Revista Brasileira para Cegos Ano 82, n.o 572, janeiro/março de 2024 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação trimestral de Informação e Cultura Editada e Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1942 pelo Prof. José Espínola Veiga Av. Pasteur, 350/368 Urca -- Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-250 Tel.: (55) (21) 3478-4531 E-mail: ~,revistasbraille@~ ibc.gov.br~, ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.br~, Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito Brasil: União e Reconstrução

Diretor-Geral do IBC Mauro Marcos Farias da Conceição Comissão Editorial: Camila Souza Dutton Geni Pinto de Abreu Heverton de Souza Bezerra da Silva Hylea de Camargo Vale Fernandes Lima João Batista Alvarenga Maria Cecília Guimarães Coelho Rachel Ventura Espinheira Colaboração: Daniele de Souza Pereira Revisão: Marília Estevão Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ publicacoesÿrevistas~, Nossas redes sociais: Anchor: ~,https:ÿÿanchor.~ fmÿpodfalar-rbc~, Facebook: ~,https:ÿÿwww.~ facebook.comÿibcrevistas~, Instagram: ~,https:ÿÿwww.~ instagram.comÿrevistas{-~ rbc{-pontinhosÿ~, YouTube: ~,https:ÿÿwww.~ youtube.comÿ~ RevistasPontinhoseRBC~,

Revista Brasileira para Cegos / MEC/Instituto Benjamin Constant. Divisão de Imprensa Braille. n.o 1 (1942) -- . Rio de Janeiro : Divisão de Imprensa Braille, 1942 -- . V. Trimestral Impressão em braille ISSN 2595-1009 1. Informação -- Acesso. 2. Pessoa cega. 3. Cultura -- Cego. 4. Revista -- Periódico. I. Revista Brasileira para Cegos. II. Ministério da Educação. III. Instituto Benjamin Constant. ¨ CDD-003.#edjahga Bibliotecário -- Edilmar Alcantara dos S. Junior -- CRB/7 6872

Sumário Editorial ::::::::::::::: 1 A complicada arte de ver :::::::::::::::::::: 4 A falta que ela me faz :::::::::::::::::::: 11 Sobre as interseccionalidades: Mulher, negra, cega, essa sou eu! ::::::::::: 17 Tirinhas :::::::::::::::: 23 Calvin e Haroldo ::::::: 23 Desafios :::::::::::::::: 28 Sudoku 6"6 :::::::::::: 28 Pensamentos ::::::::::::: 33 No Mundo das Artes :::: 35 O chorinho :::::::::::::: 35 Teatro moderno brasileiro ::::::::::::: 42 Maravilhas do Mundo :::: 49 Roteiro de dois dias em Vassouras, no Vale do Café :::::::::::::::::: 49 Nossa casa :::::::::::::: 65

Vida e Saúde ::::::::::: 69 "Infoxicação": como frear o excesso de informação ::::::::::::: 69 Culinária ::::::::::::::: 77 Tortilha de batata :::::: 77 Frango ao creme de limão :::::::::::::::::: 81 Mousse de chocolate ::::: 84 Humor ::::::::::::::::::: 86 RBC News :::::::::::::: 89 Presidente sanciona lei que inclui Dorina Nowill no livro de heróis e heroínas da Pátria :::::::::::::::: 89 Editorial Que saudades! Como sentimos sua falta nesse tempo sem contato com você, leitor! Agora, porém, aqui estamos à disposição para apresentar algo que traga entretenimento, cultura, informação, reflexão e aprendizado. A culinária, desta vez, está finíssima. Você vai gostar. Dicas muito boas para manter tudo em ordem na sua casa também não faltam. De uma forma poética, Rubem Alves fala sobre o ver, mas não só o ver com os olhos mas também o modo como enxergamos tudo em nossa vida. Os conceitos de intersec- cionalidade estão presentes no texto de Gislana Vale. Dá o que pensar e o que observar em nossa vida diária. Fernando Sabino, com seu humor leve, tirando de onde menos se espera uma história pitoresca, mostra-nos a importância de valorizarmos os trabalhos da casa, bem como quem os executa. A história do teatro brasileiro e de um gênero musical que, apesar das influências de outros países, podemos dizer que é nosso, o chorinho, são os assuntos da seção "No mundo das artes". Quem sabe se a gente colocasse mais música e teatro na nossa vida ficaríamos um pouco menos expostos à enxurrada tecnológica no nosso dia a dia, não é mesmo? Leia a respeito em “Vida e saúde”. Aliás, falando em saúde, uma boa notícia: o sudoku está de volta. Desafio de qualidade, que exercita o raciocínio lógico e a atenção. Em RBC News, uma homenagem que nos enche de incentivo, a uma mulher valente que fez a diferença na vida dos cegos brasileiros: a professora Dorina Nowill. Na seção “Maravilhas do mundo” uma dica de viagem feita sob medida para quem gosta de história: a cidade fluminense de Vassouras, a mais famosa do chamado Vale do Café. Por fim, delicie-se com as piadas e com as tirinhas. Curta muito nossa revista! Boa leitura! Comissão Editorial õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

