Revista Brasileira para Cegos Ano LXXXI, n.o 570, julho/setembro de 2023 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação de Informação e Cultura Editada e Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1942 pelo Prof. José Espínola Veiga Av. Pasteur, 350/368 Urca -- Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-250 Tel.: (55) (21) 3478-4531 E-mail: ~,revistasbraille@~ ibc.gov.br~, ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.br~, Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito Brasil: União e Reconstrução

Diretor-Geral do IBC Mauro Marcos Farias da Conceição Comissão Editorial: Camila Sousa Dutton Geni Pinto de Abreu Heverton de Souza Hylea de Camargo Vale João Batista Alvarenga Maria Cecília Guimarães Coelho Rachel Ventura Espinheira Colaboração: Daniele de Souza Pereira Revisão: Marília Estevão Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ publicacoesÿrevistas~, Nossas redes sociais: Anchor: ~,https:ÿÿanchor.~ fmÿpodfalar-rbc~, Facebook: ~,https:ÿÿwww.~ facebook.comÿibcrevistas~, Instagram: ~,https:ÿÿwww.~ instagram.comÿrevistas{-~ rbc{-pontinhosÿ~, YouTube: ~,https:ÿÿwww.~ youtube.comÿ~ RevistasPontinhoseRBC~,

Revista Brasileira para Cegos / MEC/Instituto Benjamin Constant. Divisão de Imprensa Braille. n.o 1 (1942) -- . Rio de Janeiro : Divisão de Imprensa Braille, 1942 -- . V. Trimestral Impressão em braille ISSN 2595-1009 1. Informação -- Acesso. 2. Pessoa cega. 3. Cultura -- Cego. 4. Revista -- Periódico. I. Revista Brasileira para Cegos. II. Ministério da Educação. III. Instituto Benjamin Constant. ¨ CDD-003.#edjahga Bibliotecário -- Edilmar Alcantara dos S. Junior -- CRB/7 6872

Sumário Editorial :::::::::::::: 1 Nossa vida futura :::::: 7 O cometa e o instante que é a vida :::::::::: 11 O despertar da montanha :::::::::::::: 18 Tirinhas ::::::::::::::: 29 Os Tampinhas :::::::::: 29 Desafios ::::::::::::::: 35 Pensamentos :::::::::::: 39 No mundo das artes ::::: 43 Ballet Bolshoi de Joinville: 23 anos de sucesso ::::::::::::::: 43 Maravilhas do mundo :::: 57 O que fazer em São Petersburgo, Rússia ::::::::::::::: 57 Nossa casa ::::::::::::: 67 Vida e saúde ::::::::::: 71 Afasia ::::::::::::::::: 71 Culinária :::::::::::::: 77 Caldo de Mandioca com Bacon :::::::::::::::: 77

Chocolate Quente Cremoso :::::::::::::: 79 Torta de Frango no Liquidificador ::::::: 81 Humor :::::::::::::::::: 83 RBC News ::::::::::::: 89 Descubra como os cegos utilizam smartphones e tablets ::::::::::::: 89 Olhe e observe: aplicativo garante mais autonomia a pessoas com deficiência visual :::: 95 Espaço do leitor ::::::: 101 Editorial Caro leitor, Mais uma vez, aqui estamos para comemorar com você nossa vitória. Que vitória? A de podermos, a cada três meses, lançar material de qualidade utilizando o Sistema Braille, tão importante para a identidade, cultura e formação das pessoas cegas. Neste número, vamos explorar diferentes aspectos da distante Rússia, um país interessantíssimo que poucos brasileiros conhecem, com uma história e cultura riquíssimas: em "Maravilhas do Mundo", vamos falar sobre as atrações que uma de suas principais cidades, São Petersburgo, tem a oferecer aos visitantes -- com destaque para a história dos czares, como eram chamados os imperadores

russos; já a seção "Pensamentos" é dedicada aos escritores e filósofos russos, através dos quais podemos ter alguma percepção de como se desenvolve o modo de viver e pensar desse povo tão peculiar. Por fim, "No mundo das Artes", vamos contar um pouco da história do Ballet Bolshoi e da chegada dessa importante escola de dança ao Brasil, trazendo a tantas crianças e jovens carentes oportunidades com as quais jamais poderiam sonhar. Saindo desse universo, encontramos ainda neste número: o desejo de retornar às ale- grias simples da vida, expresso no texto de Fabrício Carpinejar; o humor incomparável de Paulo Mendes Campos, comentando situações do dia a dia; a reflexão mais profunda de Martha Batalha, mostrando que mesmo um fato que merece os noticiários, é muito mais do que só aquilo que a mídia apresenta, podendo abrir portas em nosso interior. Quem disse que criança não tem lá suas preocupações? Pois a tirinha “Os Tampinhas”, que estreia nesta edição da RBC, nos convida a retornarmos à nossa infância e nos lembrarmos do tempo em que éramos como as crianças inteligentes e questionadoras que de vez em quando nos deixam com os cabelos em pé para responder a todas as perguntas que elas nos fazem. Falando em recordar, quem está de volta é o nosso bom e velho caça-palavras. Você vai encontrá-lo nos Desafios. Não deixe de aproveitar e treinar para ver como você está neste jogo. Algumas situações nos trazem preocupação, sobretudo quando pensamos em pessoas

queridas. A afasia é uma delas. Mas o que é mesmo afasia? Não adianta nos preocuparmos com uma sem conhecer para poder enfrentar. "Vida e Saúde" aborda o assunto e procura esclarecer um pouco este traço que pode ser sequela de algumas doenças. A seção RBC News traz uma novidade: a estreia de Carolina Fernandes Herdy, escrevendo sobre os recursos tecnológicos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual. E ela fala nesse assunto com conhecimento de causa -- com 29 anos, graduanda em letras e cega, Carol, como é chamada pelos colegas, é uma usuária avançada desses recursos e vai compartilhar seus conhecimentos conosco, para que também possamos nos apro- priar dessas ferramentas incríveis que tornam o mundo mais acessível para todos.

É claro que não faltam histórias engraçadas da seção "Humor", nem receitas, inclu- indo uma sopa (que delícia nesse inverno!), além de dicas para melhorar cada vez mais nosso cuidado com um espaço tão importante: nossa casa. É uma revista para curtir, rir, emocionar-se e aprender. Boa leitura! Comissão Editorial õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Nossa vida futura Autor: Fabrício Carpinejar Que eu possa deitar debaixo das árvores na praça para olhar o céu rodando. Que eu feche os olhos para decifrar o que os pássaros estão cantando. Que eu conte as aves que vão na migração. Que eu mergulhe no mar, para debochar das ondas pequenas e me arrependa da soberba com as ondas maiores. Que eu não tenha mais preguiça de passar protetor nas costas da esposa. Que eu aceite, com exclamação infantil, os convites para passear. Que eu viaje para longe, sem repetir nenhuma canção na playlist. Que eu me aventure em trilhas para dividir um sanduíche nas alturas. Que eu coloque a cabeça debaixo da cachoeira gritando de frio e de coragem. Que eu cuide das pedras molhadas e descubra as sombras dos peixes. Que eu fique boiando, sentindo as cócegas do sol no rosto. Que eu perca o tempo de vista no bar com os amigos, lembrando do que vivi pelas histórias dos outros. Que eu tome banho de chuva, pisando nas poças de propósito. Que eu volte a ver meu time no estádio lotado e enlouqueça na hora do gol. Que eu retorne à minha pelada nas segundas passando mais a bola. Que eu prepare um churrasco, convidando mais gente que o número de pratos no armário e esquecendo aberta a porta de casa. Que eu veja, na calçada apertada, o quanto meus filhos cresceram, que não cabem mais ao meu lado. Que eu ponha os pais no colo, meus bebês grisalhos. Que eu compre roupa nova para alguma festa e desfrute do prazer de arrancar a etiqueta. Que eu dance até apertar os sapatos. Que esteja descalço no fim da balada. Que espere amanhecer para ir embora. Que eu me maravilhe de me despedir de cada pôr do sol.

Que eu caminhe pelo bairro para apontar o comércio que não conhecia. Que eu manche a toalha de mesa dos restaurantes com vinho e farelos da minha gula pela vida. Que eu me comova na hora de oferecer um abraço, que o aperto seja sincero e definitivo, como o nó dos cadarços. Que, no meio da rua, eu beije a boca de minha mulher com vontade de entrar em sua alma. Que eu ache bonito qualquer manifestação de carinho de estranhos, um aceno, mãos entrelaçadas, afago nos cabelos, que não sofra mais do medo da ternura.

