Diretor-Geral do IBC João Ricardo Melo Figueiredo Comissão Editorial: Carla Maria de Souza, Geni Pinto de Abreu, Heverton de Souza Bezerra da Silva, Hyléa de Camargo V. F. Lima, João Batista Alvarenga, Maria Cecília G. Coelho e Rachel Ventura Espinheira Colaboração: Daniele de Souza Pereira e Regina Celia Caropreso Revisão e Copidesk: Carla Dawidman Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita.
¨ I Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ publicacoesÿrevistas~, Nossas redes sociais: Facebook: ~,https:ÿÿwww.~ facebook.comÿibcrevistas~, Instagram: ~,https:ÿÿwww.~ instagram.comÿrevistas{-~ rbc{-pontinhosÿ~,
¨ III
¨ V
Sumário
Editorial ::::::::::::::: 1
Seção Infantil
Rimas ao gosto
popular :::::::::::::::: 4
Trava-Línguas :::::::::: 5
Cordel :::::::::::::::::: 7
Histórias para Ler e
Contar
Coragem ::::::::::::::::: 11
A lenda da serpente ::::: 12
Como adquirir a
verdadeira sabedoria ::: 13
Os vasos preciosos :::::: 16
Seção Juvenil
Quebra-Cuca :::::::::::: 19
Você Sabia? :::::::::::: 24
Vamos Rir? ::::::::::::: 27
Historiando
História do Natal :::::: 31
Leitura Interessante
Meu desejo de Natal :::: 37
Palavras que nossas avós
usavam e não usamos
mais ::::::::::::::::::: 42
Cuidando do Corpo e da
Mente
Piolho :::::::::::::::::: 45
Leio, Logo Escrevo :::: 52
Tirinhas :::::::::::::::: 57
Espaço do Leitor ::::::: 61
No baile em que dançam todos
Alguém fica sem dançar
Melhor é não ir ao baile
Do que estar lá sem lá estar.
Vale a pena ser discreto?
Não sei bem se vale a pena
O melhor é estar quieto
E ter a cara serena.
Não digas mal de ninguém
Que é de ti que dizes mal
Quando dizes mal de alguém,
Tudo no mundo é igual.
O pelo no peito do pé de Pedro
É preto.
Trava-línguas é uma brincadeira,
Divertida e fácil de brincar,
É só enrolar a língua
Fazendo ela dançar.
-- Maria, minha doce menina!
Tu fostes por Deus escolhida...
Darás a luz à alegria,
Salvação para os nossos dias!
Maria muito assustada
Aquilo não pode entender,
Pois era tão *imaculada*
Não conhecia o prazer!
Correu com a grande notícia
Ao seu namorado José,
Que ao vê-la tão *aturdida*,
Lhe disse: -- Sigamos com fé!
Os dias se foram passando,
Nas bênçãos da consagração!
Maria trazia em seu ventre
Menino de grande missão!
Na noite da felicidade
*Alçaram* seus olhos ao além!
No céu mais uma claridade,
Brilhava a estrela de Belém!
No seio duma manjedoura
Num campo de perfume *frugal*
Nascia o grande Menino
Cumpria-se o primeiro Natal!
Com Ele toda a simplicidade
E isto já era um sinal!
Mostrava à humanidade,
Cobiça?... seria fatal!
Em meio aos anjos da noite,
Na festa de plena luz
Seus pais escolheram Seu nome,
Chamaram-lhe: Menino Jesus!
E logo a primeira visita:
De longe, e um tanto cansados
Reis magos trouxeram relíquias
Os três estavam maravilhados!
Assim cumpriu-se a vontade
Da Grande Força, a maior!
Caminhos para a humanidade
Lições, que as saibamos de cor!
A data aqui se renova,
Nas trovas que a vida nos faz!
Que o espírito da Eterna Criança
Nos mostre os caminhos da paz!
Histórias para Ler e Contar
Coragem
Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato. Um mágico teve pena dele e o transformou em gato.
Mas aí ele ficou com medo do cão, por isso o mágico o transformou em cão.
Então, ele começou a temer a pantera e o mágico o transformou em pantera.
Foi quando ele se encheu de medo do caçador. A essas alturas, o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo novamente e disse:
-- Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem a coragem de um camundongo.
