Diretor-Geral do IBC João Ricardo Melo Figueiredo Comissão Editorial: Carla Maria de Souza, Heverton de Souza Bezerra da Silva e João Batista Alvarenga Colaboração: Daniele de Souza Pereira e Regina Celia Caropreso Revisão e Copidesk: Carla Dawidman Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ publicacoesÿrevistas~,
¨ I
¨ III
Sumário
Seção Infantil
Cantigas de Roda ::::::: 1
Trava-Línguas :::::::::: 3
Cordel :::::::::::::::::: 3
Histórias para Ler e
Contar
Pique-esconde ::::::::::: 6
Dormir fora de casa ::::: 8
Lenda das rosas ::::::::: 10
A menina e o vampiro :::: 15
Leio, Logo Escrevo :::: 19
Seção Juvenil
Quebra-Cuca :::::::::::: 22
Você Sabia?
O segredo do camaleão ::: 27
O mundo é dos ratos ::::: 29
As grandes famílias das
moscas domésticas :::::: 30
Curiosidade sobre o
calendário ::::::::::::: 31
Vamos Rir? ::::::::::::: 33
Historiando
Museu Nacional do Rio
de Janeiro :::::::::::: 36
Leitura Interessante
A Carta da Terra --
Como surgiu e o que é
este documento ::::::::: 43
Fascinante história do
McDonald's ::::::::::: 46
Cuidando do Corpo e da
Mente
Coma com consciência :::: 53
Leio, Logo Escrevo :::: 58
Tirinhas :::::::::::::::: 60
Espaço do Leitor ::::::: 66
Quem quiser aprender a dançar, vai na casa do Juquinha
Ele pula, ele dança, ele faz requebradinha.
Trava-Línguas
Fia, fio a fio, fino fio, frio a frio.
A naja egípcia gigante age e reage hoje, já.
Ao longe *ululam* cães lugubremente à lua.
A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada.
Vocabulário
atenção ao que escreve e ao que lê. Será que você consegue
encontrar o erro antes de ele mostrar?
não tem luz, mas tem *Luiz*...
Me deram de graça a casa
pra eu morar e eu não quis!
“Corto cabelo e pinto”
Escrever de nós exige
atenção, cuidado, zelo.
Aí, nessa barbearia,
pra não haver atropelo,
melhor seria escrever
“Eu corto e pinto cabelo”.
“*Lonbada*”
Chofer bom de ortografia,
vendo *n* na lombada
talvez com o susto que leve
dê uma brusca freada,
pois antes de *p* e *b*
não *n*, *m* é colocada.
“Marcelo *taxi*. Cel: 9135...
*Viage* com segurança”
Na *viage* desse *taxi*
não creio haver segurança
pois só viagem com *m*
pode inspirar confiança;
e táxi bom tem acento
sabe disso uma criança.
“*Ágoa* R$1,00”
Nessa *ágoa* desse jeito
eu não vou dar um real:
se não beber água boa,
com certeza passo mal
e talvez seja o meu fim
cemitério ou hospital.
“Respeito! *Prezerve* a natureza”
Respeitar e preservar
a nossa mãe natureza
são atitudes que todos
devemos ter com certeza,
mas também que se preserve
nossa língua portuguesa.
partiu. Passou um dia muito bom.
(...)
A noite foi chegando... Dormir fora de casa não estava lhe
parecendo agora, tão bom como havia pensado. Estava com vontade de
chorar, ficou meio triste, meio sem graça. Queria a mãe perto, queria
sua cama, suas coisas. Fez uma carinha boa e pediu:
-- Posso telefonar para a mamãe?
Mamãe havia saído. O jeito era aguentar firme. Distraiu-se com os
brinquedos.
O sono veio devagarzinho. Dormiu abraçada com a boneca falando
baixinho no seu ouvido:
-- Pode dormir sossegada que eu estou aqui com você.
::::::::::::::::::::
Lenda das rosas
Não sabemos o que, nesta história, é verdade ou lenda; o importante
é que ela nos leva a pensar em amor, caridade e no bem que deveríamos
fazer uns aos outros, lembrando que ninguém pode ser feliz enquanto
houver criaturas infelizes. Ela tem origem em Portugal; o povo
português contribuiu muito para a formação do nosso povo, ainda que
não tenha feito isso de forma democrática.
