Revista Brasileira para Cegos Ano LXXVII, n.o 557, abril/junho de 2020 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação Trimestral de Informação e Cultura Editada e Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1942 pelo Prof. José Espínola Veiga Av. Pasteur, 350/368 -- Urca Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-250 Tel.: (55) (21) 3478-4457/3478-4531 ~,rbc@ibc.gov.br~, ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.br~, Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito Governo Federal: Pátria Amada Brasil

Diretor-Geral do IBC João Ricardo Melo Figueiredo Comissão Editorial: Geni Pinto de Abreu Heverton de Souza Bezerra da Silva Hyléa de Camargo Vale Fernandes Lima João Batista Alvarenga Maria Cecília Guimarães Coelho Rachel Ventura Espinheira Colaboração: Carla Maria de Souza Daniele de Souza Pereira Regina Celia Caropreso Revisão: Carla Dawidman Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita.

¨ I Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ publicacoesÿrevistas~, Nossas redes sociais: Facebook: ~,https:ÿÿwww.~ facebook.comÿibcrevistas~, Instagram: ~,https:ÿÿwww.~ instagram.comÿrevistas{-~ rbc{-pontinhosÿ~,

¨ III Revista Brasileira para Cegos / MEC/Instituto Benjamin Constant. Divisão de Imprensa Braille. n. 1 (1942) --. Rio de Janeiro : Divisão de Imprensa Braille, 1942 --. V. Trimestral Impressão em braille ISSN 2595-1009 1. Informação -- Acesso. 2. Pessoa cega. 3. Cultura -- Cego. 4. Revista -- Periódico. I. Revista Brasileira para Cegos. II. Ministério da Educação. III. Instituto Benjamin Constant. CDD-003`.5401871 Bibliotecário -- Edilmar Alcantara dos S. Junior -- CRB/7 6872

¨ V Sumário Editorial ::::::::::::::: 1 Depois que ela se vai ::: 4 Preguiça de sofrer :::::: 8 Da taça até a boca :::::: 14 Desafios :::::::::::::::: 18 Pensamentos ::::::::::::: 25 No Mundo das Artes Auta de Souza :::::::::: 27 Quem foi Maria Firmina dos Reis, a primeira romancista brasileira ::::::::::::: 36 Maravilhas do Mundo Macapá :::::::::::::::::: 39 Nossa Casa ::::::::::::: 49 Vida e Saúde ::::::::::: 55 Culinária ::::::::::::::: 69 Humor ::::::::::::::::::: 75 Espaço do Leitor ::::::: 79 Editorial Quantos anos você me dá? Essa pergunta que deixa em saia justa todo mundo que a ouve é um sintoma de algo que vem até sendo estudado pela ciência, mas que poucos de nós admitimos que sentimos: o tal medo de envelhecer. Se é muito importante que os outros pensem que você é mais jovem do que realmente é, cuidado. Pode ser um sintoma. Na verdade, temos uma constante preocupação com a aparência, mas, sobretudo, com a questão da idade. Evitamos falar em aposentadoria, queremos usar as mesmas gírias dos jovens, dançar e nos vestir como eles; não porque gostamos daquele estilo, mas simplesmente porque isso faz com que nos sintamos jovens, ou, pelo menos, com que os outros pensem que somos jovens. Os *sugar dads* e *sugar mons* estão aí para confirmar essa ideia. Não vai aqui nenhuma crítica a uma mulher mais velha com um namorado mais jovem ou o contrário. Apenas queremos refletir sobre a necessidade de se ter alguém mais jovem como companhia somente para manter aparências, mesmo quando se sabe que aquela pessoa não tem nada a acrescentar à sua vida em termos de companheirismo e que ela está na relação cumprindo um acordo em que cada parte tem seus interesses. Isso agrega mesmo valor real à existência? A pergunta que não quer calar é se sabemos envelhecer e não se nossa aparência denuncia ou não nossa idade. O envelhecimento é um fato e só pode ser substituído pela morte prematura. Então? Buscamos realizar coisas? Somos costumeiramente produtivos? Cuidamos da nossa saúde? Mantemos o bom humor? Buscamos nos relacionar com as pessoas? Procuramos manter nossa mente sempre em atividade? Se fizermos essas perguntas a nós mesmos e formos sinceros nas respostas, talvez tenhamos encontrado um bom caminho para uma velhice plena que nos faça continuar amando a vida. Nota *Sugar dads* e *sugar mons*: (doce pai e doce mãe). São expressões utilizadas para designar uma pessoa bem mais velha que financia uma pessoa jovem para que apareça com ela nos compromissos sociais como par romântico. Comissão Editorial õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Depois que ela se vai Martha Medeiros ~,marthamedeiros@terra.~ com.br~, “Oba, amanhã é dia de faxina!” Esse é o comentário entusiasmado de quem deixou 17 copos sujos na pia, de quem não se deu o trabalho de desvirar o vaso de terra que foi derrubado pelo gato no tapete da sala, de quem deixou marcas de dedos no vidro da janela e o pó acumulado no canto dos móveis. “Oba, amanhã é dia de faxina!” É o brado dos que largam jornal velho na área de serviço, dos que varrem os farelos de pão pra debaixo do balcão da cozinha e dos que não passam nem um papel toalha no fogão depois de um fim de semana de frituras. “Oba, amanhã é dia de faxina”, diz o dono de um sobrado num domingo à noite, ao perceber a semelhança do seu pátio com uma avenida após a passagem de um bloco de carnaval. “Oba, amanhã é dia de faxina”, exclamam duas preguiçosas que dividem um apê e que não largam o celular nem para recolher os fios de cabelo grudados no ralo do box ou para procurar a tarraxinha do brinco que escorregou para baixo da cama. Uma faxineira na segunda-feira equivale a uma fada madrinha, a uma visita de Nossa Senhora. Medo! Amanhã é dia de faxina! Medo? Também. A impecável faxineira deixará tudo brilhando, sem vestígios do churrasco que o patrão fez para 20 amigos e sem vestígio do desleixo das duas molengas que não levantaram da cama no domingo. A faxineira encontrará a tarraxinha e deixará o apartamento um brinco. Ficará tudo arrumadinho e fora do lugar. É esse o drama: depois que ela se vai, a casa parece outra. Você retorna à tardinha, depois de um dia de trabalho, e está tudo quieto. O desengordurante com aroma de flores silvestres deixou um cheirinho de limpeza no ar, mas o caderno de anotações em cima da sua escrivaninha desapareceu. O porta-retratos com a foto da sua mãe estará na quinta prateleira da estante e não na terceira. Sua pedra espetacular trazida do Marrocos foi jogada no lixo. Os fios do seu equipamento de som foram desconectados -- nem o cabo do seu roteador escapou, você está off-line. As fronhas foram colocadas do lado invertido, os copos foram guardados em algum lugar misterioso, os tapetes estão trocados e sua escultura do Buda foi parar no hall de entrada -- ficou melhor ali, admita: sua funcionária tem tino para decoração. “Oba, faxina!” Exclamação dos que ainda podem se dar ao luxo dessa ajuda. Mas o medo ronda os que sofrem ao perceber que a caixa de fósforos não estará na gaveta habitual, que não suportam ver seus livros dispostos de outro jeito, que ficam fulos ao ver que o violão foi colocado no armário em vez de encostado na parede. Cadê o respeito pela nossa bagunça tão familiar? Quem somos nós sem nossos desarranjos? Quem pode compreender a ordem da nossa desordem? Não é hora de filosofar, e sim de descobrir onde a maluca enfiou o gato. ::::::::::::::::::::::::