É preciso coragem para rom-
per com o projeto que nos é imposto. Mas saiba que a coragem não é a ausência do medo, e sim a capacidade de avançar apesar do medo.
::::::::::::::::::::::::
A lenda da serpente
Conta a lenda que uma vez uma serpente começou a perseguir um vaga-lume. Este, fugia rápido, com medo da feroz *predadora*, e a
serpente nem pensava em desistir. Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada...
No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e disse à serpente:
-- Posso lhe fazer três perguntas?
-- Não costumo abrir esse *precedente* a ninguém, mas já que vou te devorar mesmo, pode perguntar...
-- Pertenço a sua cadeia alimentar?
-- Não.
-- Eu te fiz algum mal?
-- Não.
-- Então, por que você quer acabar comigo?
-- Porque não suporto ver você brilhar...
Têm pessoas que se dizem amigas, mas o que querem mesmo é acabar com o seu sucesso.
deveria viver para adquirir sabedoria.
O ancião, ao invés de responder, propôs um desafio:
-- Encha uma colher de azeite e percorra todos os cantos deste lugar, mas não deixe derramar uma gota sequer.
Após ter concordado, o jovem saiu com a colher na mão, andando a passos pequenos, olhando fixamente para ela e segurando-a com
muita firmeza. Ao voltar, orgulhoso por ter conseguido cumprir a tarefa, mostrou a colher ao ancião, que perguntou:
-- Você viu as belíssimas árvores que havia no caminho? Sentiu o aroma das maravilhosas flores do jardim? Escutou o canto dos
pássaros?
Sem entender muito o porquê disso tudo, o jovem respondeu que não e o ancião disse:
-- Assim você nunca encontrará sabedoria na vida. Vivendo apenas para cumprir suas obrigações sem *usufruir* das maravilhas do mundo,
nunca será sábio.
Em seguida, pediu para o jovem repetir a tarefa, mas desta vez observando tudo pelo caminho. E lá foi o rapaz com a colher na mão,
olhando e se encantando com tudo. Esqueceu da colher e passou a observar as árvores, cheirar as flores e ouvir os pássaros. Ao voltar,
o ancião perguntou se ele viu tudo e o jovem *extasiado* disse que sim. O velho sábio pediu para ver a colher e o jovem percebeu que
tinha derramado todo o conteúdo pelo caminho.
Disse-lhe o ancião:
-- Assim você nunca encontrará sabedoria na vida. Vivendo para as alegrias do mundo sem cumprir suas obrigações, nunca será sábio.
Para
alcançar a sabedoria terá que cumprir suas obrigações sem perder a alegria de viver. Somente assim conhecerá a verdadeira sabedoria.
cia* da família do rapaz, chegou à cidade um velho sábio muito famoso a quem o príncipe recebeu com toda *pompa*.
-- Soube que Vossa Alteza possui vasos preciosos. Poder-me-ia dar a honra de vê-
-los? -- pediu o velho sábio.
-- Por certo que sim -- respondeu o príncipe orgulhoso e conduziu o homem à sala onde ficavam as relíquias.
-- Infelizmente, agora são apenas dezenove pois um empregado *relapso* deixou que um se quebrasse. Por isso mesmo será enforcado
amanhã -- ex-
plicou o príncipe.
O velho olhou os vasos por um instante, depois, num gesto brusco e inevitável, puxou a toalha que havia debaixo deles, fazendo com
que todos fossem ao chão de uma só vez.
-- O que significa isso?! -- fez o príncipe dividido entre o espanto e a fúria.
-- Alteza, antes que mais dezenove pessoas jovens, cujas famílias delas dependem e que lhe são leais percam a vida, cada uma por um
vaso que a meu ver, não poderia valer a vida de um homem, é melhor que eu que já sou velho e cuja vida nada mais vale, perca a minha
salvando as outras todas ao mesmo tempo -- fez o ancião com a calma de quem explica algo a uma criança.