D. Diniz era um rei perverso. Cobrava cada vez mais impostos de seu
povo, sem se apiedar daqueles que não tivessem dinheiro para pagar.
Prendia aqueles que se recusassem a pagar os impostos, obrigando as
mulheres e seus filhos a trabalharem como escravos.
Isabel, sua esposa, ao contrário, era doce, meiga e delicada.
Tratava os empregados com delicadeza e bondade e tinha pena do povo
tão maltratado por seu esposo, mas não podia fazer muito, já que o
marido não a ouvia. Não podia fazer abertamente, mas à noite, depois
que todo o palácio dormia, ela saía, vestindo roupas de camponesa
para que ninguém a descobrisse. Levava pão, frutas e vários
mantimentos, e distribuía ao povo mais pobre. Muitos imaginavam que
era um anjo que descia do céu, mas ninguém sabia que era a rainha.
No dia seguinte, quando o rei despertava, Isabel estava
*placidamente* deitada ao lado do marido como se nada tivesse
acontecido.
Certo dia, porém, um dos *lacaios* do rei descobriu a rainha saindo e
foi atrás dela. Entendendo tudo o que era feito, contou ao rei.
Furioso, D. Diniz quis dar uma lição na mulher em público. Seria
complicado trancá-la numa torre por um ato daqueles. Ela não havia
feito uma traição conjugal e a cozinha era tão abarrotada de
alimentos que ele não poderia dizer que dera falta. Mas não admitia
que sua rainha se misturasse com os plebeus e levasse o alimento de
seu palácio. Tinha que expô-la para castigá-la.
Sem que ela soubesse, reuniu alguns nobres e ministros altas horas
da noite, e quando Isabel ia saindo, com o avental repleto de pão e
um cesto cheio de frutas, apareceu no caminho assustando-a.
-- Posso saber onde vai minha esposa e rainha a estas horas da
noite, quando deveria estar dormindo? -- perguntou zangado.
Apesar do medo e do susto, Isabel pediu, mentalmente, ajuda aos
céus, e conseguiu manter a calma.
-- Vou à capela da Santa Mãe de Jesus orar pelo meu rei, porque
sinto que o povo está muito revoltado e temo por vossa segurança --
respondeu.
Aquela mentira deixou-o mais irritado.
-- E por que levas o avental fechado como se nele transportasse
alguma coisa, e este cesto?
-- São rosas que levo para a Santa a fim de conseguir a proteção
para o meu rei -- insistiu ela, acreditando que sua vida estava perdida.
-- Pois então, deixe que eu veja se estas rosas estão belas o
bastante para o altar da Virgem -- fez o rei com raiva e num puxão
só, abriu o avental e derrubou o cesto.
Para espanto de todos, inclusive de Isabel, tanto do avental quanto
do cesto surgiram apenas rosas. Rosas brancas, amarelas, vermelhas,
liberando um perfume maravilhoso e com um *viço* incomum. Nenhum sinal
de pão ou frutas. Entendendo o que havia acontecido, D. Diniz
concluiu que a mulher tinha a proteção divina e, ajoelhando-se diante
dela, disse:
-- Sim, minha rainha. Levas rosas. As rosas da humildade, da
solidariedade e da justiça que nunca aprendi a cultivar.
Daquele dia em diante, D. Diniz tornou-se um rei diferente e o povo
não teve mais ódio dele. Isabel ficou conhecida como a rainha santa e
as rosas, em Portugal, se tornaram símbolo da humildade e da caridade.
Vocabulário
-- Patrícia, não vá muito longe.
Mas não adiantava. Ela não obedecia.
Começou a brincar perto de casa, com os vizinhos. Logo estava
brincando no fim da rua. Depois no outro quarteirão. E no outro.
A mãe saía atrás da filha:
-- Patrícia! Hora de fazer tarefa!
Às vezes, sabe o que a menina fazia? Escondia-se atrás de uma
árvore ou de um muro para que a mãe não a visse, e ela não precisasse
fazer a tarefa.
Um dia, a garota saiu de casa depois do almoço. Foi brincando e
brincando cada vez mais longe, e quando deu por si, estava em outro
bairro, sozinha, longe de tudo o que conhecia.
Para piorar anoitecia e ela longe de casa. Era a primeira vez que
ia tão longe.
