Diretor-Geral do IBC João Ricardo Melo Figueiredo Comissão Editorial Daniele de Souza Pereira João Batista Alvarenga Leonardo Raja Gabaglia Raffaela de Menezes Lupetina Regina Celia Caropreso Revisão Equipe de Adaptação da Divisão de Imprensa Braille-DIB Paulo Felicíssimo Ferreira Colaboração Carla Maria de Souza Silvia Maria Silva dos Santos Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito Governo Federal: Ordem e Progresso
¨ I Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610 de 19/02/1998. Distribuição gratuita segundo a Portaria Ministerial n.o 504, 17 de setembro de 1949. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.~ brÿpublicacoesÿrevistas~,
¨ III
Sumário
Historiando
Martin Luther King
Jr. ::::::::::::::::::: 37
Leitura Interessante
A lição do rato ::::::::: 42
Cuidando do Corpo e da
Mente
O bom humor é o seu
melhor amigo! :::::::::: 46
Leio, Logo Escrevo :::: 51
Tirinhas :::::::::::::::: 55
Espaço do Leitor ::::::: 66
E agora a moda pegou
Pelas "Redes Sociais":
É no "Face" ou pelo "Zap"
Que o povo conversa mais
Talvez não saiba o motivo
Que esse tal aplicativo
É mais lido que os jornais.
Eu acho muito engraçado
Porque muita gente tem
Um Grupo só pra Família,
Um do Trabalho também
E até aquele contato
Que só muda de retrato,
Mas não fala com ninguém!
Tem o Grupo da Escola,
O Grupo da Academia,
Grupo da Universidade,
O Grupo da Poesia.
Tem o Grupo das Baladas,
Das Amigas Mais Chegadas
E o da Diretoria.
Tem quem mande Oração,
"Bom-dia!", de vez em quando,
Quem só mande figurinhas,
Quem só fica reclamando.
Nos Grupos é que é parada:
Dia, noite, madrugada,
Sempre tem alguém teclando.
Cada um que analise
Se é bom ou se é ruim,
Ou se a Tecnologia
É o começo do fim.
Talvez um voto vencido;
Porém o "Zap" tem sido
Até útil para mim.
Eu acho que a Internet
É uma coisa muito boa
Tem coisas muito importantes,
Porém muita coisa à toa.
Usar de forma acertada,
Ou por ela ser usada
Vai depender da pessoa.
Comunicação é bom,
Vantagens que hoje se tem;
Feliz é quem tem amigos
Fora das Redes também.
A vida só tem sentido
Quando o que é permitido
É aquilo que convém.
Pra quem meu verso rimado
Acabou de receber,
Compartilhe esta mensagem
Que finaliza a dizer:
"Viva a vida intensamente
Porque é pessoalmente
Que se faz acontecer!"
E foi uma algazarra. O macaco pulando, gritando e rindo, com a centopeia agarradinha nas suas costas. Parecia um circo, o macaco era mestre no salto.
A noite foi chegando e a centopeia estava muito feliz com todas as aventuras daquele dia. De repente se deu conta do que havia acontecido: ela não sabia que tinha tantos amigos na floresta e que tudo o que ela não conseguia fazer sozinha ela podia fazer com a ajuda dos outros bichos. Podia voar sem ser pássaro, nadar sem ser peixe, cantar sem ter voz e pular sem ter pernas e braços de macaco.
-- Quem tem esses amigos pode tudo -- concluiu ela -- Juntos vamos muito longe!
Herbert de Souza -- Betinho
¨
E o pepino: -- Toda
encrenca,
e amolação em penca,
chamam logo de pepino,
seja grosso ou seja fino!
-- É comigo que a inana
é pior, diz a banana,
a quem é um moleirão
o meu nome logo dão!
E o mamão gemeu: -- Uai!
Sabem que em Minas Gerais
o meu nome -- já se viu?
é um xingo pra imbecil?