Que eu chore quando tiver vontade, ria quando não tiver vontade. Que a saudade de tudo me faça melhor do que antes. Fonte: ~,https:ÿÿwww.~ bemmaismulher.comÿnossa-~ vida-futura-fabricio-~ carpinejar~, Acesso em: 13/02/2023 :::::::::::::::::::::::: O cometa e o instante que é a vida Martha Batalha Sagan disse que somos feitos de pó de estrelas. A beleza da afirmação é ser poética e científica sem que uma definição contradiga a outra Hoje é noite de cometa. Passa pela Terra o C/2022 E# (ZTF), cometa de luz verde que já esteve por aqui há 50 mil anos, e que pode ser visto no Hemisfério Sul de binóculos e no Hemisfério Norte a olho nu. Fôssemos mais evoluídos, esta seria a manchete principal dos jornais, o tópico mais comentado no *Twitter* e comunicado oficial dos governos. Algo como: interrompemos o curso das neuroses humanas para um momento de contemplação. Passa no céu um cometa. Apaguem as luzes, abram janelas, saiam de casa, encham as ruas e as praças, desfrutem do céu especial. Pensem na vastidão do universo e no instante da vida, e que somos uma poeirinha e também um milagre na combinação de matéria que faz de você, você. Somos, como disse o astrônomo americano Carl Sagan, feitos de pó de estrelas. A

beleza da afirmação é ser poética e científica sem que uma definição contradiga a outra. Sagan se referia ao nitrogênio em nosso DNA, ao cálcio nos dentes, ao ferro no sangue. Substâncias que há bilhões de anos estavam no interior das estrelas e que se combinaram de modo aleatório (ou não, e aqui é Deus entrando na ciência) para criar o homem. Ando fascinada por Sagan depois de ler “Cosmos”, seu livro sobre a origem da Terra e do universo. Há quatro bilhões de anos, ele conta, a vida começou nos oceanos, e veio como uma sopa orgânica até a criação do DNA, e depois, com a invenção do sexo, quando dois organismos puderam trocar parágrafos e páginas inteiras de seus livros de DNA, a vida explodiu. (Eu nunca havia lido uma definição tão bonita sobre o pragmatismo e benefícios do sexo.) Sagan condensa a criação do universo em algumas dezenas de páginas de um modo tão claro que depois da leitura me achei com moral para pedir emprego na Nasa. Diria: já sei tudinho de céu, vim para a vaga de mexer nos botões do telescópio James Webb. Aliás, eu tam- bém ando fascinada por esse telescópio. O James Webb é uma espécie de iPhone Pro da Nasa tirando fotos de Deus. (Vão até ali, deem um Google, se maravilhem com as fotos, eu espero.) Cada imagem do James Webb me desarruma por dentro. As cores e texturas, as formas únicas, o brilho das estrelas jovens sob nuvens de poeira e gás, o movimento para mim divino dos pilares da criação, é tudo muito mais do que meus olhos terráqueos suportam.

Diante de uma explosão de estrelas eu sinto algo além do que me compraz ao ver a beleza simples da Terra, com suas flores, peixinhos, montanhas, florestas. Eu vejo sentindo algo maior, inspirador, lado a lado com a minha profunda ig- norância. Bom saber que neste mundo cheio de gente chinfrim há também estas outras pessoas, imensas, que se dedicam a estudar estrelas, vulcões e hieróglifos. Gente empenhada em responder de onde viemos e para onde vamos. Há tanto ainda para ser descoberto. Na escala evolutiva, ontem Santos Dumont voou no 14-Bis e hoje o James Webb nos brinda com a imagem de uma Nebulosa da Tarântula, de uma Nebulosa Carina, de uma tempestade em Titã (quero este trabalho também, de dar nomes bonitos às descobertas da Nasa).

E tudo por causa de um risco verde passando no céu. Boa noite de cometa, e bom instante de vida para vocês. Fonte: Jornal *O Globo*. 01/02/2023. Notas 1) Nebulosa Carina: também conhecida pelos nomes de Grande Nebulosa de Carina; Nebulosa Eta Carinae; NGC 3372 e Grande Nebulosa), é uma brilhante nebulosa distante entre 6.500 e 10.000 anos-luz da Terra e que tem dentro de seus limites vários aglomerados abertos de estrelas -- dentre eles os aglomerados Trumpler 14 e Trumpler 16. Este último é o lar de duas das mais maciças e luminosas estrelas da nossa

galáxia Via Láctea: Eta Carinae e HD 93129A, 2) Nebulosa da Tarântula: tem esse apelido curioso por causa de seus filamentos, que se estendem pela imagem como pernas de uma aranha. A estrutura cósmica é a maior e mais brilhante região de formação estelar do Grupo Local, que são as galáxias mais próximas da nossa Via Láctea. 3) Tempestade em Titã: tem- pestade de poeira na lua de Saturno, chamada Titã. Vocabulário Aleatório: adj. Não estabelecido por regras certas, fixas, determinadas. Hieróglifos: s. m. Escrita sagrada, dominada apenas por pessoas que tinham o poder

sobre a população, como: sacerdote, membros da realeza e escribas. Pragmatismo: s. m. Análise das coisas através de uma abordagem pragmática, prática. Compraz (comprazer): v. Satisfazer (o gosto, a vontade, de alguém, de si mesmo). :::::::::::::::::::::::: O Despertar da Montanha Autor: Paulo Mendes Campos Assim como há quem sofra de insônia, sofro de despertar. Meu sonho é tão nebuloso, tão viscoso, tão atravessado de assombrações e armadilhas, que me custa o indizível ter de me arrastar desse brejo ancestral para as obrigações do mundo urbano. Existe um poema de Henri Michaux que conta o angustioso renascimento do planeta gasoso em que certas pessoas se transformam depois da viagem noturna; dele e meu. Enquanto pude, filho ou chefe de família, proibi que me fosse feita qualquer pergunta durante minha primeira hora de vida cada manhã. Você vai hoje cedo para cidade? Uma questão à toa como essa, em vez de me puxar para frente, me empurra de novo para trás, para o pântano primeiro onde se conhece apenas o desconhecimento. Quer um ovo quente? E eis- -me outra vez cadáver que não morreu de todo, um morto ainda emaranhado no pesadelo de ter vivido. Quando os pequenos foram crescendo (são dois, como no Plebiscito, um menino e uma menina), minha interdição começou a ser desmoralizada. Abro os olhos omissos e, como um cão que estranha o dono, tenho vontade de latir para o universo. Venho de charnecas nevoentas, venho de violentos desencontros e nada quero. Sou só um pedaço de homem, sem forças para galgar os degraus do dia que se oferece. Já inclinado a regressar para sempre ao meu povoado de fantasmas, de horrores e êxtases selvagens, ouço uma voz a pronunciar pala- vras incompreensíveis e, decerto, sinistras. Faço um esforço sem direção. Uma faísca sonora articulou a palavra papai, estilhaçando a treva que vedava a face do abismo. Papai era eu. Abro os olhos idiotas e vejo uma carinha que não me é de todo estranha. Depois de sofrida reflexão, admito que pode ser minha filha. Mas terei uma filha? Desisto de saber. Fujo por um túnel, ando, ando, e reapareço do outro lado, onde a mesma carinha me espera com a sua condenação. Papai! Papai sou o mesmo, digo para tranquilizar-me. Removo destroços, procuro espantar pelo menos o grosso do nevoeiro, agarro-me ao abajur, ao armário, à persiana. O homem da caverna consegue afinal emitir uma palavra: Hã! A menina, esperançada, repete a sentença ininteligível: -- Como é que eu distribuo 2.400 litros d'água por três reservatórios, de modo que o primeiro tenha 54 litros mais que o segundo, e este 63 li- tros mais que o terceiro? Diante desse enigma repelente é muito melhor voltar à condição de ameba, mas já é tarde: estou grudado a uma zona intermediária, numa desolada terra de ninguém, entre dois mundos absurdos. Abre-se um pouco mais a réstia do entendimento, mas o impasse

continua. Com timidez e ressentido orgulho, confesso: Não sei. A carinha não se afasta e compõe outro enigma, como se fosse possível a gente ignorar uma coisa e saber ou- tra, como se os enigmas todos não constituíssem um único e esmagador enigma: -- Uma livraria manda pagar a uma casa editora de Paris uma fatura de 1.500 francos por intermédio de Banco de Londres... Gemido e desespero. A esfinge continua implacável: -- Eu quero saber qual a quantia necessária, em moeda brasileira, se 30 francos valem uma libra, e esta, 2 cruzeiros. Aquela libra a 2 cruzeiros me funde e difunde outra vez: -- Não sei; pergunte à sua mãe que é inglesa. Fecho os olhos. (Puxa, papai!) Abro os olhos. Reconheço com uma alegria de

bicho inferior que a menina impertinente sumiu. Posso re- gressar aos meus pampas impalpáveis, às minhas campinas eternas. Mas uma pata de urso me agarra pelos cabelos. Papai. Abra os olhos com relutância e vejo uma cara redonda e resolvida do menino. -- Pai, os músculos formam o que chamamos de carne? -- É claro -- respondo sem convicção, só para ficar livre daquela cara de maçã. -- Quais são os símbolos da pátria? -- Que pátria? -- Da nossa pátria, ora bolas. -- Não me lembro de todos. -- Como eram constituídas as bandeiras? -- Mesma coisa de sempre: um pedaço de pano e um pedaço de pau.

