth Rocha
Toda criança no mundo
Deve ser bem protegida
Contra os rigores do tempo
Contra os rigores da vida.
Criança tem que ter nome
Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome
Ter segurança e estudar.
Não é questão de querer
Nem questão de concordar
Os diretos das crianças
Todos têm de respeitar.
Tem direito à atenção
Direito de não ter medos
Direito a livros e a pão
Direito de ter brinquedos.
Mas criança também tem
O direito de sorrir.
Correr na beira do mar,
Ter lápis de colorir...
Ver uma estrela cadente,
Filme que tenha robô,
Ganhar um lindo presente,
Ouvir histórias do avô.
Descer do escorregador,
Fazer bolha de sabão,
Sorvete, se faz calor,
Brincar de adivinhação.
Morango com chantilly,
Ver mágico de cartola,
O canto do bem-te-vi,
Bola, bola, bola, bola!
Lamber fundo da panela
Ser tratada com afeição
Ser alegre e tagarela
Poder também dizer não!
Carrinho, jogos, bonecas,
Montar um jogo de armar,
Amarelinha, petecas,
E uma corda de pular.
Fonte: ~,https:`/`/www.~
educlub.com.br`/poesia-~
infantil-de-ruth-rocha`/~,
Acesso: 21/08/2023
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Trava-línguas
Casa suja, chão sujo. Chão sujo, casa suja.
Conta quantos contos contastes enquanto contavas contos.
Se percebeste, percebeste. Se não percebeste, faz que percebeste para que eu perceba que tu percebeste. Percebeste?
O caju do Juca e a jaca do cajá. O jacá da Juju e o caju do Cacá.
Se vaivém fosse e viesse, vaivém ia, mas como vaivém vai e não vem, vaivém não vai.
Tecelão tece o tecido em sete sedas de Sião. Tem sido a seda tecida na sorte do tecelão.
Tique-taque, tique-taque, tique-taque. Depois que um tique toca é que
se toca um taque.
Embaixo da pia tem um pinto que pia e quanto mais a pia pinga mais o pinto pia!
A rua de paralelepípedo é toda paralelepipedada.
O padre tem pouca capa porque pouca capa compra.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Cordel
A República do Brasil, como aconteceu, como surgiu!
Jorge Garrido
Em 15 de novembro de 1889, foi nessa data
Veio a Proclamação da
República do Brasil
Um militar: Marechal
Deodoro da Fonseca
A proclamou, foi dessa
maneira que surgiu
Mas, a ideia de República era mais antiga
Desde o Período Colonial, a ideia *emergiu*
Notem que a República é
instituída
Logo depois do final da
escravidão
Nada é por acaso, é bom
lembrar
Outro momento podia chegar então
Praticamente permitido pela elite
Coisa clara é que houve
permissão
Não vamos esquecer da
Independência
Quem a proclamou era o filho do rei
Queria seguir no poder,
manteve o regime
Independente, mas reinado, é o que sei
Mas a República já era um desejo declarado
Ainda não era desejo da elite que fosse lei
Com o fim da escravidão, aí sim, a elite aceita
Os militares são os atores para garantir o fato
É assim que a República
chega para nós todos
Uma decisão da elite,
militares representam o ato
Grande teatro histórico
vivido no nosso país
Instituiu-se a República do Brasil como relato.
Fonte: ~,https:`/`/~
esquerdaonline.com.br`/~
2016`/11`/19`/no-dia-do-~
cordelista-um-cordel-sobre-~
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1692012026.0344009~
399414062500000~,
Acesso em: 14/08/2023
Vocabulário
Emergiu (emergir). v. Manifestar.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Histórias para ler e contar
A formiga e a pomba
Fábula de Esopo
Uma formiga sedenta chegou à margem de um rio para beber água. Para alcançar a água, precisou descer por uma folha de grama. Ao fazer isso, escorregou e caiu dentro da correnteza.
Pousada numa árvore próxima, uma pomba viu a formiga em perigo. Rapidamente, arrancou uma folha de árvore e jogou dentro do rio, perto da formiga, que pôde subir nela e flutuar até à margem.
