PONTINHOS
Ano LIX, n.o 364,
janeiro/março de 2018
Ministério da Educação
Instituto Benjamin Constant
Publicação Trimestral de
Educação, Cultura e
Recreação
Editada e Impressa na
Divisão de Imprensa Braille
Fundada em 1959 por
Renato M. G. Malcher
Av. Pasteur, 350/368
Urca -- Rio de Janeiro-RJ
CEP: 22290-240
Tel.: (55) (21) 3478-
-4457/3478-4531
E-mail: ~,pontinhos@ibc.~
gov.br~,
Site: ~,http:ÿÿwww.ibc.~
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Diretor-Geral do IBC
João Ricardo Melo
Figueiredo
Comissão Editorial
Carla Maria de Souza
Heverton de Souza Bezerra da Silva
João Batista Alvarenga
Regina Celia Caropreso
Revisão
Carla Dawidman
Livros Impressos em Braille: uma Questão de
Direito
Governo Federal: Ordem e Progresso
¨ I
Transcrição autorizada
pela alínea *d*, inciso I,
art. 46, da Lei n.o 9.610 de 19/02/1998.
Distribuição gratuita
segundo a Portaria
Ministerial n.o 504,
17 de setembro de 1949.
Arquivo da revista disponível
para impressão em Braille:
~,http:ÿÿwww.ibc.gov.~
brÿpublicacoesÿrevistas~,
¨ III
Sumário
Seção Infantil
Cantigas de Roda ::::::: 1
Trava-Línguas :::::::::: 2
Cordel :::::::::::::::::: 2
Histórias para Ler e
Contar
A Poção Especial
(Lenda chinesa) ::::: 4
Foge, Tatu! :::::::::::: 12
Uma Grande Amizade :::: 15
Leio, Logo Escrevo :::: 20
Seção Juvenil
Quebra-Cuca :::::::::::: 22
Você Sabia? :::::::::::: 28
Vamos Rir? ::::::::::::: 35
Historiando
A História do Café :::: 38
Leitura Interessante
O fruto do
refrigerante ::::::::::: 43
Prato poderoso :::::::::: 47
Cuidando do Corpo e da
Mente
Uso excessivo de fones
de ouvido :::::::::::::: 51
Leio, Logo Escrevo :::: 58
Tirinhas :::::::::::::::: 61
Espaço do Leitor ::::::: 64
Seção Infantil
Cantigas de Roda
Eu entrei na roda
Ai, eu entrei na roda
Ai, eu não sei como se dança
Ai, eu entrei na “rodadança”
Ai, eu não sei dançar
Namorei um garotinho do
colégio militar
O diabo do garoto só queria
me beijar
Todo mundo se admira da
macaca fazer renda
Eu já vi uma perua ser
caixeira de uma venda.
Fonte: Cantigas de roda: música infantil com coreografia
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Trava-Línguas
Luiza lustrava o lustre
listrado; o lustre lustrado
luzia.
A mola mole molhada molda a
mala de mão da mamãe.
Tota troca a bota torta e
trota até a toca.
Na blusa, a lua. Na lua, a
luva. Na luva, a uva.
::::::::::::::::::::::::
Cordel
Louis Braille e seu sistema
Um grande gênio francês
em luminoso momento
criou o Sistema Braille
e com fabuloso invento
proporcionou aos cegos
a luz do conhecimento.
(...)
Seu pai Simon René Braille
era um conceituado
seleiro da região
por todos muito estimado
e sua mãe Monique formavam
casal muito respeitado.
(...)
Mil oitocentos e nove
dia quatro de janeiro
nasceu Louis Braille sendo
que o povoado inteiro
de Coupvray dedicou-lhe
amor puro e verdadeiro.
(...)
Louis Braille perderia
a preciosa visão
tentando imitar o pai
na laboriosa função
de fabricar selas pois
era sua profissão.
(...)
Chamava-se Louis Braille
o luminoso inventor
seu país era a França
e ganhou justo louvor
com a criação do grande
Sistema Libertador.
¨
O Sistema Braille é
usado universalmente
e criado por um jovem
cego e inteligente
estabelecendo um marco
no mundo sem precedente.
Foi uma conquista filha
da inteligência pura
proporcionando aos cegos
o amor pela leitura
pavimentando caminhos
para a geração futura.
(...)
Mestre Gonçalo Ferreira da
Silva
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Histórias para Ler e Contar
A Poção Especial
(Lenda Chinesa)
May Jan era uma jovem chinesa como tantas outras, que sonhava
em casar-se, ter uma bela família e ser feliz. Na região onde morava,
a tradição dizia que, ao se casar, a moça passava a viver junto à
família do marido, tornando-se filha dos sogros.
Órfã, ela havia sido criada pelo tio, Lin Pon, homem
reconhecidamente sábio, famoso como curandeiro, conselheiro, uma
espécie de cientista.
Escolhida para noiva do jovem Cheng, May tinha um problema: não
queria, de forma alguma, viver com a sogra. Nem a conhecia, mas
colocara em sua mente a ideia de que a mulher era ruim, e que com
ela, sua vida seria um inferno.
Chegou o dia de conhecer a família do noivo e May levou consigo
toda a sua má vontade. Achou a mulher antipática, implicou com tudo o
que havia na casa e começou a falar de seus gostos de forma
impositiva, demonstrando que sabia decorar uma casa melhor do que a
sogra. Não demorou para que elas se detestassem.
Ainda assim, o casamento aconteceu e, vivendo na mesma casa, em
vez de se amarem como mãe e filha, as duas viviam em pé de guerra.
Cheng ficava dividido entre o amor da mãe e o da esposa. A vida da
jovem May estava cada vez mais difícil.
Um dia, farta das humilhações a que a sogra a submetia, May foi
aconselhar-se com o tio.
-- Não aguento mais aquela mulher, sempre defendendo o filho e
me acusando. Parece que me quer longe. Não posso mais viver assim.