-- Deixa de ser burro, pai; essa até eu sei: as bandeiras eram constituídas de homens, mulheres, moços, velhos, índios amassados, padres, animais domésticos e bestas de carga. -- Se você sabe, por que está perguntando? -- Queria ver se você é mesmo ignorante. -- Vê se não chateia, Daniel. Recebo uma patada no ombro e reconheço que perdi o combate: vou nascer de novo. A luz me machuca. Usando de todos os meus pseudópodos, rastejo até o chuveiro. A água faz bem aos animais. Do outro lado da porta as perguntas também chovem: -- Qual é o antônimo de fervor? -- O barulho do chuveiro não me deixa ouvir.

-- Que consequências trágicas sofreu o Brasil na Segunda Guerra Mundial por não possuir estradas? -- Hein? Depois eu conto. -- Movimento de translação é assim ou assim? -- Não posso ver pela porta, não é, Gabriela? -- Como Pedro Alves Ca- bral podia saber que tinha chegado na baía Cabrália? -- Engraçadinho!... -- Como era mesmo o nome direito do Caramuru? -- João Ramalho, menina. -- Que João Ramalho, pai? -- Uai, não é não? -- João Ramalho é aquele que ajudou Martim Afonso de Sousa na capitania de São Vicente. -- Ah, isso mesmo: o bacharel de Cananeia. -- Mas eu quero saber é o Caramuru.

-- O de Caramuru eu não sei não. Fonte: Paulo Mendes Campos. Balé do Pato e outras crônicas. São Paulo: Editora Ática, 2008. Notas Caramuru: nome dado pelos indígenas brasileiros ao português Diego Álvares Correia, que significa Deus do Trovão. Esfinge: referência ao mito grego da Esfinge, que abordava viajantes com perguntas enigmática, dizendo: “Decifra-me ou devoro-te”. Plebiscito: referência ao texto de mesmo nome de autoria de Arthur Azevedo.

Vocabulário Ancestral: adj. Relacionado com antepassados, com pessoas de quem se descende, provém, tem sua origem. Charnecas: s. f. Terreno árido e não cultivado onde só cresce plantas rasteiras e silvestre. Funde e difunde: (fig.) Deixou a cabeça confusa, atrapalhou as ideias. Indizível: adj. Que não se pode dizer; não demostrado por meio de palavras; impossível de se descrever. Ininteligível: adj. Que não se pode entender. Omisso: adj. Que não se manifesta ou não faz algo em prol de. Pseudópodos: s. m. Parte do corpo de alguns micróbios que é utilizada para locomoção.

Réstia: s. f. Feixe de luz que passa através de um orifício ou abertura estreita. Viscoso: adj. (fig.) Que tende a causar tédio, que é maçante, inconveniente. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Tirinhas Os Tampinhas Qual foi a fase da sua vida de que você mais gostou? Muitos, sem hesitação, responderiam a infância, época em que viveram momentos mágicos e de inesquecíveis lembranças. Na verdade, há um mundo encantador nessa etapa da vida, onde a criatividade e a inocência moram juntas e cativam todos que por lá passam. Por isso, muitos sentem-se facilmente emocionados e sensíveis a essas memórias, pois trazem de volta a si os sentimentos de alegria e de esperança. Como gostaríamos que o homem, dotado de tanta inteligência, pudesse criar uma máquina do tempo, para nos levar de volta, nem que por um instante, aos sonhos de criança... Porque a boa notícia é que existe uma máquina do tempo em cada um de nós, em nossas mentes e que é ligada quando vemos ou ouvimos algo que nos faz sentir aquilo que muitos chamam de saudade. Foi pensando nisso, que criei uma ponte para o mundo da infância, representado em histórias em quadrinhos num formato de tirinhas diárias que publico na internet. Essas tirinhas retratam o mundo dos Tampinhas, que são crianças comuns vivendo intensamente a fantasia desse encantador universo. A série celebra a infância e é nesse sentido que os diálogos e situações se formam e se misturam com as sensações agradáveis já presentes em nós, fazendo-nos reconhecer que somos nada mais do que crianças crescidas. (Cainan Freitas -- publicado em 2015).

Apresentação dos personagens Mayron: personagem principal do desenho. É uma criança muito curiosa e com uma imaginação muito fértil. Sua criatividade é sua principal qualidade. Téca: uma garotinha sincera e muito justa. Esta personagem ajuda as outras crianças a medir as consequências de suas escolhas, servindo assim como conselheira da turma. _`[Tirinha “Os Tampinhas” em quatro quadrinhos: Q1: Téca e Mayron jogam damas. Téca diz: “Não consigo entender os adultos. Eles só vivem reclamando entre si!”; Q2: Eles continuam jogando damas e Téca continua falando: “Vivem estressados e

sempre buscam os erros e as falhas das pessoas para poderem condenar e julgar.”; Q3: Téca diz: “O que eles poderiam fazer para não se irritarem tanto uns com os outros?”; Q4: Téca e Mayron ainda estão jogando damas, Mayron diz: “Não sei, mas cuidar da própria vida já seria um bom começo.”_`] _`[Tirinha “Os Tampinhas” em quatro quadrinhos: Q1: Téca e Mayron estão em um supermercado. Em frente, há uma estante de produtos. Mayron pega algumas coisas. Téca diz: “O que são todas essas coisas? Já se esqueceu do que o vovô disse?”; Q2: Eles continuam no mesmo lugar, Mayron diz: “O que ele disse?”;

Q3: Téca diz: “Ele disse que só poderíamos pegar coisas saudáveis, como frutas por exemplo.”; Q4: Em frente a estante de produtos, Mayron diz a Téca: “A bolacha é de morango, as balas são de banana e os bolinhos são de maçã.”_`] _`[Tirinha “Os Tampinhas” em quatro quadrinhos: Q1: Mayron e Téca estão sentados em um gramado olhando para o céu à noite. Mayron diz: “Será que existem vidas inteligentes em outros planetas?”; Q2: Téca diz: “Acho que sim.”; Q3: Mayron de braços abertos diz: “Mas então por que nunca vieram nos visitar?”;

Q4: Eles se olham e Téca diz: “Porque eles são inteligentes.”_`] Fonte: ~,https:ÿÿwww.~ calameo.comÿreadÿ~ 0028241485de8e8cce~ 11c~, Acesso em: 20/03/2023 õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Desafios Caça palavras 1. Delícias típicas de Festa Junina pelo Brasil: amendoim -- canjica -- cocada -- cural -- cuscuz -- macaxeira -- milho -- mungunzá -- pamonha -- pipoca -- quentão _`[As palavras podem aparecer da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, de cima para baixo e de baixo para cima._`]

a m e n d o i m p i m k e o u c d b ê w j m a q u e z x i n a u l á z u a c o p i p q u o n v a y c a p a m o n h a q v j á r u b e u x u n t r u u e i z u q a q u e n t ã o ç ã b c o c a d a õ i g h l h o ã n a h l i m u i r u y ç a m n q ã l k a i o c a n g i k a n t i i x i e g i n z u c s u c r o m o m n u v â á l d c e r u 2. Nome de flores: agapanto -- amarílis -- azaleia -- camélia -- cravo -- hortênsia -- girassol -- lírio -- magnólia -- margarida -- papoula -- rosa -- tulipa -- violeta