Mas a uva disse então:
-- Eu não tenho queixa não!
Digo e não faço fita:
Uva é moça bonita!
Fim de papo!
E assim a conversa teve fim.
Vocabulário
Inana: s. f. Dificuldade.
Queixumes: s. m. Queixas, lamúrias.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Leio, Logo Escrevo -- textos dos alunos do IBC
Primeira fase
Nome: Isadora Conceição da Silva
Local de nascimento: Rio de Janeiro
Seção Juvenil
A Internet é legal, mas pode
ser perigosa
Ainda que seja considerada o maior meio de comunicação criado pelo homem, a Internet não permite o controle da troca de informações pelos internautas. Ela é capaz de eliminar as fronteiras, promover a inclusão social e é conveniente pela rapidez e facilidade que proporciona às pesquisas e brincadeiras das crianças. No entanto, nem tudo é vantagem no mundo virtual e os problemas não se resumem a vírus e ataques de *crackers* (pro-
gramadores maliciosos e
*ciberpiratas* que agem com o intuito de violar ilegal ou imoralmente sistemas cibernéticos).
Na Internet muitas pessoas ficam expostas e com isto acabam sendo vítimas de golpes, roubos, entre outros crimes. As crianças também estão sujeitas aos perigos na rede. Por isso, nossos amiguinhos devem ter muito cuidado com os *sites* em que brincam, e os pais precisam estar atentos aos conteúdos acessados pelos filhos. Para evitar a invasão de privacidade é preciso ter cuidado ao expor fotos, vídeos e informações pessoais. Dados como endereços, números de telefone, sobrenome, escola onde estuda jamais devem ser fornecidos.
As redes sociais como
*facebook* e *twitter*, e os *sites* com sala de bate-papo (*chats*) merecem atenção dos familiares, pois muitos se escondem atrás de um suposto anonimato para cometer crimes contra as crianças, como o *cyberbulling*, que é uma prática realizada na Internet que busca humilhar e ridicularizar as pessoas. E, infelizmente, ferramentas para melhorar e facilitar a vida de muita gente estão sendo usadas para insultar e menosprezar os internautas.
A pedofilia e o
*cyberbulling* não são os únicos crimes cometidos pela Internet. Os adultos precisam ter extremo cuidado ao realizar compras *online*, pois os prejuízos ao informar dados bancários podem ser imensos. Os usuários também correm risco quando recebem mensagens estranhas prometendo dinheiro fácil ou histórias comoventes de crianças morrendo e que precisam apenas de uma pequena doação para realizar uma cirurgia ou comprar remédios. Este tipo de prática denomina-se *Spamming* e é considerada a maior praga na Internet.
As crianças também ficam sujeitas a receber *e-mails* inconvenientes. Sem ter noção do que é ou não perigoso, elas correm o risco de abrir *e-mails* com material pornográfico. Para evitar o assédio ou o abuso sexual na Internet, não deveriam navegar sem a supervisão do responsável ou de um adulto. Então, amiguinhos, peçam sempre autorização e orientação aos pais, pois vocês podem conhecer pessoas perigosas enquanto navegam.
A Internet é muito legal para brincar, jogar, estudar, conversar com amiguinhos da escola e parentes que estão longe, conhecer mais sobre desenhos e personagens preferidos, ouvir músicas e ver filmes. Mas lembrem-se: ficar muito tempo em frente ao computador não é bom. Além de
causar problemas na postura, prejudica o rendimento escolar.
Respostas
1. Fernando ainda precisa ler 238 páginas para terminar seu livro.
394-156=238.
2. Letra a. Ela gastou com chamadas R$119,76-
-R$29,90-R$15,50=
=R$74,36.
3. Letra d. Todas as palavras têm cinco letras, mas a primeira contém apenas uma vogal (trens), ao passo que a segunda contém duas (malas) e a terceira, três (maior). A quarta deve conter quatro vogais. Então, a resposta é boião.
4. Letra b. A única forma correta é “seja”. “Seje” não existe. A terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo do verbo “ser” é “seja”.
Dica: o mesmo vale para o verbo estar: diga “esteja” e nunca “esteje”.
5. Letra a. “Menos”, tanto advérbio quanto pronome, é invariável. Independentemente de vir antes de uma palavra feminina, nunca use “menas”, pois essa palavra não existe.
Fontes: ~,http:ÿÿ~
atividadesparaprofessores.~
com.brÿproblemas-de-~
matematica-para-4º-ano~,
Revista *Ciência Hoje das Crianças* -- n.o 246.
Mas o que é um pelourinho?
Durante o período colonial, a escravidão, principalmente de negros trazidos da África, era permitida no Brasil (a abolição da escravatura só aconteceu em 1888). Quando não faziam o que os donos de escravos queriam, os negros eram castigados em uma coluna de madeira ou pedra no centro de uma praça -- ou seja, um pelourinho! O castigo era público para os governantes mostrarem autoridade diante da população e de outros escravos.
Exibição de poder
No século XVIII, igrejas e casas nobres começaram a ser erguidas em maior quantidade na região do Pelourinho de Salvador. Grandes proprietários rurais queriam mostrar poder, já que a área central da cidade, perto da Câmara Municipal, era mais do que um lugar para castigar escravos: tratava-se de um símbolo da presença da Coroa Portuguesa.
Chegada do comércio
Aos poucos, durante o século XIX, o comércio foi ocupando a região do Pelourinho e diversos profissionais passaram a trabalhar e até a residir na área. A aristocracia, então, mudou-se para outros pontos da cidade.
Muita cultura
O Pelourinho é palco de manifestações culturais: há ensaios do grupo Olodum e apresentação de artistas como Caetano Veloso. Restaurantes e lojas também compõem a região. Se for visitar, lembre-se: é proibido circular de carro por essas ruas de Salvador!
Outro sentido
Hoje, a região não tem mais o Pelourinho em si. Mas abriga igrejas da época de escravidão, como a Catedral Basílica, de 1552.
Na área, também está a Fundação Jorge Amado, com acervos do escritor.
Desde 1985, o Pelourinho é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Fonte: Revista *Recreio* --
n.o 852.
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Vamos Rir?
O que é, o que é?
O que é pior que uma girafa com dor de garganta?
R: Uma centopeia com dor nos pés.
Por que o cachorro ligou o ventilador?
R: Porque estava cansado de ser um cachorro-quente.
O que trabalha bastante e descansa em pé?
R: Vassoura.
Qual era o problema do decorador quando procurou um médico?
R: Decoração.
Quando ele trabalha, todos ficam boquiabertos. Quem é?
R: Dentista.
Quando é que um repórter fica bem de vida?
R: Quando está na cobertura.
Aula de boas maneiras
Numa aula de boas maneiras, a professora argumentava com seus alunos:
-- Joãozinho, suponha que somos convidados para almoçar na casa de um amigo. Acabado o almoço, o que devemos dizer?
Diz o menino:
-- Cadê a sobremesa?
Um pequeno detalhe
Uma jovem senhora, acompanhada da filha pequena, pegou um ônibus que a levaria ao centro da cidade.
Para economizar dinheiro, já que criança com menos de cinco anos não pagava tarifa, orientou a menina para dizer que tinha apenas quatro anos e meio.
-- Quantos anos você tem, minha pequena? -- perguntou o condutor.
-- Quatro anos e meio -- ela respondeu.
-- E quando irá completar cinco? -- perguntou outra vez o condutor.
-- Logo -- ela respondeu -- Assim que a gente descer do ônibus!
Uma pergunta oportuna
O pequeno aluno pergunta ao seu mestre:
-- Professor, o senhor seria capaz de punir alguém por algo que ele não fez?
Responde o professor:
-- Evidentemente que não.