Tenho que me livrar dela, tio. É a única solução. O senhor sabe como
eu posso fazer isso, não sabe? Deve existir uma maneira de me livrar
dessa bruxa para sempre -- disse a moça quase aos prantos.
Lin Pon observou a moça com atenção, depois de ouvir todas as suas
lamúrias. Pensou um pouco, foi ao fundo do quintal e voltou de lá com
algumas ervas embrulhadas em papel.
-- Preste atenção ao que vou dizer: você vai preparar,
diariamente, o chá da sua sogra. A cada dia, colocará duas, não mais
que duas folhas desta erva no chá. Se exagerar, deixa gosto. No
entanto, é importante que faça mais do que isso. Procure ser gentil
com ela, concordar sempre, acolher as suas necessidades, apresentar
seus dotes culinários mostrando-se dócil -- explicou muito sério.
-- Tem que parecer que eu a adoro? -- fez a moça com uma careta.
-- Tem, ou a poção não terá resultado. Aposto que quando você
menos esperar, não haverá mais nenhuma bruxa em sua vida.
A moça abraçou o tio despedindo-se e saiu guardando as ervas
entre as roupas para não chamar a atenção.
Fez como o tio ensinou. Colocava as duas folhas da erva e sempre
servia junto com o chá uns biscoitos, bolos, pastéis, doces, coisas
que sabia fazer muito bem. Buscava assuntos de que a sogra gostava
como flores, animais, culinária...
No início, a senhora estranhou tanta gentileza, mas pensou que a
moça estivesse se dispondo a cumprir com suas obrigações e não
ofereceu resistência. Cedia docemente aos encantos de May que,
afinal, mostrava-se meiga, atenciosa, inteligente e prestativa.
Passou a ensinar à jovem nora os pratos de que Cheng gostava.
Contava-lhe muitas histórias da família e a nora até lhe deu uma
xícara de porcelana pintada por ela.
A mãe de Cheng achou aquilo muito gentil e passou a chamar a
moça para passear com ela quando saía. Agora, realmente, pareciam mãe
e filha a ponto de a mulher defender May nas discussões com Cheng.
A jovem esposa passou a adorar a sogra. Ficava horrorizada só de
pensar em perdê-
-la e na coisa horrível que estava por fazer. Correu
novamente à casa do tio.
-- Estou arrependida, tio. Não quero mais que minha sogra morra.
Ela não é o que eu imaginava. É um amor! É tão meiga comigo, tão
gentil... Trata-me como uma filha. Deve haver algum antídoto para
aplacar o veneno que o senhor me deu -- falava desesperada.
Erguendo as sobrancelhas, Lin Pon fingiu espanto:
-- Que veneno?! Não lhe dei veneno algum. Aquelas ervas eram
vitaminas e sua sogra está mais forte do que nunca.
-- Mas o combinado era para que ela morresse lentamente...
-- Nunca disse isso a você. Disse que a bruxa desapareceria de
sua vida -- e rindo, abraçando a sobrinha, completou. -- Conheço bem
a família de Cheng e sabia que a mãe dele não era tão terrível assim
como você dizia. Do contrário, jamais teria permitido que você
vivesse com ela. Também conheço você; seu temperamento é difícil. Sei
que quando tem má vontade, é difícil extrair algo de bom. A boa
vontade, a simpatia e o carinho eram os elementos de que precisava
para conquistar sua sogra. Se os tivesse levado consigo desde o
primeiro encontro, não teria passado pelo que passou.
May entendeu que a sogra só reagira à sua atitude. Continuaram
juntas como se fossem mãe e filha, e a família viveu feliz e em paz.
May e Cheng tiveram filhos e a moça fez questão de ensinar a eles que
devemos sempre dar o primeiro passo quando queremos receber simpatia,
afeto e carinho.
Vocabulário
Antídoto: s. m. Medicamento que neutraliza os efeitos de um veneno;
contraveneno.
Aplacar: v. Fazer diminuir a força, o ímpeto de; tornar mais brando.
Lamúria: s. f. Expressão chorosa de queixa ou sofrimento; lamento;
queixume.
::::::::::::::::::::::::
Foge, Tatu!
A onça estava preocupada. Já não conseguia caçar como antes e,
com isso, passava dias sem uma boa caça. Insetos não eram para ela.
Estava velha e os animais, mais rápidos, lhe fugiam.
"Preciso convencer os bichos a entrarem na minha toca, mas
como...? Só se eles pensarem que eu morri...", pensou. E veio a ideia
luminosa.
O papagaio, que se vendia por qualquer punhado de sementes de
girassol, espalhou logo a notícia:
-- Dona onça morreu! Dona onça morreu! Finalmente vamos ter paz
na mata!
Todos os bichos comentaram. Uns desconfiados: "Será verdade?";
outros aliviados: "Finalmente vamos caminhar sem medo de tocaia";
todos curiosos.
Tão curiosos que, na manhã seguinte, a entrada da toca da onça
estava lotada. Ninguém tinha coragem de entrar, mas todo mundo olhava
da entrada, bem longe. A girafa, com seu pescoço comprido, podia ver
melhor e descrevia para os outros:
-- Ela parece mesmo morta. Não vejo nem um movimento de
respiração -- dizia, olhando atenta a bichona deitada lá no fundo.
A onça fazia força para respirar bem de leve, sem chamar a
atenção.
Mas o tatu que era muito curioso foi abrindo caminho no meio da
multidão até parar lá dentro, bem perto da onça.
Dona raposa, que estava desconfiadíssima, veio com essa:
-- Meu velho pai sempre dizia que as onças aqui da mata quando
morrem, colocam a língua pra fora. Não estou vendo a língua dela.
Para não perder o tatu que estava tão perto, a onça apressou-se
em confirmar a tradição apresentada pela raposa, sem pensar no que
fazia. Abriu a boca e, vagarosamente, colocou a língua para fora.
-- Foge, tatu! -- gritaram todos em coro.
O tatu e todos os animais, ao entenderem que a onça estava mais
viva do que nunca, trataram de dar no pé e, depois, ainda deram uma
surra no papagaio enganador.