Preguiça de sofrer Veja que espetáculo de filosofia de vida Zuenir Ventura Há 26 anos, elas cumprem uma alegre rotina: às sextas-feiras pela manhã sobem a serra e descem aos domingos à tarde, quando não permanecem a semana toda lá, em sua casa de Itaipava, distante hora e meia do Rio. São quatro irmãs de sobrenome Sette: Mily, a mais velha, de 86 anos; Guilhermina (84), Maria Elisa (76) e Maria Helena (73) -- mais a cunhada Ítala (87), a prima Icléa (90) e a amiga de mais de meio século, Jacy (78). O astral e a energia da "Casa da sete velhinhas" são únicos. Elas cuidam das plantas, visitam exposições, assistem a shows, leem, jogam baralho, conversam, discutem política, veem televisão, fazem tricô, crochê e, sobretudo, riem. Só não falam e não deixam falar de doença e infelicidade. Baixaria, nem pensar. Quando preciso tomar uma injeção de ânimo e rejuvenescimento, subo até lá, como fiz no último sábado. Já viajamos juntos algumas vezes, como a Tiradentes, por cujas redondezas andamos de jipe, o que naquelas estradas de terra é quase como andar a cavalo. Tudo numa boa. Elas têm uma sede adolescente de novidade e conhecimento. Modéstia à parte, são conhecidas como "As meninas do Zuenir". Me dão a maior força. Quando sabem que estou fazendo alguma palestra no Rio, tenho a garantia de que a sala não vai ficar vazia. São meu público cativo e ocupam em geral a primeira fila. Numa dessas ocasiões, com a casa cheia, elas chegaram atrasadas e fizeram rir ao se anunciarem a sério na entrada: "Nós somos as meninas do Zuenir". Nos conhecemos nos anos 70, quando morávamos no mesmo prédio no Rio, e Maria Elisa, que é química, passou a dar aulas particulares de matemática para meus filhos, ainda pequenos, de graça, pelo prazer de ensinar. Depois nos mudamos, continuamos amigos e nossa referência passou a ser a casa de Itaipava, onde minha mulher e eu temos um cantinho, um pequeno apartamento na parte externa da casa, os "Alpes suíços". No começo, o terreno não passava de um barranco de terra vermelha. Hoje é um jardim suspenso, com árvores e flores variadas que constituem uma atração para os pássaros. Dessa vez, não cheguei a tempo de ver a cerejeira florida, mas em compensação assisti a uma exibição especial de um casal de papagaios. O interior da casa é um brinco, não fossem elas meio artistas, meio artesãs, todas muito prendadas, como se dizia antigamente. Helena e Jacy, por exemplo, tecem mantas e colchas de tricô e crochê que já mereceram exposições. Mily desafia a idade preferindo as novas tecnologias e a modernidade, sem falar no vôlei, de que é torcedora apaixonada. Sabe tudo de computador e, com Jacy, frequenta todos os cursos que pode: de francês a ética, de inglês a filosofia. Na parede, Tom Jobim observa tudo. A foto é autografada para Elisa, de quem ele foi colega no Andrews. Aliás, nesse colégio da Zona Sul do Rio, Guilhermina trabalhou 53 anos, como secretária e professora de Latim, que ela ensinava pelo método direto, ou seja, falando com os alunos. Ficou muito feliz quando na praia ouviu, vindo de dentro do mar, o grito de alguém no meio das ondas, provavelmente um surfista: "Ave, magister!". Amiga de personagens como o maestro Villa-Lobos, ela ajudou ou acompanhou a carreira de dezenas de jovens que passaram por aquele tradicional colégio, cujo diretor uma vez lhe fez um rasgado elogio público, ressaltando o quanto ela era indispensável ao educandário. No dia seguinte, ela pediu as contas, com essa sábia alegação: "Eu quero sair enquanto estou no auge, não quando não souberem mais o que fazer comigo". Foi para casa e teve um choque, achando que não ia suportar a aposentadoria. Durou pouco, porque logo arranjou o que fazer. É tradutora e gosta muito de timologia: adora estudar a vida das palavras desde suas origens, principalmente quando são gregas. Ah, nas horas vagas faz bijuterias. Para explicar como se desvencilhou do vazio de deixar um emprego de 53 anos e começar nova vida já velha, Guilhermina usou uma frase que se aplica a todas as outras seis velhinhas e que eu gostaria de adotar também: "Tenho preguiça de sofrer". Não são o máximo as meninas do Zuenir? “Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional.” ::::::::::::::::::::::::

Da taça até a boca Cláudio Moreno Anqueu, filho de Posêidon, era um dos heróis que tripulavam o navio dos Argonautas, na lendária viagem de Jasão em busca do *velocino* de ouro. Quando Tífis, o timoneiro, morreu de uma doença misteriosa, foi Anqueu o escolhido para assumir o seu lugar, pois, sendo filho do deus do mar, conhecia mais do que ninguém o lugar das estrelas no céu e o ritmo oculto das marés. Guiado por sua mão segura, o navio Argo foi e voltou da distante Cólquida, ingressando para sempre na galeria dos mitos imortais. Quando Anqueu voltou para seu reino em Samos, a *vindima* daquele ano estava praticamente concluída, e os intendentes do palácio apresentaram-se com uma excelente notícia: a parreira que ele tinha plantado com as próprias mãos, alguns anos antes, tinha produzido uma uva abundante, e o primeiro vinho feito com ela estava pronto para ser bebido. Para Anqueu, esta era uma notícia realmente especial, pois assim se desfazia a sombra de uma estranha maldição que pairava sobre ele: um de seus servos, revoltado com o árduo trabalho do plantio, havia predito que ele não viveria o bastante para provar o produto deste vinhedo. Agora, porém, o vinho estava ali, ao alcance de sua mão, na taça cheia que lhe estenderam. Com um sorriso triunfante, Anqueu ergueu-a na luz para apreciar o belo tom sanguíneo da bebida; depois, levou-a junto às narinas e aspirou o perfume quase selvagem, que lhe trouxe à lembrança as encostas ensolaradas de sua ilha. No entanto, antes de beber, mandou trazerem à sua presença o servo que o amaldiçoara. "Olha bem", disse ele, "vou engolir a tua profecia juntamente com este vinho!". O servo, contudo, não se deu por vencido: "Senhor, lembra-te que da taça até a boca muita coisa pode acontecer!". Nesse momento, com efeito, entrou um lavrador esbaforido, gritando que um grande javali estava destruindo as plantações. Sem hesitar, Anqueu depôs a taça sobre a mesa, pegou a lança e saiu no seu encalço -- para morrer minutos depois, com a artéria da coxa *seccionada* pela presa afiada do traiçoeiro animal. Por que paraste, Anqueu? Por que foste perder tempo mandando buscar o escravo, por que foste combater aquele estúpido javali? Eras sábio para ler as estrelas e as profundezas do mar, mas ignoraste a mais antiga das regras: quando a vida, que nem sempre é generosa, resolve encher nossa taça, bebamos! Quando esse raro vinho está servido, não é hora de acertar contas antigas, não é hora de se preocupar com os negócios. É bebê-lo, ou perdê-lo para sempre, levando para a morte a tortura de não saber, afinal, que gosto ele teria na boca. Fonte: Zero Hora, Edição n.o 14.491 Vocabulário Seccionada: adj. Amputada, que teve uma de suas partes separadas do todo. Velocino: s. m. Velo de ouro ou tosão de ouro; na mitologia grega é a lã de ouro do carneiro alado.