ê c h o r t ê n s i a l p o i n a h ç i u r u b l a m e v n a r v i o l e t a t r e s a ã i e u n ã i r m ó r a s o r b l d e p a p o u l a z e i c e ó a g a p a n t o x a t r e z n c e g i r a s s o l z í u h g a d i r a g r a m e u l g l a l d e a m a r í l i s q u e m a c o c a m é l i a o ã m m Respostas: 1. Palavras na horizontal • esquerda para direita: amendoim (1ª linha), pamonha (4ª linha), quentão (6ª linha), cocada (7ª linha). • direita para esquerda: pipoca (3ª linha), cuscuz (10ª linha). Palavras na vertical • cima para baixo: canjica (1ª coluna), macaxeira

(8ª coluna), mungunzá (9ª coluna). • baixo para cima: milho (2ª coluna), cural (3ª coluna). 2. Palavras na horizontal • esquerda para direita: hortênsia (1ª linha), violeta (3ª linha), papoula (5ª linha), agapanto (6ª linha) girassol (7ª linha), amarílis (9ª linha), camélia (10ª linha). • direita para esquerda: margarida (8ª linha). Palavras na vertical • cima para baixo: tulipa (6ª coluna), azaleia (11ª coluna). • baixo para cima: magnólia (1ª coluna), lírio (13ª coluna), cravo (14ª coluna) õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Pensamentos "O humor é o mérito de nossa nação. Cáustico e amargo, de coração simples e intricado, o humor russo viveu os anos mais ferozes e desesperados. E eu gostaria de acreditar que continuaremos uma grande nação enquanto pudermos fazer piada.” Serguêi Dovlátov `(1941- -1990`) “Nós, russos, não temos nenhum sistema de criação social. Não somos reunidos ou manobrados para nos tornarmos campeões dos ý"princípios sociaisý" ou outros princípios, mas simplesmente deixados para crescer selvagemente, como urtigas na cerca.” Mikhail Saltikóv-Schedrín (1826-1889) “É amedrontador quão livre o espírito do homem russo é, quão forte é sua vontade! Ninguém é tão ausente de seu solo nativo, como ele, por vezes, teve que ser; ninguém nunca se virou para outra direção tão bruscamente seguindo suas convic- ções!” Fiódor Dostoiévski `(1821- -1888`) “O panorama da alma russa corresponde ao panorama da Rússia, a mesma falta de limites, falta de formas, alcançando a infinidade.” Nikolái Berdiáev `(1874- -1948`) “Estou longe de admirar tudo o que vejo a meu redor... Mas juro por minha honra que por nada no mundo eu gostaria de trocar minha pátria ou de ter qualquer história diferente daquela de nossos ancestrais, como Deus nos deu.” Aleksander Púchkin `(1799- -1837`) “É nossa apatia russa: não sentir as responsabilidades a nós impostas por nossos direitos e consequentemente negar essas responsabilidades.” Lev Tolstói (1828-1910) Fonte: ~,https:ÿÿbr.rbth.~ comÿculturaÿ79765-10-~ frases-magistrais-alma-~ russa~, Acesso em: 20/03/2023 õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

No mundo das artes Ballet Bolshoi de Joinville: 23 anos de sucesso Você sempre sonhou em estudar dança em uma grande escola no exterior? Saiba que, no Brasil, é possível estudar na filial de uma das maiores do mundo: a Escola do Teatro Bolshoi. A única unidade da escola existente fora da Rússia funciona, desde março de 2000, na cidade de Joinville, localizada no Norte Catarinense. Além de trazer ao país toda a tradição do balé russo, a Escola do Teatro Bolshoi vem realizando o sonho de centenas de crianças e jovens brasileiros de se tornarem bailarinos profissionais, em uma escola de excelência.

Mas, antes de falar sobre o Bolshoi de Joinville, vamos conhecer um pouco mais sobre a sua matriz: a Escola do Tea- tro Bolshoi de Moscou. Ela foi fundada em 1776, como uma pequena companhia, Pyotr Ouroussoff e seu sócio britânico Michael Madox. Naquela época, a maior parte de seus integrantes eram alunos de uma escola de dança que funcionava num orfanato da cidade. Em pouco tempo, o grupo passou a ser uma companhia -- a companhia do Teatro Petrovsky construído especialmente para abrigá-lo. Em 1805, o teatro foi destruído por um incêndio. O Czar Alexandre I construiu então outro teatro para o grupo, batizado de Teatro Imperial. Não durou muito. Poucos anos mais tarde, em 1812, durante a invasão francesa em Moscou, mais uma vez a companhia perdeu seu teatro, também destruído pelo fogo. Foi reconstruído em 1825 já com o nome que o tornaria mundialmente famoso -- Teatro Bolshoi, que significa “grande" em russo. Em 1900, o novo mestre de balé da escola, Alexander Gorsky, renovou a companhia, encenando os espetáculos do chamado “pai do ballet clássico”, Marius Petipa, como Dom Quixote, O Lago dos Cisnes e La Fille Mal Gardée. O Bolshoi passou a ter uma nova e forte identidade, ganhando fama e notoriedade em todo o país. Após a Revolução Russa, quando a capital mudou de Leningrado para Moscou, a companhia ganhou ainda mais destaque. Ela passou a receber incentivos do governo, o que possibilitou investir mais na formação de talentos e contratação de

novos bailarinos para a companhia. Hoje, o Teatro Bolshoi é um patrimônio cultural e artístico da Rússia, que inclui tanto o prédio quanto a companhia de dança. No seu palco, grandes estrelas do balé mundial se apresentaram, dançando músicas escritas especialmente para balé de compositores famosos, como Rachmaninov, Gorsky, Prokofiev, Grigorovich e Vasiliev. Assistir a um espetáculo da companhia e poder conhecê-la de perto é um dos programas mais cobiçados de quem visita a capital russa. O método Vaganova e a revolução mundial no ensino de dança Agrippina Vaganova nasceu em 26 de junho de 1789, em São Petersburgo. Aos nove anos, começou a estudar balé da Escola Imperial, formando-se em 1897, mas continuando a atuar na companhia da Escola, onde chegou a solista. Apesar de reconhecida pela técnica impecável, não chegou a brilhar nos palcos como outras bailarinas contemporâneas suas na Rússia. Em 1916, aposentou-se como bailarina para dedicar-se ao seu maior talento: o de professora de dança. De certa maneira, o fato de sempre ter sido ofuscada no palco foi a matéria-prima para o método que desenvolveria, a partir da análise crítica à própria formação recebida pela escola de balé russa da época -- conhecida pelo vigor e força nos pés, mas sem a elegância e leveza das escolas francesa e italiana. Assim, ao longo da sua atividade como professora, ela

passou a enfatizar a consciência corporal do aluno em cada movimento executado, assim como o desenvolvimento da força da parte inferior das costas, da flexibilidade e da expressividade. Do método francês, Vaganova utilizou a fluidez e expressividade dos braços e do torso; do italiano, os giros e saltos virtuosos. O objetivo era que com esse preparo o bailarino tivesse condições de “dançar com o corpo todo”, unindo vigor, com leveza e graciosidade -- que passou a ser a marca do balé russo, exportado para outros países. Entre os bailarinos formados pelo método Vaganova estão alguns dos maiores bailarinos de todos os tempos, como Rudolf Nureyev, Mikhail Baryshnikov, Nathalya Makarova, Galina Ulanova, Marina Semyonova, Vladimir Vasiliev, Ekaterina Maximova e as atuais estrelas do balé mundial Svetlana Zakharova, Maria Alexandrova, Nikolai Tsiskaridze, Yuri Klevtsov e Natalia Osipova. Por que Joinville? A ideia de abrir uma filial da companhia no Brasil surgiu em 1995, quando o diretor artístico do Teatro Bolshoi, Alexander Bogatyrev, na intenção de propagar a metodologia russa de ensino de dança, idealizou um projeto que re- produziria as mesmas características da escola de Moscou. Em 1996, em turnê pelo Brasil, o Ballet Bolshoi se apresentou no tradicional Festival de Dança de Joinville, e seus dirigentes e bailarinos ficaram impressionados com a receptividade do público e o potencial da cidade para abrigar o projeto em estudo desde o ano anterior. Mas foi somente em 1999 que o projeto tomou forma e foi colocado em prática. No Festival de Dança daquele ano, a primeira bailarina do teatro Bolshoi, Alla Mikhalchenko assinou o protocolo de intenções com o então prefeito de Joinville. De acordo com o documento, a nova escola seria uma instituição com personalidade jurídica de direito privado e sem fins lu- crativos, criada com o objetivo de ensinar a técnica de balé segundo a metodologia Vaganova, dança contemporânea e disciplinas complementares. Ela seria mantida pelo governo do estado de Santa Catarina, com apoio da prefeitura, de patrocinadores e de apoiadores da iniciativa privada. E assim foi feito. Com a filial de Joinville, a Escola do Teatro Bolshoi

