Revista Brasileira para Cegos Ano LXXVI, n.o 555, Outubro/dezembro de 2019 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação Trimestral de Informação e Cultura Editada e Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1942 pelo Prof. José Espínola Veiga Av. Pasteur, 350/368 -- Urca Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-250 Tel.: (55) (21) 3478-4531 ~,revistasbraille@ibc.gov.br~, Site: ~,http:ÿÿwww.ibc.~ gov.br~, Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito Governo Federal: Pátria Amada Brasil

Diretor-Geral do IBC João Ricardo Melo Figueiredo Comissão Editorial: Carla Maria de Souza Geni Pinto de Abreu Heverton de Souza Bezerra da Silva Hyléa de Camargo Vale Fernandes Lima João Batista Alvarenga Maria Cecília Guimarães Coelho Rachel Ventura Espinheira Colaboração: Daniele de Souza Pereira Regina Celia Caropreso Revisão: Carla Dawidman Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ publicacoesÿrevistas~, ¨ I Revista Brasileira para Cegos / MEC/Instituto Benjamin Constant. Divisão de Imprensa Braille. n.o 1 (1942) --. Rio de Janeiro : Divisão de Imprensa Braille, 1942 --. V. Trimestral Impressão em braille ISSN 2595-1009 1. Informação -- Acesso. 2. Pessoa cega. 3. Cultura -- Cego. 4. I. Revista Brasileira para Cegos. II. Ministério da Educação. III. Instituto Benjamin Constant. CDD-003.#edjahga Bibliotecário -- Edilmar Alcantara dos S. Junior -- CRB/7 6872

¨ III Sumário Editorial Solidão :::::::::::::::: 1 Abaixo as ditaduras modernas :::::::::::::: 4 O álcool gel é o símbolo de uma "vida platônica" vendida nas farmácias ::::::::::::: 11 Palavrão é fogo :::::::: 19 Desafios ::::::::::::::: 29 Pensamentos :::::::::::: 36 No Mundo das Artes Cordel e repente ::::::: 38 Maravilhas do Mundo Carcassonne, uma viagem no tempo :::::::::::::: 44 Nossa Casa :::::::::::: 49

Vida e Saúde Musicoterapia: o que é, para que serve, como funciona e benefícios :::::::::::: 53 Culinária :::::::::::::: 70 Humor :::::::::::::::::: 77 Espaço do Leitor :::::: 80 Editorial Solidão A população do mundo só cresce e todos se preocupam pensando: onde todos vão morar? Como teremos recursos naturais para tanta gente? O que todos vão comer? E emprego? Como vai ser? São preocupações válidas, sem dúvida. Mas há uma pergunta que talvez poucas vezes tenhamos feito a nós mesmos: como aproximar essas pessoas para uma convivência saudável e harmoniosa? O número de pessoas que vivem sozinhas tem crescido porque, naturalmente, os divórcios ocorrem, e viver com os pais até o dia do casamento não é mais uma necessidade, aliás casar não é mais uma necessidade; além disso, a ex- pectativa de vida torna-se cada vez mais alta e pessoas mais velhas só vão para a casa dos filhos, na maioria dos casos, se não tiverem condições de se gerirem sozinhas. No entanto, o que queremos destacar é a quantidade de pessoas solitárias, o que não tem relação direta com viver sozinho. Há pessoas que estão sós, mesmo morando com sua família e outras que nunca estão sós ainda que morem sozinhas. Se observarmos, por exemplo, o que acontece com muitos idosos, veremos que, mesmo cercados de pessoas em suas casas, eles parecem estar num mundo que lhes é estranho. Isso acontece, em parte, porque não temos paciência para lidar com aqueles que não acompanham a rápida mudança dos acontecimentos ou porque as histórias que eles viveram, as experiências porque passaram já não têm mais o mesmo significado para pessoas de outras gerações. Quando eles deixam de ter contato com com- panheiros de idades próximas às deles, sentem-se sós, ainda que cercados de todo amor. Mas a solidão, que às vezes é até desejada, cobra seu preço. Precisamos uns dos outros e há, sim, companhias que nos fazem bem e nos acrescentam. Trocando com o outro, aprendemos. Nem para nascer estamos sós por mais natural que seja o parto. Precisamos, minimamente, da mãe que nos alimentou em seu ventre até que saíssemos, que fez força para que nascêssemos, de um pai que cedesse seu espermatozoide para a nossa existência. A solidão adoece física e emocionalmente, tanto que na Inglaterra já se criou uma secretaria para tratar desse tema que está adoecendo a sociedade inglesa.

Tentemos encontrar pessoas que nos façam bem e façamos bem a outras pessoas também. Isso evitará a solidão em nossa vida e juntos teremos mais possibilidades de enfrentar os desafios que a vida trouxer. Comissão Editorial õoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Abaixo as ditaduras modernas Carla Maria de Souza Você tem vinte anos e nunca transou? Você nunca fumou maconha? Você não deseja ter o último lançamento automobilístico da Vox, a bolsa da Prada, jantar no restaurante tailandês que inaugurou no Le- blon? Em que planeta você vive? Passamos tempos de nossas vidas gritando "Abaixo a ditadura" por questões políticas, porém nos esquecemos de que, como sociedade, deixamos uma série de tabus que nos escravizavam para ceder a ou- tros. Se era opressivo que uma moça que já perdeu a virgin- dade fosse mal vista, não é igualmente constrangedor você praticamente ser considerada assexuada porque ainda é virgem aos vinte anos? Tenho muitas ex-colegas de faculdade que, hoje, confessam que mentiam e diziam que já tinham transado para não sofrerem com a gozação das outras -- que talvez não tivessem transado também, mas diziam que tinham e essas não confessaram a mentira, então a gente continua acreditando. Ricos e pobres, endinheirados ou falidos, todos somos atingidos diariamente por propagandas, *explícitas* e *implícitas* de produtos extremamente caros e que nos asseguram... Coisa nenhuma! Porém, algo *impalpável*, incompre- ensível nos faz crer que ter aquele carro, aquela bolsa, aquela jaqueta vai nos fazer bem aceitos, permitirá nosso acesso a determinado lugar, vai garantir algo especial, o que se mostra falso em pouco tempo. Em dois meses, todo mundo já enjoou de nosso carro, já cansou de ver a nossa bolsa e há quinhentas jaquetas iguais à nossa circulando por aí. Então, somos obrigados a comprar outra coisa para... Para que mesmo? É um mundo ditatorial onde agimos sem saber porque nos comportamos daquela maneira, que benefício real aquilo nos traz e não percebemos que o único beneficiado é o fabricante daquele produto com as vendas que faz. Um pouco de vaidade faz parte da vida de todo mundo, mas onde é o limite entre o que nos faz realmente felizes, o que, de fato, nos traz conforto e *agrega* algum valor às nossas vidas e o que nos obriga a sacrifícios imensos para um prazer tão *efêmero*? Não dá para determinar isso em um conjunto de regras, mas imagino que se conseguirmos raciocinar antes de agir, seremos capazes de estabelecer esses limites. Quantas horas você gasta trabalhando a mais para comprar esse carro que tem o mesmo tamanho do outro, levará sua família do mesmo modo que o outro, sendo que estas horas poderiam ser aproveitadas junto de familiares ou amigos, ou fazendo aquela aula de yoga na qual você pensa há meses? Aquele cara ou aquela garota com quem você vai transar, só para não passar por idiota, são pessoas importantes para você? Será divertido estar com eles, ou é melhor jogar videogame com seu sobrinho? Todo mundo que você já viu experimentando maconha ficou como depois? E, mais importante do que isso: você tem vontade de experimentar ou está fazendo isso só para agradar alguém? Para seguir a tribo? Se nos fizermos essas e muitas outras perguntas, tomaremos consciência da ditadura em que estamos mergulhados, quando nos consideramos li- vres. É fato que a liberdade ab- soluta seria impossível. Convivemos com outras pessoas e o limite do respeito precisa existir. No entanto há situações que nos violentam e achamos que estamos fazendo aquilo em nome de uma liberdade falsa. Nossa cabeça é tão confusa que somos capazes de pagar um ingresso para assistir a um show caríssimo de um artista do qual nunca ouvimos falar e que descobrimos, no meio do show, que detestamos por uma razão repleta de conteúdo: "Todo mundo vai". Quem vai onde toda espécie vai não é gado? Pelo menos era o que eu via na roça onde meus avós moravam. Gente anda em caminhos diferentes, segue destinos diferentes, faz escolhas. Abaixo as ditaduras modernas! Virgindade até quando acharmos que pintou o cara certo! Direito de ser feliz e dar risada sem precisar de maconha -- e nenhum preconceito ou *barricada* contra os que precisam -- direito de passeio e diversão para os donos de carros velhos e populares. Adoro comprar bolsas na feirinha da Praça Saens Peña. Por favor, não quero ser barrada de encontros e festas por isso. E quero poder confessar esse fato sem temor dos olhares reprovadores quando chegar com meu acessório. Dá pra ser? Reconquistando o direito de sermos nós mesmos antes de sermos marcas, personagens de novelas, seres fabricados, talvez seja mais fácil entendermos o que é a tão sonhada liberdade que pode nos tornar criaturas mais leves, divertidas e humanas, porque, então, seremos diferentes uns dos outros e isso é o que faz a beleza das relações. Vocabulário Agregar: v. Juntar; acrescentar, somar. Barricada: s. f. (Figurado) Barreira, obstáculo. Efêmero: adj. Que dura pouco, transitório.