Vindima: s. f. Colheita de uvas. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Desafios Vamos aprimorar o Português? Nas questões a seguir, destaque a resposta correta: 1- A meu ver/Ao meu ver a) Ao meu ver, o evento foi um sucesso. b) A meu ver, o evento foi um sucesso. 2- Acerca de/A cerca de a) Na reunião, discutiu-se a cerca de corte de gastos. b) Na reunião, discutiu-se acerca de corte de gastos. 3- Supérfluo/Supérfulo a) Os gastos naquele setor foram supérfluos. b) Os gastos naquele setor foram supérfulos. 4- Segmento/Seguimento a) O seguimento de mercado mostrou-se propício a investimentos. b) O segmento de mercado mostrou-se propício a investimentos. 5- Por hora/Por ora a) O diretor afirmou que, por ora, não poderia responder. b) O diretor afirmou que, por hora, não poderia responder. 6- Seu óculos/Seus óculos a) Ele havia esquecido seu óculos no restaurante. b) Ele havia esquecido seus óculos no restaurante. 7- A prazo/À prazo a) Os produtos podem ser comprados à vista ou a prazo.

b) Os produtos podem ser comprados à vista ou à prazo. 8- Eminente/Iminente a) Pedro é uma figura iminente na empresa. b) Pedro é uma figura eminente na empresa. 9- Exceção/Excessão a) Para toda regra, há uma excessão. b) Para toda regra, há uma exceção. 10- Em baixo/Embaixo a) O documento caiu embaixo do móvel. b) O documento caiu em baixo do móvel. 11- Só Mateus não vai viajar nessas férias. Seus amigos estão curtindo fora do país, e ele vai ter de se contentar com as mensagens deles. Sua tarefa é descobrir, através de cada mensagem, para que país foi cada um dos amigos de Mateus. "Achei que ia ter medo de subir no elefante por causa da altura, mas que nada. O Taj Mahal é surpreendente. Aliás, templos e palácios aqui são sempre surpreendentes. Abs: Clara" “Somos românticos e não poderíamos dispensar um passeio de gôndola. Pompeia impressiona pelo estado de conservação de tudo o que foi atingido pela lava do vulcão. Confesso que o coliseu me deu arrepios e no Gui também. Saudades: Érica" "Irado! O castelo Allambra tomou um dia inteiro. Tudo aqui na Andaluzia faz a gente ter dúvida. Será que estamos na Arábia? Tentei aprender castanhola, mas sou muito ruim (rs) Abração: Henrique." “Lugar tranquilo. Os muçulmanos são gentis, educados e prestativos. O que mais me chamou a atenção foram as pirâmides. Como arquiteto, não conheço nada igual. Alexandria faz a gente ter a sensação de que voltou no tempo. Você precisa conhecer. Até a volta. Lucas" Clara visitou ..... Érica e Guilherme visitaram ..... Henrique visitou ..... Lucas visitou ..... Respostas 1- Letra b. Não se deve usar artigo nessas expressões, em que o verbo ver significa “opinião, juízo”: a meu ver, a seu ver, a nosso ver. Também não se usa artigo em estar a par: Estavam todos a par (e não ao par) dos últimos acontecimentos. 2- Letra b. “Acerca de” significa a respeito de. A cerca de indica aproximação. (Ex: A empresa fica a cerca de 5 km daqui.) 3- Letra a. Supérfluo significa demais, desnecessário. Embora seja uma palavra que muitas vezes ouvimos, “supérfulo” não existe. 4- Letra b. Segmento é sinônimo de seção, parte. Seguimento é o ato de seguir. (Ex: O projeto de implantação da ciclovia não teve seguimento.) 5- Letra a. A expressão “por hora” refere-se a tempo. “Por ora” expressa o sentido de “por enquanto”.

6- Letra b. As palavras ligadas ao substantivo “óculos” devem ser flexionadas para o plural. 7- Letra a. Não existe crase antes de palavra masculina. Portanto, deve-se escrever: a prazo, a pé, a cavalo, a bordo. 8- Letra b. Eminente quer dizer notável. Iminente significa prestes a acontecer. 9- Letra b. O correto é exceção. Cuidado para não confundir com excesso. 10- Letra a. Embaixo é advérbio de lugar. Em baixo é adjetivo. (Ex: Falavam em baixo tom.) 11- Clara visitou a Índia. Érica e Guilherme visitaram a Itália. Henrique visitou a Espanha. Lucas visitou o Egito. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Pensamentos “Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.” (Cora Coralina 1889-1985) “Melhor professor nem sempre é o de mais saber e, sim, aquele que, modesto, tem a faculdade de manter o respeito e a disciplina da classe.” (Cora Coralina 1889-1985) “O amigo não passa a mão Quando fizemos algo errado Está firme ao nosso lado Puxa a orelha, chama a razão!” (Cora Coralina 1889-1985) “O grande livro que sempre me valeu e que aconselho aos jovens, um dicionário. Ele é o pai, é tio, é avô, é amigo e é um mestre. Ensina, ajuda, corrige, melhora, protege. Dá origem da gramática e o antigo das palavras. A pronúncia correta, a vulgar e a gíria.” (Cora Coralina 1889- -1985) “Amor pra mim é ser capaz de permitir que aquele que eu amo exista como tal, como ele mesmo. Isso é o mais pleno amor. Dar a liberdade dele existir ao meu lado do jeito que ele é.“ (Adélia Prado 1935) “A gente nasce e morre só. E talvez por isso mesmo é que se precisa tanto de viver acompanhado.” (Rachel de Queiroz 1910-2003) “Falam que o tempo apaga tudo. Tempo não apaga, tempo adormece.” (Rachel de Queiroz 1910-2003) “Há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre.” (Cecília Meireles 1901-1964) “Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.” (Cecília Meireles 1901-1964) õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo No mundo das artes Auta de Souza Auta de Souza (Macaíba, 12 de setembro de 1876 -- Natal, 7 de fevereiro de 1901) foi uma poetisa brasileira da segunda geração romântica (ultrarromântica, byroniana ou Mal do Século), autora de *Horto*. Escrevia poemas românticos com alguma influência simbolista, e de alto valor estético. Segundo Luís da Câmara Cascudo, é "a maior poetisa mística do Brasil". Filha de Elói Castriciano de Souza e Henriqueta Leopoldina Rodrigues, irmã dos políticos norte-rio-grandenses Elói de Sousa e Henrique Castriciano, ficou órfã aos três anos, com a morte de sua mãe por tuberculose, e no ano seguinte perdeu também o pai, pela mesma doença. Sua mãe morreu aos 27 anos e seu pai aos 38 anos. Durante a infância, foi criada por sua avó materna, Silvina Maria da Conceição de Paula Rodrigues, conhecida como Dindinha, em uma chácara no Recife, onde foi alfabetizada por professores particulares. Sua avó, embora analfabeta, conseguiu proporcionar boa educação aos netos. Aos onze anos, foi matriculada no Colégio São Vicente de Paula, dirigido por freiras vicentinas francesas, e onde aprendeu Francês, Inglês, Literatura (inclusive muita literatura religiosa), Música e Desenho. Lia no original as obras de Victor Hugo, Lamartine, Chateaubriand e Fénelon. Quando tinha doze anos, vivenciou nova tragédia: a morte acidental de seu irmão mais novo, Irineu Leão Rodrigues de Sousa, causada pela explosão de um candeeiro. Mais tarde, aos catorze anos, recebeu o diagnóstico de tuberculose, e teve que interromper seus estudos no colégio religioso, mas deu prosseguimento à sua formação intelectual como autodidata. Continuou participando da União Pia das Filhas de Maria, à qual se uniu na escola. Foi professora de catecismo em Macaíba e escreveu versos religiosos. Jackson Figueiredo a considera uma das mais altas expressões da poesia católica nas letras femininas brasileiras. Começou a escrever aos dezesseis anos, apesar da doença. Frequentava o Club do Biscoito, associação de amigos que promovia reuniões dançantes onde os convidados recitavam poemas de vários autores, como Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias, Castro Alves, Junqueira Freire e os potiguares Lourival Açucena, Areias Bajão e Segundo Wanderley. Aos dezoito anos, passou a colaborar com a revista Oásis, e aos vinte escrevia para A República, jornal de maior circulação e que lhe deu visibilidade para a imprensa de outras regiões. Seus poemas foram publicados no jornal O Paiz, do Rio de Janeiro. No ano seguinte, passaria a escrever assiduamente para o prestigiado jornal A Tribuna, de Natal, e seus versos eram publicados junto aos de vários escritores famosos do Nordeste. Entre 1899 e 1900, assinou seus poemas com os pseudônimos de Ida Salúcio e Hilário das Neves, prática comum à época. Também foi publicada nos jornais A Gazetinha, de Recife, e no jornal religioso Oito de Setembro, de Natal, e na Revista do Rio Grande do Norte, onde era a única mulher entre os colaboradores. Venceu a resistência dos círculos literários masculinos e escrevia profissionalmente em uma sociedade em que este ofício era quase que exclusividade dos homens, já que a crítica ignorava as mulheres escritoras. Sua poesia passou a circular nas rodas literárias de todo o país, despertando grande interesse. Tornou-se a poetisa norte-rio- -grandense mais conhecida fora do estado. Por volta de 1895, Auta conheceu João Leopoldo da Silva Loureiro, promotor público de sua cidade natal, com quem namorou durante um ano e de quem foi obrigada a se separar pelos irmãos, que se preocupavam com seu estado de saúde. Pouco depois da separação, ele também morreria vítima da tuberculose. Esta frustração amorosa se tornaria o quinto fator marcante de sua obra, junto à religiosidade, à orfandade, à morte trágica de seu irmão e à tuberculose. A poetisa, então, encerrou seu primeiro livro de manuscritos, intitulado Dhálias, que mais tarde seria publicado sob o título de *Horto*. Este foi publicado em 1900 e recebeu o prefácio de Olavo Bilac, o poeta brasileiro mais célebre daquela época. Auta de Souza veio a falecer em 7 de fevereiro de 1901, a uma hora e quinze minutos, em Natal, em decorrência da tuberculose. Foi sepultada no cemitério do Alecrim, em Natal, mas em 1904 seus restos mortais foram transportados para o jazigo da família, na parede da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Macaíba, sua cidade natal. Em 1936, a Academia Norte-Riograndense de Letras dedicou-lhe a poltrona XX, como reconhecimento à sua obra. Em 1951, foi feita uma lápide, tendo como epitáfio versos extraídos de seu poema Ao Pé do Túmulo. Em 12 de setembro de 2008, durante as comemorações do nascimento da poetisa em sua cidade natal, foi lançado o documentário "Noite Auta, Céu Risonho", escrito e dirigido por Ana Laudelina Ferreira Gomes, professora e pesquisadora da UFRN, e produzido pela TV Universitária, em parceria com o Núcleo Câmara Cascudo de Estudos Norte-Riograndenses. O documentário teve um orçamento de 20 mil reais e levou quatro meses para ser gravado. Suas cenas foram filmadas em Macaíba, Recife e Natal e Auta foi interpretada pela atriz potiguar Marinalva Moura. Poemas musicados Catorze de seus poemas foram musicados por artistas regionais, como Abdon Álvares Trigueiro, Cirilo Lopes, Eduardo Medeiros, Heronides de França e Cirineu Joaquim de Vasconcelos, embora sem registro em partitura. Apenas dois de seus poemas têm registro fonográfico (Rezando e Caminho do Sertão). Os demais foram transmitidos apenas pela tradição oral, em modinhas cantadas na escola e em festividades. O poeta paulistano Mário de Andrade, em sua obra Um Turista Aprendiz, cita alguns desses poemas musicados, que ouvira em sua viagem a Natal, na década de vinte: Agonia do Coração, Ao Cair