vem prestando um importante serviço na democratização da arte e da cultura, além de promover a empregabilidade dos jovens. Até final do ano passado, 577 alunos haviam se formado na escola; cerca de 200 deles atuam na área como bailarinos, coreógrafos, intérpretes, professores em escolas e academias entre outras áreas afins. Dos quatro brasileiros que fazem parte do Ballet Bolshoi de Moscou, três são formados pela escola de Joinville: Bruna Gaglianone, Erick Swolkin e Mari- ana Gomes. Estudar no Bolshoi Brasil também aumentou as possibilidades para que egressos da escola tenham sucesso em competições de dança internacionais. Em 2017, uma ex-aluna da escola, Amanda Gomes, foi

premiada em uma das mais conceituadas competições internacionais, a Moscou Competition. O ingresso na escola A instituição tem um compromisso social e concede 100% de bolsas de estudos e benefícios para todos os seus alunos, que vêm de diversos estados do país e do exterior. A seleção para o ingresso de novos bailarinos acontece todos os anos. Os cursos oferecidos pela instituição são: • curso básico em dança clássica; • curso técnico de nível médio em dança; • curso técnico de nível médio em dança clássica. Todos eles contam com uma extensa grade curricular que aborda desde danças populares

até teatro e piano e são aprovados junto ao Ministério da Educação (MEC). Todos os anos, a escola realiza audições para os cursos básico e técnico de dança clássica. O processo pode acontecer em três etapas. A pré-seleção Os profissionais da escola vão até o local definido e realizam uma avaliação. Os candidatos, de 12 a 18 anos, passam por uma aula de balé. Já os de 9 a 11 anos têm seu potencial avaliado com alguns exercícios. Nessa fase, não há número de vagas estipuladas e elas são oferecidas para ambos os sexos. Os candidatos com maior potencial são convidados a participar da seleção, com concorrentes de todo o país e até de outros países. A seleção A seleção ocorre todos os anos, em outubro. Nessa fase, é disponibilizado um número específico de vagas para os cursos técnico e básico de dança clássica, femininas e masculinas, que variam de acordo com idade, curso e téc- nica. São oferecidas também vagas para crianças com ou sem conhecimento da técnica. A seleção é aberta a qualquer um que preencha os requisitos do edital de seleção ou que tenha passado pela etapa de pré- -seleção. São analisadas as condições físicas para a prática de dança, como musculatura, articulações, habilidades físicas e motoras, flexibilidade, entre outras. Também são avaliados o desempenho intelectual e a musicalidade dos participantes. Audição As audições acontecem de fevereiro a outubro e são realizadas apenas para os alunos entre 12 e 18 anos e podem acontecer em diversos locais do Brasil e do exterior, por meio de convites da escola. Elas são direcionadas a candidatos que já apresentem conhecimentos prévios de dança. A audição consiste em uma aula de balé clássico e uma avaliação física para analisar o nível técnico dos bailarinos. Os candidatos aprovados garantem uma vaga na escola. Agora você já conhece um pouco mais sobre a história da escola brasileira do Ballet Bolshoi. Estudar nela é um grande sonho de quem quer se tornar bailarino hoje, no Brasil. Além da formação em dança, ela oferece visitas e espetáculos. Para os amantes do balé, é mais uma razão para conhecer “a Cidade dos Príncipes” ou “Manchester Catarinense”, como também é chamada Joinville pelos seus orgulhosos moradores. Fonte com alterção: ~,https:~ ÿÿwww.paixaopeladanca.com.~ brÿconheca-a-historia-do-~ bolshoi-de-joinvilleÿ~, Acesso em: 13/03/2023 Nota: La Fille Mal Gardée: traduzido para o português como Pobre Menina Rica. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Maravilhas do mundo O que fazer em São Petersburgo, Rússia Entre pontes, rios e prédios charmosos, destaca-se uma das cidades mais bonitas de toda a Rússia: São Petersburgo, localizada às margens do rio Neva, na entrada do golfo da Finlândia. Capital do país por dois séculos, é a porta de entrada para o comércio entre russos e os demais países do continente europeu, sendo considerada Patrimônio Mundial pela Unesco. A cidade de São Petersburgo foi fundada em 1703 por Pedro Alexeievich Romanov, também conhecido como “Peter the Great” ou “Pedro, o Grande”, em português. São Petersburgo significa “cidade de Peter”, mas teve seu nome modificado duas vezes --

primeiramente chamada de Petrogrado, foi rebatizada logo após a Primeira Guerra Mundial, como Leningrado, em homenagem ao comunista e revolucionário Vladimir Lenin. Contudo, voltou a ser chamada de São Petersburgo após a queda da União Soviética. Hoje em dia, é considerada a capital cultural da Rússia e a mais europeia cidade desse país que ocupa parte de dois continentes -- a Ásia e a Europa. Mas, para visitá-la, há que se considerar a melhor época para isso -- São Petersburgo é uma das cidades mais frias do mundo. De novembro e até meados de março, são cerca de 120 dias com neve e temperatura que chega a -36} C. Em abril, com a chegada da primavera, a neve começa a derreter e o calor alegra os visitantes. O mês de junho é o de maior movimento de turistas na cidade, principalmente entre o dia 11 até o dia 2 de julho, quando o sol passa a brilhar não só durante o dia como na maior parte da noite. É a época das chamadas “noites brancas”, que deixam o clima ainda mais animado na região e faz a alegria dos turistas. Já os meses de julho e agosto são os mais quentes com as temperaturas beirando os 22° C. Em setembro e outubro o clima moderado é super agradável, embora chuvas e ventos costumem atrapalhar os programas de quem está ali para curtir a cidade. Existem diversas formas de chegar a São Petersburgo, pois a sua localização é de fácil acesso. É possível pegar um voo saindo do Brasil com escala em vários países da Europa, com destino ao aeroporto de Pulkovo (LED), que fica a 20 km do centro da cidade. Dali pode-se pegar um ônibus com conexão com a linha 2 do metrô ou então pegar um taxi caso não tenha reservado um serviço de transfer. Outra opção muito bacana é pegar um trem em Moscou e viajar pela maior ferrovia do mundo -- a Transiberiana. Bem, e tem sempre a opção de alugar um carro não só para chegar ou sair de São Petersburgo como para conhecer lugares próximos num bate e volta. Opções para provar uma boa refeição da culinária russa é o que não faltam em São Petersburgo -- não apenas para comer algo local, como também provar alguma bebida russa, ou um café quentinho. Por falar em café quentinho, a Bakery F. Volcheka é uma rede de cafeterias e espécie de padaria que serve pães, folhados e tortas. O lugar é perfeito para se esquentar, tomar café e experimentar um dos pães fresquinhos que são feitos por lá. Se busca um local simples para o fim da tarde, recomendamos muito que você conheça o Pyshechnaya. O lugar é quase histórico e lá você vai poder tomar café com leite e se deliciar com o melhor Pyshka da Rússia, um tipo de donut polvilhado com açúcar que pode ser servido com leite condensado. Para almoçar, o Marketplace é uma sugestão por ser bem acessível, moderno e aconchegante. O almoço executivo inclui uma salada, prato principal e bebida à sua escolha. Além disso, o espaço oferece uma enorme diversidade de pratos, bancada de massas frescas, sobremesas e bebidas. Você pode encontrar acomodação de todos os valores em São Petersburgo. A grande

maioria fica no centro da cidade, em prédios históricos. Aliás, o centro histórico local é cheio de prédios interessantes e atrações. Dessa forma, você pode passar horas e horas andando e observando a arquitetura. Como há muito o que fazer em São Petersburgo, vamos sugerir os principais pontos e falar um pouco sobre cada um deles. O Museu Hermitage é uma das principais atrações da ci- dade pelo seu tamanho e es- plendor. Ele é um dos melhores museus do mundo, sendo popularmente chamado de ”Louvre da Rússia”. Teve suas exposições exibidas apenas no Pequeno Hermitage por muito tempo, porém ainda existe um complexo que inclui o Velho Hermitage. Todo o complexo é composto pelo Palácio Menshikov, Grande Hermitage, Teatro do Hermitage,

Palácio do Estado Maior e Novo Hermitage. O ingresso do Museu Hermitage pode ser comprado com antecedência para evitar filas e ainda inclui áudio e guia. Além disso, ainda existe o Palácio de Inverno que foi a residência oficial dos monarcas russos entre 1732 e 1917. Por lá, você verá ex- posições que vão desde a pré- -história, passando pela cultura russa. A Praça do Palácio fica entre o Palácio de Inverno e o Edifício do Estado Maior. Na praça, está a grande coluna Alexander, também conhecida como coluna Alexandrina. Esse monumento foi levantado em homenagem ao imperador Alexandre I que lutou contra a França na invasão da Rússia na Guerra Patriótica.