Logo que alcançou a terra, a formiga viu um caçador de pássaros, que se escondia atrás de uma árvore, com uma rede nas mãos. Vendo que a pomba corria perigo, correu até o caçador e mordeu-lhe o calcanhar.
A dor fez o caçador largar a rede e a pomba fugiu para um ramo mais
alto. De lá, ela *arrulhou* para a formiga:
-- Obrigada, querida amiga.
Moral da história: gentileza gera gentileza. Faça o bem, sem olhar a quem, que o retorno sempre vem. Uma boa ação se paga com outra. Gratidão não se mede pelo tamanho do ato ou de quem o fez, mas sim pelo valor da atitude. O grato de coração sempre achará um jeito de demonstrar sua gratidão.
Fonte: ~,https:`/`/www.~
turminha.com.br`/blog`/~
fabula-formiga-e-pomba~,
Acesso em: 14/08/2023
Vocabulário
Arrulhar: v. Cantar, emitir arrulhos, como os pombos e
as rolas.
Exprimir com ternura (um sentimento).
A lebre e o cão de caça
Fábula de Esopo
Um dia, um cão de caça forte e poderoso estava perseguindo uma
lebre. Depois de correr por um longo tempo, o cansado cão desistiu da
caça. Um rebanho de cabras que observava a situação zombou do cão, dizendo que o pequeno animal era melhor que a fera. A isto, o cão de caça respondeu:
-- O coelho estava correndo por sua vida, eu só corria por um jantar. Essa é a diferença entre nós.
A raposa e o corvo
Fábula de Esopo
Certa raposa faminta e cansada andava pela floresta em
busca de algo para se alimentar. Nada encontrando, começou a ficar irritada e de mau humor. De repente, avistou ao longe um corvo, contente e animado, sobre um galho de árvore.
Entretanto, é lógico, não foi o corvo que lhe interessou, mas algo que ele trazia no bico, o que fez a raposa ficar com água na boca! Sim! O corvo trazia um enorme pedaço de queijo no bico e fazia cerimônia para devorá-lo.
Esperta e *ardilosa*, a raposa se aproximou do corvo e logo foi elogiando a ave:
-- Que lindo dia, meu amigo corvo, poderia ficar horas observando esse céu azul!
Com a boca ocupada, o corvo apenas balançou a cabeça.
-- Mas, corvo, como você é feliz por ser uma ave e tudo poder contemplar!
O corvo balançou novamente a cabeça.
-- Como eu queria ser uma ave! Se eu fosse como você, não apenas iria voar, mas me dedicaria com toda força a cantar! Pois bem, corvo, você tem uma linda voz, por que não canta?
Sentindo-se lisonjeado com tantas bajulações da raposa, o corvo pensou consigo:
-- Por que não cantar?
Ergueu a cabeça e, se preparando para emitir a primeira nota, se
esqueceu do queijo que trazia no bico, deixando-o cair. Rapidamente,
a esperta raposa pegou o alimento, devorando-o. Desapontado e sem o
queijo, o corvo tentava cantar, mas nada! Com *sarcasmo* a raposa falou:
-- Pois é, corvo! Cantar não cantou, mas certamente, dessa vez,
você dançou!
Moral da história: “Todo bajulador vive às custas de quem lhe dá ouvidos!”
Fonte:
~,https:`/`/minhasatividades.~
com`/a-raposa-e-o-corvo`/~,
Acesso em: 14/08/2023
Vocabulário
Ardilosa: adj. Que usa de esperteza para obter aquilo que deseja.
Sarcasmo: s. m. Zombaria que busca ofender.
Wild Blosson
Havia uma menina chamada Wild Blosson, que costumava vender flores durante o dia. À noite, ela levava comida para seus irmãozinhos. Um dia, a menina estava apanhando uns amores-perfeitos na floresta quando adoeceu. Ela chegou cedo em casa naquele dia e ficou muito triste porque não conseguiu comprar comida para seus irmãos. Os jardineiros do céu viram o que aconteceu. Então, eles cuidaram de suas flores até que ela melhorasse. Quando nossa personagem se recuperou, viu que as flores do jardim pareciam mais frescas e bonitas. Wild Blosson foi ao mercado e descobriu que havia muitos compradores para elas. Ela voltou para casa com bastante comida e presentes para seus irmãos.