-- Deixe-me ver: se eu for reto aqui saio na rua do meu bairro.
E como tinha descoberto o caminho de casa começou a andar
lentamente de volta, brincando pelo caminho.
A noite caiu e Patrícia continuava a andar de volta. Passou por um
beco escuro e nem percebeu que dois olhos brilhantes a observavam.
A menina ia calmamente pela rua. E do beco escuro saiu um vulto que
a seguiu. Ela andava tranquila. E o vulto a acompanhava de perto.
De repente, o vulto pisou no rabo de um gato, que miou. Patrícia
olhou para trás e viu pelo canto dos olhos ele se aproximar. E
começou a andar mais rápido.
O vulto também começou a andar mais rápido. A menina apertou o
passo e o seu seguidor também. A garota olhou para trás e pôde ver o
brilho de dois dentes caninos pontiagudos. Agora ela tinha certeza:
era um vampiro que estava atrás dela! Começou a correr; o vulto
corria também. Só que como ele era adulto corria mais do que ela. E
estava se aproximando rápido. Rápido. Cada vez mais rápido.
Patrícia corria, mas não conseguia fugir. O vampiro estava bem
perto dela agora. A menina estava quase ao alcance de suas mãos. E
corria o mais que podia.
Ele até deu uma risada enquanto ia pra cima de sua vítima. Por
sorte, nessa hora, o vampiro pisou numa casca de banana e caiu de
cabeça no chão. Ficou meio tonto e Patrícia conseguiu chegar na rua
de sua casa.
Entrou em casa como um foguete e fechou a porta atrás dela. Contou
toda história para sua mãe e prometeu:
-- De hoje em diante só brinco no portão de casa.
estas ratinhas magras! A disputa está desleal --
decretou o juiz.
Faro-Fino teve que ir embora e os ratos ficaram tranquilos em sua casa.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Seção Juvenil
Quebra-Cuca
Desafios
c) Gado suíno é a criação de...
d) Tipo de casa usada pelos esquimós
e) Invenção de Santos Dummont
Baú: por -- ão -- se -- glu -- guei -- cos -- a -- ra -- cui -- vi
-- i -- ba -- rin
2- As letras *e c h o o l*, depois de colocadas em ordem, são o nome de:
a) um oceano
b) um país
c) uma cidade
d) um animal
e) um estado
3- Depois de ordenadas as letras, uma das palavras abaixo não tem nenhuma relação com as outras. Qual é a palavra?
a) l p a e p
b) a l i s p
c) e r f o r
d) r a h c o b a r
e) a c e n a t
4- Um elevador sai do andar térreo com uma pessoa; no andar seguinte
entram duas pessoas; no outro, entra uma pessoa e saem duas; no
próximo, saem duas e entra uma; no seguinte entram três e, no último,
sai uma pessoa. Quantos andares o elevador subiu?
5- A mãe de Alice tem 4 filhas: Xaxá, Xexé, Xuxu. Qual o nome da 4ª
filha?
6- No número 1.467, se mudarmos o algarismo das unidades de milhar
pelo algarismo das dezenas, obtemos o número:
a) 6.147
b) 4.167
c) 6.417
d) 7.461
7- Quando você pegou o telefone para ligar para sua melhor amiga,
eram 12 horas e 23 minutos. Um pouco depois você notou que eram 12
horas e 50 minutos. Quantos minutos você ficou falando ao telefone?
8- Qual é a forma correta?
a) Trabalho nesta empresa a dez anos.
b) Trabalho nesta empresa há dez anos.
9- Qual é a forma correta?
a) A reunião começará ao meio-dia e meia.
b) A reunião começará ao meio-dia e meio.
Respostas
1- a) seringueira
b) Cuiabá
c) porcos
d) iglu
e) avião
2- Letra d. Coelho
3- letra c (papel, lápis, ferro, borracha, caneta)
4- 5 andares
5- Alice
6- Letra c 6.417
7- 27 minutos
8- Letra b. Explicação: Para indicar tempo passado, usa-se “há”. O
“a”, como expressão de tempo, é usado para indicar futuro ou
distância (A empresa fica a dez minutos do centro).
9- Letra a. Explicação: Devemos utilizar a expressão meio-dia e meia
sempre que quisermos nos referir à
décima segunda hora do dia mais trinta
minutos, ou seja, o meio-dia mais meia hora.