O príncipe entendeu a mensagem. Mandou soltar o empregado, suspendendo a punição terrível e passou a dar importância àquilo que
realmente tem valor na vida.
c) irmão
d) avô
11- O trecho "Já raiou a liberdade no horizonte do Brasil" foi retirado do hino:
a) Nacional
b) da Independência
c) à Bandeira
d) à Proclamação da República
12- Um ano bissexto tem:
a) 365 dias
b) 363 dias
c) 366 dias
d) 367 dias
13- Número de estados que formam a Região Sudeste do Brasil:
a) 3
b) 4
c) 5
d) 6
Respostas
1- a) 6÷3=2
b) 8×2=16
c) 3+6=9
d) 12-2=10
2- Letra d. A sequência 3, 6, 12, 24, 48... segue um padrão onde cada número é multiplicado por 2. Observe:
3"2=6
6"2=12
12"2=24
24"2=48
48"2=96
3- Letra d.
4- Letra a.
5- Letra d.
6- Letra a.
7- Letra c.
8- Letra b.
9- Letra d.
10- Letra a.
11- Letra b.
12- Letra c.
13- Letra b.
que estava escrevendo um conto.
Ele se interessou:
-- Ah, bom. E sobre o que é este conto?
-- Não sei -- ela respondeu. -- Eu ainda não sei ler...
Uma jovem senhora, acompanhada da filha pequena, pegou um ônibus que a levaria ao centro da cidade.
Para economizar dinheiro, já que criança com menos de cinco anos não pagava tarifa, orientou a menina para dizer que tinha apenas
quatro anos e meio.
-- Quantos anos você têm, minha pequena? -- perguntou o condutor.
-- Quatro anos e meio -- ela respondeu.
-- E quando irá completar cinco? -- perguntou outra vez o condutor.
-- Logo -- ela respondeu. -- Assim que a gente descer do ônibus...
As crianças saem da classe, e falam entre elas:
-- Escuta, como você foi na prova?
-- Deixei tudo em branco.
-- E vocês dois?
-- A gente também.
-- Meu Deus! O professor vai pensar que a gente copiou!
Por que o elefante não usa creme Nívea?
Porque sua patinha não cabe na lata.
O que é, o que é? Tem no meio do ovo.
A letra *v*.
O que é, o que é? Fica no início da rua, no fim do mar e no meio da cara.
A letra *r*.
O que é, o que é? Tem cinco dedos, mas não tem unha.
A luva.
O que é, o que é? Tem mais de dez cabeças e não sabe pensar.
Uma caixa de fósforos.
O que é, o que é? Enche uma casa, mas não enche uma mão.
Um botão.
O que é, o que é? O animal que não vale mais nada.
O javali.
O que é, o que é? Faz virar a cabeça de um homem.
O pescoço.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Historiando
História do Natal
O Natal é a comemoração do nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não
se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV que o 25 de dezembro foi estabelecido como dia oficial
de comemoração. Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era quando os romanos comemoravam o início do inverno. Portanto, acredita-se que
haja uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.
As antigas comemorações costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levaram os três reis Magos para chegarem até a
cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus. Atualmente, as pessoas costumam montar as árvores
e outras decorações natalinas no começo de dezembro e desmontá-las até 12 dias após o Natal.
Do ponto de vista cronológico, o Natal é uma data de grande importância para o
Ocidente, pois marca o ano 1 da nossa História.
O Papai Noel: origem e
tradição
Estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d. C. O bispo,
homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas. Foi
transformado em santo (São Nicolau) pela Igreja Católica, após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele.
A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos,
ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.
Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde-escura. Em 1886, o
cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto,
criada por Nast foi apresentada na revista *Harper's Weeklys* nesse mesmo ano.
Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as
cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo.
A Árvore de Natal e o
Presépio
Em quase todos os países do mundo, as pessoas montam árvores de Natal para decorar casas e outros ambientes. Em conjunto com as
decorações natalinas, as árvores proporcionam um clima especial neste período.
Acredita-se que essa tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta,
Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero
reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar
aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.
Esta tradição foi trazida para o continente americano por alguns alemães, que vieram morar na América durante o período colonial.
No Brasil, país de maioria cristã, as árvores de Natal estão presentes em diversos lugares, pois, além de decorar, simbolizam alegria,
paz e esperança.
