Diretor-Geral do IBC Mauro Marcos Farias da Conceição Comissão Editorial Geni Pinto de Abreu Heverton de Souza Bezerra da Silva Hylea de Camargo Vale Fernandes Lima Maria Cecília Guimarães Coelho Rachel Maria Campos Menezes de Moraes Rachel Ventura Espinheira Colaboração Camila Sousa Dutton Daniele de Souza Pereira João Batista Alvarenga Revisão Marília Estevão Livros impressos em braille: uma questão de direito
Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita. Arquivo da revista disponível para impressão em braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ publicacoesÿrevistas~, Nossas redes sociais: Anchor: ~,https:ÿÿanchor.fmÿ~ podfalar-rbc~, Facebook: ~,https:ÿÿwww.~ facebook.comÿibcrevistas~, Instagram: ~,https:ÿÿwww.~ instagram.comÿrevistas{-~ rbc{-pontinhosÿ~, Youtube: ~,https:ÿÿwww.~ youtube.comÿ~ RevistasPontinhoseRBC~,
Dúvida na lição :::::::: 29
Competição do maior
pai ::::::::::::::::::: 29
Historiando :::::::::::: 30
Álvares de Azevedo, o
disseminador do
braille no Brasil ::: 30
Leitura
interessante :::::::::: 37
Comida de rua :::::::::: 37
Cuidando do corpo e da
mente ::::::::::::::::: 47
Obesidade na
adolescência :::::::::: 47
Espaço do leitor ::::::: 56
vou contar para estragar a surpresa. Boa leitura!
Furinho, o mascote da revista
Pontinhos
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Cantigas
Rimas ao gosto popular
A rima é um recurso estilístico muito utilizado para dar
sonoridade, ritmo e musicalidades a textos estruturados em versos,
como poemas e canções. Ela consiste na repetição de sons iguais ou
parecidos nos finais das pala-
vras, com intervalos regulares. Existem
pequenos poemas chamados quadrinhas ou trovas, de forte tradição
folclórica, fáceis de memorizar e, geralmente, utilizando a rima.
As pérolas são os meus beijos,
O fio é o meu penar.
(27/8/1907)
A caixa que não tem tampa
Fica sempre destapada.
Dá-me um sorriso dos teus
Porque não quero mais nada.
(11/7/1934)
No baile em que dançam todos
Alguém fica sem dançar.
Melhor é não ir ao baile
Do que estar lá sem lá estar.
(4/8/1934)
Vale a pena ser discreto?
Não sei bem se vale a pena.
O melhor é estar quieto
E ter a cara serena.
(18/8/1934 -- data provável)
Não digas mal de ninguém
Que é de ti que dizes mal.
Quando dizes mal de alguém
Tudo no mundo é igual.
(11/9/1934)
Fonte: Quadras ao Gosto Popular. Fernando Pessoa. Texto estabelecido
e prefaciado por Georg Rudolf Lind e Jacinto do Prado Coelho. Lisboa:
Ática, 1965. (6ª ed., 1973)-39. Disponível em:
~,http:ÿÿ~
arquivopessoa.netÿtextosÿ~
227#k~, Acesso em: 3/7/2023.
E pretas.
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas.
Borboletas brancas
São alegres e francas.
Borboletas azuis
Gostam muito de luz.
As amarelas
São todas belas
E as pretas, então...
Oh, que escuridão!
mastigava mostarda na maloca miasmática. Migalhas
minguadas de moagem mitigavam míseras meninas.
O rato, a ratazana, o ratinho, roeram as rútilas roupas e rasgaram as
ricas rendas da rainha Dona Urraca de Bombarral.
Se os seis sábios são susceptíveis, seguramente sereis satisfeitos.
Sófocles soluçante ciciou no Senado suaves censuras sobre a
insensatez de seus
filhos insensíveis. Suave
viração do Sueste passa
sussurrante sobre sensitivas silenciosas.
Um rapaz tendo uma zebra metida num casarão, desancou-
-lhe um dia a
febra que a pôs magra como um cão.
Um doido destes de pedras, por nome Andrônico André, casado com dona
Aldonça, que em vez de dois, tinha um pé.