Quanto à onça... bem, depois dessa ela teve de se contentar, por
longo tempo, com insetos e preguiças que são lentas demais para
correr.
Fonte: Meri França –
Editora Ática -- 1979
::::::::::::::::::::::::
Uma Grande Amizade
Máquina para escrita em Braille. É isso que eu sou, mas
popularmente todo mundo só me chama de reglete; na verdade, este é o
nome de uma das minhas partes. Eu, particularmente, tenho corpo de
madeira e uma régua de metal, mas conheço várias iguais a mim que são
de plástico ou completamente feitas em metal. Meu sonho era ser
assim. Um alumínio bem lindo... Mas não deu, né?
Minha dona me recebeu quando tinha, mais ou menos, uns treze
anos. Ela não sabia Braille e sofri um pouco, no começo, porque a mão
dela era bem pesadinha. Aos poucos, a professora foi ajudando e ela
foi aprendendo a fazer as coisas com o peso certo. No iní-
cio era um
tal de colocar papel torto, rasgar folha e repetir trabalho que não
acabava mais.
O curioso desse meu trabalho é que pelo jeito que o punção fura
o papel, eu aprendi a ver quando ela está feliz, animada, triste,
revoltada, com preguiça... Vocês podem não acreditar, mas acho que
sou uma das pessoas... quero dizer, um dos seres que melhor conhece
minha dona e, para sorte dela, não posso contar isso a ninguém. Gosto
de contar coisas, mas só conto quando o punção me ajuda. Somos uma
dupla imbatível.
Durante muito tempo, minha dona me usava com certa dúvida. Eu
notava que ela me adorava, mas sempre vinha alguém que falava:
-- Deixa essa reglete aí. Vamos ler que você tem prova.
Eu ficava olhando aqueles livros em tinta e entendi depressa
que ela estava passando da tinta para o Braille, mas talvez nem todo
mundo se conformasse com isso.
Ela não podia escrever tanto quanto gostaria e precisava para
ficar como algumas pessoas que eu via escrever tão rápido e tão leve
que a reglete chegava a sentir cócegas.
Um dia, no entanto, notei que ela passou a me usar mais e
mais, e, quando não era eu, era o gravador ou uma outra que chamam
por aí de máquina de datilografia Braille. Ela é um pouco metida
porque dão muito cartaz pra ela. Então ela se acha melhor que eu. Tá
certo. Com ela, se escreve mais rápido, é mais difícil o aluno se
perder, mas também
ela não é o último biscoito do
pacote. Quando a
grana tá curta, o que é mais fácil para se comprar? Uma reglete! Para
carregar na mochila para todo lado, quem é melhor e mais leve de se
transportar? Sou eu, é claro. Por isso sou tão popular.
Minha dona, por exemplo, adora pegar revistas já lidas e
usá-las para escrever, mas isso só é possível comigo. Viram como ela
aproveita bem o papel?
E como já fizemos coisas juntas! Na sala de aula da faculdade,
só dava eu. No curso de inglês, em reuniões de trabalho, em tudo
quanto é curso e para anotar despesas, números de telefone,
endereços... Mesmo tendo uma agenda no celular, ela prefere se
garantir por causa do risco de o
celular dar um problema e mantém
tudo em uma agenda feita
comigo.
Em todos os cursos, nas despesas da casa, nas reuniões de
trabalho, é comigo que ela conta com o prazer de quem controla sua
vida com independência e até ajuda seus pais com as informações que
registra com a minha ajuda. Sei de tantas coisas...
Nossa amizade é muito forte e ainda vai durar muitos anos,
tenho certeza. Minha dona, o punção e eu já vivemos muitas emoções,
boas e más. Coisas que acontecem na vida de todo mundo.
Enquanto ela precisar de mim, estarei com ela e sei que ela
estará comigo, pois as verdadeiras amizades são as-
sim. Trazem bons
resultados, na alegria e no tempo ruim.
Autora: Carla Maria de Souza, professora do
Instituto Benjamin
Constant e Membro da
Comissão Editorial
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Leio, Logo Escrevo -- textos dos alunos do IBC
Primeira fase
Nome: Caroline Pinheiro e Rachel Rosa
Turma: 501
Uma Entrevista instrutiva
No dia 15 de maio, a professora Salete, que deu aula aqui no IBC,
veio dar uma entrevista para a nossa turma e a 502. Nós tínhamos
preparado algumas perguntas, mas no final ela também respondeu
perguntas que foram feitas na hora, porque o papo estava muito bom.
Ela veio porque estávamos curiosos para saber como era o Instituto
em outros tempos. A professora Salete nos contou coisas legais: como
eram os namoros, as aulas, que aqui já teve muito mais alunos do
que
agora, sobre as bagunças que o pessoal fazia, e sobre como ela
conseguiu estudar quando saiu daqui.
Falou também sobre o tempo em que ela dava aulas, que já era
diferente do que é hoje.
Também falou um pouco sobre como ela resolve as coisas em casa, sai
sozinha, e sobre muitos colegas dela que trabalham em várias
profissões diferentes.
No final, ela disse para a gente não deixar passar a chance que tem
de estudar aqui, porque não vamos encontrar escola mais bem
preparada, e que devemos aprender a resolver tudo com independência,
pois um dia vamos crescer.
Ela foi muito simpática, respondeu tudo o que a gente perguntou e
foi um trabalho muito divertido de fazer.
A gente queria ter outras
entrevistas com ex-alunos da escola para
aprender mais.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Seção Juvenil
Quebra-Cuca
Caça-Palavras
Neste caça-palavras, localize os alimentos que podem fazer
parte de uma salada: atum, alface, cenoura, bacalhau, frutas, cebola,
couve, rúcula.