O Edifício do Estado Maior serviu de sede para o ministro das Relações Exteriores e de Finanças do país. O prédio é monumental, com seus incríveis 580 metros de largura e conta com um arco do triunfo em homenagem à vitória na guerra. Para visitar o Edifício, também é recomendável comprar o ingresso com antecedência. Durante a visita, você terá um áudio guia para apresentar as exposições de arte contemporânea e de pinturas francesas. A Nevsky Prospekt é uma das principais avenidas da cidade e numa breve caminhada já é possível ver muito do que fazer em São Petersburgo. Por lá, é essencial a visita à Casa Singer, também conhecida como a “casa dos livros”. Essa casa abriga uma grande livraria chamada Dom Knigi, onde é possível ver desde

obras clássicas russas, até livros atuais. O prédio foi feito pela empresa Singer no mesmo formato da sede em Nova York, porém bem mais baixa. Isso porque na época de sua construção nenhum outro prédio poderia ser mais alto que o Palácio de Inverno. A Catedral de Nossa Senhora de Kazan também fica na avenida. Ela passou pela guerra patriótica que aconteceu um ano após a finalização de sua construção, mas ainda assim sua arquitetura continuou incrível, com seus pilares distribuídos por toda área externa que se estendem por 90 m de comprimento. Se a sua curiosidade e seu bolso permitirem, considere incluir a Rússia e, em

especial, a bela São Petersburgo na sua próxima viagem. Fonte com alteração: ~,https:ÿÿwww.viajeleve.~ netÿo-que-fazer-em-sao-~ petersburgo-russia-dicas-~ de-viagemÿ~, Acesso em: 13/03/2023 õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Nossa casa Limpar os eletrodomésticos, como fogão e micro-ondas, assim que eles forem utilizados evita que as sujeiras se acumulem. Então, na hora de faxinar a cozinha, lembre-se desses pequenos detalhes. Eles ajudarão muito e tornarão as tarefas mais simples de executar. Tenha um cuidado especial com o banheiro. Devido à umidade, o banheiro é o cômodo mais propenso a acumular lodo. Portanto, é essencial dar uma certa atenção à limpeza dos rejuntes do azulejo e do piso, principalmente no box, evitando que a sujeira fique mais difícil de sair. Para facilitar na hora da faxina, deixe a pia sempre livre de objetos e itens que ocupem muito espaço. A melhor opção é colocá-los em armários e deixar na bancada só o que for essencial. No caso de maquiagens e remédios, o ideal é guardar em outro cômodo, pois o ambiente úmido do banheiro é desfavorável para esses tipos de produtos. As toalhas devem ser penduradas em lugar ventilado para que elas consigam secar totalmente antes do próximo uso, enquanto os ganchos das portas e paredes devem ficar desocupados para receberem peças de roupa ou roupões. Aproveite as áreas externas Se a sua nova casa possui um quintal, você pode aproveitar para montar uma área de lazer, com piscina e churrasqueira, por exemplo, ou para ajudar em outros serviços do cotidiano, como secar as roupas que foram lavadas.

Reserve um dia especialmente para cuidar do quintal e das plantas que fazem parte do jardim ou do interior da casa. Além disso, sempre que possível, também separe um tempo para manter todos os espaços de lazer limpos e em pleno funcionamento. Por fim, por que não transformar a sua varanda em um lugar agradável para passar o tempo? Decore-a com cadeiras, mesas, plantas e outros objetos que consigam compor um espaço charmoso e tranquilo para você e sua família. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Vida e saúde Afasia Lesões cerebrais, especialmente aquelas que atingem o lado esquerdo do cérebro, podem gerar uma sequela conhecida por afasia. Trata-se de uma disfunção que diminui a capacidade de uso da linguagem, da fala e prejudica a comunicação. Como consequência, a pessoa não consegue se expressar verbalmente da mesma forma que faria antes, bem como apresenta dificuldades na compreensão da linguagem verbal, escrita e mesmo na capacidade de escrever. Entre as causas mais associadas, estão o Acidente Vascular Cerebral (AVC), tumores cerebrais, doenças degenerativas (Alzheimer, por

exemplo) ou impactos na cabeça que acometem o hemisfério esquerdo do cérebro, ou as regiões frontais e temporais à esquerda. Essas são regiões onde estão, na maioria das pessoas, as redes neurais associadas às funções da linguagem. Há dois principais grupos de afasias, divididos pela fluência do discurso do paciente: • afasias fluentes: pessoas neste grupo são capazes de falar com facilidade e flu- ência, usando frases longas e complexas. Às vezes, as frases podem não fazer sentido no contexto da conversa, ou podem usar palavras incompreensíveis, incorretas ou desnecessárias. Nesse tipo, os pacientes geralmente não entendem o que está sendo conversado e nem sempre percebem que as demais pessoas não os compreendem. • afasias não fluentes: Neste caso, as causas, em geral, são lesões que atingem a região frontal do cérebro, envolvida com a fluência do discurso. Pacientes com esse tipo de afasia têm dificuldades para se expressar e achar palavras, às vezes omitindo-as, e falam frases muito curtas. Mas podem entender o que as outras pessoas dizem, e estão conscientes das próprias dificuldades, o que geram sintomas como frustração ou irritação. O paciente pode apresentar, também, fraqueza ou paralisia do lado direito do corpo. Se a pessoa passar a falar frases curtas ou incompletas, que não fazem sentido, ou se trocam uma palavra pela outra e substituem fonemas, esses são sinais de alerta. Esses sintomas são conhecidos como parafasias semânticas ou fonéticas, e podem vir associados a outros sintomas, como a incompreensão da conversa alheia, ou mesmo uma escrita que não faz sentido. Para identificar a afasia, uma série de testes neuropsicológicos podem ser usados, associados aos sintomas apresentados. Os testes avaliam as funções da linguagem do paciente, como: fluência e compreensão do discurso; capacidade de nomeação e de repetição; leitura e escrita. O teste de afasias de Boston, por exemplo, é padronizado em vários países e, em geral, aplicado por neuropsicólogos. Outros exames indicados são o neurológico, associado aos resultados dos testes neuropsicológicos, além de uma anamnese (entrevista) nas consultas. Quando necessário, são recomendadas tomografia computadorizada e ressonância magnética, para diagnóstico da lesão cerebral e possíveis causas das afasias. Antes da indicação de um tratamento, os especialistas devem identificar qual é a doença de base, para que seja tratada adequadamente. Caso os sintomas surjam de forma aguda ou súbita, é im- portante buscar um pronto socorro especializado com urgência, pois a causa pode ser um AVC. Quando tratados rapidamente, as chances de a pessoa não desenvolver sequelas aumenta. Para as afasias, o tratamento envolve programas de reabilitação da linguagem, principalmente a partir da fonoterapia. Depois disso, o paciente pratica as habilidades linguísticas e diminuem as deficiências com outras formas

de comunicação. A participação da família é importante na reabilitação do paciente. Infelizmente, não há uma prevenção direta das afasias, mas há recomendação de evitar as doenças de base, como o AVC. Para isso, é importante controlar os fatores de risco mais comuns, como: pressão arterial; diabetes; colesterol; obesidade; sedentarismo; tabagismo. Fonte: ~,https:ÿÿ~ vidasaudavel.einstein.brÿ~ afasia-o-que-e-quais-sao-~ os-sintomas-causas-e-~ tratamentosÿ~, Acesso em: 13/03/2023 Vocabulário: Acometem (acometer): v. Atacar; atingir. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Culinária Caldo de Mandioca com Bacon Ingredientes: 500 g de mandioca (descascada), 100 g de bacon (picado), 1 gomo de calabresa (picada), 1 cebola (picada), cheiro verde a gosto. Modo de preparo: Coloque a mandioca na panela de pressão, cubra-a com água, tampe e leve para cozinhar. Deixe por 30 minutos no fogo após pegar pressão. Em seguida, desligue o fogo e espere sair a pressão. Depois, retire a mandioca da

panela e despeje no liquidificador, junto com a água. Bata por cerca de 2 minutos ou até que forme um creme bem homogêneo. Reserve. Aqueça uma panela e frite o bacon até dourar. Em seguida adicione a calabresa e refogue ligeiramente. Adicione a cebola e frite até dourar. Acrescente o creme de mandioca e mexa para misturar bem. Abaixe o fogo e mexa de vez em quando até começar a ferver. Dica: Prove, caso seja necessário adicione um pouquinho de sal.