Explícita: adj. Apresentado com clareza. Impalpável: adj. Imaterial; intocável. Implícita: adj. Oculta, obscura, subentendida. :::::::::::::::::::: O álcool gel é o símbolo de uma "vida platônica" vendida nas farmácias O mundo não acabará com um grito de horror, mas sim com uma overdose de álcool gel na boca. Luiz Felipe Pondé Há alguns dias, num "Roda Viva" especial na TV Cultura, em que influenciadores digitais entrevistaram o meu amigo Leandro Karnal e eu, um dos entrevistadores me perguntou se eu acreditava que, com o avanço da inteligência artificial e das ferramentas de realidade virtual, chegaríamos a um dia em que o sexo com pessoas reais deixaria de existir. Muitos acreditam que sim. Eu, como disse no pro- grama, acredito que o sexo com pessoas reais terá acabado antes. Você deve estar se perguntando a razão de eu achar isso. Explico: o álcool gel acabará com o sexo em nome de uma vida mais segura. Entre as várias formas de distopias, uma das que mais me fascina é a distopia da limpeza. Uma distopia é algo que nasce de um projeto por um mundo ideal que sempre dá errado. A modernidade é obcecada, desde a "Nova Atlântida", de Francis Bacon (1561-1626), pela ideia de um mundo perfeito, construído a partir de nossa capacidade técnica, cultural e política.

Os idiotas do bem são aqueles que não entenderam ainda que *utópicos* são os grandes destruidores modernos da vida. Pois bem, um idiota do bem não entende que "limpinhas e limpinhos" não gostam de sexo porque sexo é sujo. Filosofemos um pouco mais sobre esse horror ao "imundo". Grande parte da filosofia e das religiões sempre temeu as paixões, vendo nelas uma forma de impureza mesmo ontológica, isto é, os "pathos", como diziam os gregos para se referirem às paixões, eram para gente como Platão formas negativas de destruição do ser (por isso, um mal ontológico, porque ontologia é a parte da filosofia que se dedica ao ser). Limpar o mundo das paixões, das sujeiras e *ambivalências*, é o projeto moderno por excelência, mesmo que carregue em si *laivos* românticos aqui e ali. Portanto, o álcool gel é o símbolo de uma "vida platônica" vendida a R$10,00 nas farmácias. Temos medo de tudo que desordena a vida, e com razão, uma vez que a vida é frágil, breve, bruta e efêmera. A beleza é sempre a primeira vítima em toda forma de violência. Voltando ao programa. Minha resposta gerou uma série de mensagens em que mulheres afirmavam ser "sujinhas" e não "limpinhas", portanto, não estariam no grupo daquelas e daqueles que temem a sujeira do amor. Para além da "brincadeira" envolvida no acontecimento, a mania de higiene se espalha por toda parte. Alimentação sem sangue, sexo sem secreções, beijos sem saliva, amor sem ciúmes, almas sem inveja, sociedades sem ressentidos, casais sem inseguranças, en- fim, um mundo que deixaria a Branca de Neve atordoada. Nelson Rodrigues, que deveria ser mais estudado em nossas escolas, disse tudo so- bre o desejo: "O desejo pinga". É exatamente essa gota, esse resto do amor, que tememos. No fundo, mesmo os idiotas do bem e da liberação sexual (essa grande mentira recente) temem essa mancha na cama e na alma que o amor deixa, às vezes de forma *indelével*. Não tenho nenhuma dúvida que é o sucesso mesmo no controle da vida, que nosso mundo contemporâneo produziu, que irá esmagar o desejo, porque, de novo, segundo nosso filósofo de "A Vida como Ela É": "O desejo é triste", e ninguém suporta a tristeza quando temos o direito à felicidade. A tristeza do desejo está no fato mesmo dele ser infinito e intratável, a menos que morra de alguma forma. E o mundo nunca foi tão covarde quanto em nossos dias. O truque da liberação sexual é a eliminação do desejo em si como garantia de uma liberdade com segurança. A desumanização, que muitos temem vir trazida pelas mãos das máquinas inteligentes, é, ela mesma, a causa do sucesso das máquinas em nossas vidas: queremos desaparecer para garantir um mundo melhor. Suspeito que o desaparecimento do humano, que muitos temem ser uma possibilidade no futuro, é ele mesmo nosso projeto mais profundo. Não são as máquinas que nos levarão à irrelevância, somos nós mes- mos que chegamos à conclusão que atrapalhamos o projeto de felicidade moderno. O *Sapiens* era uma espécie muito triste.

Nota da Comissão Editorial Francis Bacon (1561- -1626): Filósofo, político inglês e um dos fundadores do método indutivo de investigação científica, o qual estava baseado no Em- pirismo. Seus estudos contribuíram para a história da ciência moderna. Nelson Rodrigues (1912- -1980): Teatrólogo, jornalista, romancista, folhetinista e cronista de costumes e de futebol brasileiro, e tido como o mais influente dramaturgo do Brasil. Autor da obra “A Vida Como Ela É”. Platão (427 a.C.-347 a.C.): Filósofo grego da antiguidade, considerado um dos principais pensadores da história da filosofia.