A complicada arte de ver Rubem Alves Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões e é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto." Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: ý"Rosa de água com escamas de cristalý". Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver". Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óp- tica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física. William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto- -me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo. Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema. Há muitas pessoas de visão perfeita que nada veem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, "seus olhos se abriram". Vinícius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao constatar, assombrado, que tudo naquela mesa, garrafa, prato, facão, era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção". A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito po- bre. Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que veem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo. Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que

moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, como Jesus Cristo, tornado outra vez criança: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas". Por isso que eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver. Eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"... Nota: Segundo o livro do Êxodo no Velho Testamento, o fenômeno da sarça ardente ocorreu na primeira vez em que Deus dirigiu-se a Moisés. Vocabulário Epifania: s. f. Aparição ou manifestação de algo, normalmente relacionado com o contexto espiritual e divino. Gótica: adj. Tudo que é relativo à cultura germânica. Partejar: v. Adular, bajular. Rosácea: s. f. Ornato em forma de rosa desabrochada, composta por um núcleo em redor do qual se agrupam as folhas inscritas em um círculo. ::::::::::::::::::::::::

A falta que ela me faz Fernando Sabino Como bom patrão, resolvi, num momento de insensatez, dar um mês de férias à empregada. No princípio achei até bom ficar completamente sozinho dentro de casa o dia inteiro. Podia andar para lá e para cá sem encontrar ninguém varrendo o chão ou espanando os móveis, sair do banheiro apenas de chinelos, trocar de roupa com a porta aberta, falar sozinho sem passar por maluco. Na cozinha, enquanto houvesse xícara limpa e não faltassem os ingredientes necessários, preparava eu mesmo o meu café. Aprendi a apanhar o pão que o padeiro deixava na área tendo o cuidado de me vestir antes, não fosse a porta se fechar comigo do lado de fora, como na história do homem nu. Esticar a roupa da cama não era tarefa assim tão complicada: além do mais, não precisava também ficar uma perfeição, já que à noite voltaria a desarrumá-la. Fazia as refeições na rua, às vezes filava o jantar de algum amigo e, assim, ia me aguentando, enquanto a empregada não voltasse. Aos poucos, porém, passei a desejar ardentemente essa volta. O apartamento, ao fim de alguns dias, ganhava um aspecto lúgubre de navio abandonado. A geladeira começou a fazer gelo por todos os lados só não tinha água gelada, pois não me lembrara de encher as garrafas. E agora, ao tentar fazê-lo, verificava que não havia mais água dentro da talha. Não podia abrir a torneira do fil- tro, já que não estaria em

casa na hora de fechá-la, e com isso acabaria inundando a cozinha. A um canto do quarto um monte de roupas crescia assustadoramente. A roupa suja lava-se em casa "bem, mas como". Não sabia sequer o nome da lavanderia onde, pela mão da empregada, tinham ido parar meus ternos, provavelmente para sempre. E como batiam na porta! O movimento dela lá na cozinha, eu descobria agora, era muito maior do que o meu cá na frente: vendedores de muamba, passadores de rifa, cobradores de prestação, outras empregadas perguntando por ela. Um dia surgiu um indivíduo trazendo uma fotografia dela que, segundo me informou, merecera um "tratamento artístico": fora colorida à mão e colocada num desses medalhões de

latão que se veem no cemitério. "Falta pagar a última prestação”, disse o homem. Paguei o que faltava, que remédio. Sem ao menos ficar sabendo o quanto a pobre já havia pago. E por pouco não entronizei o retrato na cabeceira de minha cama, como lembrança daquela sem a qual eu simplesmente não sabia viver. Verdadeiro agravo para a minha solidão era a fina camada de poeira que cobria tudo: não podia mais nem retirar um livro da estante sem dar logo dois espirros. Os jornais continuavam chegando e já havia jornal velho para todo lado, sem que eu soubesse como pôr a funcionar o mecanismo que os fazia desaparecer. Descobri também, para meu espanto, que o apartamento não tinha lata de lixo, a toda hora eu tinha de ir lá fora, na área, para jogar na caixa coletora um pedacinho de papel ou esvaziar um cinzeiro. Havia outros problemas difíceis de enfrentar. Um dos piores era o do pão: todas as manhãs, enquanto eu dormia, o padeiro deixava à porta um pão quilométrico, do qual eu comia apenas uma pontinha e na cozinha já se juntava uma quantidade de pão que daria para alimentar um exército, não sabia como fazer parar. Nem só de pão vive o homem. Eu poderia enfrentar tudo, mas estar ensaboado debaixo do chuveiro e ouvir lá na sala o telefonema esperado, sem que houvesse ninguém para atender, era demais para a minha aflição. Até que um dia, como uma projeção do estado de sinistro abandono em que me via atirado, comecei a sentir no ar um vago mau cheiro. Intrigado, olhei as solas dos sapatos, para ver se havia pisado em alguma coisa lá na rua. Depois saí farejando o ar aqui e ali como um perdigueiro, e acabei sendo conduzido à cozinha, onde ultimamente já não ousava entrar. No que abri a porta, o mau cheiro me atingiu como uma bofetada. Vinha do fogão, certamente. Aproximei-me, protegendo o nariz com uma das mãos, enquanto me curvava e com a outra abria o forno. "Oh não!" recuei horrorizado. Na panela, a carne assada, que a empregada gentilmente deixara preparada para mim antes de partir, se decompunha num asqueroso caldo putrefato, onde pequenas formas brancas se agitavam. Mudei-me no mesmo dia para um hotel. Fonte: Do livro "As Melhores Crônicas de Fernando Sabino" (Editora Record).