Fonte: 365 história para dormir/ [Coordenação, tradução e edição de
Fabiano Flaminio]. -- Brasil: Pé da Letra, 2021.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Quebra-cuca
Caça-palavras
Vamos descobrir! Quantas palavras você consegue encontrar no caça-palavras a seguir?
bonecaxrtuvlçmnã
rtuvsapatoujkism
mnbmacacowertéra
jogomnswpipocauõ
fdqueijoporuntas
gffrutasmcomidan
banmelanciajhgut
sorvetertsmingau
Resposta
1ª linha: boneca
2ª linha: sapato
3ª linha: macaco
4ª linha: jogo, pipoca
5ª linha: queijo
6ª linha: frutas, comida
7ª linha: melancia
8ª linha: sorvete, mingau
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Você sabia?
Selecionamos alguns sobrenomes da lista da origem de sessenta
sobrenomes brasileiros. Confira se o seu está entre eles.
Alves: é um sobrenome de origem portuguesa que surgiu como
diminutivo do nome pró-
prio Álvaro. Ele significa “filho de Álvaro”. Por sua vez, o nome Álvaro tem origem nórdica, com os significados de "exército de elfos" ou "guerreiro elfo".
Costa: existem muitas possibilidades para a origem para o popular sobrenome Costa ao redor do mundo. Algumas delas são grega, espanhola, italiana e portuguesa. No Brasil, o nome chegou junto das famílias portuguesas no período de colonização. Em Portugal, Costa pode ter sido usado para nomear uma nobre família medieval portuguesa que habitava uma zona costeira. É por isso que o sobrenome carrega os significados de “que vive na costa”, “que vive junto à encosta”, “que é natural do litoral”.
Ferreira: a profissão de ferreiro é uma das mais antigas do mundo e não é à toa que muitos dos sobrenomes mais populares ao redor do planeta se remetem a este ofício. É o caso de Smith nos Estados Unidos e Ferreira no Brasil. O sobrenome Ferreira chegou no nosso país através dos portugueses tendo surgido por volta do século XI na região da Península Ibérica. Ele carrega, portanto, os significados de “que vem da terra rica em ferro”, “ferreiro”, “o que trabalha com ferro”.
Silva: este é o sobrenome mais popular no Brasil, onde um em cada 93 cidadãos brasileiros é registrado com ele. Estudos apontam que este sobrenome está presente no mundo desde o século X, antes mesmo da criação de Portugal. Ele aparece também em famílias da Espanha e da Itália. Silva carrega os significados de "floresta", "selva" ou "bosque".
Teixeira: teixo é uma árvore ornamental e o sobrenome Teixeira tem relação com as localidades portuguesas que possuíam vastos campos com estas árvores. Tudo indica que as pessoas que nasciam ou que habitavam um local onde havia uma grande quantidade de teixos passou a ser identificada através do sobrenome Teixeira. É por isso que este popular sobrenome brasileiro carrega os significados de “nascido na área dos teixos”, “habitante do local onde há muitos teixos”.
Fonte:
~,https:`/`/www.~
dicionariodenomesproprios.~
com.br`/origem-de-~
sobrenomes-brasileiros`/~,
Acesso em: 19/06/2023
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Vamos rir
Menino mentiroso
-- Manhê!
-- O que é meu filho?
-- Lá na escola, os meus coleguinhas estão dizendo que eu sou o maior mentiroso!
-- Larga de bobagem, garoto. Você não está na escola ainda.
Sobras de carne
Uma família estava jantando em um restaurante. Terminado o jantar, o pai disse ao garçom:
-- Embrulhe a carne que sobrou. A gente vai levar para o nosso cachorro!
Imediatamente, os filhos gritaram felizes:
-- Oba! O papai vai comprar um cachorro para a gente!