O presépio também representa uma importante decoração natalina. Ele mostra o cenário do nascimento de Jesus, ou seja, uma
manjedoura, os animais, os reis Magos e os pais do menino. Esta tradição de montar presépios teve início com São Francisco de Assis,
no século XIII.
Nota da Comissão
Martinho Lutero (1483-1546): Monge agostiniano e professor de teologia. Era alemão e tornou-se uma das figuras centrais da Reforma
Protestante.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Leitura Interessante
Meu desejo de Natal
Shyrlene Campos
Ela se levantava bem cedo, possuía as perninhas frágeis, fora retirada da favela para auxiliar numa casa como babá. Aguardava o
despertar da casa, da senhora que ao menor ruído do bebê e do garotinho de dois anos, gritava:
-- Marlene! Marlene! Olha as crianças!...
E lá ia ela no seu dia a dia de muitos deveres e poucas alegrias. Não frequentava escolas, nos parques de diversão não se alegrava
com o passeio. Ficava sempre de fora a olhar o piscar das luzes coloridas enquanto caía dentro de sua alma uma chuva miúda de
tristeza.
Nada de pipocas, nada de balas, era um triste vigiar, constante e cansativo. As noites eram cheias de pranto, sufocado pelo
travesseiro velho e sujo no quartinho apertado e cheio de *despojos*, mas pensava que era melhor aquela casa do que a orfandade na
favela.
Ela esperava...
Quem sabe se um dia as coisas não mudariam? Qualquer choro das crianças eram *reprimendas*, qualquer tombo resultava em beliscões.
Tinha um medo constante de errar, um
grande medo de tudo e de todos.
Chegou o Natal, muitas pessoas na sala, um jantar bonito com velas, luzes e a ordem: “Não entre na sala”.
Risos, abraços, doces, os homens alegres pela *ingestão* de bebidas, a conversa na sala diminuindo e o cansaço dominando.
Quem sabe não ganharia uma boneca? Ela cuidava de meninos, por isso ela sempre brincava com eles e seus carrinhos. Como gostaria
de uma boneca... Dormiu com inquietação no coração.
O primeiro Natal naquela casa receberia presente sim, eram ricos... e dormiu...
Despertou com muito ruído das crianças, não a haviam chamado como sempre faziam. O pai se divertia com os meninos a montar uma
pista de carro e ela se achegou, espiando desconfiada. Papéis, resto de festa, de bebida, de comida e a ordem de sempre: “Marlene,
vá aprontar as mamadeiras”.
Não ganharia ela um presente de Natal? Nada? E a senhora chegou na cozinha. Bonita, com um embrulho na mão:
-- Eis aqui um vestido novo para você. Não terá brinquedos para não descuidar de suas obrigações. Cuidado com os brinquedos dos
meninos, são caros, e se você os quebrar, vai ter comigo!
Ela pegou o embrulho, o peitinho apertado de dor, e a senhora perguntou:
-- Gostou?
-- Gostei. Obrigada -- ela respondeu.
E lá foi ela para seu quartinho quente e pequeno. Pegou o vestidinho, enrolou-o, e como se fosse uma boneca o embalou. Embalou de
mentira a boneca que não recebera.
Quantas vezes nem as nossas migalhas repartimos! Vivemos como se no mundo não houvesse sentimento, amor, sensibilidade.
Estraçalhamos sonhos e nem nos damos conta da dor que causamos.
Busquemos, por meio de nossos esforços, despertar e ex-
pandir em nossas almas o amor fraterno, e que saibamos compreender não só a dor dos que *carecem* de recursos, mas dos que carecem
de compreensão, proteção e amor.
Reprimenda: s. f. Forte reprovação; excesso de censura, repreensão.
significados para palavras antigas, o que acaba deixando nosso idioma com algumas diferenças entre épocas. E pala-
vras, tão coloquiais há alguns anos, foram engavetadas e esquecidas.
Só para citar alguns exemplos, e os seus significados:
Tabefe: tapa, bofetada. Dei-lhe um tabefe para que ele nunca mais se esqueça de ser bem-educado.
Sacripanta: patife, pilantra, mau-caráter. Aquela fulana é uma autêntica sacripanta.
Basbaque: pessoa ingênua, simplório, tolo. Eles dão mesmo a impressão de serem uns grandes basbaques!