Lembre-se de que a busca deve ser feita horizontal e
verticalmente.
k a t u m a i v c g
w o f r u t a s e o
a e s p o n j a b p
l d r i n u m o o o
f r i f r ú c u l a
a j b v s p v f a g
c e n o u r a t h v
e y u j g s z v v r
o n b a c a l h a u
c o u v e c t k o h
::::::::::::::::::::::::
Desafios
1. Descubra o nome de um rei famoso por meio desta charada:
“Com quinhentos começa
No meio está o cinco em
algarismo romano
O primeiro número romano, a primeira letra
Ocupam as demais posições
Junte tudo e o nome do grande rei
Na sua frente surgirá”
2. Qual o próximo número da sequência a seguir: 37, 31, 29, 23, 19,
17...
a) 16
b) 15
c) 14
d) 13
e) 12
3. Determine o próximo número da sequência: 5, 11, 19, 29, 41,...
4. Represente o número 100 utilizando apenas uma vez cada um dos 9
algarismos, na sua ordem natural (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Utilize
os sinais de operação que forem necessários.
5. Para obter R$30,00 com a mesma quantidade de moedas de cinco e dez
centavos, quantas moedas de cada valor são necessárias?
a) 100
b) 150
c) 200
d) 300
6. Destaque a alternativa que contém erro de ortografia:
a) Detenção
b) Esterilisar
c) Aborígine
d) Exceção
e) Irrequieto
7. Um dos itens a seguir não é um símbolo de pontuação:
a) Aspas
b) Acento agudo
c) Travessão
d) Vírgula
e) Ponto
8. A divisão silábica de uma das palavras a seguir está de forma errada:
a) Ma-ca-co
b) Pa-ne-la
c) Es-pi-ra-is
d) Ca-der-ne-ta
e) Ca-va-lo
9. Desembaralhe as letras e descubra quais são as três atitudes que
contribuem para a preservação da natureza:
d -- i -- e -- z -- r -- u -- r
l -- e -- i -- u -- r -- i -- z -- a -- t -- r
c -- r -- l -- e -- c -- r -- a -- i
Respostas
1. Em algarismo romano 500 é D;
A primeira de todas as letras é A;
O primeiro número romano é I;
No meio está o cinco, que em algarismo romano é V.
Juntando tudo, encontramos o nome do Rei DAVI.
2. Letra d. Todos os números da sequência são primos.
3. O próximo número da sequência é 55. A sequência é formada
somando-se a cada termo o número par seguinte, a partir do 6:
5+6=11
11+8=19
19+10=29
29+12=41
41+14=55
4. 1+2+3+4+5+6+7+8"
"9=100. Lembre-se que primeiro devemos fazer a
multiplicação. Então:
8"9=72
72+7+6+5+4+3+2+1=100
5. Letra c. 200"0,05=10,00. 200"0,10=20,00. 10,00+20,00=30,00.
6. Letra b. O correto é esterilizar.
7. Letra b. Acento agudo é sinal de acentuação gráfica.
8. Letra c. A separação silábica correta é es-pi-rais.
9. reduzir – reutilizar – reciclar
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Você Sabia?
Qual é a diferença entre iOS e Android?
Android e iOS são sis-
temas operacionais para dis-
positivos
móveis, como
*smartphones* e *tablets*. O iOS é o sistema da *Apple*
responsável por fazer os diferentes modelos de *iPhone* e *iPad*
funcionarem. Já o
Android é o sistema criado pelo *Google*, e usado por
dispositivos de várias marcas, como Motorola, Samsung e LG. Os dois
sistemas têm linguagens distintas de programação, o que leva a
características únicas em cada um, como opções de configuração e
comandos. Além disso, nem sempre os aplicativos que estão disponíveis
para um desses sistemas pode funcionar no outro.
Fonte: Revista *Recreio* -- n.o 908
Faz mal comer algo que foi
frito?
Faz, sim, principalmente se a fritura for consumida em ex-
cesso.
Ao longo dos anos, a fritura pode aumentar as chances de doenças
cardiovasculares aparecerem no seu organismo. Quando o óleo é
submetido a altas temperaturas, ele se transforma em uma gordura
prejudicial para a saúde, entupindo as artérias. O excesso de fritura
também pode causar o aumento da pressão arterial e a má absorção de
nutrientes pelo corpo. Por isso, o ideal é evitar alimentos fritos e
dar preferência aos assados,
grelhados e preparados no vapor.
Fonte: Revista *Recreio* -- n.o 908
Dormir pouco faz mal à saúde?
O tempo ideal de sono para os seres humanos varia entre sete e
nove horas. No entanto, se você dormir todas as noites, durante uma
semana, de 45 minutos a uma hora a menos, já sentirá alterações no
seu organismo. Algumas das funções afetadas serão a capacidade de
prestar atenção no que está acontecendo e a ma-
neira como a sua
memória e o raciocínio funcionam.
Fonte: Revista *Recreio* -- n.o 907
Lagartixas caçam mariposas?
As lagartixas são excelentes caçadoras e também vão atrás de
mariposas. Você tem medo delas? Esqueça o temor! Esses bichos vivem
nas casas e são ótimas companhias. Afinal, alimentam-se de outros
animais, como baratas e mosquitos, que poderiam ser considerados
pragas e até transmitir doenças.
Fonte: Revista *Recreio* -- n.o 907
::::::::::::::::::::::::
Sempre no comando
Tudo o que você faz, de escovar os dentes a responder às
perguntas de uma prova, é controlado pelo sistema nervoso. Confira
como cérebro e nervos comandam suas ações.
A estrutura que chamamos de sistema nervoso é bastante complexa
e comandada, principalmente, pelo cérebro. Para dar todas as ordens
necessárias, fazendo nosso corpo funcionar, o órgão conta com os
neurônios, células que fazem a transmissão de informações para que
você esteja sempre em ação!
Os neurônios são formados por:
Núcleo: controla as atividades da célula;
Axônio: cauda da célula; leva mensagens de um neurônio para
outro;
Dendritos: recebem mensagens de partes variadas do corpo e as
transmitem para o núcleo do neurônio.
O cérebro humano tem cerca de 100 bilhões de neurônios.