da Noite, Ao Luar, Caminho do Sertão e outros. Fontes: ~,http:ÿÿantigo.~ acordacultura.org.brÿ~ heroisÿheroiÿautadesouza~, ~,https:ÿÿwww.~ mensagemespirita.com.brÿ~ autorÿauta-de-souzaÿ~ biografiaÿ~, :::::::::::::::::::::::: Quem foi Maria Firmina dos Reis, a primeira romancista brasileira Há quase dois séculos, em 1825, nascia em São Luís, no Maranhão, Maria Firmina dos Reis. Ela entrou para a história da literatura brasileira por ser a primeira romancista do país. Começou a carreira como professora e levou anos para conseguir publicar seu primeiro e mais importante livro, *Úrsula*. Isso porque, além de ser mulher, Maria Firmina dos Reis era negra, e a escravidão ainda imperava no Brasil. *Úrsula* foi publicado em 1859 e se tornou relativamente popular à época, não apenas por conta da autora, mas também por sua narrativa. O livro relata a perversidade da escravidão e a realidade do Brasil do ponto de vista dos negros. Isso era inédito até então, já que a maior parte dos escritores reconhecidos eram brancos ou narravam a vida da parcela mais rica e escravocrata da população. Quando Maria Firmina dos Reis apresentou os escravos como figuras humanizadas, sua obra causou uma ruptura importante. O trabalho da escritora ficou esquecido até meados dos anos 1960, quando um historiador encontrou um de seus livros em um sebo e o trouxe à luz novamente. Ainda assim, até hoje a fisionomia de Maria Firmina dos Reis é um mistério: todas as imagens que se tem dela são apenas especulações. A seguir, trecho do romance *Úrsula*, publicado em 1859, e considerado *precursor* da temática abolicionista na literatura brasileira: "Meteram-me a mim e a mais trezentos companheiros de infortúnio e de cativeiro no estreito e infecto porão de um navio. Trinta dias de cruéis tormentos e de falta absoluta de tudo quanto é mais necessário à vida passamos nessa sepultura até que abordamos as praias brasileiras. Para caber a mercadoria humana no porão, fomos amarrados em pé e, para que não houvesse receio de revolta, acorrentados como animais ferozes das nossas matas, que se levam para recreio dos potentados da Europa". Fonte: https:ÿÿrevistagalileu.globo.~ comÿCulturaÿnoticiaÿ2019ÿ~ 10ÿquem-foi-maria-firmina-~ dos-reis-primeira-~ romancista-brasileira.html~, Vocabulário Precursor: adj. Aquilo ou aquele que vai à frente de; dianteiro. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Maravilhas do mundo Macapá Macapá é a capital e maior cidade do estado do Amapá. Localizado ao sul às margens do Rio Amazonas, é o único município brasileiro por onde passa a Linha do Equador. É a quinta cidade mais rica do Norte brasileiro e a terceira maior aglomeração urbana da região. O primeiro nome dado à cidade foi “Adelantado de Nueva Andaluzia”. O nome atual, Macapá, é de origem Tupi e significa “lugar de muitas bacabas”, uma palmeira nativa da região. Demograficamente, a cidade passa por uma constante expansão. A população já é superior a 400 mil habitantes, e é bem miscigenada. A capital recebe um grande fluxo de pessoas vindas de outras cidades do próprio estado e também de outros estados. Com isso, começam a aumentar as ocupações irregulares, principalmente nas áreas verdes da cidade. Além da agricultura, extrativismo e indústria, Macapá possui um forte comércio de atacado e varejo, sendo essa a principal fonte de renda do município. Sua localização privilegiada garante uma maior facilidade nas relações comerciais com a Europa, América Central e América do Norte. A Zona de Livre Comércio de Macapá aumenta as oportunidades de negócios para o estado, principalmente para a indústria e comércio. Apesar de tão desconhecida pelos brasileiros, Macapá é uma cidade cheia de particularidades: é a única capital que não tem ligações por terra com outras capitais e a única cortada pela Linha do Equador. Com cerca de 500 mil habitantes em sua região metropolitana, a capital do Amapá é uma grata surpresa e interessante para visitar. Ligada apenas por barco ou de avião com o resto do Brasil -- a maioria dos voos é para Belém --, a cidade tem uma boa estrutura, com comércio vibrante, bons restaurantes e hotéis. A seguir, lugares que devem ser conhecidos. 1- Fortaleza de São José de Macapá Cartão postal e símbolo da cidade, a Fortaleza de São José de Macapá fica bem no centro da capital, às margens do imponente Rio Amazonas. O complexo logo chama a atenção por sua boa preservação e a estrutura de visitação para os turistas. Construído entre 1764 e 1782, durante o império português, tem o formato de uma estrela e tinha o objetivo de garantir a soberania do extremo norte do país. Endereço: Rua Cândido Mendes, Centro. Horários: terça a domingo, das 8 h às 18 h. Entrada: Gratuita.