O lusco-fusco do morundu do sul púrpuro de lux.
Florência, Francisca, Eufrásia, todas de fraldas de folhos, foram
fazer uma festa de filhós, bifes, repolhos.
O acróstico cravado na cruz de crisólidas da criança
areana criada
na creche é o credo católico.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Deus criou tudo!!!
Letícia Lima Santos
Ele inventou o mundo
Inventou o céu e o mar
E não deixa o sol e a lua
Nunca parar de brilhar.
Inventou o verde das matas
E a semente faz virar
Naquela flor bonita
Que solta cheiro no ar.
Ele fez o ser humano
Para amar e cuidar
Fez os animais, as plantas
Para nos alimentar
Foi assim que Deus criou
Vamos muito estudar
E quando crescermos
Vamos todos trabalhar.
Fonte: ~,http:ÿÿ~
cordelengracado.blogspot.~
com~, Acesso em: 06/11/2022.
brincaram o dia inteiro
como ótimos amigos.
No fim do dia, a cobra foi para casa e, toda orgulhosa, falou para
a mãe:
-- Olha como eu sei pular -- e começou a pular alegremente.
-- Que tolice é essa? Cobra não pula. Quem te ensinou essa besteira?
-- Foi o sapo que ficou meu amigo.
A mãe fez cara ruim.
-- Cobra não tem amigo. Da próxima vez que você encontrar este
sapo, trate de dar o bote nele e pare de pular que não fica nem bem.
Quando o sapo chegou em casa, foi, todo contente, mostrar à mãe o
que tinha aprendido.
-- Mãe, olha o que eu sei fazer -- e dizendo isso, subiu na árvore
e rastejou no chão feito cobra.
-- Que absurdo é esse? Onde você aprendeu essa idiotice?
-- Com a cobra que ficou minha amiga.
-- Pois pare de fazer as coisas que as cobras fazem. O que vão
dizer se virem meu filho brincando com uma cobra, onde já se viu?
Quando você encontrar esta cobra de novo, fique longe dela. Nenhuma
cobra presta.
No dia seguinte, quando chegaram no jardim, o sapo e a cobra
ficaram se olhando de longe, meio desconfiados. A cobra não teve
coragem de dar o bote, pois se lembrou de como tinha sido bom ter um
amigo. O sapo não falou com ela, mas também ficou triste, pensando no
dia divertido que tinham tido. E assim, os dois nunca mais brincaram
juntos, guardando nos seus corações a lembrança daquela amizade que
não podia existir, embora não entendessem bem por quê.
das redondezas -- disse
ele à mulher.
-- Para que matá-la, se com ela viva você pode ter um ovo de ouro
de sete em sete dias? -- indagou a mulher.
-- Não seria eu João Impaciente. Por que esperar semanas, meses,
talvez anos para ficar milionário se posso ter a ninhada toda de uma
vez e enriquecer em definitivo? -- insistia ele.
E, assim dizendo, matou-a, sem dar atenção às *ponderações* da mulher.
Dentro da ave morta, porém, só havia tripas, como em todas as
outras da sua espécie.
Assim, João Impaciente marcou passo a vida inteira, morrendo sem vintém.
Mas não contam.
Qualquer amigo daria...
Fonte: Elias José. Livro Cantigas de Adolescer -- 2008.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Quebra-cuca
1. Vamos completar as palavras com *x* ou *ch* de forma que elas fiquem corretas:
a) fle...a
b) ...u...u
c) en...ame
d) frou...o
e) ...alé
f) me...er
2. Desembaralhe as letras e forme o nome de um esporte:
r e u f s
3. Que tal fazer a correspondência de cada palavra ao seu antônimo?
a) morto
b) alto
c) corajoso
d) tímido
e) limpo
covarde
extrovertido
sujo
vivo
baixo
4. Vamos relacionar cada coletivo a sua espécie correspondente:
a) cardume
b) fornada
c) matilha
d) constelação
e) enxame
estrelas
cães
abelhas
peixes
pães
5. Com as letras a seguir, descubra o nome do menor planeta do Sistema Solar:
i e r r m ú o c
6. Com as sílabas a seguir forme nomes de alguns alimentos saudáveis:
a) ra ma já cu
b) ro a ce la
c) ba ter be ra
d) rin la je be
e) ra te ne ba
Respostas:
1.