Sistema nervoso em ação
Siga passo a passo e entenda como cérebro, neurônios e nervos
trabalham juntos para que você faça de tudo no seu dia a dia.
Antes de dormir, sua mãe manda você escovar os dentes. A voz
dela entra pelos seus ouvidos e chega até o cérebro.
Em seguida, o cérebro organiza as informações e coordena as
ações que você terá a seguir, como ir ao banheiro, colocar creme
dental na escova e iniciar a limpeza dos dentes.
Para que tantas informações cheguem às partes do corpo que
estarão envolvidas na ação, as mensagens vindas do cérebro viajam por
cabos chamados nervos (eles podem ser muito longos, indo da cabeça
aos pés).
Os nervos contam com duas células especiais para levar o recado
que precisa ser transmitido: os neurônios (são como ônibus que
carregam a informação) e as glias (funcionam como guardas de trânsito
e não deixam o neurônio sair da pista).
Assim que o cérebro dá o comando, como escovar os dentes, os
neurônios começam a transmitir a mensagem para as diversas partes do
corpo que devem entrar em ação – como as células dos músculos do seu
braço e da mão. A transmissão acontece em até 300 quilôme-
tros por
hora.
Como os neurônios não se tocam, eles contam com a ajuda das
sinapses (pequenas junções entre as membranas dessas células), que
dão o recado para a célula vizinha. O processo para que a informação
percorra o organismo leva menos de dois segundos.
Fonte: Revista *Recreio* -- n.o 908
Vocabulário
Glias: células auxiliares que possuem a função de suporte ao
funcionamento do sistema nervoso central.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Vamos Rir?
A professora perguntou para o Pedrinho:
-- Quando digo “chove”, que tempo é?
-- Mau tempo, professora...
A professora pergunta:
-- Que dia da semana você mais gosta na escola, Joãozinho?
-- Domingo!
-- Por quê?
-- Porque ela tá fechada!
O que foi dado a você, pertence somente a você e ainda assim
seus amigos usam mais do que você?
R: Seu nome.
Por que a vaca dá leite?
R: Porque ela não sabe vender.
O que o cavalo foi fazer no orelhão?
R: Passar trote.
O que é, o que é? É irmã de minha tia e não é minha tia?
R: A minha mãe.
É nome de mulher e nome de homem. Ia mas acabou não indo?
R: Isaias: Isa-ias.
Na televisão cobre um país; no futebol, atrai a bola; em casa
incentiva o lazer. O que é?
R: A rede.
Por que o computador foi preso?
R: Porque ele executou um programa.
Você está em uma sala escura com um único fósforo na mão; à sua
frente tem uma vela, uma lamparina e uma pilha de lenha. O que você
acenderia primeiro?
R: O fósforo.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Historiando
A História do Café
Você já deve ter percebido que o consumo de café é muito
difundido no Brasil. Não é por acaso que nos referimos ao café da
manhã ou ao café da tarde. Mas você já se perguntou alguma vez como
foi a origem do consumo e da produção de café no Brasil?
No Brasil, a origem do café encontra-se no século XVIII. As
primeiras mudas de café foram plantadas pelos idos de 1720, na
província do Pará. Francisco de Melo Palheta (1670-1750), após viagem
à Guiana Francesa, trouxe as primeiras sementes do café para o Brasil.
O café já era consumido desde a antiguidade, quando os
habitantes da Etiópia, na África, passaram a conhecer a planta.
Depois disso, persas e árabes entraram em contato com esse hábito de
consumo, passando o café a ser cultivado em várias partes do mundo.
Alguns setores da sociedade europeia possivelmente passaram a beber
café depois do século XVII, hábito que se ex-
pandiu rapidamente pelo
continente.
Esse aumento do consumo do café na Europa e depois nos EUA
explica, até certo ponto, o crescimento da produção no Brasil a
partir do início do século XIX. As primeiras grandes lavouras de café
surgiram na Baixada Fluminense e no Vale do rio Paraíba, nas
províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo.
O solo e o clima da região favoreceram a produção do café, que
se destinava a atender ao mercado consumidor da Europa e dos EUA. Os
africanos escravizados formaram a força de trabalho para laborarem no
cultivo, colheita e beneficiamento do café. O transporte para o porto
do Rio de Janeiro, de onde inicialmente era exportado, era feito no
lombo das mulas.
A partir de 1837, o café tornou-se o principal produto de
exportação do Brasil Im-
pério. Os grandes lucros decorrentes da
exportação do café enriqueceram os grandes fazendeiros, os chamados
“Barões do Café”, e sustentaram financeiramente o Império brasileiro.
Um processo de modernização da sociedade também foi possível
graças aos lucros conseguidos com a exportação do produto. Ferrovias
foram construídas para transportar de forma mais rápida o café das
fazendas para os portos, principalmente o Porto de Santos, em São
Paulo.
Com a renda do café também foi possível urbanizar as cidades do
Rio de Janeiro e São Paulo, bem como algumas cidades do interior
paulista, como Campinas. O interior da província de São Paulo, na
área conhecida à época como “Oeste Paulista”, foi o local de expansão
da produção cafeeira após a decadência das lavouras do Vale do
Paraíba. A existência da chamada “terra roxa”, muito fértil, garantiu
o aumento da produção nessa região.
A produção do café dependeu intensamente da força de trabalho
escravo. O tráfico de escravos entre a África e o Brasil
intensificou-se, apesar das ações da Inglaterra para impedi-lo. Por
outro lado, as rendas provenientes da produção e comercialização do
café permitiram uma diversificação da economia urbana no Rio de
Janeiro e São Paulo, surgindo novos grupos sociais, como operários e
a chamada classe média.
O café foi a principal mercadoria da economia brasileira até a
primeira metade do século XX, quando a intensificação da
industrialização desbancou-o enquanto força econômica principal.
Você percebeu quanta história há por trás de um cafezinho?