Redução da mesada
Certo dia o pai chegou para o filho e disse:
-- Filhão! Vou diminuir a sua mesada de 50 para 43 reais.
-- Mas por que pai?
-- Acho que está na hora de você aprender algo sobre im-
postos!
Repetindo o ano
Depois do filho repetir de ano pela segunda vez, o pai dá uma bronca:
-- Que vergonha, hein! Repetir de ano duas vezes!
-- Pois é, pai. -- Respondeu o garoto. -- O professor tem tanta raiva de mim que me fez as mesmas perguntar do ano passado!
Pior aluno
Muito irritado após ir à reunião de pais e professores no colégio, o pai reclama com o filho:
-- Eu faço um sacrifício enorme pra pagar a sua escola e a professora me conta que de
20 alunos da sala você é o pior. O pior!
-- Pô, a situação podia ser pior né, pai!
-- Pior? Como assim?
-- É... A sala podia ter 40 alunos!
Nascimento
-- Manhê, como foi que eu nasci? -- Pergunta Zezinho.
-- Foi a cegonha que te trouxe, meu filho...
-- E a minha irmã?
-- Veio de avião.
-- Puxa! Na nossa família não teve nenhum parto normal?
Escola bíblica
Uma professora de escola bíblica estava discutindo os dez mandamentos com seus pupilos de 5 e 6 anos. Depois de explicar o mandamento de honrar pai e mãe, perguntou:
-- Tem algum mandamento que nos ensine como tratar os nossos irmãos e irmãs?
Um menino, o mais velho de sua família respondeu:
-- Não matarás.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Historiando
Cais do Valongo
O Cais do Valongo possui um significado ímpar para as gerações de
outrora e para as de hoje. Isso se dá pela sua importância na
história da escravização dos negros oriundos da África. Ele foi o
maior porto de entrada de escravizados da América Latina e, portanto,
tornou-se um lugar de memória da *diáspora* africana.
O Cais foi construído em 1811, a mando de D. João VI. Considerava-se necessário retirar o comércio de escravos da região central do Rio de Janeiro, na atual Praça XV, e levá-lo para o subúrbio da cidade. Isso representou uma tentativa de isolamento dessa prática, para que ela não afetasse o cotidiano da população branca. Mesmo quando D. Pedro I assumiu o poder, o tráfico de negros continuou presente. A Constituição promulgada no dia 25 de março de 1824 mantinha a ordem social baseada no açúcar, no café e no tráfico de escravos.
O modelo econômico que desumanizava a população negra só foi totalmente abolido no final do segundo reinado, passado o período regencial (quando D.
Pedro I abdicou do trono em favor de seu filho, ainda criança) e a maior parte do período em que D.
Pedro II esteve à frente do Brasil.
Algumas leis foram decretadas antes da Lei Áurea. É o caso da lei que proibia o tráfico de escravos, resultante da pressão exercida pela Inglaterra. Tal medida entraria em vigor no ano de 1830, mas foi apenas com a Lei Eusébio de Queirós, em 1850, que o tráfico ilegal foi verdadeiramente coibido. A Lei Áurea, por sua vez, foi assinada em maio de 1888 pela Princesa Isabel, filha de D. Pedro II com a Imperatriz Teresa Cristina.
Diante desse contexto, sabe-se que a descoberta das ruínas do Cais,
em 2011, durante o projeto de revitalização da Zona Portuária do Rio
de Janeiro, significa um resgate da história da população negra
brasileira. O local foi aterrado com a Reforma Pereira Passos,
ocorrida no início do Século XX. Entretanto, na época, o Cais já não
era mais o Cais do Valongo e sim, o Cais da Imperatriz. Esse nome foi
dado em 1843, quando houve uma reforma para receber o desembarque da
Imperatriz Teresa Cristina. Sua vinda era motivada pelo casamento com
D. Pedro II (endereço: Praça Jornal do Comércio -- Av. Barão de Tefé,
Saúde -- I -- R.A. Portuária -- Rio de Janeiro).