Vocabulário Lúgubre: adj. Que é sinal de ou que inspira uma grande tristeza. Putrefato: adj. Que se encontra em estado de apodrecimento. Talha: s. f. Filtro de barro ou de louça de uso manual, que precisa ser abastecido com água para filtragem e posterior uso. :::::::::::::::::::::::: Sobre as interseccionalidades: Mulher, negra, cega, essa sou eu! Mulher cega, negra, escritora, poeta, pesquisadora; Doutoranda em Psicologia -- UFF; Mestre em Avaliação de Políticas Públicas -- UFC; Coordenadora Executiva Nacional MBMC; Consultora em Acessibilidade Cultural e Políticas Públicas. Gislana Monte Vale Raça: você já pensou sobre isso? Durante a última década essa questão tem atravessado a minha vida. Sempre me declaro como uma mulher negra e tenho que explicar todas as vezes o que isso significa. Nasci numa casa de muitos pertencimentos, mãe branca de olhos claros, pai preto de pele escura descendente de negros, avó indígena; vivi a maior parte da minha vida com muitas pessoas querendo me fazer acreditar que sou branca, uma vez que minha pele segundo o censo (IBGE) é parda. Nunca aceitei muito bem essa história de ser parda, pardo é papel de embrulhar coisas na mercearia e não pele de gente, penso sempre sobre isso. Um dia entendi, sem mais nem menos. Me encontrei com meu pertencimento, descobri que os tambores de África tocam dentro de mim e me fazem sentir viva tanto quanto nunca havia me sentido antes. Descobri que o povo bantu habitou o Ceará, a terra onde nasci... Descobri que eram artesãos, que conheciam as ferramentas e técnicas agrícolas. Soube desde então quem eram os meus e de que lugar eu tinha vindo. Descobri que eram guerreiros audaciosos e nunca mais pude me pensar diferente disso. Um dia, um amigo, ogã da religião de Matriz africana, me disse sem preâmbulos: você é uma mulher de “Iansã”. Perguntei o que isso significava e ele disse que breve eu descobriria. Dizer o que penso e falar às vezes o que não devo e depois arcar com as consequências e os desfechos do que falo e penso. É esse o significado desse lugar, encarnado em mim, num mundo racista, machista, capacitista, preconceituoso... Nesses tempos difíceis sei quem sou, e isso ao longo da vida tem me dado ou custado coisas preciosas. Hoje, a realidade de ser mulher e negra se junta à dimensão da deficiência. Parece que com correr dos dias, dos anos, a vida nunca fica mais fácil. Mas quem sou, o que sou e como me reconheço me permite viver a dimensão única da minha própria transcendência. Minha ancestralidade permeia então a mulher que sou, os olhos que fisicamente não uso estão em mim apropriados da minha essência e iluminados pelo meu sagrado. É desse lugar que falo e que me autoriza ser quem sou. Hoje, quando vou aos lugares, e sou a única mulher que se declara negra, percebo o mundo em que vivemos, e sei perfeitamente qual é o meu lugar de fala. Compreendo, dentre tantas coisas, quem vive e fala através da minha voz. Eu, mulher, negra, cega, pesquisadora, trabalhadora, ativista de movimento social, mãe, amiga, apaixonada pela vida, amante dos meus amores, leal e corajosa, frágil, insegura, medrosa, por que não? Trago em mim as marcas das muitas vidas que vivo, das escolhas que faço e de todos os destinos da minha trajetória. Sempre vivendo no presente, que ao que parece é o único lugar hoje em que podemos estar; nunca esquecendo das mulheres que me precederam, a quem peço licença; às que virão depois de mim a quem saúdo. Nós mulheres constituídas pelo tempo e pela ancestralidade, movedoras da roda sagrada. Vocabulário Iansã: s. f. Entidade das religiões de matriz africana. Ogã: s. m. Pessoa responsável pelos instrumentos nos terreiros de matrizes africanos. Preâmbulo: s. m. Prefácio, apresentação, introdução. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Tirinhas Calvin e Haroldo Com humor fino e cheio de ironia, as tiras de “Calvin e Haroldo”, criadas pelo norte-americano, