Diretor-Geral do IBC João Ricardo Melo Figueiredo Comissão Editorial Daniele de Souza Pereira João Batista Alvarenga Leonardo Raja Gabaglia Raffaela de Menezes Lupetina Regina Celia Caropreso Revisão Equipe de Adaptação da Divisão de Imprensa Braille-DIB Paulo Felicíssimo Ferreira Colaboração Carla Maria de Souza Silvia Maria Silva dos Santos Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito Governo Federal: Ordem e Progresso
¨ I Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610 de 19/02/1998. Distribuição gratuita segundo a Portaria Ministerial n.o 504, 17 de setembro de 1949. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.~ brÿpublicacoesÿrevistas~,
¨ III
Leitura Interessante
A casa dos mil
espelhos ::::::::::::::: 34
Cuidando do Corpo e da
Mente
Meninos já podem se
vacinar contra HPV no
SUS; veja mudanças na
vacinação :::::::::::::: 37
Tome Nota
Jovem aprendiz: o que é
isso, afinal? :::::::::: 48
Leio, Logo Escrevo :::: 52
Tirinhas :::::::::::::::: 54
Espaço do Leitor ::::::: 62
Flá, flá, flá, uma flautinha
Dão, dão, dão, um violão
Plim, plim, plim, um pianinho
Fui na loja do Mestre André
E comprei uma sanfoninha
Fom, fom, fom, uma sanfoninha
Tá, tá, tá, uma corneta
Flá, flá, flá, uma flautinha
Dão, dão, dão, um violão
Plim, plim, plim, um pianinho
Atrás da porta torta tem uma
porca morta.
Vocabulário
Malemolente: adj. Que revela
malemolência; falta de empe-
nho, preguiça.
::::::::::::::::::::::::
Cordel ao educador Paulo
Freire
Grandes nomes da história
Deixaram transparecer
A riqueza da leitura,
Conhecimento, saber
Como mola propulsora
Para o mundo melhor ser.
(...)
Tinha o mestre Paulo Freire
Grande sensibilidade,
Convivendo com a pobreza,
Sentindo a dificuldade,
Foi tomando consciência
Da cruel realidade.
No seu tão farto pensar,
Já cheio de idealismo,
A miséria, então, surgia
Do mais puro realismo
Produzida em abundância
Pelo vil capitalismo.
Quer no campo ou na cidade
Via miséria crescer,
Nos vales, mangues, mocambos,
Estava a prevalecer
A sentença que condena
O homem, sempre a sofrer.
E o Paulo Freire sentira
Que era justo mudar,
Mas, também, reconhecia
Que para isso se dar,
Toda ideia dominante
Tinha que modificar.
O seu método educativo
De conscientização
E de técnica utilizada
Pela alfabetização,
Era o instrumento vital
Para uma libertação.
Educação que ensinasse
O homem a ler e escrever
Não apenas para votar
Ou pra riqueza crescer,
Mas, sobretudo, mostrar
Tudo em volta do poder.
(...)
Seus olhares se encontram
E o disfarce cai por terra.
Ele levanta contrafeito,
Seu peito sempre em guerra.
No caminho, uma saudade,
Como gostava da escola!
Quando tudo o que temia
Eram apenas as provas.
Hoje, ele sente medo
Dos colegas que o perturbam.
De graça, por graça,
Corpo e alma esmurram.
O menino não quer mais
Ir para a escola!
O menino não quer mais
Ir para a escola...
Vocabulário
*Bullying*: s. m. Termo que compreende toda forma de agressão, intencional e repetida, sem motivo aparente, em que se faz uso do poder ou força para intimidar ou perseguir alguém, que pode ficar traumatizado, com baixa autoestima ou problemas de relacionamento.
Contrafeito: adj. Forçado.
Esmurrar: v. ferir.
O gato, de fato, que não gosta de rato,
quis morder, quis pegar seu eterno inimigo,
mas o rato cinzento parecia alguém
tão sozinho, coitado sem ter ninguém...
que despertou no gato uma certa tristeza
vendo o rato chorando, naquela fraqueza.
Dona Lua, redonda, que a tudo assistia,
viu o rato sofrendo, naquela agonia,
saiu de lá do alto da sua morada,
desceu cá pra perto, chegou apressada,
usando, de prata, uma escada rolante,
pousou no telhado a lua brilhante.
O gato pra cá, miando pro rato.
O rato pra lá, com medo do gato...
mas vendo a lua, o gato, de fato,
ficou amoroso, miando poesia.
A lua, tão gata, tão prata, sorria.
O rato cinzento aproveitou o sossego,
pulou no luar e virou um morcego!
Ele não come arroz e feijão
Porque ele não gosta muito não.
Nome: Caroline de Souza
Pinheiro
Local de nascimento: Rio de
Janeiro
Turma: 401
Seção Juvenil
Superando limites
Nascida no município de
Itaguaí-RJ, em 29 de novembro de 1997, Victoria Amorim do Nascimento perdeu o pai aos 3 anos e a visão aos 11, em virtude de atrofia do nervo óptico, traumas a serem superados.
Em 2010, foi matriculada no 6º ano do ensino fundamental do Instituto Benjamin Constant. É bom lembrar que, desde então, Victoria precisou aprender a ler e escrever em Braille, fazer cálculos no sorobã e se locomover usando uma bengala: era um universo completamente novo.
Ela não só enfrentou tais desafios como foi além, tornando-se jogadora de
*goalball* a partir de 2011. No ano seguinte, foi convoca-
da, pela primeira vez, para a seleção brasileira, sendo
vice-campeã mundial nos EUA e recebendo vários títulos individuais: artilheira, melhor jogadora e jogadora revelação. Liderou a equipe no título dos Jogos Parapan-
-Americanos de 2015, em
Toronto, e obteve o prêmio de melhor do Brasil na modalidade *goalball* daquele ano.
Victoria é exemplo de força, determinação e dedicação. Apesar das dificuldades, não se abateu. Aluna exemplar, mesmo ausente nos períodos de treinos, sempre buscou se atualizar nas disciplinas escolares, mantendo um bom rendimento. Ela é o tipo de pessoa que persegue, sempre, o melhor naquilo que se propõe fazer.
O ano de 2016 foi especial para ela, pois participou dos
jogos paralímpicos no Brasil
destacando-se no torneio e conseguindo a quarta colocação com a equipe feminina.
Por todas estas conquistas, ela se intitula uma "vitoriosa na vida".
Comissão Editorial
Adaptado de: ~,http:ÿÿ~
globoesporte.globo.comÿ~
paralimpiadasÿnoticiaÿ~
2016ÿ09ÿvictoria-~
pula-barreiras-e-vira-~
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~,http:ÿÿcbdv.org.brÿ~
victoria-amorim-do-~
nascimento~,
Revisado por Paulo
Felicíssimo Ferreira
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Quebra-Cuca
Caça-palavras
Localize as seguintes palavras: cantar, dançar, brincar, pular e correr.
adfhtyuopd
pwaftgjkaa
umbrfgarpn
ltrhjksvbç
adiorrerma
rjnmcorrer
phckcantar
pçakjkkmnt
ujrsertydb
qwertydfbh
::::::::::::::::::::::::
Desafios
tecla T, tem-se 5. Apertando D, temos o dobro de 5, que é 10. Com a tecla T, apagamos o algarismo da unidade, obtendo 1.
2. 18+4+32+6=60
60÷2=30
3. Letra E. Quando são retiradas três meias, uma das seguintes situações irá ocorrer: (I) as três meias são vermelhas ou (II) duas são vermelhas e uma é branca ou (III) uma é vermelha e duas são brancas, já que não havia meias pretas entre as retiradas. Portanto, pelo menos uma meia é vermelha.
4. Letra B. 57+31=88÷2=44 alunos para cada ônibus. Devem passar do primeiro para o segundo ônibus 57-44=13 alunos.
5. a) Tranquilo. O trema foi abolido de todas as palavras da língua portuguesa. Essa marcação servia para destacar a pronúncia do “u” nas combinações: “que”, “qui”, “gue”, “gui”.
Exceção: O trema foi mantido em nomes próprios estrangeiros, como Bündchen e Müller, e suas derivações, como mülleriano.
b) Ônibus. Proparoxítonas são palavras cujo acento tônico recai na antepenúltima sílaba e em todos os casos são acentuadas.
c) Sofá. As palavras terminadas em a(s), e(s), o(s), em (ens) são acentuadas.
d) Ex-aluno. Usa-se o hífen em todas as palavras após o prefixo “ex”.
Você Sabia?
O bicho-preguiça é realmente
preguiçoso?
Não. O *Bradypus
variegatus* não tem culpa pelos seus movimentos, respiração e digestão vagarosos. O responsável é o seu baixíssimo metabolismo, aproximadamente 70% inferior ao de outros mamíferos com peso e tamanho parecidos. Mas a “preguiça” da preguiça está longe de ser um problema: sua aparente falta de pressa faz parte de um mecanismo de sobrevivência muito bem adaptado à vida na mata. O bicho é capaz de ficar tanto tempo agarrado a um tronco, alimentando-se de folhas e protegido por uma camuflagem natural, que passa despercebido para a maioria
dos predadores. Os bichos-
-preguiça são solitários e só se encontram em época de reprodução -- que também acontece nos troncos de árvores.
Fonte: ~,http:ÿÿ~
mundoestranho.~
abril.com.brÿambienteÿo-~
bicho-preguica-e-realmente-~
preguicosoÿ~,
Por que os gatos ronronam?
Porque o primeiro som que um gatinho ouve ao nascer é o da mãe ronronando. Isso fica gravado para sempre no cérebro desse animal e cria uma conexão com a sensação de conforto. Assim, quando eles ronronam significa que querem atenção e carinho dos donos.
Fonte: *Revista Recreio*
-- n.o 861.
Quem inventou a primeira
calculadora?
A primeira máquina de calcular foi o ábaco, que surgiu na Mesopotâmia (região atual Iraque) por volta do ano 3.500 antes de Cristo. Esse instrumento existe até hoje: É uma moldura com bastões no sentido vertical; os bastões têm fichas ou contas usadas para calcular. Os primeiros ábacos eram desenhados no chão e depois passaram a ser construídos com madeiras ou pedra. O sorobã é um ábaco adaptado para cegos. Já a calculadora mecânica foi criada, em 1623, pelo alemão Wilhelm Schickard. Ela fazia operações de soma, subtração, multiplicação e divisão, indicando o resultado por meio de um toque de sino. A primeira si-
milar com as que usamos foi feita em 1957.
Fonte: *Revista Recreio*
-- n.o 863.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Vamos Rir?
Joãozinho chega da escola, e a mãe dele pergunta:
-- Por que você chegou em casa todo molhado, meu filho?
-- Porque eu estava brincando de cachorrinho na escola.
-- E desde quando brincar de cachorrinho te deixa molhado?
-- Ah, mãe, é que hoje eu era o poste!
Acampamento das tartarugas
Duas tartarugas decidiram acampar em um lugar, as duas tartarugas já estavam decididas. O único problema era que, para chegar àquele lugar, demoraria 70 anos para ir e 70 anos para voltar. Elas levaram tudo que era preciso para acampar. Chegando ao local, uma fala para a outra:
-- Eu não acredito! Esquecemos a toalha!
-- Eu que não irei voltar.
-- Muito menos eu!
As duas decidiram quem iria e chegaram a um acordo.
-- Está bem, está bem! Eu irei, apenas se você me esperar voltar para comer!
Elas concordaram, e a tartaruga foi. Passaram 120 anos e nada. A tartaruga estava com muita fome, 130 anos e a tartaruga estava ficando com mais pressa. E disse que não aguentava mais. Completaram 140 anos e ela disse:
-- Não vou esperar mais! Vou comer agora...
Pegou a comida. Quando ela iria comer, a outra tartaruga aparece por trás dela e diz:
-- Está vendo se eu fosse!
O que é, o que é?
Qual a cidade mais venenosa do Brasil?
R: Cascavel.
O menino foi jogar tênis, como ele voltou?
R: Descalço.
Até a pessoa mais fraca do mundo consegue levantar do chão, mas nem a mais forte consegue atirar longe?
R: Pena.
Por que o vampiro morreu no churrasco?
R: Porque ele comeu pão de alho.
Qual a cidade que mais tem protestos dos taxistas?
R: Uberlândia.
Qual é a parte mais rápida da casa?
R: O corredor.
O que a manteiga falou para o pão francês?
R: Com você, eu me derreto todinha.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Historiando
Era dos Festivais
Durante os primeiros anos da Ditadura Militar no
Brasil, observou-se um intenso crescimento da produção musical que modificou a música popular brasileira. Com a internacionalização de novos estilos musicais, como o *rock and roll*, a história da música brasileira ganhou novos contornos a partir da década de 1960.
Instalou-se a cultura da música dentro da televisão. Programas como a Jovem Guarda, formado por jovens cantores como Roberto
Carlos, Vanderléia, Erasmo Carlos e muitos outros tornaram-se líderes de audiência. Nesta mesma onda, os festivais musicais ganharam notoriedade na cultura dos anos 60, e a televisão foi fundamental para que o Brasil conhecesse melhor sua produção musical.
Os festivais apresentaram uma safra rara e riquíssima de compositores e intérpretes como Chico Buarque de
Holanda, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Nara Leão, Geraldo Vandré entre muitos outros. Com eles, em vez de a música chegar ao público através do rádio, chegou à casa das pessoas pela televisão e, anos depois, pelos discos.
Em outubro de 1966, a TV Record televisionava a final do Festival Musical, no qual as canções finalistas foram “A Banda” de Chico
Buarque, interpretada por Nara Leão, e “Disparada” de Geraldo Vandré e Théo de Barros, interpretada por Jair Rodrigues. Nos dez dias que antecederam a final, o Brasil parecia viver uma Copa do Mundo e, após a declaração de empate entre ambas, o país se deu conta da grandeza de sua música popular.
Já em outubro de 1967, "Ponteio, Domingo no
Parque, Roda Viva" e
"Alegria, Alegria" foram as quatro primeiras colocadas e, para alguns historiadores, foi naquela noite que a MPB nasceu como gênero musical único. Vale lembrar que a expressão Música Popular Brasileira já existia e designava todo o tipo de música feita no país; tudo o que não era erudito era designado MPB.
O festival de 1967 foi apresentado de forma intensa e detalhada pelo documentário “Uma Noite em 67”, dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, e está repleto de entrevistas com os personagens mais representativos daquele período -- cantores, organizadores, compositores -- e imagens reais do festival, fazendo um balanço do que significou aquela noite de 1967 na cultura musical brasileira.
A MPB da forma como a conhecemos hoje -- um gênero musical bem definido em termos de música e letra -- nasceu em um momento de cerceamento de liberdade; foi fruto de seu tempo e tinha um caráter de protesto. Teve a incorporação de novos elementos sonoros como a guitarra elétrica, que aparece na música “Alegria, Alegria” de Caetano Veloso, que foi um dos precursores do movimento conhecido como
Tropicalismo. Caetano Veloso entrou no palco e apresentou aquelas guitarras elétricas e a plateia vaiou-o imediatamente. Só que, no decorrer da canção, ele convenceu o público e acabou aplaudido. Porém, o mesmo não aconteceu no festival do ano seguinte, em 1968, quando ele apresentou “É proibido proibir” e foi vaiado do começo ao fim.
Caetano ficou estarrecido com a atitude do público e encerrou sua apresentação com um discurso bastante contundente, resumido na seguinte frase: “Se vocês forem para a política como são para a estética, nós estamos feitos”.
O festival de 1968 foi marcado por controvérsias e não é considerado tão inovador quanto os anteriores; sua maior contribuição para a música brasileira foi a consolidação do Tropicalismo – que significava uma abertura para novos tipos de linguagem, ideias e componentes não musicais; buscavam uma desestruturação de música. Mas as ideias do Tropicalismo não atendiam ao imediatismo buscado pelos militantes de esquerda contra o endurecimento do Regime Militar. Para esses militantes, Caetano e Gil não tinham uma postura clara contra o Regime Militar; os universitários presentes na plateia do festival eram esteticamente conversadores, não ligavam para os novos arranjos e performances. Queriam músicas com letras claras e diretas como as de Vandré e
Chico Buarque.
Os festivais musicais foram momentos importantes para a expressão cultural brasileira e também para protestos contra o Regime Militar. O de 1967 é cotado até hoje como o mais importante do ponto de vista musical. As canções nele apresentadas ainda figuram no gosto popular, e a audiência da Record ainda é a maior de todos os tempos, com 97 pontos no IBOPE. A final entrou para o *Guinness Book*, e o festival de 1967 nunca mais foi superado.
Fontes, com alterações:
~,https:ÿÿ~
historiandonanet07.~
wordpress.comÿ2011ÿ06ÿ~
11ÿera-dos-festivaisÿ~,
~,http:ÿÿ~
institutocravoalbin.com.~
brÿprojetosÿcatalogos-~
tematicosÿno-palco-os-~
festivaisÿa-era-dos-~
festivaisÿ~,
Vocabulário
a casa. Escalou lentamente as escadas e olhou através da porta. Quando viu mil olhares hostis de cães que lhe olhavam fixamente, rosnou e mostrou os dentes e ficou horrorizado ao ver mil cães rosnando e mostrando os dentes para ele. Quando saiu, ele pensou: “Que lugar horrível, nunca mais volto aqui”.
Todos os rostos no mundo são espelhos.
Fonte: ~,http:ÿÿwww.~
refletirpararefletir.~
com.brÿhistorias-para-~
reflexao~,
Além disso, os próprios meninos serão beneficiados, já que a vacina protege contra câncer de pênis, garganta, ânus e verrugas genitais, problemas também relacionados ao vírus.
Brasil é o sétimo país a
incluir meninos
A vacinação contra HPV para meninos também é usada nos Estados Unidos,
Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá. A inclusão dos meninos na vacinação contra HPV segue a recomendação de sociedades médicas brasileiras como a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade
Brasileira de Pediatria.
A faixa etária dos meninos que podem receber a vacina será ampliada gradualmente até
2020, quando ela estará disponível para meninos de 9 a 13 anos.
Outra mudança é que, a partir de 2017, meninas que chegaram aos 14 anos sem a vacina também poderão se vacinar. A vacinação também será estendida a homens que vivem com HIV entre 9 e 26 anos. Antes, só as mulheres com HIV desta faixa etária podiam se vacinar gratuitamente. No caso desse público, o esquema vacinal é de três doses.
Também entra em vigor agora a inclusão da vacina contra meningite C para meninos e meninas de 12 a 13 anos. Até 2020, a vacina deverá estar disponível a crianças de 9 a 13 anos. Hoje, essa imunização é oferecida apenas para crianças aos 3, 5 e 12 meses de idade. A meningite
C é o subtipo mais frequente da doença, que é considerada grave e de rápida evolução.
-- Reforço para meninos e meninas de 12 a 13 anos
também continua envolvendo o exame Papanicolau (preventivo), que identifica possíveis lesões precursoras do câncer que, tratadas precocemente, evitam o desenvolvimento da doença.
vacinados antes do seu primeiro contato sexual, uma vez que a contaminação por HPV ocorre juntamente ao início da atividade sexual.
5. A vacina HPV pode ser administrada concomitantemente com outra vacina?
gistros de evidências que pudessem pôr em dúvida a segurança dessa imunização.
Os eventos adversos mais comuns relacionados à vacina HPV são os mesmos relacionados às outras vacinas, como reações locais (dor, inchaço, e vermelhidão), dor de cabeça e febre, em menor incidência. Eventualmente, podem ocorrer desmaios, formigamento nas pernas, fatos que podem ser observados ao se aplicar medicações injetáveis em adolescentes e não relacionado especificamente à vacina HPV, mas ao medo de tomar injeção.
após receber a vacina sem fazer esforços para prevenir possíveis reações.
No caso da aparição de sintomas, durante os dias poste-
riores ao da vacinação, recomenda-se procurar uma unidade de saúde mais próxima relatando o que sentiu ou o que está sentindo.
após receber uma dose da vacina HPV.
Levedura: s. f. Fungo unicelular que produz a fermentação alcoólica das soluções açucaradas ou que faz fermentar a massa do pão.
Promissor: adj. Cujas perspectivas ou resultados parecem ser bons, bem-sucedidos.
objetivo é despertar nas empresas o interesse pela qualificação profissional de adolescentes e jovens em todo o país.
O curso relativo à aprendizagem do programa, com duração máxima de dois anos, é gratuito e, durante este período, o aprendiz receberá ensinamentos teórico-práticos, em sala de aula (onde aprenderá os conteúdos da profissão escolhida) e dentro da empresa contratante (onde os treinará na área de sua atuação).
Como funciona?
A primeira coisa a fazer para tornar-se um jovem aprendiz é verificar quais empresas de sua cidade oferecem programa de aprendizagem. A segunda
é entrar em contato com elas e certificar-se de como e quando são feitas as inscrições para concorrer a uma de suas vagas. Não tenha vergonha de perguntar.
Outra maneira de participar do programa é inscrever-se num dos cursos de instituições profissionalizantes especializadas, tais como: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), Ensino Social Profissionalizante (Espro) e Centro de Integração Empresa-
-Escola (Ciee), com cadastramento e inscrição gratuitos para todos e gratuidade total para as pessoas de baixa renda.
Estas instituições têm parceria com diversas empresas
em todo o Brasil e, não raro, facilitam o encaminhamento do jovem já profissionalizado ao mercado de trabalho.
Quem pode participar?
Jovens entre 14 e 24 anos, inscritos em programa de aprendizagem e com frequência regular à escola, caso ainda não hajam concluído o ensino médio. Se o aprendiz for pessoa com deficiência, não haverá limite máximo de idade para sua contratação.
Nos locais em que não haja oferta de ensino médio, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem frequência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental. Sem a conclusão deste, porém, a contratação só será
possível com sua frequência regular a esta etapa do ensino.
Adaptado de: ~,http:ÿÿwww.~
vagasjovemaprendiz.com.brÿ~
jovem-aprendiz-o-que-e~,
~,http:ÿÿacesso.mte.gov.brÿ~
dataÿfilesÿ{f{f8080812B~
8D19D2012B9C839E~
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2009.pdf~,
Revisado por Paulo
Felicíssimo Ferreira
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Leio, Logo Escrevo --
textos dos alunos do IBC
Segunda fase
Local de Nascimento: Nova
Iguaçu-RJ
Turma: 703
E até me elogiou
Parabéns pra você nessa data tão querida!
Revisado pela Comissão
Editorial
-- Apesar de gostar do humor da Mafalda e do Calvin, me inspirei nos meus filhos. Criei o Armandinho porque estava enjoando dos personagens de outras histórias que fazia. Na época, minha filha era pequena. Como toda criança, tinha tiradas que nos fazem pensar em muita coisa -- explica Beck por telefone.
Essas tiradas infantis, ingênuas porém críticas, motivaram Beck a transformar a tirinha numa pausa para “fazer os leitores repensarem tudo o que está em volta”. Outras referências são ilustradores brasileiros como Angeli, Laerte, Galvão e Samuel Casal, que, segundo Beck, carregam em suas charges e tiras um “humor com pesar”. O tom certo para a tirinha veio de Mafalda e Calvin.
-- Esses personagens mostram que podemos melhorar e que existem outros caminhos, que tem uma luz no fim do túnel. O Armandinho tem um pouco da minha visão crítica. Tento me colocar no lugar da criança para chegar a situações que os adultos acham absolutamente normais. E acredito que o jeito ingênuo e puro do personagem, combinado à sua crítica, tem sido aceito pelo pessoal -- diz o desenhista.
Nascido por acaso
“Armandinho” nasceu da pressa do jornal “Diário Catarinense”, em 2010, quando precisava de três histórias de quadrinhos para o dia seguinte. O personagem, que tem traços simples e, à época, não tinha nome, já estava desenhado. Bastou desenvolver a história para publicar no dia seguinte.
Os pais do personagem e outros adultos não apareceram, inicialmente, pela falta de tempo. Mas esse acaso ganhou sentido nas histórias em quadrinhos:
-- Fiz só as pernas do pai porque não dava tempo para desenvolver o desenho na primeira tirinha. Ninguém sabe a cara dele, se é careca, gordo, qual a cor de sua pele... E quero que ninguém saiba, porque ele não é o mais importante. Fiz sem querer, e achei que deveria ficar.
Os outros personagens que aparecem no quadrinho são Fê, a irmã de Armandinho, e o sapo.
Em pouco tempo, a tirinha tornou-se querida em Santa Catarina. Tanto que o nome foi sugerido em um concurso promovido pelo jornal que o veicula: leitores deveriam enviar a sugestão de nome e um motivo. Logo, “Armandinho nasceu por estar sempre armando algo”.
Sucesso inesperado
A página do *Facebook* nasceu em novembro do ano passado e era curtida por amigos de Beck. Mas, sem querer, uma tragédia nacional trouxe fama para ela. Alexandre Beck e sua família se mudaram de Florianópolis para Santa Maria, no Rio Grande do Sul, no fim de 2012. Como todos os outros moradores da cidade, sentiram o luto pelo incêndio da boate Kiss, em 27 de janeiro de 2013, onde 241 jovens morreram.
-- Parecíamos doentes naquele fim de semana. Criei uma só tirinha aquele dia, falando sobre o tempo na cidade, e ela teve mais de 10 mil
compartilhamentos e aumentou o número de curtidas na página.
Outra tirinha muito compartilhada, e que elevou o sucesso da página e a levou além dos limites de Santa
Catarina, foi a da prova em que o Armandinho deveria responder o que era “essencial à vida de todos os seres vivos” e começava com a letra A. Para o pai do personagem, era “água”, mas para Armandinho, “amor”.
Fonte, com alterações:
~,http:ÿÿoglobo.globo.comÿ~
culturaÿmegazineÿ~
contestador-armandinho-~
ganha-fama-no-facebook-~
8027174~,
Tirinha em três quadrinhos
pernas, com vestido, meia-calça e sapatos de salto alto, pergunta para
Armandinho: “Então quando você crescer vai cuidar da natureza?!” Armandinho, ao lado do sapo, escuta.
Quadrinho 2 -- O menino, sorrindo, responde: “Espero que sim! Depende de vocês!”
Quadrinho 3 -- Com uma expressão facial séria, continua: “Tentem não destruir tudo até lá!”
Quadrinho 3 -- Armandinho: “Com amor a gente vive! Com água, só sobrevive!”
Espaço do Leitor
A Pontinhos e eu
Quando comecei a perder a pouca visão que tinha, eu só pensava em como ia ler e escrever, duas coisas que adorava fazer.
Comecei a aprender o Braille, e aquilo foi uma maravilha! Um sistema tão fácil, tão adaptado às minhas necessidades, tão perfeito para as pontas dos meus dedos... Nada podia ser melhor.
Mas não dava para negar que, para quem não estava habituada a usar tanto o tato, a leitura era lenta, arrastada e me dava a impressão de que nunca mais eu leria como antes, com a mesma fluência.
Mas tudo muda quando estamos prontos a procurar pela mudança. Eu tinha 16 anos quando fui ao Instituto
Benjamin Constant pela primeira vez. Até ali, eu era o que o pessoal do Instituto chama de "cega avulsa", isto é, não tinha sido aluna da casa. Na verdade, nem conhecia a casa.
Então, cheguei lá para fazer um estágio do antigo curso de formação de professores e fui muito bem recebida. O pessoal achou que eu devia conhecer a instituição toda e me levou até a Imprensa Braille.
Lá, com a ajuda do já falecido Prof. Delduk, descobri duas maravilhas: a Revista Brasileira para Cegos e a Pontinhos, que na época me encantou porque eu estava naquela fase adolescente em que parecia que não tinha nada de interessante para o adolescente cego ler.
Quando ele me disse que eu poderia recebê-las em casa, vibrei. Eu sabia que ia ser dureza, mas decidi que ia lê-las nem que lesse só uma página por dia. Era o único jeito de um dia eu ser uma boa leitora.
Recebi primeiro a Pontinhos. Que emoção! Uma revista só minha, feita para mim. Era assim que eu a sentia. Comecei a ler, fui lendo e descobrindo que o interesse me fazia ler mais e melhor. Agarrei-me a ela. Lia tudo. Como em qualquer publicação, havia as coisas de que eu gostava mais e as de que não gostava tanto. Minha ortografia melhorou, minha leitura melhorou, meu conhecimento se ampliou.
A Pontinhos foi minha primeira mostra real de que eu podia ler textos maiores, uma publicação inteira.
Isso é uma emoção, uma alegria, um estímulo.
O tempo passou, os adolescentes mudaram e a revista também.
Hoje, a Pontinhos tem para mim uma outra importância. Procuro usar os textos dela para incentivar meus alunos a ler e, de vez em quando, a Comissão Editorial tem a coragem de publicar alguma coisa que escrevo.
O que escrevo é uma forma de mostrar que penso na importância que esta publicação pode ter para outras pessoas assim como teve para mim.
Quero que meus textos cheguem a outras pessoas, façam com que elas reflitam, concordem ou discordem de mim, mas, principalmente, pensem. Eu me sinto muito satisfeita a cada vez que posso, de alguma forma, colaborar com a revista que me abriu horizontes e me despertou para tantas coisas.
O Braille ainda é, e por muito tempo será, a forma real de leitura e escrita dos cegos, ainda que não possamos negar de forma alguma, os benefícios de uma leitura gravada ou mesmo pelo computador ou celular. A Pontinhos é uma grande representante dessa leitura no Brasil, ainda mais agora com descrição de tirinhas e abrindo espaço para que os alunos e todo o seu público se sintam participantes da revista.
É uma felicidade poder fazer parte do grupo de leitores dessa revista e espero que todos aqueles que trabalham nela tenham noção da responsabilidade que têm, pois acredito que, para muita gente, Brasil a fora, ela seja o único ou um dos poucos meios de contato com o texto em Braille. Espero também que os jovens a aproveitem, lendo seus textos com interesse, fazendo os desafios propostos, enviando seus textos, pois é uma oportunidade como poucas.
Ler cada vez mais faz com que sejamos cidadãos que sabem o que querem, que compreendem o mundo à sua volta, que desejam continuar aprendendo sempre.
Que a nossa revista, nossa mestra de papel, continue a nos transmitir lições por muitos anos, valorizando o sistema que representa a libertação da pessoa cega, dando a ela mais oportunidades de crescer.
Fonte: ~,https:ÿÿwww.letras.~
mus.brÿcantigas-popularesÿ~
1428334ÿ~,
Fonte: ORTHOF, Sylvia. *Gato pra cá, Rato pra lá*. Rio de Janeiro:
Rovelle, 2012.