a) flecha
b) chuchu
c) enxame
d) frouxo
e) chalé
f) mexer
2. surfe
3.
a) morto -- vivo
b) alto -- baixo
c) corajoso -- covarde
d) tímido -- extrovertido
e) limpo -- sujo
4.
a) cardume -- peixes
b) fornada -- pães
c) matilha -- cães
d) constelação -- estrelas
e) colmeia -- abelhas
5. Mercúrio
6.
a) maracujá
b) acerola
c) beterraba
d) berinjela
e) rabanete
foram vendidos por apenas US$800,00.
Segundo uma pesquisa de 2008, 58% dos adolescentes britânicos
acreditam que
Sherlock Holmes realmente existiu.
Dúvida na lição
O menino está fazendo a lição de português, quando tem uma dúvida e
pergunta para o pai:
-- Papai, tô com uma dúvida na minha lição.
-- Fala, filho.
-- Burrice, se acentua?
-- Com os anos sim.
Competição do maior pai
Dois garotinhos contando vantagem:
-- Meu pai é muito grande! Tão grande que nem consegue passar
embaixo da porta!
-- O meu é maior! -- rebateu o outro. -- Ele é tão grande, mas tão
grande que pra fazer cesta no basquete ele tem que se abaixar!
-- Ah, mas o meu é maior! Ele é tão grande, mas tão grande, mas tão
grande que não pode comer iogurte!
-- Não pode comer iogurte? -- perguntou o amigo. -- Como assim?
-- É que um dia ele comeu e, quando chegou no estômago, já tinha
passado o prazo de validade!
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Historiando
passou a trabalhar incansavelmente para ensinar o
sistema a outros cegos, tornando-se não só a primeira pessoa cega a
atuar como professor, como também o primeiro professor especializado
no ensino de cegos no Brasil. E foi como professor que ele teve a
oportunidade de se aproximar da
única pessoa com poder suficiente
para transformar seu
sonho em realidade: o Imperador D. Pedro II.
Entre os seus alunos ha-
via uma moça cega, Adélia
Sigaud, filha do Dr.
Francisco Xavier Sigaud, médico da Corte Imperial. Impressionado com
o desenvolvimento da filha, Xavier Sigaud -- com o auxílio do Barão
do Rio Bonito -- conseguiu para José uma audiência com o im-
perador.
Nela, José não só fez uma demonstração de como o braille poderia
acabar com o analfabetismo entre os cegos como propôs ao monarca a
criação de uma escola especializada, dos mesmos moldes do Instituto
de Paris. Impressionado e sensibilizado pela
apresentação, D. Pedro
II decidiu abraçar a causa do
professor, dando início ao
processo de criação do Imperial Instituto dos Meninos
Cegos -- hoje, Instituto
Benjamin Constant.
Álvares de Azevedo participou intensamente das providências iniciais
e decisivas para a fundação da escola, mas não chegou a ver seu sonho
ser realizado. No dia 17 de março de 1854, seis meses antes da
inauguração, o jovem morreu aos 20 anos de idade.
Por sua imensa contribuição para a inclusão social da
pessoa cega
brasileira, José Álvares de Azevedo recebeu o título de “Patrono da
Educação dos Cegos no Brasil” e
o dia do seu nascimento, 8 de abril,
foi declarado oficialmente Dia Nacional do Braille.
Leitura interessante
Comida de rua
Mais do que alimento, ela revela histórias e a tradição cultural de
um povo, além da capacidade de ele se rein-
ventar ao longo do tempo,
mantendo suas raízes no cotidiano das cidades.