Para finalizar, salpique cheiro verde e sirva em seguida. Fonte: ~,https:~ ÿÿcomidinhasdochef.comÿ~ caldo-de-mandioca-com-~ baconÿ?utm{-source=~ LINKS&utm{-medium=~ 20Receita-para-o-Frio-~ cardapio-de-inverno&utm{-~ campaign&?=20-inverno-~ 2019~, Acesso em: 12/05/2023 :::::::::::::::::::::::: Chocolate Quente Cremoso Ingredientes: 200 ml de leite, 2 colheres (sopa) de chocolate em pó, 2 colheres (sopa) açúcar,

1 colher (sobremesa) de amido de milho, meia caixa de creme de leite. Modo de preparo: Numa panela, adicione o leite, o chocolate em pó, o açúcar e o amido de milho. Misture e leve ao fogo médio. Mexa sem parar até levantar fervura e ganhar uma consistência cremosa. Desligue o fogo e por último, adicione o creme de leite. Misture bem até que fique bem encorpado. Sirva em seguida. Fonte: ~,https:ÿÿ~ comidinhasdochef.comÿ~ chocolate-quente-cremosoÿ~ ?utm{-source=LINKS&utm{-~ medium=20Receita-para-o-~ Frio-cardapio-de-inverno&~ utm{-campaign&?=20-~ inverno-2019~, Acesso em: 12/05/2023 ::::::::::::::::::::::::

Torta de Frango no Liquidificador Ingredientes: 3 ovos, 1 xícara (chá) de óleo, uma xícara e meia (chá) de leite, 2 colheres (sopa) bem cheias de queijo ralado, 1 colher (café) de sal, 2 xícaras (chá) de farinha de trigo, 1 colher (sopa) fermento em pó, 450 g de frango desfiado e temperado a gosto. Modo de Preparo: No liquidificador, coloque os ovos, o óleo, o leite, o queijo ralado, o sal e a farinha de trigo.

Dica: Coloque sempre os ingredientes líquidos primeiro. Bata tudo por aproximadamente 2 minutos. Acrescente o fermento em pó e bata por 15 segundos, para misturar o fermento à massa. Em seguida despeje metade dessa massa numa forma untada e enfarinhada. Depois adicione o recheio por cima dessa massa. Dica: Caso você não queira usar frango para rechear a sua torta, você pode usar queijo, presunto, atum e etc... Cubra o recheio com o restante da massa. Leve para assar em forno preaquecido,

180}, por aproximadamente 35 minutos ou até ficar douradinha. Fonte: ~,https:~ ÿÿcomidinhasdochef.comÿ~ torta-de-frango-de-~ liquidificadorÿ?utm{-~ source=LINKS&utm{-~ medium=20Receita-para-~ o-Frio-cardapio-de-~ inverno&utm{-campaign&?~ =20-inverno-2019,~ Acesso em: 12/05/2023 :::::::::::::::::::::::: Humor Querendo aprender um pouco mais sobre finanças, fui a uma livraria e peguei o livro “Finanças pessoais para leigos”. Uma olhada no preço revelou, no entanto, quão pouco

crédito o gerente da loja dava a pessoas como eu. Na etiqueta lia-se: “Preço sugerido pela editora: R$16,95; preço promocional: R$17,99.” Dois amigos da minha tia foram a uma festa numa cidade vizinha. Lá pelas tantas, viram duas belas garotas e, para fingirem-se de ricos, escoraram-se na porta de um carrão ao mesmo tempo que acenavam para as meninas. Para surpresa dos dois rapazes, a paquera ia dando certo, pois as supostas interesseiras vinham ao seu encontro. -- Oi! -- disse um deles, todo empolgado. -- Oi -- respondeu uma delas, secamente. -- Vocês podem dar licença para eu entrar no meu carro?

Meu pai é do tipo que tem sempre razão. Quando trabalhava como feitor de ferramentaria na Volkswagen do Brasil, tinha muitos apelidos e poucos amigos. Era considerado pessoa de comportamento explosivo e radical. No fim de um dia de trabalho, estava na fila do ônibus da empresa e teve a sorte de ser o primeiro a entrar. De repente, surgiu um rapaz na sua frente. E meu pai disse, nervoso: -- Meu caro, o fim da fila é ali -- apontou com o dedo. E o outro respondeu: -- Tudo bem, chefe, só que o senhor vai ter de guiar o ônibus, porque o motorista sou eu. Qual borracha do limpador do para-brisa desgasta primeiro? Isso mesmo, a que fica no

lado do motorista. Isso aconteceu comigo um dia durante uma tempestade. Sem poder enxergar, encostei e tentei arrumar uma solução rápida. Achei uma luva de algodão amarela que estava jogada no chão e calcei-a no limpador. Consegui manter o vidro limpo de forma satisfatória. E, além disso, você ficaria surpreso com a quantidade de gente que acenou em resposta. Ao me mudar, fiz uma lista de empresas e serviços aos quais precisava informar meu novo endereço e liguei para cada um deles para fazer a devida atualização nos cadastros. Tudo corria bem até que telefonei para o programa de milhagem da companhia aérea que eu utilizava com frequência. Depois de explicar à atendente o que queria fazer, ela me disse:

-- Infelizmente nós não podemos fazer essa alteração por telefone. O senhor terá de preencher o formulário de mudança de endereço. -- E como consigo um formulário desses? Com a maior boa vontade, ela acrescentou: -- Ficaremos felizes em mandar um para o senhor. Poderia me dizer seu novo endereço para que eu mande pelo correio? No inverno, minha mulher e eu passamos férias na Península Olímpica de Washington. Estávamos ansiosos para visitar as florestas perto da costa, mas soubemos que avalan- ches haviam interditado algumas estradas. Mesmo apreensivos a respeito das condições adversas que poderíamos encontrar, continuamos a viagem de carro. Havíamos percorrido uma pequena parte da estrada para a Floresta Hoh quando vimos a placa: “Gelo 15 quilôme- tros.” Cinco quilômetros depois, outra: “Gelo 10 quilômetros.” A próxima placa era: “Gelo 1 quilômetro.” Diminuímos drasticamente a velocidade. Então vimos a última placa. Estava do lado de fora de uma lojinha e trazia os dizeres: “Gelo 50 centavos.” Fonte: ~,https:ÿÿwww.~ selecoes.com.brÿhumorÿ~ historias-divertidas-e-~ engracadasÿ~, Acesso em: 11/05/2023 õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

RBC News Descubra como os cegos utilizam smartphones e tablets Os smartphones e tablets se tornaram ferramentas indispensáveis para facilitar a vida de todos. Qualquer tarefa, seja navegar na internet, realizar uma compra, efetuar uma transação bancária e muitas outras, está disponível na tela do dispositivo ao alcance de alguns toques. Mas, nem sempre a tela pode ser visualizada pelo usuário, como no caso das pessoas com deficiência visual. Talvez, por esse motivo, uma das perguntas mais comuns de quem enxerga seja: como o usuário cego utiliza esses dispositivos se não sabe onde deve tocar ou onde estão localizados os ícones? O que a grande maioria das pessoas desconhece é que tam- bém é possível utilizar tais dispositivos sem enxergar a tela, uma vez que quase todos eles, ou a grande maioria deles já vem, por padrão, com uma tecnologia assistiva chamada leitor de tela. Esses leitores descrevem através de voz o que aparece na tela, conforme os itens vão sendo selecionados e ativados. Os sistemas operacionais Android e IOS já disponi- bilizam leitores de tela em seus dispositivos móveis, sendo eles o TalkBack e o VoiceOver respectivamente. Essas ferramentas já vêm instaladas como recurso de acessibilidade padrão para deficientes visuais, bastando apenas o usuário ativá-los. Esse recurso geralmente localiza-se dentro do item de configurações ou ajustes, nas opções de acessibilidade do dispositivo. Portanto, diferente de usu- ários que enxergam, que se orientam pela disposição visual dos ícones na tela, para usuários cegos que utilizam leitores de tela, o importante não é saber onde estão os ícones, mas sim conhecer o movimento ou combinações de gestos para chegar até eles e realizar as tarefas e ações. Assim, quando um leitor de tela estiver ativo os gestos da tela sensível ao toque ganham novas funções, como em alguns exemplos abaixo: • tocar: fala e seleciona um item; • tocar duas vezes: ativa o item selecionado; • deslizar para a direita: move o foco para o próximo item na tela; • deslizar para a esquerda: move o foco para item anterior da tela.