Responde o aluno:
-- Ah, bom, fico aliviado com isso, porque eu não fiz minha tarefa de casa.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Historiando
Martin Luther King Jr.
"Infelizmente, a História transforma algumas pessoas em oprimidas e outras em opressoras." Martin Luther King Jr.
Essas palavras foram ditas em 1964 por um dos maiores oradores que a humanidade já escutou. Dez anos antes, a simples atitude de uma senhora negra, a negar-se oferecer seu lugar do ônibus a um homem branco, desencadeou uma grande revolução histórica pelos direitos humanos de igualdade entre brancos e negros. Isso aconteceu em uma pequena cidade do Alabama, ao Sul dos Estados Unidos da América.
Um pastor, recém-chegado à cidade, teve a responsabilidade de liderar o movimento que surgiu desse impasse. Um boicote ao transporte público foi articulado sob a liderança do então desconhecido Martin Luther King Jr.
Martin Luther King tinha o poder de usar as palavras de forma intensa e de tal entusiasmo, que cativava, motivava e inspirava os que as escutavam. Ele “bradava” justiça, igualdade, liberdade e paz.
Martin fazia parte dos oprimidos. Nasceu negro, em 1929, no Sul dos Estados Unidos da América. Os negros, mesmo após abolir-se a escravatura, sofriam com a segregação racial, protegida por lei naquela época, e foi justamente essa lei que King ajudou a extinguir.
Filho de um pastor, encontrou na Bíblia sua vocação, também se tornou líder religioso e a "palavra de Deus" o acompanhou por toda a vida.
Após a primeira vitória, na qual a segregação em transporte público se tornava ilegal nos EUA, King ganhava cada vez mais força em sua luta por igualdade.
Passou a fazer parte e a liderar a fundação da Conferência da Liderança Cristã do Sul (CLCS), uma liga composta principalmente por comunidades negras ligadas a igrejas batistas.
Luther King era adepto às ideias de desobediência civil preconizadas pelo líder indiano Mahatma Gandhi e aplicava essas ideias nos protestos organizados pelo CLCS.
Recebeu o prêmio Nobel da Paz, em 1964, tornando-se a pessoa mais jovem a receber o prêmio.
Organizou manifestações pelo direito ao voto, pelo fim da segregação, das discriminações no trabalho e por outros direitos civis básicos. O desenrolar dos fatos não foi fácil, muitos morreram e/ou foram violentados. Todavia a maior parte desses direitos foram depois agregados à lei estadunidense.
Assassinado em 4 de abril de 1968, King foi alvejado na sacada de seu aposento no Lorraine Motel, em Memphis, Tennessee. Meses após o ocorrido, James Earl Ray, um fugitivo da Penitenciária Estadual do Missouri, foi capturado no Aeroporto de Londres Heathrow e extraditado para os Estados Unidos, onde foi acusado pelo assassinato. Em 1969, Ray assumiu o crime e recebeu uma sentença de 99 anos de regime fechado no Tennessee. Morreu na prisão em 1998, aos 70 anos de idade.
Luther King se tornou um mártir. Hoje é consagrado universalmente. Em sua homenagem foi instituído, nos Estados Unidos, um feriado,
sempre na terceira segunda-
-feira do mês de janeiro.
Vocabulário
Cutelo: s. m. Espécie de faca de lâmina larga, usada em açougues e frigoríficos.
õo Durma pelo menos 8 horas por noite para relaxar.
Eu faço judô e espero ir para as Paralimpíadas de 2020.
Revisado pela Comissão
Editorial
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Tirinhas
Menino Maluquinho
O livro *O Menino Maluquinho*, fruto da imaginação do célebre e genial Ziraldo, desenhista e cartunista de origem mineira, das terras de Caratinga, já se tornou um clássico da literatura infantojuvenil. Lançado em 1980, consagrou a trajetória literária de seu criador. Seu protagonista é um garoto levado, travesso, arteiro, que traz em si uma felicidade contagiante.