Chumbrega: de má qualidade, ordinário. Esse material é chumbrega.
Sirigaita: mulher espevitada, pretensiosa. Pelo jeito que ela age, deve ser uma sirigaita.
Alcunha: apelido, codinome. As pessoas me conhecem pela alcunha de Foguinho.
Janota: pessoa bem-vestida. Pedro é muito janota.
Petiz: criança. O meu sonho de petiz era ser bombeiro.
Pachorra: calma excessiva, paciência. Sua pachorra me irrita.
Garrucha: espingarda, bacamarte. Paulo sacou a garrucha e atirou.
Quiproquó: confusão, balbúrdia, mal-entendido. Esta semana tive um pequeno quiproquó com o presidente da junta.
Balela: mentira, conversa fiada, boato. Muitos eleitores acreditam nas balelas de alguns políticos.
Supimpa: excelente, muito bom, ótimo. Os meus votos é que 2019 seja um ano supimpa!
Os piolhos constituem uma ordem de insetos da qual fazem parte mais de três mil espécies. Não possuem asas e se alimentam do
sangue do hos-
pedeiro. Os que atacam o
couro cabeludo dos seres humanos fazem parte da espécie
*Pediculus humanus capitis*.
O piolho adulto tem cerca de 2 a 3 mm (tamanho de um grão de gergelim), seis patas e sua cor varia de marrom a branco-acinzentado.
A fêmea vive de 3 a 4 semanas e, quando adulta, coloca até dez ovos por dia. Os ovos se fixam na raiz dos cabelos por meio de uma
substância parecida com uma cola, produzida pelo próprio piolho. Os ovos viáveis se camuflam no cabelo da pessoa infectada; o
invólucro dos ovos vazios, as lêndeas, são mais visíveis porque são brancas. Muitos chamam de lêndeas tanto os ovos viáveis
quanto os invólucros dos ovos vazios.
Os ovos são incubados pelo calor do corpo humano e *eclodem* em 8 a 9 dias, em geral. A *ninfa* deixa o ovo e passa por três estágios
até se tornar adulta (entre 9 a 12 dias). Cerca de 1,5 dia após se tornar adulta, a fêmea pode se reproduzir. Se a infestação não
for tratada, o ciclo se repetirá a cada três semanas.
Os piolhos se alimentam injetando no couro-cabeludo um pouco de saliva, que tem pro-
priedades vasodilatadoras e anticoagulantes, permitindo que o piolho sugue uma pequena quantidade de sangue a cada poucas horas.
O piolho não pula nem salta, ele se arrasta, por isso só é transmitido por meio de contato direto entre a pessoa infectada e a não
infectada. A transmissão devida a com-
partilhamento de objetos pessoais, como escova de cabelo e roupa de cama, é mais rara. Porém,
ao pentear o cabelo seco é possível produzir ele-
tricidade estática que pode *ejetar* os insetos a até 1 metro de distância.
O principal sintoma da pediculose é o prurido (coceira) na cabeça. Ele é causado pela sensibilização gerada pelos componentes da
saliva, e pode demorar algumas semanas depois do início da infestação para surgir.
O diagnóstico pode ser feito por meio da identificação de lêndeas e piolhos a olho nu ou com auxílio de um pente-fino.
É difícil prevenir a infestação, pois crianças costumam ter contato íntimo. Oriente seu filho a não compartilhar objetos pessoais,
como pentes, escovas de cabelo e chapéus, e trate rapidamente as crianças infectadas. Ao contrário do que se pensa, piolho não é
sinônimo de falta de higiene, por isso lavar a cabeça diariamente também é bobagem, visto que eles podem sobreviver até 20 minutos
*submersos*.
O melhor jeito de evitar a pediculose é observar sempre a cabeça das crianças, identificá-la e tratá-la rapidamente, para impedir
outras infestações. Para tratar a infestação, não siga receitas caseiras, que além de ineficazes podem fazer mal à saúde.
Evite usar sacos plásticos para tampar a cabeça, principalmente em crianças pequenas, que podem se sufocar. Também não use
pesticidas: além de tóxicos, não matam os ovos.
É mais fácil identificar e tratar os piolhos quando o cabelo é curto, mas o comprimento do cabelo não influi no risco de
infestação nem em seu tratamento.
A família toda deve ser examinada. Se parentes dividirem a cama, devem ser tratados mesmo que não tenham piolhos. Apesar da
transmissão por objetos ser mais rara, limpe todos os itens de uso pessoal que tenham entrado em contato com a cabeça da pessoa
infectada em 24 a 48 horas antes do início do tratamento (os piolhos morrem em menos de 48 horas sem se alimentar de sangue).
As crianças infectadas não precisam faltar à escola, pois a contaminação entre colegas de classe, apenas por *coabitarem* o mesmo
ambiente, não é comum.
Hoje em dia já existem diversos medicamentos disponíveis para tratar pediculose, inclusive orais. Sua indicação vai depender da
quantidade de piolhos e do tipo de infestação. Converse com seu médico.
Depois do tratamento, continue examinando a cabeça das crianças por duas ou três semanas para se certificar que a infestação foi
de fato controlada.
Ninfa: s. f. (Zoologia) Uma das metamorfoses dos insetos, caracterizada por imobilidade completa.
Submersos: adj. Cobertos pelas águas, mergulhados.
Mas eu sei que ela não está sozinha
porque eu sou fã dela desde bebezinha.
É a música que me alegra totalmente
Quando estou triste
Tirinhas
Tirinhas da Mafalda
Mafalda foi criada pelo cartunista argentino Quino; suas tirinhas foram publicadas de 1964 a 1973, usufruindo de uma altíssima
popularidade na América Latina e Europa. As histórias apresentam uma menina preocupada com a humanidade e com a paz mundial, que se
rebela com o estado atual do mundo.
Personagens
Mafalda: A personagem principal é uma menina de seis anos de idade que odeia sopa, adora os Beatles e o desenho Pica-Pau. Ela se
comporta como uma típica menina na sua idade, mas tem uma visão questionadora do mundo, principalmente no contexto dos anos 60, e em
comparação a outros personagens.
Miguelito: Amigo de Mafalda e um pouco mais jovem que os outros, Miguelito é um personagem egocêntrico por ser filho único, mas
dono de um grande coração. Sempre entende os conselhos de Mafalda de maneira *literal*.
Manolito: Filho de um comerciante, mais preocupado com os negócios e o dinheiro do que com outra coisa. Não gosta dos Beatles e
é um estudante que tira notas baixas, menos em matemática, por causa das contas que aprende no mercado do pai. Representa o
*conservadorismo* capitalista na obra, apenas pensando no lucro do armazém de seu pai. Também adora a inflação, pois assim acha que
está lucrando.
2ºã A mãe responde: “Depende, Mafalda. Na verdade não é uma questão de anos, mas de manter o espírito jovem.”
3ºã Mafalda reflete.
4ºã E pergunta: “Tudo bem, mas e o espírito... Com que idade ele começa a precisar de maquiagem?”
_`[{tirinha em quatro quadrinhos; adaptada a seguir_`]
1ºã Na sala de aula, a professora pergunta: “Quem não entendeu, levante a mão.”
2ºã Manolito levanta a mão.
3ºã Mafalda olha fixo para Manolito e a professora pergunta: “O que você não entendeu, Manolito?”
4ºã Manolito, em pé, responde: “Nada, desde março até agora.”
Espaço do Leitor
Boby
Devo confessar aqui,
que o Boby eu não consegui educar.
Então também no meu travesseiro,
o amigo fazia cocô e xixi!
E vinha-me uma raiva passageira!
Pois um dos lugares mais fofinhos era ali,
onde ele podia "batizar".
Hoje em dia, quando dele me aproximo,
percebo que sou uma pessoa qualquer.
Não fico sentido!
Ele tem agrados e mimos,
e é protegido,
como se vivesse na arca de Noé.
Colaboração do leitor João
Batista Alvarenga
Nesta edição da Revista Pontinhos, você está recebendo um Livro Falado produzido pelo Instituto Benjamin Constant, para uso
exclusivo de pessoas com deficiência visual, de acordo com a Lei n.o 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. É terminantemente proibida a
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Fim da Obra