Além dos gestos básicos citados acima, cada leitor de tela possui suas particularidades, podendo assim a mesma ação ser realizada por um gesto diferente conforme o sistema operacional. Por exemplo, enquanto no Android o TalkBack reconhece que deslizar dois dedos para a esquerda ou direita significa navegar entre as várias telas de aplicativos, essa mesma ação é realizada pelo VoiceOver no IOS utilizando-se três dedos no lugar de dois. Para que se possa entender melhor o funcionamento dos leitores de tela, peguemos como exemplo um texto: é só o usuário selecioná-lo com um toque para que ele seja lido para ele pelo leitor de tela. Outro exemplo são os controles, como botões ou chaves

para ativar ou desativar um recurso, que quando selecionados são informados pelo leitor de tela ao usuário, que também receberá instruções, como, por exemplo, “dê dois toques para abrir ou ativar”. Já para digitar, o usuário pode utilizar a digitação por voz, também conhecida como “ditado” (mi- crofone) ou ainda explorar o teclado dando um toque para selecionar a letra e dois toques para escolhê-la. Essa lógica de utilização é aplicada ao dispositivo como um todo, ou seja, todas as informações textuais disponíveis na tela são transmitidas ao usuário cego através de informações faladas. Assim, ao utilizar tablets e smartphones é importante que o usuário com deficiência

visual conheça seu aparelho, o respectivo sistema operacional e leitor de tela, de modo a aprender os gestos destinados a realizar cada uma das funções e ações do dispositivo. Se houver curiosidade em saber mais sobre os gestos específicos para o uso de cada leitor de tela acesse a lista de gestos para uso do TalckBack ~,(https:ÿÿ~ support.google.comÿ~ accessibilitÿÿandroidÿ~ answerÿ6151827?hl=pt-BR~, ou a lista de gestos para uso do VoiceOver ~,(https:ÿÿ~ dicasapple.comÿgestos-do-~ voiceover-para-iphone-ipad-~ ou-ipod-touchÿ~, No vídeo “Touchscreen, iPhone e iPad para cegos” ~,https:ÿÿwww.ÿoutube.comÿ~ watch?v=dAw0SIkXm1o~, é possível ver na prática como

usuários cegos utilizam smartphones e tablets. Fonte: ~,https:ÿÿcta.ifrs.~ edu.brÿdescubra-como-os-~ cegos-utilizam-smartphones-~ e-tabletsÿ~, Acesso em: 12/03/2023 :::::::::::::::::::::::: Olhe e observe: aplicativo garante mais autonomia a pessoas com deficiência visual Carolina Fernandes Herdy Imagine você, pessoa cega ou com baixa visão, diante de várias embalagens; todas muito bem lacradas, idênticas ao toque. Você não pode abrir a errada, para não desperdiçar o conteúdo. E o pior: nenhuma delas está rotulada em braille! Quanta inconveniência, não acha? Então, o que fazer? Tentar a sorte? Chamar alguém que enxergue? Tenho uma sugestão: que tal utilizar a câmera do seu celular? Não se preocupe, é muito mais simples do que parece! Fique comigo; vou apresentar a você um aplicativo gratuito, de fácil manuseio, que pode ser encontrado em todos os dispositivos Android. Vindo diretamente da Google, conheça o Lookout! Lançado em março de 2019, o *Lookout* é um aplicativo que usa inteligência artificial para registrar e identificar imagens acessadas pela câmera traseira. Muito semelhante a uma tecnologia mais antiga, chamada Google Lens, porém, com um importante diferencial: os resultados obtidos são falados em voz alta. Em outras palavras, basta apontar a câmera do seu smartphone para um texto em tinta, e uma

voz sintetizada o lerá para você! É possível instalar o Lookout através da Play Store, a loja oficial de aplicativos do Google. Já para utilizá-lo, será necessário um leitor de telas (o Talkback, por exemplo) ou visão suficiente para enxergar a tela. Isso porque este aplicativo oferece várias funcionalidades. Ao abri-lo, você pode escolher de qual deseja usufruir no momento. A seguir, elas estão listadas: • explorar: Este é o modo mais simples, e talvez o mais interessante. Ande por aí, tente focar qualquer coisa com a câmera; o celular anunciará objetos, textos, pessoas... tudo de maneira automática;

• verificação de embalagens: você se lembra do exemplo das embalagens? Esta função seria a mais adequada à situação. Você precisaria apenas encontrar o código de barras. E o aplicativo auxiliará nessa tarefa, avisando se há algum produto à vista ou não, e pedindo para girá-lo, caso a identificação não esteja visível; • texto e documentos: são dois modos semelhantes. O primeiro se comporta como o modo de exploração, atendo- -se a textos, somente. Já o segundo procura digitalizar um documento, tornando-o acessível na tela para ser copiado, compartilhado ou até soletrado. Para isso, o Lookout orientará você, em voz alta, para uma melhor captura;

• moeda: autoexplicativo. Sim, o Lookout identifica cédulas de dinheiro! Infelizmente, o Real (moeda brasileira) ainda não está disponível. Mas as atualizações não acabaram! Logo, isso poderá ser corrigido. Outra desvantagem é o não reconhecimento de cores. Seria ótimo saber, por exemplo, a cor daquela blusa nova que acabamos de ganhar. Mas, de novo, as atualizações não pararam! Logo, logo, teremos, certamente, essa possibilidade. Agora, uma dica valiosa: experimente nivelar a câmera traseira de seu aparelho com o que deseja explorar e coloque um palmo de distância entre um e outro. Fazê-lo em ambiente iluminado ou acender as luzes pode ajudar. Contudo, se não for possível ou você se esquecer, sem problemas; o Lookout acenderá a lanterna do celular, e a apagará quando o app for encerrado. A tecnologia vem sendo forte aliada das pessoas com deficiência. O Lookout é uma contribuição para essa aliança. E uma das boas! Mas há várias ferramentas que visam fazer o nosso cotidiano mais acessível. Quem sabe não nos encontramos em um texto futuro, e conversamos sobre outra? Faça bom uso do seu smartphone, cuide-se, e até lá! õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Espaço do leitor “Olá amigos da Revistas Braille do IBC: As palavras são poucas para agradecer e parabenizar pelo magnífico trabalho que vocês desenvolvem com a produção e distribuição destas fantásticas Revistas. Estou aqui para [...] apresentar uma sugestão. [...] No que tange à sugestão, gostaria, se fosse possível, acrescentasse na Revista Brasileira, artigos relacionados à direitos, principalmente sobre aos deficientes, notadamente direitos previdenciários. Em relação ao acréscimo de novos artigos, acho que seria de vital importância, artigos que versassem sobre as novas

tecnologias, destacando a acessibilidade. Agradeço penhoradamente por este brilhante trabalho [...].” Sinval Batista Ferreira (por e-mail) Belo Horizonte -- MG Resposta da Comissão Editorial: Agradecemos as suas palavras. Na última edição e na atual, abordamos assuntos relacionados a tecnologia e acessibilidade. Estaremos em busca de mais conteúdos que atendam aos nossos leitores. Quanto ao tema direito previdenciário vamos pesquisar. “Olá! Informo que recebi a RBC 569. Seguem alguns comentários:

Vocês falaram nessa edição sobre o meu escritor favorito, que é o Gabriel García Márquez. O livro dele ý"Cem Anos de Solidãoý" é o melhor livro que eu já li, e em braille. Eu gostaria de ler outro livro dele, o ý"O Amor nos Tempos do Cóleraý", mas não sei onde achá-lo em braille. Vocês podem dar umas dicas de onde buscar clássicos em braille neste país gigante? (Sugestão de matéria ...) Parabéns pela RBC no geral, pois está excelente. Um forte abraço!” Eduardo Felipe dos Santos (por e-mail) Pindamonhangaba -- SP Resposta da Comissão Editorial: Ficamos contentes em termos o contemplado com a

matéria sobre Gabriel García Márquez. Mais felizes ainda por ter lido em braille. Não sabemos, onde encontrar o livro citado, em braille. õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra Produzido e distribuído pela Divisão de Imprensa Braille do Instituto Benjamim Constant :::::::::::::::::::::::: Distribuição gratuita de acordo com a Lei n.o 9.610 de 19/02/1998, art. 46, inciso I, alínea *d*.