Ele inventa histórias, compõe pequenos versos, algumas melodias, cria sempre novas brincadeiras e traquinagens. Em sua casa, ele é a própria encarnação da alegria e da agitação; entre os amigos, um líder nato, metido a saber tudo, e um companheiro para todos os momentos. Na escola, surpreendentemente, é um dos melhores alunos, pois tira dez em todas as disciplinas.
Este personagem vive sua meninice no fim da década de 60, ao lado dos companheiros de traquinagem, como o fofinho Bocão, Junim, Lúcio, Herman, Julieta, Carol e Nina. Juntos eles desfrutam de prazeres que não voltam mais, de deliciosas brincadeiras que mais tarde permanecerão para sempre na memória de cada um. Entre uma arte e outra, o garoto trava longas conversas com Irene, sua empregada e melhor amiga.
Por seu jeito de ser, é considerado “maluquinho”, mas na verdade é alguém que conquistou o dom de ser feliz. Ziraldo criou, com este personagem, vários cartuns, ou seja, narrativas bem-humoradas tecidas com palavras e desenhos, tiras de histórias em quadrinhos e diversas atividades infantis protagonizadas pelo garoto que é a mais pura tradução da infância.
Saiba mais sobre os
personagens
Menino Maluquinho -- Este todo mundo conhece. Alegre, agitado e criativo, o Maluquinho não para nunca. Sua mãe, Naná, e seu pai, Carlinhos, têm muito trabalho com ele, mas o adoram. Dona Naná está sempre pedindo a ele que arrume a bagunça do quarto, e seu Carlinhos já se acostumou a emprestar aquele paletó azul que o Maluquinho gosta de vestir. Mas ninguém sabe por que ele gosta tanto de usar uma panela na cabeça. Pode arriscar um palpite. O Junim acha que ela é mágica, mas nunca conseguiu provar.
Julieta -- É a namoradinha do Maluquinho, mas daquele jeito: às vezes separa, depois volta, separa de novo... Espertíssima e decidida, é a líder das brincadeiras, além de ser a maior fofoqueira da área. Para ela, nada é impossível de fazer. Ela tem um gatinho azul chamado Romeu, muito manhoso, igual à dona.
Bocão -- É o melhor amigo do Maluquinho. Muito fiel, corajoso e simpático, o único problema dele é que ele só fala besteira, coitadinho. Entende tudo errado, confunde as coisas e é um sufoco para ele aprender o que a professora tenta ensinar. Mas talvez seja isso que faz todo mundo gostar dele.
Carolina -- É uma menina muito certinha. Ainda se veste como as meninas de antigamente, fala baixinho e é muito romântica. Mas não pensa só em príncipes, não. O romantismo dela é um tipo de idealismo. Ela quer melhorar o mundo. Por isso, tornou-se ecologista e vegetariana. Isso quer dizer que ela nunca come carne. Prefere a “alimentação natural”.
Lúcio -- É o “cérebro” da turma. Como adora ler e vive com livros embaixo do braço, tem sempre uma informação preciosa para dar aos amigos. Também por isso é sempre o primeiro da classe, o “exemplo” que a professora mostra para a turma. O único problema é que, como ele é um intelectual, vive “encucado”.
Shirley Valéria -- A garota mais bonita da turma, por isso é cobiçada por todos os meninos. Também, ela passa o dia todo fazendo ginástica e se embelezando. Para falar a verdade, é uma autêntica “perua”. Deve ser por influência da mãe dela, que sonha em
torná-la uma modelo-atriz-
-*socialite* cheia da grana. O resultado é que a Shirley esquece um pouco de pensar.
Junim -- Por ser o mais novinho e o mais baixinho da turma, além de usar óculos, fica chateado com as caçoadas dos colegas e tenta descontar de qualquer maneira. Acaba se tornando um “cri-cri”. Pessimista, desconfiado, mal-humorado, sempre fala alguma coisa chata só para contrariar. Mas todo mundo sabe que isso é apenas uma máscara dele. É um dos maiores amigos do Menino Maluquinho.