Vocabulário Ambivalência: s. f. Existência simultânea, e com a mesma intensidade, de dois sentimentos ou duas ideias com relação a uma mesma coisa e que se opõem mutuamente. Indelével: adj. Que não se pode dar fim, destruir, su- primir ou fazer desaparecer; indestrutível; inextinguível. Laivos: s. m. Vestígios, traços. Sapiens: *Homo sapiens* -- registro latino utilizado pela Ciência para referir- -se à espécie humana após o período pré-histórico, quando o homem passou a priorizar o uso da inteligência. Utópico: adj. Fruto da imaginação, da fantasia, de um ideal, de um sonho. ::::::::::::::::::::

Palavrão é fogo Alguns andares abaixo da minha varanda ficam as quadras poliesportivas do condomínio. Não importa quem esteja jogando, ou qual o esporte praticado, quase sempre que a raquete, o pé ou a mão entram em contato com a bola, rola um palavrão. Ele tanto serve para indicar que a bola entrou quanto que a bola saiu, ou que haja dúvidas sobre a bola ter entrado ou saído. Parece haver mais ênfase no palavrão em si do que no chute, no arremesso ou na raquetada. Um desavisado seria levado a crer que ganha a partida quem gritar mais *impropérios*. As quadras aqui embaixo não são um mundo à parte. Pala- vrão virou vírgula, exclamação, dois pontos, ponto pará- grafo, travessão e reticências. Só não se transformou em hífen porque, com o Acordo Ortográfico, ninguém mais sabe onde tem hífen ou não. Deixou de ser *transgressão* para se tornar tendência, mais ou menos como a tatuagem. O que é uma pena, porque o palavrão tem função social e utilidade pública: é *catártico*, terapêutico, libertador. Pouca coisa libera mais *endorfina* no organismo que um palavrão com as sílabas minuciosamente articuladas, descendo redondo do sistema *lím- bico* até a língua, sem escalas nessa linha do superego. É um baita desperdício desviar o baixo calão de suas no- bres funções para fazê-lo coa- djuvante na conversa fiada de cada dia. Sua força, seu poder simbólico, vem da nossa capacidade de ser *profanos*, e quando a profanidade vira regra, o palavrão se banaliza,

perde a potência. Sua panca- da perde o impacto, sua lâmina perde o fio. O grande prejuízo de se xingar a torto e a direito não é só o esvaziamento *semântico*, mas o empobrecimento da linguagem, já que o palavrão não tem esse nome à toa: ele vale mais que mil palavras. Substituídas sem cerimônia por seus equivalentes *chulos*, as interjeições correm o risco de vir a se tornar uma classe gramatical em extinção. "Puxa!", "nossa!" e, principalmente, "caramba!" devem entrar na lista de expressões a serem protegidas por algum IBAMA linguístico -- que também terá que se encarregar dos advérbios de intensidade. Lembrando que "puxa" e "caramba" foram criadas justamente para poupar o palavrão do desgaste: são laranjas de pa-

lavras mais pesadas, domesticadas para uso diário. Pode ser que, esgotado o uso *metafórico* dos nomes dos órgãos genitais, de uma profissão antiquíssima e dos *fruídos seminais*, se volte a exclamar "cacilda!" e "pom- bas!", como no tempo dos nossos avós. Mas há coisas que só um palavrão de verdade, sonoramente *escatológico*, dito na hora certa, com as vogais bem articuladas, faz por você. Porque palavrão tem poder. Ele incrementa o prazer, reduz o estresse, amortece a dor. Nasceu para ser o camarão do vatapá, as duas gotas de Chanel n.o 5 no cangote, o roçar dos pratos acordando a plateia no *clímax* da sinfonia. Não é justo que vire arroz com feijão, banho de colônia barata, batida de funk. Ele vai do carnal nos poemas de Bocage e Gregório de Matos ao sublime nos de Drummond e Hilda Hilst. Dá tempero à prosa de Jorge Amado, de Dalton Trevisan. Está aí porque é insubstituível. Álvaro de Campos não estaria se revoltando de verdade num comício dentro da sua alma se tivesse escrito "Meleca! Sou lúcido". Pelo menos ninguém mais o chama de "nome feio" (nome feio é "fronha", que não se tem notícia de ter sido algum dia usado como ofensa). Com raras exceções, o palavrão é bonito, soa bem, faz carícia no ouvido. O único realmente feio é "fedazunha" que talvez por isso não tenha saído do interior de Minas e ganhado o mundo, os estádios, as conversas de bar, os debates políticos. Se mudam os tabus, é inevitável que os palavrões acabem mudando junto. Mas seria bom ter à mão substitutos à altura, antes que, desmoralizados, percam a capacidade de chocar. Dercy Gonçalves ficaria encabulada diante da moça em- poderada discutindo a rela- ção ao celular no metrô, da roda de pré-adolescentes, no shopping, ou aqui na varanda, ouvindo palavrões cabeludos serem rebaixados a palavrinhas quaisquer, a troco de um saque ou de um pontapé. Palavrão merece respeito. Use com moderação. Autor: Eduardo Afonso -- ~,eduardoafonso2204@gmail.~ com~, Fonte: Jornal *O Globo* (31/08/18) Nota da Comissão Editorial Álvaro de Campos `(1890- -1935`): Um dos heterônimos mais conhecidos, verdadeiro alterego do escritor

português Fernando Pessoa, que fez uma biografia para cada uma das suas personalidades literárias, a que chamou heterônimos. Bocage (1765-1805): Foi o mais importante poeta português do século XVIII. Carlos Drummond de Andrade (1902-1987): Poeta, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. Drummond foi um dos principais poetas da segunda geração do Modernismo brasileiro. Dalton Trevisan (1925): Escritor brasileiro, famoso por seus livros de contos, especialmente “O Vampiro de Curitiba”, e por sua natureza reservada.

Dercy Gonçalves `(1907- -2008`): Atriz, humorista e cantora brasileira, oriunda do teatro de revista, notória por suas participações na produção cinematográfica brasileira das décadas de 1950 e 1960. Gregório de Matos `(1636- -1695`): O maior poeta do barroco brasileiro. Desenvolveu uma poesia amorosa e religiosa, mas se destacou por sua poesia satírica, constituindo uma crítica à sociedade da época, recebendo o apelido de "Boca do Inferno". Hilda Hilst (1930-2004): Poeta, ficcionista e dramaturga brasileira, considerada pela crítica especializada como uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século XX. Jorge Amado (1912-2001): Um dos mais famosos escritores brasileiros da segun- da geração do Modernismo. Com obras traduzidas para a maioria dos idiomas, recebeu vários prêmios e títulos honoríficos. Vocabulário Catártico: adj. Purificação espiritual por meio do emocional. Chulo: adj. Indecoroso, obsceno, de baixo calão. Clímax: s. m. O ponto culminante, o ponto máximo; elemento, momento, situação; caracterizado por ter maior importância, ou por ser o final de um processo gradativo. Endorfina: s. f. Hormônio presente no cérebro, que atua como analgésico, provocando alívio. Escatológico: adj. Que tem relação com o tratado sobre os excrementos. Fruídos seminais: s. m. Esperma. Impropérios: s. m. Ofensa lançada contra alguém, ul- traje, insulto. Límbico: adj. (figurado) Relativo a uma borda ou margem. Diz-se do conjunto de fatores que dão ao indivíduo o limite de suas ações. Metafórico: adj. Que tem sentido figurado. Profano: adj. Que desrespeita o que é sagrado, herético. Semântico: adj. Relativo ao significado ou ao sentido das palavras e expressões. Transgressão: s. f. Ação de ultrapassar regras. õoõoõoõoõoõoõoõo