Fonte: ~,http:ÿÿescolakids.~
uol.com.brÿorigem-do-cafe-~
no-brasil.htm~,
Vocabulário
Difundir: v. Tornar amplamente conhecido, divulgar.
Laborar: v. Cultivar a terra, o campo, com instrumentos agrícolas;
lavrar.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Leitura Interessante
O fruto do refrigerante
O fruto do guaraná é típico da Floresta Amazônica e encontrado
no Brasil e na Venezuela. De cor avermelhada e semente escura, é
coberto por uma área branca. Quando amadurece, o fruto se abre,
cri-
ando uma fenda por onde a semente pode ser vista – ela lembra um
olho!
Sua semente possui grande quantidade de cafeína, substância
também presente no café e no chocolate. Ela tem pro-
priedades que
servem de estimulante para o cérebro e para o coração. Com isso, ao
consumir alguns produtos, como guaraná em pó, o ser humano fica mais
ligado -- esse efeito não vale para o refrigerante.
De acordo com a nomenclatura botânica, o certo é chamar o
guaraná de fruto. Apenas os frutos carnosos, geralmente doces e
servidos como sobremesa, recebem o nome de fruta – caso da laranja,
banana e goiaba, por exemplo. Fruto é um termo genérico para se
referir ao órgão da planta que abriga as sementes – caso do guaraná.
Pé de guaraná
Esse fruto nasce em cachos, no guaranazeiro: árvore que alcança
até dez metros de altura, tem flores brancas e grandes. O fruto
demora entre três a cinco anos para surgir e a colheita é feita de
maneira manual. O maior produtor de guaraná do Brasil é o Estado da
Bahia.
Após a colheita do guaraná, os produtores retiram a semente do
fruto, a parte preta. Então, eliminam a gosma branca que a envolve.
Em seguida, a semente é lavada, seca e torrada. Só aí está pronta
para dar origem, por exemplo, aos refrigerantes.
Bem antigo
O guaraná já era cultivado por indígenas que viviam em nosso
país antes da colonização europeia. O primeiro europeu a descobrir o
fruto foi o médico e botânico alemão, Christian Franz Paullini, no
século XVI.
Da árvore para garrafa
A ideia de transformar o guaraná em um xarope surgiu em 1905,
por meio do médico Luiz Pereira, do Rio de Janeiro. No ano seguinte,
foi lançado o primeiro refrigerante do fruto: o Guaraná Cyrilla, de
Santa Maria, Rio Grande do Sul. Ainda hoje, a bebida é feita a partir
de um extrato do fruto.
Fruto lendário
Um mito diz que o guaraná surgiu após uma tragédia. Na tribo
indígena Maués, havia um casal que estava junto há muito tempo, mas
sem filhos. Certo dia, o casal pediu uma criança para Tupã (rei dos
deuses na cultura Tupi-Guarani). Eles receberam um menino. O garoto
cresceu e se tornou uma ótima pessoa, despertando a inveja de
Jurupari (deus da escuridão), que se transformou em uma serpente e
matou o jovem. Naquele dia, trovões ecoaram forte. Era um recado de
Tupã para a mãe: ela deveria plantar os olhos
do filho. No lugar,
nasceram frutos de guaraná.
Fonte: Revista *Recreio* -- n.o 912
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Prato poderoso
Já ouviu falar que o prato típico do brasileiro é a refeição
ideal? É verdade: a combinação de arroz, feijão, uma carne, verduras
e legumes traz os nutrientes necessários para o dia a dia.
Companheiro inseparável do feijão, o arroz é rico em
carboidratos e nutrientes responsáveis por fornecer energia ao
organismo. Também é cheio de vitaminas e minerais essenciais para
manter o bom funcionamento do corpo. Quando combinado com o feijão,
ele fornece todos os aminoácidos de que precisamos para a construção
dos tecidos e a manutenção das células.
Já experimentou arroz integral? A versão tem mais nu-
trientes,
minerais e carboi-
dratos do que o arroz branco. É que grande parte
dessas substâncias ficam na casca do arroz e são retiradas durante o
processo de branqueamento. Vale a pena fazer a troca.
Uma das principais fontes de proteína da culinária brasileira,
o feijão também é rico em vitaminas, fibras e nutrientes, como o
ferro. Ele ajuda a evitar anemia, é um aliado na saúde do coração, do
cérebro e dos intestinos, e ainda diminui o risco de diabetes e
colesterol alto. O feijão também tem baixos níveis de gordura e
sódio, que, se consumidos em excesso, podem fazer mal ao organismo.
A carne bovina é rica em proteínas, ferro e zinco, e ainda tem
vitamina Bí12, importante para a formação do sangue e o funcionamento
do sistema nervoso. Ela ainda ajuda a prevenir anemia, diabetes e
problemas cardíacos, mas os cortes gordurosos devem ser evitados. A
carne branca, aves e peixes, também carrega vitaminas e nutrientes, e
tem menos gordura do que a bovina. Já a carne de porco, que traz
vitaminas, minerais e proteínas, deve ser consumida com mais
moderação pela presença de gordura.
Uma boa opção para variar e turbinar sua refeição é o ovo.
Mexido ou cozido (evite a fritura), ele tem vitamina Bí12, vitamina A,
cálcio, ferro, zinco, potássio e vitamina E, sendo que a maioria fica
na gema. O ovo ajuda a manter o cérebro saudável, fortalece os ossos
e protege a saúde dos olhos. Ele também auxilia no crescimento e
manutenção dos músculos.
Os legumes e verduras são alimentos essenciais em uma refeição
completa. O ideal é consumir uma porção de vegetais diferentes a cada
dia, pois eles oferecem nutrientes variados de acordo com a coloração.
Fonte: Revista *Recreio* – n.o 922
Vocabulário
Aminoácido: s. m. Classe de compostos orgânicos, componentes das
proteínas.