O mundo é dos ratos
Há mais de 1.700 espécies de ratos distribuídas pelo mundo, dentre
as quais cerca de 125 estão classificadas como pragas. A Organização
Mundial da Saúde (OMS) estima, para o desespero das mulheres, que
haja cerca de três ratos por habitante no mundo, o que resultaria em
cerca de 21 bilhões. Todo estrago que os roedores fazem não se deve
apenas à disputa por comida com os humanos, mas também ao fato de que
eles precisam gastar seus dentes de alguma forma, pois os mesmos
crescem incessantemente, por isso eles acabam roendo borracha, isopor
e qualquer outra coisa que caia em suas patas.
::::::::::::::::::::
Curiosidade sobre o
calendário
O primeiro calendário foi criado por Rômulo no ano 753 da fundação
de Roma. O ano tinha 304 dias e dividia-se em 10 meses. Rômulo
começava o ano em 1º de março. Numa Pompílio, sucessor de Rômulo,
estabeleceu o ano de 155 dias, dividido em 12 meses. Mais tarde,
Júlio César reformulou o calendário, com a ajuda do astrônomo
Sosígenes. Decidiu que o ano comum seria de 365 dias e que, para
ajustar o ano solar ao ano sideral, se acrescentasse um dia de quatro
em quatro anos. O ano de 366 dias recebeu o nome de "bissexto".
Esse calendário passou a ser usado a partir de 45 a.C. e foi
batizado de "juliano" em homenagem a Júlio
César. Acontece que ao
arredondar o ano para 365 dias e seis horas, Júlio César arrumou
outra confusão. Em 1582, por conta desse erro de 11 minutos e 14
segundos, a diferença entre o ano e o ano solar era de 13 dias. O
papa Gregório XIII corrigiu o calendário. Para isso tirou 10 dias do
ano, ordenando que após 4 de outubro de 1582 se passasse para 15 de
outubro. Estabeleceu também que o último ano dos três próximos
séculos, ou seja, 1700, 1800, 1900, não seriam bissextos. Já 2000
foi bissexto. A intenção era ajustar o calendário da Terra ao
movimento de translação.
O calendário gregoriano é quase universal. Mesmo em alguns países
não cristãos, ele foi adaptado às próprias tradições ou adotado apenas para
uso civil, mantendo-se outro
calendário para fins religiosos.
O que a esfera disse para o cubo?
Deixa de ser quadrado.
O que é, o que é? Todo mês tem, menos abril.
A letra "o".
Por que algumas crianças colocam açúcar debaixo do travesseiro?
Para ter doces sonhos.
Fonte:
~,https:ÿÿwww.todamateria.~
com.brÿadivinhas~,
Rio de Janeiro. O Palácio de São
Cristóvão estendia-se por 11.400 mâ2 dos quais 3.500 mâ2 eram
destinados às salas de exposição, abrigando, por exemplo, a coleção
egípcia (com múmias de três mil anos de idade).
O museu era particularmente conhecido por seu departamento de
*Paleontologia*, com mais de 26 mil fósseis, incluindo o esqueleto de
um dinossauro descoberto em Minas Gerais (MG), além de exemplares de
espécies extintas, como preguiças gigantes e tigres- -dentes-de-sabre.
Sua coleção de antropologia biológica incluía o mais antigo fóssil
humano descoberto no Brasil, conhecido como “Luzia”. Graças à perícia
dos especialistas, um mês após o incêndio o fóssil pôde ser recuperado.
Com 6,5 milhões de espécimes, o departamento de zoologia contava
com uma coleção excepcional de peixes (600 mil) e anfíbios (100 mil),
além de moluscos, répteis, conchas, corais e borboletas. Já o
*herbário* (1831) possuía 550 mil plantas.
Dedicado à pesquisa e ao ensino desde 1927, o Museu Nacional do Rio
de Janeiro é a instituição científica mais antiga do país com
pesquisadores e laboratórios que ocupavam grande parte do seu espaço.
Ao longo do século passado, desenvolveu-se uma política de
intercâmbio internacional, o que permitiu que importantes
personalidades científicas do século XX visitassem o museu, como
Albert Einstein e Marie Curie.
No entanto, em agosto de 1995, o prédio já havia sofrido danos
extensos após tempestades que danificaram o
departamento de *Arqueologia*. Os danos também foram significativos no setor dos
*paleovertebrados*; algumas partes de um esqueleto de um Tiranossauro
se dissolveram com o temporal. Também passou por significativas
dificuldades orçamentárias, sendo fechado temporariamente, em 2015,
“por falta de recursos para sua manutenção”, segundo reconheceu o
então ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão.
Atualmente, o Museu Nacional oferece cursos de pós- -graduação
(*stricto e lato sensu*) aos quais se vinculam projetos, grupos de
pesquisa e a Extensão Universitária, a despeito das dificuldades encontradas.
Esperamos que novos investimentos ajudem a resgatar o que for
possível, possibilite um trabalho cada vez melhor, e
mais amplo, para que boa parte de nossa história seja resgatada.
planeta. A partir daí, surgiram
grupos para discutir o assunto envolvendo representantes de vários
países do mundo, inclusive o Brasil; depois de discussões,
modificações e estudos chegou-se ao documento, hoje conhecido como
Carta da Terra, aprovada pela ONU no ano 2000.
A Carta da Terra é a reunião de princípios que devem ser seguidos
pelos países que a aprovaram para que se garanta a vida do planeta e
no planeta. Ela nos dá a esperança de uma vida mais justa e melhor
para todos os povos, onde os mais favorecidos devem pensar nos menos
favorecidos para que possamos viver da forma mais equilibrada
possível. Não reúne leis, pois cada país tem autonomia para fazer as
suas, concordando ou não com ela, mas apresenta ideias que devem
orientar as leis dos países que quiserem adotá-la como princípio para
seus cidadãos.
É uma tentativa de valorizar, enriquecer e garantir o que ainda
temos.
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa
época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o
mundo se torna cada vez mais interdependente e frágil, o futuro
enfrenta cada vez mais perigos. Para seguir adiante, devemos
reconhecer que, no mundo, no meio de uma magnífica diversidade de
criaturas e formas de vida, somos uma família humana, uma comunidade
terrestre com um destino em comum. Devemos somar forças para gerar
uma sociedade sustentável, global, baseada no respeito pela natureza,
pelos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura de paz.
Para chegar a esse propósito, é imperativo que nós, os povos da
Terra, declaremos nossa responsabilidade, uns para com os outros, com
a grande comunidade e com as futuras gerações.
Fonte: ~,www.onu.org~,
::::::::::::::::::::
Tudo começou, em 1937, quando Patrick McDonald
decidiu abrir um estande
de comida chamado, *The
Airdrome*. Três anos depois passou o
estande para os seus filhos, Richard e Maurice
McDonald, que abriram o
primeiro restaurante do McDonald's na Califórnia com um *menu* de 25
itens de churrasco.
Na época, os produtos mais vendidos eram os hambúrgueres. Sendo
assim os irmãos decidiram vender este produto a nove centavos, o que
trouxe enorme sucesso. Em 1952, os
McDonald resolveram franquiar o
restaurante e a primeira *franquia* foi aberta no Arizona (EUA). O
sucesso do restaurante foi tão grande, que levou o vendedor de
bebidas batidas, Ray Kroc, pediu aos irmãos que o deixassem fazer a
franquia dos restaurantes McDonald's fora da Califórnia e do Arizona.
Foi quando ele abriu uma filial na Disneylândia.
Em 1958, 18 anos após o início do McDonald's, o restaurante já
havia vendido 100 milhões de hambúrgueres. Um ano depois, a empresa
começou a fazer anúncios em *outdoor*.
Apesar do sucesso feito pela rede de *fast food*, em 1961, os
irmãos McDonald resolveram vender os direitos empresariais para Kroc,
por mais de dois milhões de reais. Na época, ele decidiu reformular a
empresa e alterar o *logotipo*, usando apenas um “M” dourado.
Um ano depois, o
McDonald's apareceu na revista *Life*, a primeira a
ceder espaço para a empresa. Naquela mesma temporada, o restaurante
se tornou o primeiro a ter assentos no estado do Colorado (EUA). No
ano seguinte, o bilionésimo hambúrguer foi vendido e peixes passam a
ser incluídos no cardápio.
Já em 1967, o McDonald's abre o primeiro restaurante fora dos EUA.
Um ano mais tarde, o famoso Big Mac começou a ser comercializado, e
passou a ser o hambúrguer mais vendido da empresa. Trinta e dois anos
após o início da história do McDonald's, a empresa havia gerado cerca
de um bilhão em vendas através de 2.200 restaurantes. No entanto, o
famoso *drive-thru* só foi aberto, pela primeira vez, em 1975, no
Arizona. Nessa mesma época, o novo McMuffin foi introduzido.
Até o final de 1983, o McDonald's já estava em 32 países com 7.778
restaurantes. Em 1985, a primeira loja do McDonald's foi reaberta como
um museu. E, quatro anos depois, o primeiro restaurante coreano
e sérvio foram lançados. Além disso, a revista *Fortune* nomeou os
hambúrgueres do McDonald's como um dos 100 melhores produtos da América.
Em 2001, a empresa
McDonald's se envolveu em uma grande polêmica.
Na época, o FBI afirmou que a empresa Simon Worldwide, contratada
para os serviços de *marketing* de promoção da McDonald's Monopoly,
roubou 20 milhões de dólares de peças vencedoras. A crise na imagem
resultou em perdas para a rede de *fast food*. Depois disso foi
necessário que a rede saísse de alguns países e fechasse várias de
suas lojas.
Com o objetivo de promover uma imagem mais saudável e de melhor
qualidade, em 2003, o McDonald's começou a campanha, "Amo muito tudo isso!".
No cardápio, foram introduzidos novos pratos, como saladas
*premium*, McGriddles e frango selecionado.
Em 2010, a Subway rouba
o título de maior cadeia de marca única e
maior operador de restaurante global. Dois anos depois, os *menus* do
*drive-thru* começam a expor
o número de calorias dos produtos.
Recentemente, o McDonald's exibiu um relatório de crescimento dos
últimos 10 anos, e ainda trabalharam na campanha, "Siga Nossos Passos
Alimentícios", uma história de realidade virtual mostrando cada passo
da produção da fazenda até a mesa.
Vocabulário
vias urbanas ou em outros pontos ao ar livre, destacados para tal.
*fast food*. O movimento prega a melhoria da qualidade da
alimentação com um maior tempo para prepará-la e saboreá-la! O
princípio básico dessa filosofia de vida é o direito ao prazer na
alimentação, utilizando produtos naturais de qualidade especial,
produzidos de forma que se respeite tanto o meio ambiente quanto as
pessoas responsáveis pela produção dos alimentos. Bom, limpo e justo:
é como o movimento acredita que deve ser o alimento. Deve ter bom
sabor, cultivado de forma limpa (sem prejudicar a saúde, o meio
ambiente ou os animais) e os produtores devem receber o que é justo
pelo seu trabalho.
Traduzido literalmente do inglês, *junk food* significa, comida
lixo. Surpreso com a denominação? Pois é! O conceito é *atribuído* àqueles
alimentos que são ricos em calorias, gorduras, açúcares,
sódio, aditivos alimentares e que, portanto, possuem baixa qualidade
nutritiva. Quem não se rende a uma batata frita, um pastel ou um bom
sanduíche de vez em quando? O caminho é conscientizar-se de que este
tipo de alimento não deve estar presente em grandes quantidades na
dieta. Ou seja: consumir este tipo de alimento não é proibido! O
ideal é evitá-lo! Comer *pizza*, cachorro-quente e outros tipos de
*junk foods* todos os dias é uma baita bomba para a sua saúde, porém
há momentos em que podemos, sim, desfrutar desse tipo de alimentação.
É importante que você tenha em mente que *fast food* nem sempre é
sinônimo de *junk food*. Assim como *slow food* nem sempre é sinônimo
de comida saudável. Saber escolher
os alimentos e ter consciência daquilo que se come é um dos primeiros
passos para comer bem e fazer as pazes com a comida. Nutricionistas,
trabalhem isso com seus pacientes! Faça um trabalho de forma
sustentável e acompanhe, com responsabilidade social, as mudanças do
mundo.
Se eu quero continuar a voar.
Mas um dia irei parar.
Textos classificados no Concurso Literário do Instituto Benjamin Constant de 2017.
milhões de exemplares em todo o planeta.
A obra foi multipremiada. Seu autor recebeu os principais prêmios
dos quadrinhos.
Vocabulário
Protagonizar: v. Interpretar o papel da personagem principal.
Sagaz: adj. 2 g. De inteligência e percepção muito aguçadas;
perspicaz.
Surreal: adj. Que pertence ao domínio do sonho, da imaginação, do
absurdo.
Teólogo: s. m. Pessoa que estuda teologia, ou seja, que estuda a
existência de Deus e questões referentes ao conhecimento da divindade.
_`[{tirinha do Calvin em quatro quadrinhos:
Q1: Calvin berra: "Cadê o meu casaco?"
Q2: Calvin procura embaixo da cama e diz: "Já olhei em toda parte!
Embaixo da cama, em cima da cadeira..."
Q3: Com ar desesperado, continua a falar: "Na escada, no corredor,
na cozinha... Simplesmente não está em lugar nenhum!"
Q4: Com a porta do armário aberta, vê-se o casaco lá dentro. Calvin
grita: "Ah, aqui está! Quem pôs dentro desse armário idiota?"_`]
_`[{tirinha do Calvin em quatro quadrinhos:
Q1: Calvin entra em casa entusiasmado e diz: "Mãe, consegui um papel
na peça da escola."
Q2: A mãe ajuda Calvin a tirar a roupa da escola enquanto ele diz:
"Eu tenho até uma fala!" A mãe responde: "Que beleza,
Calvin."
Q3: Calvin, com ar dramático, comenta: "É um grande papel dramático!
Meu perso-
nagem vai levar todo mundo às lágrimas no fim do segundo ato!"
Q4: Enquanto guarda as roupas de Calvin no armário, a mãe pergunta:
"Qual é a peça?" Calvin responde: "Nutrição e os quatro grupos de
alimentos. Eu faço a cebola."_`]
_`[{tirinha do Calvin em quatro quadrinhos:
Q1: Calvin, sentado à escrivaninha, comenta com
Haroldo: "Viu? O
papai me convenceu a fazer o dever de casa!"
Q2: Olhando para o livro, Calvin continua: "Ele disse que, quando eu
for mais velho, vou descobrir que poucas coisas são mais
gratificantes que o estudo."
Q3: Calvin argumenta: "Aí eu disse: Beleza! Então quando eu for mais
velho eu aprendo!" Haroldo pergunta: "E o que ele disse?"
Q4: Calvin, furioso, responde: "Que se eu não começar a estudar já,
ele me mata antes de eu ficar mais velho." Haroldo conclui: "Parece
que você já aprendeu alguma coisa."_`]
-- Vamos sim, mas temos que ver o horário.
-- Que tal às quatro da tarde?
-- Boa ideia!
À tarde, os dois se encontram na pracinha movimentada da pequena cidade.
Uma menina de apenas 3 anos, acompanhada de sua mãe, compra um
algodão-doce de cor-de-rosa. Um casal de crianças brinca em uma
gangorra vigiado por duas mulheres sentadas no banco de madeira. Três
garotos maiores jogam bola.
Júlio chega. Veste camisa azul-piscina, bermuda branca e calça
tênis azul-marinho. Sentado em um banco de madeira, assiste aos
meninos que jogam bola, e vê Júlia chegando. De vestido lilás, o
cabelo castanho-claro amarrado em um rabo de cavalo, com um
par de sapatos roxo, ela se aproxima de Júlio e diz:
-- Oi, vamos?
-- Claro, bora!
Os dois andam lado a lado, saem da praça e vão até uma delegacia.
Sem entender,
Júlio perguntou:
-- Júlia, não íamos para a igreja da sua avó?
-- Na verdade, viemos fazer uma coisa bem mais divertida do que
assistir à missa.
-- Não, não acredito que você vai...
-- Shhhhhh! Se você correr vou atrás. Vamos, vai ser divertido!
Júlia pega de uma bolsinha rosa, duas latas de *spray* uma azul e
outra vermelha.
-- Toma, essa azul é pra você -- diz Júlia.
-- Mas por que a gente vai...
Ela pega a lata da mão de Júlio e diz:
-- Se você não tem coragem, deixa que eu picho. Dane-se se essa
delegacia é a que o meu pai trabalha como delegado; só quero me
distrair um pouco, posso?
-- Estamos ferrados! Olha a polícia vindo aí... -- disse o garoto.