Desafios 1- Tente descobrir, através das pistas, qual é o livro em questão: a) O menino tem uma inteligência acima do normal. A família é pobre, ignorante e não entende a criatividade e capacidade imaginativa do guri, punindo a tudo com surras, sem diálogo. O melhor amigo dele é uma árvore com a qual conversa. b) Em um período de grande seca, uma família empreende viagem para tentar chegar a São Paulo. No meio dessa trajetória, a irmã da esposa se prostitui, o filho mais velho abandona a família, procurando trabalho e um dos filhos, desesperado de fome, come uma planta venenosa.

c) A jovem índia, filha do pajé, é responsável por preparar a substância que estimula a todos na tribo para os rituais religiosos. Por isso é tão importante. Mas abandona tudo para viver um grande amor com um português com quem tem um filho, vindo a morrer pouco depois do parto. d) O ciúme infundado foi a causa de toda a desgraça. Crendo sempre que a mulher o traía, ele a torturava até que ela suicidou-se e só então ele se deu conta do quanto era injusto, tornando-se um homem solitário e triste. e) A morte dos pais levou o menino a viver com o avô e conhecer delícias e problemas da vida naquela casa. Em convivência livre com os empregados, brincando com os

animais, ele narra como era a vida no interior do nordeste em um engenho próspero, no início do século XX. 2- Qual era o nome de Aleijadinho? a) Alexandrino Francisco Lisboa. b) Manuel Francisco Lisboa. c) Alex Francisco Lisboa. d) Francisco Antônio Lisboa. e) Antônio Francisco Lisboa. 3- Júpiter e Plutão são os correlatos romanos de quais deuses gregos? a) Ares e Hermes. b) Cronos e Apolo. c) Zeus e Hades. d) Dionísio e Deméter. e) Zeus e Ares.

4- Qual o tema do famoso discurso "Eu Tenho um Sonho", de Martin Luther King? a) Igualdade das raças. b) Justiça para os menos favorecidos. c) Intolerância religiosa. d) Prêmio Nobel da Paz. e) Luta contra o Apartheid. 5- Que líder mundial ficou conhecida como “Dama de Ferro”? a) Dilma Rousseff. b) Angela Merkel. c) Margaret Thatcher. d) Hillary Clinton. e) Christine Lagarde. 6- Quais os nomes dos três Reis Magos? a) Gaspar, Nicolau e Natanael. b) Belchior, Gaspar e Baltazar.

c) Belchior, Gaspar e Nataniel. d) Gabriel, Benjamim e Melchior. e) Melchior, Noé e Galileu. 7- Quais os principais heterônimos de Fernando Pessoa? a) Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. b) Ariano Suassuna, Raul Bopp e Quincas Borba. c) Bento Teixeira, Ricardo Reis e Haroldo de Campos. d) Alberto Caeiro, Ricardo Leite e Augusto de Campos. e) Bento Teixeira, Ricardo Reis e Augusto de Campos. 8- Qual desses filmes foi baseado na obra de Shakespeare? a) Muito Barulho por Nada (2012). b) Capitães de Areia (2011). c) A Dama das Camélias (1936). d) A Revolução dos Bichos (1954). e) Excalibur (1981). 9- Lady Di era o apelido de qual personalidade? a) Chiquinha Gonzaga. b) Joana d'Arc. c) Carlota Joaquina. d) Diana, a Princesa de Gales. e) Grace Kelly. 10- Qual a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel? a) Madre Teresa de Calcutá. b) Elizabeth Blackweel. c) Irène Joliot-Curie. d) Valentina Tereshkova. e) Marie Curie.

11- Em que país se localizava Auschwitz, o maior campo de concentração nazista? a) Alemanha. b) Polônia. c) Estados Unidos. d) Áustria. e) Japão. 12- Em 2018 destacamos o centenário da morte de que importante poeta brasileiro? a) Monteiro Lobato. b) Machado de Assis. c) Aluísio de Azevedo. d) Olavo Bilac. e) Carlos Heitor Cony. Respostas 1- a) Meu pé de laranja lima -- José Mauro de Vasconcelos. b) O quinze -- Rachel de Queiroz. c) Iracema -- José de Alencar. d) São Bernardo -- Graciliano Ramos. e) Menino de Engenho -- José Lins do Rego. 2- Letra e. 3- Letra c. 4- Letra a. 5- Letra c. 6- Letra b. 7- Letra a. 8- Letra a. 9- Letra d. 10- Letra e. 11- Letra b. 12- Letra d. õoõoõoõoõoõoõoõo Pensamentos “Jamais haverá ano novo, se continuar a copiar os erros dos anos velhos.” Luís de Camões (1524-1580) “O êxito é fácil de obter. O difícil é merecê-lo.” Albert Camus (1913-1960)

“Seríamos muito melhores se não quiséssemos ser tão bons.” Sigmund Freud (1856-1939) “Ninguém nasce odiando ou- tra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” Nelson Mandela (1918-2013) “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.“ Rui Barbosa (1849-1923) õoõoõoõoõoõoõoõo

No Mundo das Artes Cordel e repente Muita gente confunde a literatura de cordel com o repente. Talvez isto decorra pelo fato de ambas serem ex- pressões artísticas muito difundidas no Nordeste do Brasil, ou talvez seja por causa da semelhança das estruturas poéticas por elas utilizadas, como sextilhas, septilhas e décimas. Mas, às vezes a confusão decorre de as diferenças e semelhanças entre cordel e repente estarem misturadas umas às outras, não sendo ab- surdo dizer que um e outro diferenciam-se naquilo que se assemelham e vice-versa. O cordel é uma expressão literária em versos. Tradicionalmente é impresso em folhetos, mas vem sendo bastante difundido em livros, inclusive ilustrados, e pela internet. Já o repente é essencialmente oral, apresentando-se nas cantorias, com os cantadores ou violeiros exibindo, além do talento para criar versos, domínio da viola e dotes vocais. Também vem sendo difundido na internet, em vídeos e em áudio. Há cordéis que rememoram cantorias, gravando no papel versos que supostamente teriam sido entoados por cantadores em momentos de grande inspiração, como se vê em "A peleja de Cego Aderaldo e Zé Pretinho do Tucum", de Firmino Teixeira do Amaral. Ou seja, o cordel é escrito, mas costuma ser apresentado na forma oral. O repente é oral, mas pode aparecer escrito. Eis como as diferenças entre cordel e repente são também seus pontos de contato. Vamos nos situar mais no repente.