2- Monumento do Marco Zero do Equador Talvez a atração mais visitada de Macapá, o monumento marca o local onde a linha imaginária do Equador, que divide a Terra em Hemisfério Norte e Sul, corta a cidade. Mexe com a curiosidade dos turistas e permite que você esteja com um pé em cada hemisfério. Durante o Equinócio de Primavera (março) e Outono (setembro), quando o dia e a noite têm a mesma duração, o sol se encaixa no círculo do monumento e seus raios incidem perfeitamente sobre a linha. Nesses dias, costuma haver uma programação especial no local. A estrutura é boa, há uma pequena apresentação sobre a construção do monumento, lojinha e guias que acompanham a visita. Os guias ainda podem fazer uma demonstração de como você consegue equilibrar um ovo ou moeda no exato local onde passa a Linha do Equador. Nos arredores do Marco Zero, ainda ficam o Sambódromo e o curioso estádio Zerão, também cortado pelo Equador. É o único estádio em que um time joga no Hemisfério Norte e o outro no Sul. Endereço: Rod. Juscelino Kubitscheck -- Jardim Marco Zero. 3- Orla de Macapá A orla da cidade é urbanizada e é um convite para uma caminhada (apesar do calorão e umidade do clima equatorial) ou para um piquenique, algo que os macapaenses fazem muito. A parte mais interessante fica perto da fortaleza, onde existem vários quiosques com bares e restaurantes. Esse é um ótimo lugar para curtir a noite também, com música ao vivo e ruas fechadas com atrações para as crianças. 4- Trapiche Eliezer Levy Esse píer construído na década de 40 ganhou novos ares nos últimos anos. O trapiche avança por mais de 400 m sobre o Rio Amazonas e tem uma boa estrutura turística, além de possibilitar uma visão diferente de Macapá, do rio para a cidade. Bem ao lado do Trapiche fica a Pedra do Guindaste, onde está uma imagem de São José, padroeiro da cidade.

5- Casa do artesão É o melhor local para conhecer e comprar o artesanato local. Mas o centro comercial fecha uma vez por mês para limpeza justamente num fim de semana. Já à noite, na pracinha em frente, barraquinhas vendem objetos artesanais como bijuterias e lembrancinhas. 6- Orla do Araxá Localizada entre o Centro e o Marco Zero, na Rua do Araxá, a Orla do Araxá é um complexo com uma prainha nas águas (barrentas) do Rio Amazonas, quiosques, bares e quadras esportivas. Costuma ter mais movimento nos finais de tarde. 7- Feirinha Um ótimo lugar para provar a culinária popular local é na feirinha ao lado da Casa do Artesão. As banquinhas vendem, entre outras coisas, o famoso tacacá (iguaria da região amazônica feita com caldo de tucupi e que leva camarão e jambu) e açaí salgado, com charque e camarão, por exemplo. Os preços são camaradas e o local é bem limpinho. 8- Museu Sacaca Oficialmente conhecido como Centro de Pesquisas Museológicas, o Museu Sacaca é uma instituição cultural e científica, com área de aproximadamente 12 mil metros quadrados, que mostra detalhes do estilo de vida do estado e da Amazônia. O espaço abriga ações museológicas de pesquisa e preservação, relacionando o

saber científico com o saber popular dos povos amazônicos, além de divulgar as pesquisas realizadas pelo IEPA, por meio de exposições e atividades didáticas. A primeira curiosidade é com o nome “Sacaca”, uma homenagem ao curandeiro Raimundo Santos Souza, que ajudou na difusão da medicina natural no Amapá. Inaugurado em 1997, o museu tem o objetivo de promover ações museológicas de pesquisa, preservação e comunicação. Tem como principal destaque o circuito expositivo a céu aberto, construído com a participação das comunidades indígenas, ribeirinhas, extrati-

vistas e produtoras de farinha do estado. Fontes com alteração: ~,https:ÿÿwww.~ essemundoenosso.com.brÿ~ o-que-fazer-em-macapaÿ~, ~,www.conhecendomuseus.com.~ br>museus>museu-sacaca~, ~,https:ÿÿwww.~ estadosecapitaisdobrasil.~ comÿcapitalÿmacapaÿ~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Nossa Casa Vamos admitir: apesar de todos nós detestarmos fazer limpeza, geralmente nos consideramos especialistas no assunto, e isso é justo, pois todos fazemos essa tarefa há décadas. Infelizmente, a maneira habitual de fazer as coisas nem sempre é a melhor e, para piorar, muitas vezes somos enganados por comerciais famosos por usarem mal os produtos que estão tentando vender. Os sete erros de limpeza a seguir são extremamente comuns e, o que é mais grave, eles podem arruinar completamente seu árduo trabalho para manter tudo limpinho e arrumado. 1- Aplicar os produtos de limpeza diretamente na superfície Esta é, definitivamente, uma inspiração do comercial. Você também borrifa o limpador de janelas diretamente no vidro, como sempre aparece nos comerciais? Nesse caso, você está cometendo um erro, pois é provável que você aplique demais, e isso resultará em acúmulo de produto e desperdício desnecessário.

2- Começar a limpeza pelo chão Se você começar a limpeza do chão e continuar limpando os móveis e tirando o pó, acabará com muita poeira e sujeira no chão limpo. É fácil corrigir esse problema: comece de cima para baixo, limpando os pisos por último. 3- Usar a lavadora de louças para tudo Máquinas de lavar louça são convenientes, é claro. Porém, sobrecarregar a máquina de lavar louça não é uma boa ideia. Além disso, alguns itens não deveriam ser postos no seu interior. Normalmente, utensílios de cozinha e peças com pequenos orifícios, como espremedores de alho e raladores, devem ser lavados à mão, pois a máquina não consegue limpar esses objetos perfeitamente, fazendo com que alimentos fiquem presos e mofando nos utensílios. 4- Demorar para substituir a esponja A maioria das pessoas substitui as esponjas quando ficam sujas e deformadas, mas você deve realmente substituir sua esponja de cozinha pelo menos todos os meses. A cozinha é um ambiente úmido e, literalmente, contém restos de comida -- um banquete para todos os diferentes tipos de germes. 5- Demorar para descartar o lixo doméstico Recipientes de lixo são outro local da sua cozinha que pode acumular sujeira, pedaços de comida e todo tipo de outras substâncias indesejáveis. É por isso que você deve limpar essas lixeiras regularmente com água e sabão. Uma consequência agradável dessa tarefa pouco atraente é que seus contêineres de lixo vão parar de cheirar mal, pois geralmente é a falta de limpeza adequada que causa o cheiro repugnante e não as coisas que você realmente tem na sua lixeira. 6- Deixar úmida a escova de limpar o vaso sanitário Outro erro comum está relacionado à limpeza de banheiros. Se você estiver colocando a escova de banheiro de volta no seu suporte imediatamente após esfregar o vaso sanitário, está cometendo um erro. O problema é que uma escova de banheiro molhada inevitavelmente gera bactérias e, portanto, você pode realmente estar espalhando germes por todo o seu banheiro cada vez que você o limpa, o que é simplesmente ineficaz, sem mencionar que é potencialmente perigoso para sua saúde. Para evitar que isso aconteça, seque a escova do vaso sanitário antes de colocá-la novamente no suporte. 7- Utilizar apenas um pano para todas as limpezas Os panos de microfibra são incríveis na limpeza de praticamente qualquer superfície, e é por isso que muitas pessoas acabam usando um deles para limpar a casa inteira. Isso pode terminar em um desastre, geralmente na forma de listras em uma superfície de vidro ou espelho. Seja esperto e use um pano para limpar as bancadas, mesas e outros móveis, mas escolha outro para limpar