Enquanto Júlia picha o muro com tranquilidade, uma viatura policial
se aproxima deles.
-- Toma, agora corre! -- diz Júlia.
Os meninos correm, mas Júlio é pego por um policial.
-- Parado garoto!
-- Eu sou inocente, foi minha amiga quem pichou o muro, sou
inocente, não quero ser preso!
Júlio é levado à força, por dois policiais de farda, para a
delegacia. Lá o delegado
fica sabendo que o muro foi pichado. Ele manda chamar os pais do
menino para resolverem a situação.
Na sala do delegado, Júlio diz:
-- Mãe, pai, sou inocente, quem pichou foi a Júlia.
O delegado, ao ouvir o nome de sua filha, resolveu prestar mais
atenção ao menino.
-- Meu filho, diga com mais detalhes como ocorreu esse fato.
-- Bem, a minha amiga falou para mim de manhã que ia na igreja da
avó dela, e me convidou. À tarde nos encontramos na pracinha da
cidade. Logo que chegamos aqui, eu não sabia que a gente iria à
delegacia. Para mim, íamos até a igreja como ela havia dito. Depois,
ela disse que a gente ia se divertir um pouco. Tirou da bolsa duas
latas de
tinta tipo *spray* e me deu uma, eu não tive coragem de
cometer tamanho crime. Então, ela pegou da minha mão e começou a
pichar. Quando falei que um carro da polícia estava chegando perto de
nós dois, ela me deu a lata de tinta e disse pra eu correr. Ela foi
mais rápida do que eu e me pegaram.
Depois de ouvir atentamente a explicação do menino, o delegado
pediu a descrição correta da garota, e assim Júlio fez.
-- Ela é branquinha, tem cabelos castanhos claros, usava um vestido
lilás, sapatos roxos e o cabelo estava como um rabo de cavalo.
-- Foi assim que minha filha saiu hoje à tarde... -- disse o
delegado. -- Não pode ser...
-- Meu filho, você não poderia ter ouvido sua amiguinha -- disse
sua mãe.
-- Vocês me perdoem, vou conversar com minha filha hoje quando
chegar em casa.
Quando o delegado Weliton chegou em casa, conversou com Júlia.
-- Filha, precisamos conversar. Hoje um menino me disse que você
foi junto com ele até a delegacia para pichar o muro.
-- Desculpa, eu fiz isso para me vingar.
-- Mas se vingar de quê?
-- Me vingar! O senhor não me dá mais atenção, e só fica nesse
trabalho chato e sério.
Ao dizer isso com lágrimas nos olhos, Júlia deixou seu pai com
pena. Ele a abraçou e lhe disse que nunca mais iria deixá-la de lado
por causa de trabalho.
-- Filha, isso não se faz, você poderia ter causado um problema
enorme para o seu amigo e para os pais dele. Quero que você peça
perdão a ele amanhã mesmo.
-- Tudo bem papai, estou muito arrependida.
No dia seguinte, na hora do recreio, Júlia chamou o colega em um
canto e disse:
-- Me perdoa Júlio! Eu não queria te meter nessa, mas eu tava com
raiva do meu pai, porque ele só trabalha e nunca dá atenção pra mim.
-- Promete que nunca mais vai fazer isso?
-- Prometo!
-- Ok, só espero que você nunca mais faça uma dessas comigo de novo.
-- Amigos para sempre?
-- Amigos para sempre!
Quando Júlio chegou em casa, contou para sua mãe e eles
fizeram as pazes. A menina prometeu nunca mais metê-lo em suas
travessuras.
Autora: Natália Martins
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Falado produzido pelo Instituto Benjamin Constant, para uso exclusivo
de pessoas com deficiência visual, de acordo com a Lei n.o 9.610, de
19 de fevereiro de 1998. É terminantemente proibida a utilização
deste produto para reprodução e comercialização.
Título do Livro Falado: 13 Lendas Brasileiras; Autor: Mário Bag.
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Comunicamos aos nossos leitores que já retornamos ao prédio da DIB
-- Divisão de Imprensa Braille, o qual se encontrava em obras. Soli-
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Um forte abraço!
Comissão Editorial
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Cordel
O cordel que você vai ler pode ajudar a esclarecer algumas dúvidas
de ortografia. O autor encontrou um jeito divertido de fazer você prestar