Sugiro Fernando -- É um dos vizinhos do Menino Maluquinho. Sugiro é descendente de japoneses e, como a maioria deles, é muito obediente, quietinho e aplicado nos estudos. A sua maior paixão é o computador. Passa tanto tempo na Internet que a mãe dele precisa arrastá-lo para fora do quarto. O único que consegue fazê-lo brincar na rua é o Maluquinho.
Herman -- É o oposto do Menino Maluquinho. Machão, mal-humorado e tapado, fica irritado com a alegria do Maluquinho e está sempre querendo dar uns tabefes nele. Mas, como o nosso amigo é muito mais esperto, sempre engana o grandalhão. O Herman lidera uma outra turminha de meninos como se fosse um general. Isso é influência do pai e do avô dele, que são militares.
Nina -- É a irmãzinha do Bocão. Apesar de ser a menor da turma, faz questão de participar de todas as aventuras. Se o Bocão não quer levá-la, ela ameaça contar tudo para a mamãe. O que é bom, pois ela é muito mais inteligente e madura que o irmão.
Tirinha em quatro quadrinhos
Quadrinho 1 -- Maluquinho e seu pai conversam: “Qual o tipo de música de que você gosta, filho? *Rock*?”
Quadrinho 2 -- Maluquinho: “Não, *Rap*!”
Quadrinho 3 -- O pai: “Mas *Rap* não é música de marginal?”
Quadrinho 4 -- Maluquinho: “Ué? O *Rock* também não era?”
Tirinha em três quadrinhos
Quadrinho 1 -- Bocão: “Não fica triste, Junim! Toda turma de garotos tem um *líder*! O nosso é o *maluquinho*!
Quadrinho 2 -- Junim: “Mas *quem é ele* pra mandar em mim? Ele não é minha mãe...”
Quadrinho 3 -- Bocão: “Aí já é demais, Junim! Você quer que *a sua mãe* seja a *chefa* da nossa turminha?"
Tirinha em quatro quadrinhos
Quadrinho 1 -- Maluquinho e Junim estão de pé, lado a lado. Maluquinho parece tirar algo de dentro do seu paletó. Junim, assustado, aponta para frente e diz: “Olha!”
Quadrinho 2 -- Carol e Julieta chegam. Julieta pergunta: “O que vocês estão fazendo aí?” Os dois meninos, agora agachados, parecem estar cavando.
Maluquinho responde: “Catando minhocas!”
Quadrinho 3 -- Elas se afastam. Carol: “Ai, credo! Os meninos são tão nojentos!” Julieta: “Que mau gosto!”
Quadrinho 4 -- Os meninos estão novamente de pé e sozinhos. Maluquinho abre o paletó, retira o que estava escondido e diz: “Pronto! Agora já dá pra dividir o chocolate!”
Tirinha em três quadrinhos
Quadrinho 1 -- Julieta olha assustada para Maluquinho, que está vestindo uma capa preta e com o rosto coberto por uma máscara. Julieta: “Aaai! Um bandido!”
Maluquinho: “*Calma! É* eu o Maluquinho!”
Quadrinho 2 -- Maluquinho: “De agora em diante eu
*era* um *fora da lei*!”
Quadrinho 3 -- Maluquinho: "Quer dizer, fora da *lei gramatical*."
Adaptado e Revisado pela Comissão Editorial
-- Se você demorar mais uns vinte minutos, nós vamos mor-
rer! -- disse a fada mais velha.
-- Calminha! -- disse o sol -- é brincadeirinha; vou voltar agora mesmo. Eu vim parar aqui de noite porque sou sonâmbulo.
E se despediu:
-- Adeus, fadas!
Voltou a nevar em Floc-Floc, e todos se sentiram felizes e aliviados.