as superfícies de vidro e espelho de sua casa. Fonte: ~,https:ÿÿwww.~ tudoporemail.com.brÿ~ content.aspx?emailid=~ 14711~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Vida e Saúde Repercussões da aposentadoria na qualidade de vida do idoso A aposentadoria, em sentido amplo, constitui-se como um processo de transição, que tem início assim que o sujeito começa a tomar consciência de sua aproximação. Esse período que antecede a aposentadoria pode caracterizar-se por dois momentos de preparação, denominados fase remota e fase aproximada. Na primeira, a aposentadoria é vista de forma positiva, porém pouco concreta, sendo concebida como um acontecimento longínquo. Já na fase aproximada, a questão do tempo e a *iminência* do desligamento do trabalho são visualizadas de forma mais *delineada*. O planejamento da vida pós-aposentadoria, onde se considera a necessidade de reorganização do tempo para abarcar novas experiências na vida familiar, no lazer, na vida sociocomunitária e até mesmo em um novo emprego, seja ele remunerado ou voluntário, proporciona um enfrentamento mais objetivo das condições frustrantes às quais muitos idosos ficam expostos. A ausência de planejamento, por sua vez, pode indicar dificuldade na adaptação a novas circunstâncias, associada a negativismo e resistência para entrar em contato com qualquer assunto ligado à aposentadoria. A falta de planejamento pode causar angústia e solidão, decorrentes da decepção frente à dificuldade de obter satisfação e realização pessoal após o desligamento da ocupação profissional, ainda que esta tenha sido desempenhada com insatisfação. Durante a análise dos resultados deste estudo pôde-se perceber uma influência direta da falta de planejamento na forma como a aposentadoria é vivenciada. Observou-se que os sujeitos que atualmente mais sofrem com a situação de aposentados são aqueles que relataram maior dificuldade para pensar e refletir acerca da aposentadoria durante o período economicamente ativo da vida. Pode-se afirmar que a reação de uma pessoa frente à aposentadoria está diretamente ligada à sua história de vida, suas relações com a sociedade, sobretudo com o papel profissional, e seu modo de enfrentar perdas e de adaptar-se às novas situações. É possível ter uma prévia percepção de como um sujeito irá vivenciar o desligamento do trabalho se compreendido o lugar que este ocupava em sua vida. Muitas vezes, esse processo de rompimento com a lógica do trabalho formal coincide com o aumento da idade e, com muita frequência, com o aparecimento de doenças. Embora nestes casos exista uma justificativa social para a ausência de trabalho, por outro lado, perdas de ordem física, psicológica e social *concomitantes* tornam a decisão de aposentar-se difícil ou *ambivalente*. Em alguns casos, a aposentadoria pode levar o sujeito à conscientização de que atingiu um estágio específico do desenvolvimento, que é a velhice. Ou seja, neste caso a aposentadoria adquire o caráter de sinalizador do envelhecimento. Um estudo realizado com 24 sujeitos um mês antes de aposentarem-se e entre seis a oito meses após a aposentadoria mostrou que as pessoas que a consideraram como marco de transição para a velhice não mantinham grandes aspirações e novos projetos. Porém, quando o trabalho foi associado ao estresse, os sujeitos estudados experimentaram a aposentadoria como uma fase de descanso e lazer, demonstrando uma aceitação mais tranquila do término da vida laboral. O processo de aposentar-se pode também ser vivenciado como uma ruptura imposta pelo mundo externo, gerando frustração e sentimento de esvaziamento, uma vez que o trabalho estava fortemente associado à identidade. Assim, deve-se ressaltar que, quando a aposentadoria é assimilada de forma negativa, pode ocasionar comprometimentos na estrutura psíquica do sujeito. Esse momento na vida dos indivíduos também pode se transformar em grande fonte de tensão quando associado à diminuição do poder aquisitivo, de forma que o empobrecimento é agravado, dificultando até mesmo o suprimento de necessidades básicas do cotidiano. Para a grande maioria dos idosos brasileiros, a aposentadoria significa uma condição socioeconômica inadequada, ocasionando o rebaixamento de sua qualidade de vida. É válido afirmar, porém que, embora as aposentadorias muitas vezes apresentem baixo valor pecuniário, os fatores de ordem subjetiva são as principais justificativas para a manutenção do vínculo com o trabalho, como o desejo de reconhecimento e de continuar sentindo-se útil em um conjunto social pautado pelo valor produtivo. Conjunto este estruturado em torno da categoria do trabalho e que não oferece outros parâmetros de identificação, que permitam significar o cotidiano de vida e lhe conferir valor, a não ser através do exercício laboral. A aposentadoria oficial, aquela em que o sujeito se aposenta por tempo de trabalho, e não por motivo de doença, representa o encerramento de uma carreira formal, abrindo espaço para a escolha de novas alternativas. Nota-se que, para algumas pessoas, há uma tendência inevitável de procurar por atividades que proporcionem a reinserção em novos grupos sociais, levando à adaptação a uma nova realidade psicossocial. Nestes casos, ela é vivenciada como a conclusão de uma etapa e não a cessação de atividades em geral. Pessoas com essa capacidade podem ser identificadas como reorganizadoras, uma vez que planejam a aposentadoria, buscam novas atividades laborais e conseguem permanecer altamente engajadas e ativas. Muitas são as formas em que o idoso pode manter-se ativo após a aposentadoria, considerando que, atualmente, há grande preocupação em formular políticas públicas e sociais que promovam o envelhecimento saudável da população. Uma das alternativas para alcançar este tipo de envelhecimento é o estímulo ao trabalho voluntário. Hoje, o trabalho voluntário é considerado uma forma de ajuda mútua, onde os idosos que o realizam assessoram a outras pessoas ao mesmo tempo em que se sentem úteis e inseridos na sociedade, sendo que esta troca também reflete na saúde e na qualidade de vida dos voluntários. Outra maneira de preservar a positividade e o equilíbrio emocional frente à terceira idade e a aposentadoria é a busca por novas atividades de lazer e a participação em grupos ou em universidades da terceira idade. Em Ribeirão Preto, por exemplo, foi implantado nas Unidades de Saúde Básicas do município o chamado PIC -- Programa de Integração Comunitária. Este programa tem por principal objetivo estimular os seus participantes a desenvolverem o autocuidado e o senso de responsabilidade individual pela sua própria saúde, além de estimular a participação de vários grupos comunitários e a sua consequente integração com a sociedade. Embora este programa não seja direcionado apenas para idosos, há parcela considerável de participantes nesta faixa etária e, através das atividades desenvolvidas, estes são estimulados a refletir sobre seu papel de cidadãos dentro da realidade brasileira e adquirir novos conhecimentos básicos, atitudes e habilidades com vistas à mudança de comportamento. Dessa forma, com a evolução da concepção de saúde, as ações nesse setor poderão ser mais eficazes se não ficarem restritas à oferta de serviços médico-hospitalares, mas contemplarem, sobretudo, a atuação intersetorial face aos determinantes da saúde. Nesse contexto, ações favoráveis ao envelhecimento saudável serão as que estimulam os idosos a serem *pró-ativos*, incentivando-os a definirem objetivos e caminharem para alcançá-los, acumulando, nesse processo, recursos úteis para adaptação à mudança, e mantendo-os ativamente envolvidos na preservação do seu bem-estar. Em síntese, muitas são as evidências de que o estilo de vida individual, dado pelo conjunto de crenças, valores e atitudes manifestos no cotidiano, apresenta elevado impacto sobre a saúde em geral, determinando, para a grande maioria das pessoas, o quão doentes ou saudáveis estas serão a médio e longo prazo. Ações em saúde que abordam a temática do estilo de vida saudável têm enfatizado a criação e manutenção de hábitos alimentares saudáveis como item fundamental em todas as fases da vida. Pode-se vislumbrar a importância desse aspecto também na terceira idade e nos períodos pré e pós-aposentadoria. No entanto, a compreensão do ato de comer é uma difícil tarefa, pois este é um dos componentes humanos mais complexos, considerando que não significa apenas a ingestão de nutrientes, mas relaciona-se também a uma amplitude de emoções e sentimentos, além dos significados culturais atribuídos à comida. Dessa forma, muitas vezes, come-se simbolicamente o nervosismo, a ansiedade e o desemprego. Durante o processo de aposentadoria, observa-se que há uma mudança do local e dos horários em que as refeições eram realizadas, e das pessoas com quem se compartilhava esses momentos. Ainda, em decorrência da diminuição da renda, é possível ocorrer mudanças no esquema alimentar. A redução do círculo social do idoso aposentado é outro fator que pode agravar as alterações do seu consumo alimentar. O afastamento do trabalho pode levar à solidão familiar e social que o predispõe à falta de preocupação consigo. Esta, somada à ausência de estímulos, tanto internos como externos, para comprar e preparar alimentos variados e nutritivos, pode levar o idoso a uma alimentação inadequada, colocando-o em risco de desenvolver excesso de peso, obesidade ou desnutrição. A aposentadoria é geralmente acompanhada de mudanças substanciais no estilo de vida. Se o aposentado não equilibrar suas novas atividades físicas com a ingestão energética, pode ocorrer ganho de peso e aumento da circunferência abdominal. Estudos relatam que a prevalência da obesidade é maior entre a faixa etária de 50 a 65 anos, fase que, não raro, coincide com o processo de aposentadoria. A obesidade está associada a um maior risco de desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas, como o diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Fonte: Revista da Escola de Enfermagem da USP. Vocabulário Ambivalente: adj. Situação na qual um pensamento, sentimento ou objeto possui duplos significados. Concomitante: adj. Que acontece ao mesmo tempo que outra coisa; simultâneo. Delineada: adj. Esboçada, ilustrada, traçada, delimitada. Iminência: s. f. Qualidade do que é imediato, que pode acontecer num momento muito