O Brasil recebeu cerca de quatro milhões de escravos nos mais de
três séculos de duração do regime escravagista, 40% de todos os
africanos que chegaram vivos nas Américas, entre os séculos XVI e
XIX. Destes, aproximadamente 60% entraram pelo Rio de Janeiro, sendo
que aproximadamente um milhão pelo Cais do Valongo. A partir de 1774,
por determinação do Marquês do Lavradio, Vice-
-Rei do Brasil, o
desembarque de escravos no Rio foi integralmente concentrado na
região da Praia do Valongo, onde se instalou o mercado de escravos
que, além das casas de comércio, incluía um cemitério e um *lazareto*.
O objetivo era retirar da Rua Direita, atual Primeiro de Março, o
desembarque e comércio de africanos escravizados. Após a chegada eles
eram destinados às plantações de café, fumo e açúcar do interior e de outras regiões do Brasil. Os que ficavam no Rio de Janeiro, geralmente eram utilizados em trabalhos domésticos, ou nas obras públicas. A vinda da família real portuguesa para o Brasil
e a intensificação da cafeicultura ampliaram consideravelmente o tráfico escravagista.
Em 1811, com o incremento do tráfico e o fluxo de outras mercadorias, foram feitas obras de infraestrutura, incluindo o calçamento de pedra de um trecho da Praia do Valongo, que constitui, atualmente, o Sítio Arqueológico do Cais do Valongo.
Em 1911, com as reformas urbanísticas da cidade, o posteriormente
chamado Cais da Imperatriz foi aterrado. No entanto, durante as obras
do Porto Maravilha, com as escavações realizadas no local em 2011,
foram encontrados milhares de objetos como parte de calçados, botões
feitos com ossos, colares, amuletos, anéis e pulseiras em piaçava de
extrema delicadeza, jogos de búzios e outras peças usadas em rituais
religiosos. Entre os achados raros, há uma caixinha de joias, esculpida em antimônio, com desenhos de uma caravela e de figuras geométricas na tampa.
Em 2012, a prefeitura do Rio de Janeiro acatou a sugestão das
Organizações dos Movimentos Negros e, em julho do mesmo ano,
transformou o espaço em monumento preservado e aberto à visitação
pública. O Cais do Valongo passou a integrar o Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana, que estabelece marcos da cultura afro-brasileira na Região Portuária, ao lado do Jardim Suspenso do Valongo, Largo do Depósito, Pedra do Sal, Centro Cultural José Bonifácio e Cemitério dos Pretos Novos.
Em 20 de novembro de 2013, Dia da Consciência Negra, o Cais do Valongo foi alçado a patrimônio cultural da cidade do Rio de Janeiro, por meio do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH). Representantes da UNESCO também consideraram o sítio arqueológico como parte da Rota dos Escravos, sendo o primeiro lugar no mundo reconhecido pela UNESCO. O evento reforçou ainda mais a intenção da cidade de lançar a candidatura do Cais do Valongo a Patrimônio da Humanidade.
O dossiê elaborado ao longo de um ano de trabalho, coordenado pelo antropólogo Milton Guran, resgata a história trágica e cruel do tráfico negreiro e analisa com detalhes a importância histórica e o simbolismo do sítio arqueológico para todos os brasileiros, em especial os afrodescendentes.
O Sítio Arqueológico do Cais do Valongo não só representa o principal cais de desembarque de africanos escravizados em todas as Américas, como é o único que se preservou materialmente. Pela magnitude do que representa, coloca-se como o mais destacado vestígio do tráfico negreiro no continente americano.
Fontes: ~,http:`/`/portal.~
iphan.gov.br`/pagina`/~
detalhes`/818`/~, Acesso: 19/06/2023
~,http:`/`/cultura.rj.gov.~
br`/cais-do-valongo`/#{:~:~
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20Valongo%20possui,de~
%20mem%C3%B3ria%~
20da%20di%C3%A1~
spora%20africana.~,
Acesso: 19/06/2023
Vocabulário
Diáspora: s. f. dispersão de um povo em consequência de
preconceito, perseguição política, religiosa ou étnica.
Lazareto: s. m. Lugar afastado dos grandes centros onde se colocava os indivíduos com doenças infecciosas, como a hanseníase.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Leitura interessante
Ervas aromáticas: o que são e quais precisamos ter em
casa?
As ervas aromáticas são excelentes ingredientes para as suas receitas, pois valorizam o sabor e aroma dos alimentos, deixando-os mais atrativos na hora de servir.
De maneira geral, podemos dizer que as ervas são as folhas de plantas utilizadas na culinária, enquanto os outros temperos (as especiarias) são feitas a partir de raízes, cascas, sementes ou talo de outras plantas.
Todo mundo que adora se aventurar na cozinha precisa ter ervas aromáticas em casa. Que tal conhecer algumas que você não pode deixar de usar?
Alecrim: é uma erva aromática com origem na região do mediterrâneo, mas que conquistou os paladares ao redor do mundo. Suas folhas são finas e pontudas, lembrando uma versão menor das folhas de pinheiro, de coloração bem verde.
Pode ser cultivado o ano todo, desde que permaneça em local arejado
e iluminação direta em uma parte do dia. Para incluir no dia a dia, basta escolher as folhas verdinhas e sem manchas.
Use o alecrim em: batatas; carnes; peixes.
Cebolinha: é uma planta que leva esse nome por ter uma aparência muito semelhante à da cebola. Seu bulbo, de onde nascem as folhas verdes e compridas que são usadas como ervas, é branco e redondo como a do outro vegetal.
Um dos tipos de ervas aromáticas mais populares na cozinha, pode ser usado em pratos, como também para dar mais sabor a manteigas e patês. Pode ser cultivada durante todo o ano, desde que em solo bastante fértil e com frequente contato com a luz solar.
Use a cebolinha em: cuscuz; legumes; omeletes; queijos; saladas; sopas.
Coentro: é uma erva de aroma e sabor muito característicos, que nem sempre agradam a todos os tipos de paladar. Muito tradicional na culinária indiana, peruana, mexicana e tailandesa, aqui no Brasil o coentro é geralmente utilizado em pratos do Nordeste. Fácil de cultivar em qualquer época do ano, o coentro tem um sabor picante que, para muitos, faz a diferença em pratos clássicos como uma boa moqueca, ceviche ou guacamole.
Use o coentro em: carne seca; carnes de porco; churrasco; cordeiro; cozidos e guisados; frango; frutos do mar; receitas de peixe.
Hortelã (que também pode ser chamada de menta) é uma das ervas aromáticas bastante saborosas. Ela é também poderosa para a saúde do sistema digestivo do corpo humano. Muito popular na América do Norte, Ásia e Oceania, a planta também é popular em outras regiões do mundo.
Suas características medicinais são muito valorizadas, visto que o consumo de hortelã pode ajudar a tratar má digestão, vômitos, náusea e também oferecer efeitos calmantes. Mas, além do poder medicinal, a erva também traz sabores e aromas únicos para a culinária. Ela é refrescante, cítrica e muito peculiar.
Use a hortelã para: combinar com carne de cordeiro; fazer deliciosos chás; preparo de sucos.
Manjericão: erva tradicionalmente associada à culinária italiana, o manjericão é uma das plantas mais procuradas para utilizar em diferentes composições de pratos. Seu aroma e sabor são perfumados, marcantes e muito versáteis, permitindo que essa erva seja usada em vários tipos de receitas.
É possível encontrar vários tipos de manjericão para cultivar: roxo, doce, miúdo, limão e tailandês. Todos eles devem ser usados frescos na preparação dos pratos, para que seu sabor e aroma sejam valorizados.
O manjericão pode ser cultivado o ano todo, desde que permaneça em local seco e longe da luz direta. Dê preferência para os ramos sem flores, que vão deixar o sabor e o aroma mais concentrados nas folhas.
Use o manjericão: acompanhando queijos frescos; frangos; molhos de tomate; pizza; saladas; sucos.
Orégano: é uma erva popular e fácil de cultivar em casa por todo o
ano. Com folhas aromáticas -- que permanecem com suas características
mesmo desidratadas --, ela também conta com características antioxidantes que são valorizadas pela medicina alternativa.
Seu sabor é fácil de identificar, assim como seu aroma, que é perfeito para complementar diferentes tipos de pratos salgados.
Use o orégano em: frangos; massas; ovos; peixes; pizzas; saladas.
Salsinha: é uma das ervas aromáticas mais conhecidas e utilizadas no mundo. Pode ser encontrada de duas maneiras, lisa e crespa, e conta com aroma e sabor característicos. Suas folhas são verdes e bem vistosas, que podem ser cultivadas por todo o ano.
Idealmente, a salsinha deve ser utilizada fresca e logo após a colheita para que seu sabor seja aproveitado no preparo. Ela é adicionada aos pratos bem no final da receita, para não perder suas características.
Use a salsinha em: carnes; legumes; massas; molhos; saladas; sopas.
Tomilho: é uma erva aromática muito utilizada na culinária, mas também na medicina alternativa. Nativa da região do mediterrâneo, ela é usada em receitas e pratos dessa região, embora hoje seja extremamente popular em todo o mundo.
Seu sabor discreto e seco -- e por isso pouco aromático -- permite que essa seja uma erva básica para se ter na cozinha e bastante versátil para usar em todos os tipos de receita.
Use o tomilho em: carnes grelhadas; carnes marinadas;
feijão; molho de tomate; pratos com queijo e tomate.
Fonte:
~,https:`/`/content.~
paodeacucar.com`/~
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aromaticas-quais-ter-em-~
casa~, Acesso em: 19/06/2023
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Cuidando do corpo e da mente
Beber água também favorece a saúde mental: veja quanto tomar
Consumir água traz uma série de benefícios ao corpo e ao estado emocional das
pessoas.
Maria Beatriz Melero
Beber água é uma prática recomendada por trazer uma série de
benefícios ao corpo. De acordo com especialistas, manter um bom
consumo diário pode contribuir não só para a hidratação e bom
funcionamento do organismo, mas também para a regulagem das funções
*metabólicas* cerebrais, influenciando até mesmo em nosso estado emocional.
Conforme explica a neurologista Ana Paula Peña Dias, o corpo humano
é composto por 70% de água -- e a maior parte do cérebro é
constituído pela substância. Por conta disso, a água acaba tendo um
papel muito importante no órgão, mediando todas as atividades
funcionais cerebrais -- o que pode afetar (positiva ou negativamente) a saúde mental.
Assim, quando existe a falta de água no corpo, é normal que uma pessoa apresente sintomas ligados às funções neurológicas, como dificuldade de atenção, concentração e memória, além de fadiga e cansaço mental. Junto a isso, a desidratação também pode interferir nas emoções do indivíduo, levando a quadros de irritabilidade, humor depressivo e apatia.
"Isso ocorre porque há uma redução da atividade cerebral no sistema das emoções (sistema límbico), que também sofre com a falta de água por distúrbios metabólicos e sinápticos", explica a médica. Portanto, é essencial equilibrar o consumo diário deste líquido tão importante para nosso bem-estar.
A quantidade necessária de água ingerida diariamente varia de
pessoa para pessoa, segundo o gastroendoscopista digestivo Newton Teixeira. Entretanto, a recomendação, de acordo com o médico, é que uma pessoa beba dois litros de água por dia, no mínimo.
"A idade, o peso e a atividade física que a pessoa pratica podem influenciar na quantidade necessária. Desta forma, alguns precisam ingerir mais de dois litros por dia, como no caso dos esportistas, gestantes e mães em amamentação. Por isso, aconselho que meus pacientes tomem água pura diariamente, sem contar com o líquido oriundo de outras fontes", diz Teixeira.
A médica nutróloga Nívea Bordin, da Clínica Leger, ensina uma técnica que ajuda a saber qual é a quantidade ideal de água por dia para cada pessoa. "O ideal é fazer um cálculo básico que o indivíduo precisa de 35 ml de líquido por quilograma de peso durante o dia", ensina Nívea. Também vale a pena ficar atento aos sinais de desidratação que o corpo manifesta. Em geral, esses sintomas são: muita sede, pele muito seca e áspera, hipotensão (pressão baixa), tonturas, boca e lábios ressecados, olhos opacos, fundos e ressecados, urina de cor escura, pouca urina durante o dia.