O repente nordestino é uma das diversas formas que surgiu de interpretação de canto e poesia a partir da tradição medieval *ibérica* dos trovadores. Seus personagens, chamados de repentistas ou cantadores, improvisam versos sobre os mais variados assuntos, e andando pelas feiras e espaços populares se apresentam sozinhos ou trocam versos com ou- tro cantador, o chamado desafio. O estilo é praticado em especial pelos habitantes da região do sertão paraibano e pernambucano, principalmente na região do Pajeú e Sertão do Moxotó (PE) e Serra do Teixeira e Cariri Ocidental (PB), onde estão as cidades de São José do Egito, Sertânia, Arcoverde (PE), Teixeira e outras. Nesta área de interior, dividida pelos dois estados, surgiram praticamente todos os importantes cantadores que a tradição produziu até hoje, entre eles, os lendários Severino Pinto (Pinto do Monteiro), Lourival Batista (Louro do Pajeú), Zé Limeira, Agostinho Nunes da Costa e seus filhos Antônio Ugolino Nunes da Costa e Ugolino do Sabugi. Todos eles cantadores do século XIX, sendo que aos três últimos são creditados o pioneirismo de iniciar a tradição do repente na área, naquele período. Outra área importante é a do interior do Ceará, onde encontramos Patativa do Assaré e Aderaldo Ferreira de Araújo, o Cego Aderaldo. Com a migração de muitos nordestinos para a cidade de São Paulo, a cantoria se tornou uma tradição conhecida em todo o Brasil, a partir da mídia massiva de que a capital paulista dispõe. Também foi a partir de São Paulo que os cantadores começaram a adotar uma viola de dez cordas criada pelos fabricantes e comerci- antes de instrumentos Del Vecchio, a chamada "viola dinâmica", com seus característicos bocais de metal. Esse modelo de viola tornou-se um símbolo dos cantadores, espe- cialmente a partir da década de 70 do século XX. Hoje a cantoria de repente está mais organizada, com congressos e encontros de cantadores, pé de parede, espalhados em todo país. Mas para a cantoria do repente sobreviver, existem algumas regras que precisam ser obedecidas: métrica (quantidade de sílabas poéticas existentes em cada verso); rima (semelhanças da determinação das palavras que pode ser classificada em

rima sonante e rima consoante); oração (mensagem de cada estrofe). Fontes com alterações: ~,https:ÿÿwww.infoescola.~ comÿmusicaÿrepenteÿ~, ~,https:ÿÿwww.migalhas.~ com.brÿdePesoÿ~ 16,MI157727,51045-~ Cordel+repente+e+~ uma+sentenca+em+versos~, ~,http:ÿÿblogdowagnergil.com.~ brÿvs1ÿ2015ÿ09ÿ24ÿ~ coluna-de-quinta-a-origem-~ da-cantoria-do-repente~, Vocabulário Ibérica: adj. Aquela que pertence ou se refere à Península Ibérica, região localizada no sudoeste do continente europeu, e que engloba Portugal e Espanha. õoõoõoõoõoõoõoõo

Maravilhas do Mundo Carcassonne, uma viagem no tempo A primeira impressão que se tem em Carcassonne é a de um castelo encantado, que alguma fada terá feito nascer no *cimo* da colina com um toque da sua varinha mágica. Uma vez dentro das muralhas, descobre-se uma verdadeira relíquia da Idade Média, justamente procurada por milhões de turistas todos os anos. Não há castelo encantado que se preze que não tenha as suas lendas. *Carcassonne* justifica o seu nome com a história da *dama de Carcas*: quando Carlos Magno cercou a cidadela desta dama sarracena. Achando-se desprovida de soldados, Carcas distribuiu pelas torres e muralhas bonecos feitos de palha, armados para combate. O estratagema resul-

tou, e Carlos Magno levantou o cerco, desanimado com inimigo tão numeroso. Teria dito a dama: “Sire, Carcas te sonne.” (“Senhor, Carcas vence-te”, em tradução li- vre). Daí o nome da cidade, que a lenda assegura que se tornou cristã, dando a dama origem à primeira linhagem de condes de Carcassonne. É uma das cidades mais turísticas da França. Com 3,5 milhões de visitantes por ano, guarda construções que remontam ao século XI em sua área murada. São duas as principais construções da cidade. Construída no século XI, em estilo gótico, a igreja BasiliqueSt-Nazaire (Place Augusto Pierre) abriga a Pedra do Cedro, que representa o bloqueio de Carcassonne pelos cruzados, em 1002, e conserva diversos vitrais coloridos. Do século XII, o Château Comtal (1, rue Viollet Le Duc) é um majestoso castelo ilhado por um fosso seco. O seu casario antigo abriga uma infinidade de restauran- tes e hospedarias que revivem, através da decoração e da cozinha local, a época dourada da cidade, entre os séculos XI e XIII. Também é fácil encontrar relógios de sol e saquinhos de pano com ervas cheirosas, das que perfumavam as roupas das damas da época. Mas a animação é sempre pacífica, e a magnífica iluminação noturna não dá paz aos fantasmas, im- pedindo o seu turismo notur- no e doloroso; durante os meses de verão, é uma cidade *profusamente* habitada e muito viva. Para reconstituir ainda melhor o ambiente medieval, em agosto organizam-se torneios de cavalaria e *falcoaria*, com participantes vestidos a rigor, como no tem- po dos cruzados. Foi das primeiras cidades a sofrer o embate da Guerra Santa declarada pelo Papa Inocêncio III. Cercada, perdeu o acesso crucial ao Rio Aude e, numa manobra pouco “cavaleiresca”, o visconde de Trencavel foi feito prisioneiro ao sair do castelo para negociar. Para continuar o recuo no tempo, é possível visitar o castelo do visconde, que dá acesso exclusivo a certas partes da muralha. E para terminar a viagem, nada melhor que uma visita ao Museu Medieval e ao da Inquisição, que nos proporcionam pormenores nem sempre agradáveis da história da cidade. Outro museu ao gosto da época é o da Tortura, que exibe sádicos e requintados instrumentos, conce-

bidos em noites de insônia, destinados a punir sabe-se lá que crimes medievais… O destino de Carcassonne está traçado: será para sempre uma obra de arte inegável, e uma das maiores atrações turísticas do país. A reconstrução fixou-a para sempre na Idade Média, apesar da cidade ter atravessado muitas ou- tras épocas. E é, talvez, esta operação de “congelamento” temporal o que lhe empresta toda a magia de cenário perfeito, que nos faz mergulhar profundamente num passado distante. Fontes com alteração: ~,https:ÿÿwww.almadeviajante.~ comÿcarcassonne-uma-viagem-~ no-tempo~, ~,https:ÿÿviagemeturismo.~ abril.com.brÿmateriasÿ~ os-100-lugares-mais-~ lindos-do-mundo~,

Vocabulário Cimo: s. m. Parte mais alta de; cume; cimo de uma montanha, de uma árvore. Profusamente: adv. Numerosamente, abundantemente. Falcoaria: s. f. É a arte de criar, treinar e cuidar de falcões e outras aves de rapina para a caça. õoõoõoõoõoõoõoõo Nossa Casa Vai à feira? Escolha a fruta certa. Saiba como decidir na hora da compra e não desperdiçar dinheiro comprando uma fruta quase passada. Vamos combinar que não é tão fácil assim saber qual fruta está no ponto certo para levar para casa. Principalmente algumas que têm casca mais dura e são praticamente uma caixinha de surpresa quando abertas. Ou então, essa situação: a feira mais perto da sua casa é no começo da semana e você já quer ter em casa os ingredientes que vai usar no final de semana. Você sabe qual o ponto certo da fruta que deseja comer madura? Existe uma diferença que poucas pessoas conhecem: há frutas climatéricas e não-climatéricas. As climatéricas são as que podem ser colhidas e continuam seu processo de maturação com o passar dos dias, como banana, abacate, ameixa, maracujá, pera, maçã, goiaba, mamão, manga, caqui, kiwi, melancia e tomate. As não-climatéricas são as que já estão maduras e estragam com o tempo, como laranja, tangerina, limão, uva e abacaxi.

Como escolher as frutas Abacate: Opte sempre pelos que não estejam muito duros, nem muito moles. Abacaxi: O truque do abacaxi, além do cheiro, são as folhas. Elas precisam estar meio secas, fáceis de tirar. Banana: São frutas climatéricas. Por isso, mesmo que estejam verdes, ficarão prontas para comer dali a um ou dois dias. Cuidado com as que estiverem muito moles. Isso quer dizer que já passaram do ponto. Limão: Opte sempre pelos limões que estiverem com a casca lisa e sem exalar cheiro forte. Isso quer dizer que estão frescos. Os passados já estão com a casca mais enrugada. Maçãs: Devem estar firmes. Se a casca brilhar muito, a fruta com certeza foi tratada com produtos químicos. Tome cuidado! Mangas: As mais adequadas são as macias, que apresentam uma textura firme. O cheiro deve ser doce e, se estiverem moles, é porque já passaram ou estão no limite para serem consumidas. Maracujá: Ao contrário do que se imagina, os menores são sempre os melhores. Além disso, os que têm casca enrugada fornecem mais suco. Melancia: É uma dica pra lá de estranha, mas pode ter certeza que funciona: bata na fruta! Se o som for oco é porque está madura. Quanto mais pesada a melancia, melhor. Morango: Os que parecem mais firmes e vermelhos são sempre a melhor opção. Verifique se não há líquido escorrendo ou machucadinhos, pois isso indica que eles já estão em deterioração. Pera: Deve estar amarela e com a casca levemente mole. Se estiver muito dura é porque não está pronta para consumo. Fonte com alteração: ~,www.extra.globo.com~, õoõoõoõoõoõoõoõo Vida e Saúde Musicoterapia: o que é, para que serve, como funciona e benefícios A música nunca esteve tão presente em nossas vidas quanto nos dias atuais. A tecnologia, a capacidade de gravar e editar e os serviços de *streaming* fizeram com que a música se tornasse um aspecto comum do nosso cotidiano. Basta olhar para as pessoas andando nas ruas, nos terminais de ônibus ou estações de trem e é possível ver muitas delas com fones de ouvido pendurados. Lojas, restaurantes e até mesmo elevadores se utilizam de música de fundo para tornar o ambiente mais agradável. Essa disponibilidade e acessibilidade tão simples talvez tenha nos tornado acomodados a ponto de nem prestarmos mais tanta atenção à música como antigamente, quando as pessoas eram obrigadas a se dirigir a teatros para apreciar uma peça musical. Refletimos pouco a respei- to dessa arte, que se tornou uma indústria de consumo gigantesca, e muitos de nós nunca paramos para pensar nos efeitos que a música pode gerar em nossas vidas. Tanto é verdade que o potencial terapêutico da música é desconhecido e sequer foi cogitado por muitos. É aí que mora a musicoterapia, uma técnica terapêutica que pode ajudar pessoas com dificuldade de comunicação, depressão e até mesmo problemas de memória! Como diria Rubem Alves (1933-2014), um educador, psicanalista, teólogo e escritor brasileiro: “Há músicas que contêm memórias de momentos vividos. Trazem-nos de volta um passado. Lembramo-nos de lugares, objetos, rostos, gestos, sentimentos. (…) Mas há músicas que nos fazem retornar a um passado que nunca aconteceu.” -- Trecho do livro “Na Morada das Palavras” (2003). A musicoterapia é uma téc- nica que se utiliza da música para tratar seus pacientes. É um *híbrido* entre arte e saúde e serve para promover a comunicação, expressão e aprendizado. Além disso, busca facilitar a organização e a forma de se relacionar dos seus pacientes. Pode ser utilizado em qualquer área em que haja demanda, seja promovendo saúde, reabilitando ou atuando como medida de prevenção ou simplesmente para melhorar a qualidade de vida. Além disso, existe a musicoterapia comunitária, ou social, que visa a empoderar grupos e possibilitar o engajamento e organização necessários para que os indivíduos do grupo tenham plena capacidade de enfrentar os desafios comuns da vida em sociedade. Segundo a Federação Mundial de Musicoterapia, “a musicoterapia objetiva desenvolver potenciais e restabelecer as funções do indivíduo para que ele/ela possa alcançar uma melhor integração intra e interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida”.

Para que possamos entender de maneira definitiva como a música age no nosso cérebro, precisamos conhecer um pouco da anatomia desse órgão. Por se tratar de um aparelho muito complexo, vamos nos ater às regiões do cérebro que sofrem influência direta da música. Seja quando estamos tocando um instrumento ou quando estamos passivos, somente ouvindo uma música, diversas áreas do cérebro se ativam e começam a funcionar. O corpo caloso é uma estrutura cerebral que conecta os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo. Sua função é a transferência de informações de um hemisfério para o outro. Quando sob influência de música, essa área se ativa mais do que o normal. O córtex sensorial é responsável pelo processamento de informações sensoriais, como tato, visão e audição. Ele se constitui de uma série de neurônios sensoriais que tradu- zem as informações coletadas para o nosso cérebro. Quando sob influência de música, essa área não somente processa parte da informação auditiva como também controla a resposta tátil ao tocarmos instrumentos ou dançarmos. O córtex pré-frontal é a parte anterior do lobo frontal do cérebro e está relacionada ao planejamento de comportamentos e pensamentos complexos, expressão da personali- dade, tomada de decisões e modulações de comportamento social. A música ativa fortemente essa área e, como muitos pesquisadores indicam uma ligação entre a personalidade de um indivíduo e o córtex pré- -frontal, é possível especular com certo respaldo científico sobre a influência da música na personalidade. O cerebelo é a parte do sistema nervoso central responsável pela manutenção do equilíbrio, pelo controle do tônus muscular, dos movimentos voluntários e dos processos de aprendizagem motora. É de se esperar que essa área esteja bastante ativa quando estamos sob influência de música, seja dançando, cantando ou tocando um instrumento, tendo em vista que todos esses atos requerem o uso das nossas funções motoras. A música evoca emoções intensas e age no cérebro ativando várias regiões. Um estudo publicado, em 2014, analisou como o cérebro funciona quando sob influência de música. Nesse estudo, os pesquisadores colocaram músicos de jazz para tocar seus instrumentos enquanto era feita uma ressonância magnética do cérebro. Essa prática serviu para averiguar que partes deste órgão se acendiam quando os músicos estavam tocando. Além de se constatar que todas aquelas regiões foram de fato ativadas, os pesquisadores pediram que os músicos improvisassem em conjunto. Isso possibilitou a constatação de que, quando estamos improvisando uma música em conjunto, o cérebro funciona de uma maneira muito similar a quando estamos conversando oralmente com outra pessoa. Essa descoberta serve de respaldo para a musicoterapia e seus benefícios em processos comunicativos, visto que as mesmas áreas de comunicação se acendem tanto quando estamos conversando como quando tocamos algum instrumento com ou- tra pessoa. Além disso, a música ativa diversas regiões do cérebro responsáveis pela memória, como o hipocampo. Isso faz com que ela possa ser utilizada de forma terapêutica em pacientes que sofrem com doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. É bastante difícil descrever o que acontece em uma sessão de musicoterapia, pois existem diversas abordagens de tratamento. Ela pode ser realizada com o paciente passivo, somente escutando o musicoterapeuta tocar, ou ativo, ou seja, participando e fazendo música com o terapeuta. Essas sessões são muito úteis para ajudar no desenvolvimento de habilidades comunicativas e de autoexpressão. Também é possível utili- zar a musicoterapia em grupos, quando todos os membros tocam algum instrumento em conjunto e participam da execução de uma música. Segundo os estudos de caso, as sessões ajudam os pacientes a se soltarem mais e a expressarem as pró- prias emoções com mais facilidade. O autismo é uma condição que dificulta muito os processos de comunicação da criança. Para tratar esse problema a musicoterapia tem sua valia. Em uma sessão com uma criança autista, os musicoterapeutas normalmente decidem tocar instrumentos com a criança para estimular sua expressão através da música. A partir daí, os terapeutas podem escolher tanto musicar os sons que a criança emite como também simplesmente deixá-la livre para tocar do jeito que bem entender. Nota-se, no decorrer das sessões, uma melhora da criança. No começo, ela tende a tocar notas, melodias e ritmos sem muito sentido lógico musical, mas conforme os terapeutas vão se aproximando da criança, é possível que eles toquem notas similares ou no mesmo ritmo. Benefícios da musicoterapia Existem diversos benefícios que podem ser obtidos através da musicoterapia. Listamos aqui os principais cientificamente comprovados: Doenças cardíacas Segundo um *review* publicado pela Cochrane Library, uma organização sem fins lu- crativos parceira de pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o simples ato de ouvir música pode melhorar as frequências cardíaca e respiratória, além da pressão sanguínea em pacientes com Doença Arterial Coronária (DAC). Transtornos neurológicos Apesar da musicoterapia já ter sido usada de maneira persistente para tratar diversos problemas psicológicos, foi somente nos anos 1980 que pesquisas empíricas (que se apoiam em experimentos) começaram a ser feitas nesse cam- po. Desde então, diversos estudos na área vêm sendo desenvolvidos, levando em conta diversas patologias. Até hoje, a musicoterapia se mostrou mais eficaz no tratamento de sintomas negativos, como a ansiedade e o isolamento. AVC A música age em diversas regiões do cérebro, razão pela qual se mostra tão eficaz no tratamento de vítimas de derrame. Isso acontece porque a música é capaz de despertar

emoções e estimular interações sociais, auxiliando na recuperação do paciente. Demência Por ativar tantas áreas do cérebro e de maneira tão intensa, a música serve como via terapêutica para tratar sintomas como a demência, tão co- mum em doenças como o mal de Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas. Ao escutar música, o paciente ativa diversos padrões neuronais (sinapses) que não eram estimulados há muito tempo, fazendo com que a pessoa que está sofrendo com a demência “acorde”, de certa forma. Esse tipo de terapia tem sido muito empregado nos Estados Unidos e vem ganhando bastante popularidade nos últimos anos.

Afasia Existe uma técnica usada por musicoterapeutas e fonoaudiólogos chamada Terapia da Entonação Melódica, que serve para ajudar pessoas com distúrbios de comunicação causados por danos no hemisfério esquerdo do cérebro. A téc- nica busca envolver habilidades de canto, estimulando as regiões não danificadas do hemisfério direito a “aprenderem” a falar. Nessa técnica, frases comuns são transformadas em frases melódicas. No início, o paciente fala quase que cantando e aos poucos vai reaprendendo a entonação típica e os padrões rítmicos comuns da fala do dia a dia. Vida social A musicoterapia estimula o potencial criativo e a capacidade comunicativa, mobilizando aspectos psicológicos, biológicos e culturais. A musicoterapia em sua modalidade comunitária busca empoderar grupos e possibilitar engajamentos, troca de experiências entre pacientes, para que eles possam se organizar e realizar todos os enfrentamentos necessários para uma vida social mais saudável. Musicoterapia no Brasil Este tipo de terapia é bastante utilizado no Brasil. Por se tratar de um *híbrido* entre arte e saúde, os profissionais da área, os musicoterapeutas, se formam em cursos superiores oferecidos em escolas de arte, tendo em vista que, para praticar a profissão, é necessário um domínio avançado de instrumentos musicais como o piano e o violão.

Os musicoterapeutas tra- balham em clínicas, hospitais psiquiátricos, instalações de reabilitação, ambulatórios, centros de tratamento de creche, agências que atendem pessoas com problemas de desenvolvimento, centros de saúde mental, centros de idosos, instalações correcionais, escolas e diversos outros lugares. Além disso, a musicoterapia é ofertada gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) desde janeiro de 2017. A adoção da técnica visa oferecer um tratamento mais humanizado, sendo que o Ministério da Saúde também passou a disponibilizar sessões de arteterapia, meditação, quiropraxia e outras técnicas alternativas. Fonte com alteração: ~,https:ÿÿminutosaudavel.~ com.brÿmusicoterapia~,

Vocabulário Híbrido: (Figurado) Refere-se a algo que resulta da mistura de dois ou mais elementos diferentes. Review: sub. Resenha, crítica. Streaming: sub. É uma forma de distribuir informação multimídia numa rede através de pacotes. É frequentemente utilizada para distribuir conteúdo multimídia através da Internet. õoõoõoõoõoõoõoõo

Culinária Salada natalina Ingredientes: 2 talos de salsão ralado; meia xícara (chá) de uva-passa branca; meia xícara (chá) de nozes picadas; 2 maçãs verdes grandes com casca cortadas em cubos; suco de 1 limão; 3 colheres (sopa) de azeite de oliva; 1 colher (café) de pimenta-do-reino preta moída; 1 colher (chá) de sal; 1 colher (sopa) de salsa fresca picada; 15 pimentas (biquinho) inteiras; 1 xícara (chá) de requeijão; 1 pacote de batata palha. Modo de preparo: Em uma saladeira, misture o salsão, a uva-passa, as nozes e as maçãs. Tempere com suco de limão, azeite de oliva, pimenta moída, sal, salsa, pimenta (biquinho) e requeijão. Misture bem e leve à geladei-

ra. Na hora de servir, coloque a batata palha e misture bem. Arroz natalino Ingredientes: Azeite a gosto; 1 cebola ralada; sal a gosto; 3 xícaras (chá) de arroz; uma xícara e meia (chá) de cogumelo picado; 2 xícaras (chá) de presunto em cubos; 1 xícara (chá) de uva-passa preta sem caroço; 1 xícara (chá) de água; 2 xícaras (chá) de vinho (de preferência, use o branco); 2 xícaras (chá) de nozes; 1 colher (sopa) de salsa. Modo de preparo: Em uma panela, aqueça o azeite e doure a cebola. Tempere com sal e acrescente o arroz. Mexa por 1 minuto e junte o cogumelo. Refogue, sem parar de mexer, por mais 1 minuto. Ponha o presunto e a uva- -passa e mexa mais um pouco. Derrame a água e o vinho. Espere ferver e deixe a panela semi tampada até cozinhar. Se necessário, junte mais água. Quando estiver praticamente no ponto certo de cozimento, junte as nozes picadas. Misture tudo e cozinhe até secar de vez. Na hora de servir, polvilhe a salsa picada. Farofa de festa Ingredientes: 1 pacote (500 g) de farofa pronta; 1 xícara de ameixas pretas secas sem caroço; 5 colheres (sopa) de manteiga; 1 cebola média bem picada; meia xícara de uvas-passas brancas; meia xícara de azeitonas verdes cortadas em rodelinhas; 3 ovos bem cozidos e picados; 2 colheres de sopa de cheiro- -verde (salsa e cebolinha) picado; uma xícara e meia de água morna. Modo de preparo: Coloque as ameixas em uma tigela, cu- bra com uma xícara e meia de água morna e deixe de molho por cerca de 15 minutos ou até ficarem macias. Escorra bem e pique. Coloque a manteiga numa panela e aqueça em fogo médio. Junte a cebola e doure levemente, mexendo de vez em quando. Tire do fogo. Junte as ameixas, as passas, as azeitonas, os ovos e o cheiro-verde e misture bem. Acrescente a farofa pronta aos poucos, mexendo sempre. Tender natalino Ingredientes: 1 tender (aproximadamente 1 kg); 1 cebola em rodelas; 3 dentes de alho fatiados; 1 abacaxi bem maduro; 30 g de azeite; 500 ml de vinho branco;

cravo-da-índia (a gosto); alecrim (a gosto); tomilho (a gosto). Modo de preparo: Com a ponta da faca, faça linhas não tão profundas na superfície do tender. Espete o cravo nas junções. Numa assadeira, coloque o azeite, o vinho branco, as rodelas de cebola, o alho, o alecrim e o tomilho; por último, disponha as rodelas de abacaxi. Coloque o tender na assadeira, forre com papel alumínio e leve para assar por 40 minutos. Ao final, corte em fatias e sirva. Fonte: ~,https:ÿÿwww.amandocozinhar.~ comÿ2015ÿ12ÿ10-receitas-~ para-ceia-de-natal.html.~ #ixzz5ZxUwcKXE~,

Torta de figo com maçã Rendimento: 8 porções. Tempo de preparo: de 30 a 45 minutos. Dificuldade: Médio. Ingredientes: 3 gemas; 2 ovos; 1 lata de creme de leite; 1 lata de leite de vaca (use a mesma lata do creme de leite para medir); 2 colheres (sopa) de açúcar; 2 colheres (sopa) de farinha de trigo; 200 g de doce de figo em calda; 2 maçãs cortadas em pedaços graúdos; meia xícara (chá) de uvas-passas; canela em pó e açúcar a gosto. Modo de preparo: Ponha no liquidificador as gemas, os ovos, o creme de leite, o leite, o açúcar e a farinha de trigo. Bata até ficar homogêneo. Em um refratário untado espalhe a maçã polvilhada com açúcar, canela e as uvas- -passas. Entre os pedaços de maçãs, ponha os figos escorridos e cortados em cubos e despeje o creme batido. Leve ao forno médio preaquecido até dourar ligeiramente. Dica: experimente usar pêssego em calda, banana fresca e sobras de frutas secas com esse creme. Fica uma delícia. Mousse de abacaxi Rendimento: 10 porções. Tempo de preparo: 45 minutos. Dificuldade: Fácil. Ingredientes: 1 abacaxi em cubos; 2 caixas de gelatina light sabor abacaxi; 3 copos de iogurte desnatado. Modo de preparo: Ferva a fruta com 1 litro de água por 20 minutos. Adicione as gelatinas e misture bem. Deixe

esfriar e junte o iogurte. Despeje em taças, gele e sirva. Fonte: ~,https:ÿÿclaudia.abril.com.~ brÿgastronomiaÿsobremesas-~ para-o-natal-54-receitas-~ irresistiveis~, õoõoõoõoõoõoõoõo Humor Pedrinho, que é filho único, diz: -- Mãezinha, eu queria um irmãozinho para brincar com ele! A mãe: -- Pede também ao papai, filho! O Pedrinho foi, então, falar com o pai que lhe respondeu:

-- Olha, filho, brinca antes com os teus primos, que fica mais barato… No velório, Paulinho pergunta para a mãe: -- Qual é a senha do wi-fi? A mãe, zangada, responde: -- Respeita o falecido. -- Tudo junto? O garoto apanhou da vizinha e a mãe, furiosa, foi tirar satisfação: -- Por que a senhora bateu no meu filho? -- Ele foi mal-educado e me chamou de gorda. -- E a senhora acha que vai emagrecer batendo nele? O marido fala para sua esposa: -- Te prepara que hoje à noite vai ser quente!!!! A mulher diz: -- Uuuuuh! Jura amor? O marido responde: -- Juro. Acabei de quebrar o ventilador! Num belo dia, a sogra bate à porta da casa de seu genro de mala e cuia. O homem vai atender e fica surpreso com a visita. A sogra estranha a reação do genro e pergunta: -- Por que a surpresa? A minha filha não falou que eu vinha passar as férias aqui com vocês? -- Sim, falou. Mas eu pensei que fosse só para fazer passar o meu soluço. Três pedreiros entram em férias e vão, pela primeira vez, a uma praia para se divertir. Quando chegam na praia o primeiro diz: -- Tanta água! O segundo diz: -- Tanta areia! E o terceiro, preocupado:

-- Vamos fugir antes que alguém traga o cimento. O sujeito vai ao hospital caindo de bêbado. Durante a consulta, vêm as perguntas de praxe: -- Nome? -- Juvenal dos Santos. -- Idade? -- 32 anos. -- O senhor bebe? -- Vou aceitar um gole, mas só para te acompanhar. õoõoõoõoõoõoõoõo Espaço do Leitor Atendendo à sugestão de um leitor, vamos apresentar aqui algumas dicas para melhor uso da língua inglesa.

Os traiçoeiros Cuidado com as palavras traiçoeiras do inglês Muita gente pensa que qualquer termo pode ser traduzido pela sua semelhança com pala- vras da língua portuguesa e comete gafes já típicas do inglês. Vamos conhecer alguns deles. *Actually*: Nunca traduza actually como atualmente. A palavra actually significa: de fato, realmente. *Eventually*: É outro traiçoeiro. Não tem nenhuma relação com eventualmente. Significa: por fim, finalmente. *Novel*: Esta palavra não está ligada às novelas que vemos na TV e sim a romance, uma história contada em um livro. *Sensitive*: Não nos referimos a nenhum ser paranormal

quando usamos esta palavra. Sensitive quer dizer: sensível, emotivo. *Sensible*: Não é sinônimo de sensitive, ou seja, não tem nada a ver com sensibilidade. Esta palavra significa: sensato, equilibrado. Daqui para frente, fique atento, pois estas palavras são muito usadas para testar a atenção de candidatos no uso da língua inglesa. Observações 1- O sufixo *ly* é utiliza- do para palavras que podem ser traduzidas com o final *mente* como a maioria dos ad-vérbios de modo, por exemplo. 2- *Nowadays*: este sim é o termo correto para indicar atualmente.

3- Eventualmente pode ser traduzido para o inglês como sometimes. :::::::::::::::::::: Nesta edição da Revista Brasileira para Cegos, você está recebendo um Livro Falado produzido pelo Instituto Benjamin Constant, para uso exclusivo de pessoas com deficiência visual, de acordo com a Lei n.o 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. É terminantemente proibida a utilização deste produto para reprodução e comercialização. Título do Livro Falado: Diálogos Impossíveis. Autor: Luis Fernando Veríssimo. ::::::::::::::::::::

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