Carboidrato: s. m. Qualquer composto orgânico que tenha em sua
fórmula carbono, hidrogênio e oxigênio (açúcares, amido etc.),
presente em inúmeros alimentos.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Cuidando do Corpo e da
Mente
Uso excessivo de fones de
ouvido
Os fones de ouvido estão em todos os lugares, seja na rua, no
ambiente de trabalho, na escola, no ônibus; enfim, fazem parte do
cotidiano das pessoas, principalmente dos jovens. Ouvir música pelo
acessório pode ser tranquilizante e prazeroso, mas por outro lado,
pode ser prejudicial à saúde se o uso for constante e em volume muito
alto.
De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS),
cerca de 5% das perdas auditivas no Brasil são decorrentes do uso
indevido de fones de ouvido, equivalente a aproximadamente 1,5 milhão
de pessoas com perdas irreversíveis de audição, sendo a maioria delas
jovens.
Destaca a fonoaudióloga Vanessa Fonseca Gardini que as perdas
auditivas são imperceptíveis no início e se desenvolvem lentamente,
mas de forma irreversível. "Sons de até 58 decibéis são considerados
saudáveis, mas esses fones podem atingir até 120 decibéis, quando
ajustados no volume máximo. Esta potência equivale a uma turbina de
avião no momento da decolagem. O ouvido não suporta a exposição
prolongada a esses sons elevados", afirma.
A especialista diz que devido à poluição sonora das cidades, o
som é regulado cada vez mais alto e muitas pessoas passam várias
horas do dia com o fone de ouvido perto do volume máximo. Algumas
pessoas exageram no volume do som por causa da falta de informação.
Não buscar informação acaba causando o desleixo com a saúde. Não é
preciso deixar de usar os fones de ouvido, é só evitar usá-los
frequentemente.
O médico otorrinolaringo-
logista Godofredo Borges, diretor da
PUC Sorocaba, alerta que qualquer som acima de 80 decibéis pode
causar danos na audição. "Qualquer tempo de utilização de sons acima
de 80 decibéis é prejudicial à audição. Sons mais altos que isso
nunca devem ser utilizados. Esse volume pode causar sérios danos
auditivos, inclusive irreversíveis, como a surdez", afirma.
O médico diz que é difícil saber quantos decibéis tem cada
aparelho, pois existem vários modelos e várias marcas. Ele conta que
em aparelhos celulares mais modernos, como os *iPhones*, há um limite
de 65 decibéis no volume permitido para os fones de ouvido. Uma
maneira de evitar o som alto é observar se o volume
do fone atrapalha
uma conversa normal, próximo a pessoa, alerta o
otorrinolaringologista. "Se o som atrapalha a
conversa,
dificultando
que a pessoa escute o que a outra diz, o som é prejudicial e deve ser
evitado", explica Borges.
Qual é o modelo menos
prejudicial?
Existem dois modelos de fones de ouvido no mercado: os
intra-auriculares e aqueles em formato de concha. Para a
fonoaudióloga Vanessa Fonseca Gardini, os mais indicados são os
modelos em formato de concha, pois evitam o contato do som
diretamente com o canal do ouvido, aumentando em até três vezes a
intensidade do som. "O modelo intra-auricular pode, ainda, causar
reten-
ção de cera, inflamações e até machucar o canal auditivo",
explica a especialista.
De acordo com a médica, o
modelo concha colabora para que o
usuário não precise aumentar mais o volume, pois isola o som,
impedindo que ruídos externos interfiram na audição. Porém, ela diz
que qualquer modelo não deve ser utilizado por muito tempo.
Cuidados
Para evitar esses problemas e fazer com que o ato de ouvir
música com fones de ouvido continue sendo um prazer, alguns cuidados
devem ser tomados.
Prefira fones de ouvido que fiquem externos à orelha. Os
modelos intra-auriculares, menores, são mais prejudiciais.
Quanto
mais distante do conduto auditivo estiver a fonte de som, melhor.
Limpe os fones. O fone pode contaminar o ouvido da pessoa,
portanto, eles precisam ser limpos com gaze umedecida em álcool.
Também é importante ter uma caixa para guardar o fone em vez de
jogá-lo dentro da bolsa ou deixá-lo exposto à poeira.
Não espere “perceber” a diminuição de sua capacidade auditiva.
Quando isso ocorre, normalmente já houve uma perda leve e moderada
instalada. Sinais como zumbido ou sensação de ouvido tapado já podem
ser sinais de perda auditiva. Nestes casos, um especialista deve ser
consultado.
É importante fazer uma pausa para os ouvidos descansarem. É
conveniente uma pausa
de 15 minutos após 45 minutos de escuta.
Fontes:
~,http:ÿÿjconline.ne10.uol.~
com.brÿcanalÿcidadesÿsaudeÿ~
noticiaÿ2016ÿ10ÿ09ÿuso-~
excessivo-do-fone-de-~
ouvido-pode-causar-a-perda-~
da-audicao~,
~,http:ÿÿwww.jornalcruzeiro.~
com.brÿmateriaÿ554622ÿuso-~
excessivo-do-fone-de-~
ouvido-e-prejudicial-a-~
saude~,
Vocabulário
Decibel: s. m. Unidade de medida da variação relativa de potência
elétrica ou sonora; expressa, na prática, a intensidade do som.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Leio, Logo Escrevo -- textos dos alunos do IBC
Nome: Marcos Vinícius Amaral Coelho
Data de Nascimento: 05/01/2000
Local de Nascimento: Rio de Janeiro-RJ
Turma: 702
Frase preferida: Amar é mais que gostar, é aceitar o outro do jeito
que ele é.
Nosso casamento
Jovens, ainda novos para namorar. Essa foi a questão que os
dois, Jéssica e Marcos, enfrentaram.
A mãe da moça proibia por achar que o namoro fosse desviar a
atenção dela dos estudos, enquanto a dele pouco ligava, porque o
deixava à mercê de suas próprias opiniões.
Talvez, por ver certa
maturidade no filho.
Há cerca de um ano se conheciam e, tanto ela quanto ele,
estavam apaixonados desde o primeiro dia. Tinham se visto pela
primeira vez no pátio da escola em que estudavam: o famoso Instituto
Benjamin Constant.
Alguns anos se passaram e agora, tendo a maioridade, pensam em
coisas mais sérias do que namorar.
Estão sentados no sofá da sala de estar da mãe da moça:
-- Docinho – diz ela, abraçando-o. Os lábios delicadamente
encostados nos dele, num ósculo suave. – Estamos juntos e estive
pensando...
Ela não terminou a frase. Seu coração se acelerou tanto que sua
respiração tornou-se irregular.
Os dois ficaram se olhando, mesmo que cegos.
-- O quê? – perguntou o moço após longo silêncio, bem próximo
do ouvido da namorada.
-- Você se casaria comigo? – perguntou Jéssica, em seu jeitinho
sereno e meigo.
-- É claro, minha flor! – respondeu ele, com alegria.
No dia do casamento, Jéssica não cabia em si de tanta
felicidade. Vestida com um vestido lindo como lírio, o sorriso largo,
o coração a bater forte, caminhou pelo longo tapete vermelho até o
altar. Lágrimas de emoção desciam pelos olhos dos dois que se
abraçavam até que o êxtase encheu todo o espaço, após o beijo.
Na festa, uma participação especial, MC Trick, famoso MC amigo
de Marcos da escola.
Ah! E se quiserem saber o que aconteceu com o buquê, perguntem
à Carina e Fillip.
Vocabulário
Ósculo: s. m. Beijo.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Tirinhas
Queridos Vizinhos
A vizinhança mais querida, tirinha criada por Lucas Lima em 2005.
Personagens:
Nicolau é um garoto incrível. Seu melhor amigo é o papagaio
Marcel. Nicolau vive no Prédio dos Coqueiros, um lugar cheio de tipos
engraçados e esquisitos.
Caio é amigo de Nicolau e também com quem ele mais briga. Caio
é um amigão, pau pra toda obra, está sempre pronto pra rir da cara do
amigo nos momentos mais difíceis. Adora esportes e joga futebol muito
bem.
Alice é uma menina doce e estudiosa que vive levando tombos ao
tentar andar de
*skate*. Quando era pequenina, Nicolau a derrubou na
água, por isso tem o maior medo da piscina.
Sara é a mãe de Nicolau. É uma publicitária moderna e
superindependente, que trabalha em casa e depende dos homens para
apenas uma coisa: abrir vidros de palmito.
Marcel é o papagaio de estimação de Nicolau. Preguiçoso e
comilão, adora pregar peças; mesmo assim é querido por todos no
prédio. Seus pratos prediletos são os fundos em que cabe mais comida.
Marcel tem um ponto fraco: é doido por pizzas, e é capaz das maiores
loucuras para comer uma de peperoni.
_`[{tirinha "Queridos Vizinhos" em três quadrinhos; adaptada a seguir_`]
1º`) Em uma sala de aula, a professora pergunta: “Nicolau, qual é o coletivo de
abelhas?” Ele responde: “Um enxame!”
2º`) A professora pergunta a Caio: “Qual é o coletivo de
borboletas?” Ele responde: “Um panapaná!”
3º`) A professora pergunta a Alice: “Qual é o coletivo de
baratas?” Ela, tremendo, responde: “Um pesadelo.”
_`[{tirinha "Queridos Vizinhos" em três quadrinhos; adaptada a seguir_`]
1º`) Sara caminha pela sala quando ouve uma voz que vem de trás do
sofá dizendo: “Uma pizza de peperoni pra entregar aqui no
apartamento. É pra pôr na conta da Sara.”
2º`) Sara vê Marcel atrás do sofá, falando ao telefone. Ela,
indignada, exclama: “MARCEL!!” Ele, que está segurando o telefone,
se assusta.
3º`) Marcel pergunta: “Que foi, Sara? Não gosta de peperoni?”
Vocabulário
Peperoni: É uma variedade ítalo-americana apimentada do salame seco,
feita de carne de porco e bovina, incluindo algumas vezes toucinho.
Adaptado e Revisado pela Comissão Editorial
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Espaço do Leitor
Eu escrevo este texto para contar um pouco do meu contato com o
Sistema Braille.
Eu tinha meus 7 anos e tinha acabado de perder a visão. Depois,
na escola que eu estudava, junto com crianças que enxergavam, aprendi
o Sistema Braille com uma professora vidente. Graças a Deus e à minha
professora de braille, e graças também à minha força de vontade e meu
gosto pela leitura, aprendi logo a ler muito bem. Adquiri o hábito de
ler em voz alta desde pequena, e aí é que entram em cena as revistas
"RBC" e "Pontinhos".
Era o ano de 2014. Lembro como se fosse ontem, meu pai chegando
com vários livros e revistas em braille do IBC para mim. Eu teria que
fazer uma prova para entrar no Colégio Pedro II.
O mais importante, no entanto, não é a prova em questão, mas
sim o gosto pela leitura e o hábito de ler e reler sempre as revistas
recebidas.
Tenho que agradecer a Deus sempre pelos meus pais existirem,
pela existência do Sistema Braille, por meus pais não terem desistido
de me colocar em uma escola, e de correrem atrás dos meus direitos.
Minha professora de braille e todos os meus professores e
professoras colaboraram de alguma forma para eu ser a menina tão
inteligente que sou agora (embora minha mãe sempre diga que sou
inteligente desde pequena).
Termino este texto dizendo que o Sistema Braille colaborou para
que eu tivesse uma verdadeira paixão por livros.
Eu, antes de perder a visão, já era fascinada por livros, e
depois que eu descobri o braille me apaixonei
pela leitura e pelos
livros ainda mais.
Autora: Natália Martins Bermudes.
Recado aos leitores dos meus textos: Se quiser
ser meu amigo
(ou amiga)
entre em contato comigo pelo meu e-mail:
~,nataliamartinsbermudes@~
gmail.com~,
õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo
Fim da Obra
Transcrição: Diogo Silva Müller Dunley
Revisão Braille: Shelyda Machado e Jessica Medina