Izabel Duva Rapoport
Gafanhotos mexicanos
Não, você não leu erra-
do. Segundo a Organização das Nações Unidas
para a Agricultura e Alimentação (FAO), o México contempla o maior
número de insetos comestíveis do mundo. São cerca de 500 espécies,
entre elas, os *chapulines* (gafanhotos, em português) são os mais
populares -- foram até inspiração para o nome de um dos personagens
mais famosos da TV mexicana: Chapolin Colorado. Fritos e torrados, os
chapulines são temperados com alho, limão, sal e pimenta, e
adicionados em diversos pratos tradicionais do país, como *tacos* e
*tlayudas*, tor-
tilhas típicas da região de
Oaxaca. O consumo do bicho
remonta ao século XVI, quando os insetos eram a principal fonte de
proteína, antes de os colonizadores espanhóis incluírem a carne de
animais domesticados no dia a dia.
O doce colorido das
Filipinas
Com base de gelo raspado misturado com leite evaporado, cuja água é
reduzida em 60%, o *halo-halo* (mix-mix em português) é a sobremesa
mais popular das Filipinas. Ela inclui ingredientes como frutas,
grãos adocicados, gelatinas e raízes, além da influência de diversas
culturas. Sua origem provavelmente deriva
de um doce japonês chamado
*kakigori* -- raspas de gelo servidas com feijão doce,
levado aos
filipinos por imigrantes nos anos 1900. Neste mesmo período, com a
ocupação dos Estados Unidos no país asiático, foi fundada uma usina
de gelo americana, que passou a produzir e fornecer a base essencial
da iguaria com facilidade. Já a parte láctea, há indícios de que veio
do pudim de leite da era colonial espanhola. Na hora de consumir, é
preciso mexer tudo até que um arco-íris
apareça, permitindo um
*deleite* completo a cada
colherada: o frescor do gelo traz o tom frio;
a maciez do feijão e da gelatina contrasta com o arroz torrado; e a
doçura das frutas e dos tubérculos locais (como jaca, banana e inhame
roxo) se *mescla* com o leite -- e,
se o felizardo desejar, com uma
bola de sorvete.
Herança do *apartheid*
Um dos pratos de comida de rua mais populares da África do Sul é o
*bunny chow*, um pedaço generoso de pão branco com um buraco no
centro, servindo de recipiente para uma porção de cordeiro, frango
ou
peixe bem temperada com *curry* e pimenta -- assim como manda a
tradição indiana, muito presente na costa sul-
-africana, que une a
África e a Índia. Com origem na década de 1940 em Durban, o *bunny
chow* foi criado pelos indianos que trabalhavam nas plantações de
açúcar da região como uma maneira de carregar seu *curry* sem
derrubar. O pão branco era o mais barato e acessível e, por isso, era
escavado e usado como uma es-
pécie de tigela. Durante o
*apartheid*,
quando negros não podiam se sentar em restaurantes, o *bunny chow*
também era uma alternativa de comida para viagem, vendida geralmente
nos fundos das cozinhas.
Fios de nozes georgianos
À primeira vista mais parecem castiçais coloridos ou salsichas
grumosas, mas trata-se de um doce cilíndrico típico da Geórgia,
chamado *churchkhela*. Com origem na região do Cáucaso, um longo fio
de nozes (hoje também são usadas amêndoas, avelãs ou passas) é
mergulhado em uma mistura de suco de uva con-
centrado, açúcar e
farinha,
construindo camadas de xarope de frutas ao redor da corda.
Após dias de secagem, o bastão fica pronto para consumo. No passado,
por ser nutritivo e compacto, de fácil manuseio, soldados georgianos
carre-
gavam esse doce nas batalhas.
Aliás, a reputação de alto teor
calórico como fonte de energia rendeu ao preparo o apelido ocidental
de “barra de *snickers* da Geórgia”. Para os georgianos, no entanto,
a iguaria é um lanche popular apreciada em fatias.
Ovo centenário chinês
Embora o *pidan*, iguaria típica da culinária chinesa, seja
conhecido por ovo milenar, ovo preservado ou até mesmo ovo de 100
anos, seu preparo não costuma levar mais de um mês. Feito com ovos de
pato, ganso, galinha ou codorna, é coberto com sal, argila e cal e
enterrado. Com o tempo, ele fica duro, com a gema esverdeada, a clara
marrom, o aroma muito acentuado e o sabor parecido com o de um queijo
forte. A origem do método de produção provavelmente surgiu de uma
tentativa de estender o tempo de conservação de ovos em tempos de
escassez de comida. Porém, há quem diga que, durante a dinastia Ming,
um chinês descobriu por acaso que os ovos que um pato havia enterrado
na terra de sua propriedade tinham mudado de cor e de sabor.