Em casos mais graves, a desidratação ainda pode causar desorientação mental, batimentos cardíacos acelerados, ausência de urina no dia, queda de pressão, respiração acelerada e até desmaios.
A água pura não é o único modo de se hidratar diariamente. Outras alternativas saudáveis de consumo da bebida são os sucos naturais, os chás e a água de coco. "As águas aromatizadas também são excelentes, porque têm sabor e fazem com que a pessoa tenha mais prazer em consumir água", acrescenta Nívea.
Investir em lembretes ao longo do dia, com a ajuda de aplicativos para beber água, carregar uma garrafa consigo ou deixar uma jarra próxima cheia de água também são bons truques que estimulam a hidratação. "É importante colocar um alarme no celular para lembrar de beber água, além de consumir bastante frutas, legumes e chás", aconselha a nutróloga.
Produtos que não servem para hidratação: sucos industrializados e refrigerantes não devem ser considerados como fontes de hidratação, por carregarem muitas substâncias tóxicas e não serem benéficos ao organismo. "São extremamente calóricos, com aromatizantes, estabilizantes. Algumas vezes vão conseguir hidratar a pessoa, porém podem causar outros malefícios à saúde", diz Teixeira.
Entre os inúmeros benefícios, a água ajuda a regular a temperatura
corporal, auxilia na desintoxicação do corpo, favorece a absorção de nu-
trientes, deixa a pele mais bonita e hidratada, estimula o metabolismo (o que contribui para o emagrecimento), previne o aparecimento de pedras nos rins, melhora a circulação sanguínea e facilita a digestão.
Porém, o que pouca gente sabe é que beber água demais pode ser prejudicial ao corpo. O consumo excessivo do líquido acarreta malefícios como: desequilíbrio nos níveis de sódio e potássio: convulsões, confusão mental, inchaço nas pernas e mãos, dificuldade para respirar, atrapalha a cognição.
Por vezes, é possível que uma pessoa acabe tomando água demais devido a medicamentos que causam retenção urinária. "Por isso, o indivíduo sempre deve estar atento à quantidade de água ingerida e se está urinando com certa frequência relacionada ao líquido que ele está bebendo", alerta Nívea.
Fonte: ~,https:`/`/~
www.minhavida.com.br`/~
materias`/materia-20591~,
Acesso em: 14/08/2023
Voculário
Metabólicas: s. f. Relativo ao metabolismo. Processo de síntese, degradação ou decomposição das células.
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Espaço do leitor
Recebemos o contato da leitora Mônica Maria Mattos Torres, que sugeriu o tema plantas aromáticas. Esperamos ter atendido o seu interesse na seção “Leitura
interessante”. Estamos gratos pela sua sugestão.
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E a última edição do ano da Pontinhos termina por aqui. Espero que
você tenha gostado das informações, brincadeiras e principalmente das
histórias que compartilhamos nas publicações da revista ao longo
desse ano, sobretudo daquelas que nos ajudam a entender o presente e
nos preparar para o futuro do nosso Brasil. Esta última Pontinhos de 2023 me deixou curioso para conhecer o Cais do Valongo e, para os que como eu ainda não conhecem este importante sítio histórico, ficam aqui minha dica de passeio e meus votos de um feliz Natal e um Ano Novo cheio de paz, amor e realizações. Mas, antes de nos despedirmos desse número, escreva-nos para dizer se o seu sobrenome não apareceu (revistasbraille@ibc.gov.br).
Um forte abraço e até 2024! Ou até que surja uma surpresa!
Furinho, o macote da revista Pontinhos
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Fim da Obra
Produzido e distribuído pela
Divisão de Imprensa Braille do Instituto
Benjamin Constant
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Distribuição gratuita de acordo com a Lei n.o 9.610, de 19/02/1998,
art. 46, inciso I, alínea *d*.