próximo ou que está prestes a ocorrer. Pró-ativos: adj. Que buscam identificar e resolver possíveis problemas com antecedência. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Culinária Salada de maçã, cenoura e repolho Ingredientes: 2 maçãs com casca cortadas em cubos pequenos; 2 cenouras médias raladas grossas; 3 xícaras (chá) de repolho picado; 1 xícara (chá) de maionese sabor tomate e manjericão. Modo de preparo: Em uma tigela grande misture as maçãs, as cenouras e o repolho. Acrescente a maionese sabor tomate e manjericão e misture até que fique homogêneo e reserve. Forre uma saladeira ou prato grande com folhas de alface e cubra com a mistura reservada. Sirva em seguida. Salada de pão de forma Ingredientes: 1 pacote de pão de forma (sem as bordas); 2 cenouras grandes cozidas; 250 g de maionese; 1 pimentão; 2 tomates; 1 cebola; 200 g de presunto cortado em cubos; 100 g de azeitonas verdes; 100 g de azeitonas pretas ou passas picadas. Modo de preparo: Corte o pão em cubos pequenos. Bata as cenouras cozidas no liquidificador acrescentando aos poucos a maionese. Misture tudo em uma vasilha. Sirva em temperatura ambiente ou gelada. Se preferir pode acrescentar cheiro verde.

Arroz especial Ingredientes: 1 peito de frango em cubos; 1 cebola média picada; alho a gosto; 4 colheres de sopa de óleo; 1 xícara e meia de arroz lavado e escorrido; 1 vidro de palmito picado; 1 lata de molho de tomate; meia lata de milho verde; 2 tabletes de caldo de galinha; 3 xícaras de água quente. Modo de preparo: Na panela de pressão, frite a cebola e o peito de frango em óleo. Junte o arroz e refogue. Junte o palmito, o milho, o molho de tomate e os tabletes de caldo de galinha dissolvidos em água quente. Feche a panela de pressão e conte 5 minutos após o início da fervura. Retire a pressão da panela, abra e verifique se o arroz está no ponto. Se não estiver, feche a panela e conte mais 3 minutos assim que começar a fazer barulho. Para dar um charme ao prato, sirva polvilhado com salsa picada. Fica cremoso, leve e saboroso. Torta de frango com *cream cheese* -- Rende 8 porções. Ingredientes da massa: 500 g de farinha de trigo; 100 g de manteiga sem sal; 10 g de sal; 5 g de açúcar; 1 ovo; 1 limão espremido; raspas de limão; água gelada. Ingredientes do recheio: 600 g de frango desfiado; 40 g de cebola; 10 g de manteiga; 10 g de salsinha; 10 g de caldo de galinha; 10 g de alho; 5 g de páprica; 5 g de óleo; *cream cheese* e parmesão a gosto. Modo de preparo da massa: Esfarele a manteiga com a farinha e uma pitada de sal, acrescentando logo após um pouquinho de açúcar, o suco e as raspas de limão. Acrescente os ovos à mistura. Coloque a água gelada aos poucos, até obter uma massa homogênea. Embale e leva à geladeira por uma hora. Retire a massa da geladeira e coloque sobre uma bancada. Com um rolo de massa, abra-a em formato circular. Em uma forma de 25 cm de fundo falso, envolva toda a base e a altura, moldando-a. Coloque no forno e asse a massa por 20 minutos a 250 graus. Reserve a massa para processo de montagem. Modo de preparo do recheio: Refogue o alho, a cebola, o óleo e a manteiga. Deixe caramelizar. Acrescente o frango desfiado e o caldo de galinha, a páprica, a salsinha e o sal. Montagem: Em uma base de massa já pronta (aproximadamente 500 g) e assada envolta em uma assadeira de fundo falso, faça uma camada de *cream cheese* por toda a base e a altura. Coloque o recheio de frango e acrescente uma camada de *cream cheese*. Finalize com parmesão em todo o topo da torta. Leve ao forno a 260 graus por, aproximadamente, 20 minutos, até gratinar. Picolé de bombom de brigadeiro Ingredientes: 150 g de chocolate em barra; uma lata de creme de leite; uma lata de leite condensado; 150 ml de leite. Para a casca: 200 g de chocolate -- granulado ou confeitos coloridos. Modo de preparo: Pique o chocolate e derreta junto com o creme de leite em banho-maria. No liquidificador, bata o leite condensado, o leite e a mistura de chocolate. Coloque em forminhas de picolé e leve ao freezer até endurecer. Para a calda: Derreta a outra parte de chocolate em banho-maria e reserve até esfriar. Depois que o picolé já tiver endurecido, tire das forminhas e mergulhe na calda. É importante que o picolé esteja bem firme e gelado para a calda endurecer. Sugestão: Decore o picolé com granulado ou confeitos coloridos por cima. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Humor Confusão na faculdade Tudo começou quando os meninos da turma de Direito colocaram nas camisas a seguinte frase: “Seu namorado não faz direito? Vem cá que eu faço”. Daí os meninos de Medicina colocaram: “Ele pode até fazer direito, mas ninguém conhece seu corpo melhor do que eu”. E os rapazes da Administração: “Não adianta fazer direito, conhecer bem o corpo e não saber administrar o que tem”. Aí os de Economia calaram a boca do pessoal colocando assim: “De que adianta fazer direito, conhecer o corpo, saber administrar, se a mulher gosta mesmo é de dinheiro”. Daí as meninas da Nutrição colocaram todo mundo no chinelo dizendo: “De que adianta, fazer direito, conhecer o corpo, saber administrar e ter dinheiro se, no fim, a gente tem que ensinar a comer”. Um ancião de cabelos brancos entrou numa joalheria ao anoitecer de uma sexta-feira com uma bela jovem ao seu lado. Ele disse ao joalheiro que queria um anel especial para sua namorada. O joalheiro deu uma olhada no mostruário e escolheu um anel no valor de R$10.000. O velho disse: -- Não, eu gostaria de ver algo muito mais especial. O joalheiro foi ao seu estoque especial no cofre e trouxe outro anel. -- Este custa R$40.000. Os olhos da jovem brilhavam e todo o seu corpo tremia de emoção. -- Eu levo! -- declarou o velho. O joalheiro perguntou como seria efetuado o pagamento, e o velho disse: -- Por cheque, mas eu sei que você deve se certificar de que meu cheque está bom, então vou emiti-lo agora, e você pode ligar para o banco na segunda-feira para verificar os fundos. Passarei para pegar o anel na segunda-feira à tarde. Na segunda-feira de manhã, o joalheiro ligou para o velho e disse: -- Senhor, não há dinheiro nessa conta! O velho respondeu: -- Eu sei, eu sei, mas você não imagina o fim de semana maravilhoso que eu passei. Renatinha, zangada com seu marido, liga para ele: -- Seu ordinário, vagabundo, pilantra! Onde você se enfiou? -- Oi, amor, desculpa por não te ligar antes. -- Onde você está seu irresponsável? -- Lembra daquela joalheria em que você viu aquele lindo anel de diamantes? -- pergunta ele, todo solícito. -- Sim, amorzinho, lindo, paixão da minha vida. -- Então, tô no bar ao lado!

O sargento pergunta para o soldado: -- Qual seu nome? -- Ricardo, senhor. -- Tá maluco soldado? Não sei em qual escola você estudou, mas aqui ninguém chama o outro pelo primeiro nome. Sem intimidades. Sobrenome, soldado? -- Paixão, senhor. Ricardo Paixão! -- Então, Ricardo, como eu estava te falando... õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Espaço do Leitor Testemunho de vida Chamo-me José Moura da Cunha, nasci a 9 de outubro de 1977, na maternidade Júlio Dinis, no Porto, mas sempre vivi na freguesia de Lamoso (Paços de Ferreira), com os meus pais. Quando nasci, ninguém se apercebeu que eu era cego porque os meus olhos estavam normais, apesar de ir muitas vezes ao médico de família, devido à bronquite. Nem o referido médico descobriu o que se estava a passar comigo. Os meus pais viram que algo de anormal estava a acontecer, porque eu tenho uma tia mais velha do que eu alguns meses e verificaram que eu não fazia o mesmo que ela. Ela apanhava as coisas do chão, e eu não. Então foram comigo a uma médica oftalmologista, do Porto, e ela encaminhou-me para o hospital de Santo Antônio. Depois de ter feito todos os exames, concluíram que a minha deficiência era irreversível e que tinha sido provocada por uma doença, toxoplasmose, que a minha mãe contraiu quando estava grávida e trabalhava numa quinta em contato com animais. Os meus pais ainda pensaram em levar-me ao estrangeiro, mas a equipe médica informou a eles que não valia a pena. Aos três anos fui para um infantário, onde tive apoio especial que me era dado por uma educadora habilitada que vinha do Porto três vezes por semana. Aos seis anos, entrei na escola primária e continuei a ter o mesmo apoio. Frequentei essa escola durante dois anos, mas acharam que era melhor que eu fosse para um colégio de educação especial (S. Manuel, no Porto). No início não foi nada fácil ficar lá interno durante oito dias, pois sentia imensas saudades de casa uma vez que tinha apenas sete anos. Quando saí de lá, senti muitas saudades dos amigos que deixei. Aí concluí a primária e depois fui para a Escola EB 2,3, em Freamunde. Nos tempos livres, ajudava os meus pais a trabalhar na quinta de Pegas (acartava a erva do campo para casa, vigiava o motor no tempo de rega, ia a correr pelo campo fora sem bengala para desligar o motor, ralava as uvas, levava os bois para o campo). Quando não tinha nada para fazer, jogava a bola na eira. A minha baliza era a porta do palheiro. Quando acabei o 9º ano, fui estagiar para a câmara de Paços de Ferreira, onde trabalhava meio dia por semana. Não fiquei lá a trabalhar porque me disseram que só me podiam admitir com o 12º ano. Tive mais duas experiências de trabalho em duas fábricas têxteis que abriram falência. Após ter passado pelo mundo do trabalho, frequentei o Centro de Reabilitação da Areosa, na cidade do Porto, para onde me deslocava uma vez por semana. Lá tive Mobilidade, AVD (Atividades da Vida Diária), Artesanato e Informática. Para além disso, fui coordenador da Fraternidade durante quatro anos. Frequentei o Centro de Dia de Carvalhosa, durante cerca de cinco anos, onde fazia ginástica, hidroginástica, jogava dominó, passeava à volta do centro com os idosos, ajudava-os a fazer algumas coisas em que eles tinham mais dificuldade devido à sua idade, anualmente ia uma semana para a praia de Mindelo, fazia jogos com as crianças do infantário pertencente ao já mencionado Centro de Dia. Atualmente estou na Casa de Acolhimento Sol Nascente, na qual me encontro desde o dia 4 de outubro de 2013, onde me sinto muito bem. Nessa instituição, realizo várias atividades: AVD, informática, mobilidade, hidroterapia, artesanato, entre outras. Nos tempos livres e aos fins de semana, tocava bombo no rancho de Santa Maria de Lamoso, onde gostei muito de andar porque me deslocava a outras terras e me encontrava com amigos de infância; leio livros e revistas; vou à casa da minha avó e família; ouço rádio… Em conclusão, sinto-me bem com a minha deficiência, não tenho complexos com as pessoas com quem vivo cotidianamente. Sempre que noto uma pessoa invisual em baixo, tento ajudá-la dentro das minhas possibilidades. Quando me convidam para ir a algum local explicar como vivemos o dia a dia, levo algumas ferramentas de trabalho, assim como: bengala, telemóvel, computador, revistas e a máquina de escrever braille. Muita gente fica admirada ao ver a minha capacidade, principalmente as crianças, que fazem muitas perguntas. Daquilo que aprendi, não estou arrependido devido ao fato de ser útil para a minha vida futura. Um ponto que não me passou da ideia foi ajudar os colegas invisuais dentro daquilo que sei. Nota Acartava: Colhia. Eira: Terreno em volta da casa. Em baixo: Em apuros, em dificuldade. Infantário: Jardim de infância. Invisual: Cego. 12º ano: Ensino médio completo.

Primária: Ensino fundamental 1. Quinta: Fazenda. õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

Transcrição: Diogo Silva Müller Dunley Coordenação de revisão: Geni Pinto de Abreu Revisão Braille: João Batista Alvarenga Produção: Instituto Benjamin Constant Ano: 2020 :::::::::::::::::::::::: Distribuição gratuita de acordo com a Lei n.o 9.610, de 19/02/1998, art. 46, inciso I, alínea *d*.