Etiópia: o berço do café
Diz a lenda que no século IX um jovem pastor chama-
do Kaldi,
cuidando de seu
rebanho de cabras em uma mon-
tanha na Absínia (atual
Etiópia), observou que seus animais comiam os frutos vermelhos de um
arbusto e ficavam frenéticos e saltitantes, até mesmo os mais
fraquinhos. Intrigado com aquilo, Kaldi resolveu experimentar sua
descoberta e, ao perceber que tam-
bém ficava mais disposto e alegre,
levou um ramo da planta para o monastério local, contando sua
história. Logo, um monge queimou aquilo, desconfiando ser obra do
diabo. Mas o odor que exalava dos grãos torrados caiu tão bem, que os
próprios monges mudaram de ideia: como algo com aquele cheiro poderia
ser pecado? Começaram, então, a preparar as cinzas e a estranha fruta
com água, até que a nova
bebida virou costume e acabou com o sono das
orações. Em pouco tempo, o grão chegou à Turquia, onde surgiu o que
hoje chamamos de café, e se espalhou pelo mundo. Na Etiópia, porém, a
bebida é muito mais do que um combustível matinal -- é uma parte
fundamental da vida social e cultural do povo que se autodenomina o
"berço do café". Não à toa, realizam diariamente a *jebena buna*, a
tradicional cerimônia do café, feita definitivamente para quem não
tem pressa ou intolerância à cafeína. O ritual começa com a anfitriã,
sempre mulher, espalhando ervas pela mesa e pelo chão e acendendo
incensos. Em seguida, o preparo lento dos grãos exala o cheiro, que
se mistura com o aroma da casa,
criando um efeito *inebriante*. Moído,
o café é adicionado à jebena (jarra especial de bico) com água
fervente e levado ao carvão para fermentar até ficar amargo, espesso
e potente.
Cuidando do corpo e da mente
Obesidade na adolescência
A obesidade não é mais apenas um problema estético, que incomoda
por causa da “zoação” dos colegas. O excesso de peso pode provocar o
surgimento de vários problemas de saúde como diabetes, problemas
cardíacos e a má-formação do esqueleto.
Cerca de 15% das crianças e 8% dos adolescentes sofrem de problemas
de obesidade, e oito em cada dez adolescentes continuam obesos na
fase adulta.
As crianças, em geral, ganham peso com facilidade devido a fatores
tais como: hábitos alimentares errados, inclinação genética, estilo
de vida sedentário, distúrbios psicológicos, problemas na convivência
familiar entre outros.
As pessoas dizem que crianças obesas ingerem grande quantidade de
comida. Esta afirmativa nem sempre é verdadeira, pois, em geral, as
crianças obesas usam alimentos de alto valor calórico que não
precisam ser ingeridos em grande quantidade para causar o aumento de
peso.
Como exemplo podemos citar os famosos sanduíches (ham-
búrguer,
misto-quente,
cheeseburguer etc.) que as mamães adoram preparar para
o lanche dos seus filhos. As batatas fritas e os bifes passados na
manteiga são verdadeiros vilões da alimentação infantil, vindo de
encontro ao pessoal da equipe de saúde, que condena estes alimentos,
expondo os perigos da má
alimentação aos pais que, muitas vezes,
ainda pensam que criança saudável é criança gorda. As crianças
costumam também imitar os pais em tudo que eles fazem. Assim sendo,
se os pais têm hábitos alimentares errados, acabam induzindo seus
filhos a se alimentarem do mesmo jeito.
A vida sedentária, facilitada pelos avanços tecnológicos
(computadores, televisão,
videogames, etc), faz com que as crianças
não precisem se esforçar fisicamente para nada. Hoje em dia, ao
contrário de alguns anos atrás, as cri-
anças acabam ficando em casa,
já que seus pais, preocupados com a violência urbana, fazem inúmeras
recomendações a esse respeito. Assim, consomem excessivamente
biscoitos e
sanduíches, regados a refrigerante, enquanto se distraem
na frente da TV, computadores, videogames, etc. Acabam, por tanto,
praticando pouca atividade física, abandonando os hábitos de correr,
pular, caminhar. Isto é um fator preocupante para o desenvolvimento
da obesidade.
Não são apenas os adultos que sofrem de ansiedade provocada pelo
*stress* do dia a dia. Os jovens também são alvos deste transtorno,
causado, por exemplo, por preocupações em semanas de prova na escola
ou pela tensão do vestibular, entre outros fatores. A ansiedade os
faz comer mais. É como se fosse uma comilança compulsiva, sem fome.
Psiquiatras afirmam que por trás de um obeso sempre poderá
existir um problema psicoló-
gico, agravando-se devido a nossa cultura onde a
sociedade exclui os gordinhos de várias brincadeiras pela sua
condição. Isso só leva a criança ou adolescente a piorar porque quase
sempre se tornam tímidos e envergonhados, acabam se isolando e
fazendo da alimentação uma “fuga” da realidade, isto é, quanto mais
rejeitados, mais ansiosos, mais comem.
Pessoas com sintomas de depressão sofrem alterações no apetite
podendo emagrecer ou engordar. Algumas pesquisas comprovaram que a
pessoa de-
primida, geralmente não pratica atividades físicas e come
mais doces, principalmente, o chocolate.
A obesidade pode ainda ter correlação com variações hormonais tais
co-
mo: excesso de *insulina*;
deficiência do hormônio de crescimento;
excesso de *hi-
drocortizona*, os *estrógenos* etc.
Algumas pesquisas já revelaram que se um dos pais é obeso, o filho
tem 50% de chances de se tornar gordinho, e se os dois pais estão
acima do peso, o risco aumenta para aproximadamente 100%.
Você já prestou atenção no fato de que sempre tem alguém gordinho
na sua turma ou entre os seus amigos do bairro? Isso indica que a
obesidade é um risco cada vez mais presente na vida dos jovens de
hoje em dia, o que é muito preocupante. Você sabia que nos anos 70, a
relação de brasileiros obesos entre 6 e 18 anos era apenas 3%? E o
pior é que nos últimos 30 anos o contingente de gordos aumentou 5
vezes, ou seja, aproximadamente 6,5 milhões de crianças e
adolescentes são obesos.
Prevenção é a palavra-chave para evitar a obesidade. Aqui vão
algumas dicas recomendadas por médicos e nutricionistas para que você
se previna contra esse mal e tenha uma vida sempre saudável:
melhor pedida, pois qualquer pessoa pode;
e) beber bastante água, pelo menos dois litros por dia. A água é
importantíssima no bom desempenho das funções do organismo.
Principalmente para quem pratica atividades físicas, pois mantém o
corpo sempre hidratado.
legal depende do equilíbrio emocional e uma mente
consciente.
do pâncreas que se relaciona com o controle de glicose no sangue.
-- Meu pai, deixe lá isso que eu ainda tenho tempo.
O pai, porém, não se cansava de lhe dar bons conselhos. Mas a
filha não fazia grande caso e lá passava um dia
inteirinho na cama,
sem ajudar em nada na lida caseira.
Passado algum tempo, um jeitoso e bom rapaz se apresentou em casa
do senhor Antônio, pai de Maria.
-- Senhor Antônio, chamo-
-me João e gosto muito de sua filha. Desejo
casar-me com ela -- disse.
-- Olha que minha filha não te serve, meu rapaz. Ela é muito
preguiçosa -- alertou Antônio.
-- Isso é comigo -- respondeu João.
-- Bem, se assim é, ficamos combinados. E não quero queixas --
disse o homem.
O casamento aconteceu com grande pompa e, depois disso, Maria foi
viver para as terras do João.
Passados dois ou três dias, certa manhã, João levantou-se cedo para
ir para o campo trabalhar e avisou à esposa que queria o almoço na hora.
Maria, porém, ficava sempre adiando o momento de levantar-se dizendo.
-- Ainda é cedo. Eu tenho tanto tempo...
E assim, passou-se a manhã e quando João chegou, a casa estava por
varrer, a louça por lavar, o lume por acender e do almoço não havia
nem sinal.
-- O que foi que te disse, mulher? Onde está o almoço? -- reclamou
o marido zangado.
-- Não tive tempo -- defendeu-se Maria, sem se levantar.
João, então, arrumou a casa, acendeu o lume, descascou batatas,
preparou a comida.
Quando tudo estava pronto, sentou-se para comer.
-- E para mim? Não tem nada? -- perguntou a mulher lá da cama.
-- Quem não trabalha não come -- fez João. E de onde estava, foi
dizendo alto o que ia comendo para Maria ouvir. -- Esse bocado é para
quem arrumou a casa. Esse é para quem preparou o almoço... -- e assim
ia dizendo tudo o que fez.
Dois dias ainda e a mesma coisa aconteceu. A cada vez que Maria
perguntava por sua parte na comida, João respondia:
-- Quem não trabalha não come.
No terceiro dia, Maria levantou-se da cama assim que o marido saiu,
a ver se sobrara algo da véspera que ela pudesse comer.
Chegando ao lado de fora da casa, viu que para as galinhas havia
milho e água. Viu tam-
bém que elas chocavam e cuidavam dos pintinhos e
pensou:
-- Elas trabalham.
Aproximou-se do curral e viu que havia feno para bois e vacas. O
leite estava servido em um balde e os animais estavam alimentados.
-- A vaca deu o leite, mas recebeu sua paga. Ela trabalha -- pensou
Maria, pegando o balde e servindo-se de leite saboroso.
Então, fortalecida por ter buscado alimento, entendeu que poderia
trabalhar também.
Pegou a lenha que já estava rachada e ateou fogo ao fogão. Lavou a
louça, varreu a casa.
Quando João vinha pelo caminho, sentiu cheiro de comida
bem temperada sendo preparada
e viu fumaça saindo de sua casa.
Já estava tão habituado à mulher preguiçosa que temeu um incêndio e
correu assustado. Ao chegar porém, viu que Maria cantarolava e
examinava as panelas calmamente.
-- Vai te lavar que logo o almoço está pronto -- disse ela
satisfeita com o resultado do que fazia.
Ele elogiou a comida, o esforço, o trabalho dela e os dois
almoçaram juntos.
Daí por diante, sempre trabalhando lado a lado, Maria e João foram
felizes, sempre
ensinando aos filhos que para se viver bem é preciso
trabalhar e quem não trabalha não come.
(Enviada por Fernando
Branco)
Relato pessoal sobre a
experiência com o rádio
Aluna: Marcia Faria
Ferreira
Turma: IM2
O rádio e eu
Lembro-me bem, quando cri-
ança, do meu pai ouvindo seus ídolos
cantando na rádio, e ele também ouvia muitos jogos de futebol.
Cresci com o rádio sempre presente em minha casa. Na
adolescência, o rádio também
fez parte da minha história, pois, quando conseguia
ficar sozinha em casa, ligava o rádio na JB e ficava deitada ouvindo.
Em um dos meus primeiros trabalhos, por volta do início da década
de 1990, que foi numa fábrica de coleiras de cachorro, quem chegasse
primeiro já corria e ligava o rádio. Ele ficava ligado desde a hora
em que a fábrica abria até a hora em que a fábrica fechava. Nessa
época, ouvia muito a família Caymmi e aprendi a gostar das músicas
que eles cantavam.
Chegou uma época da minha vida em que eu não podia ouvir mais rádio
porque eu trabalhava na área de saúde e não podia ficar com rádio
ligado no setor.
Hoje em dia, eu ouço rádio somente quando vou limpar a casa ou
quando estou com o tempo livre. Onde eu moro é muito barulhento e por
isso, às vezes, prefiro ficar no silêncio, quando isso é possível.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Bem, pessoal, espero que tenham gostado. Vou direto provar o doce
colorido das Filipinas, mas não tenho coragem de experimentar o ovo
centenário chinês. Será que você tem coragem? E para finalizar, eu
acho que os sapos e as cobras poderiam ser amigos mesmo com todas as
suas diferenças.
Até a próxima! Um abraço do seu amigo Furinho!
õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo
Fim da Obra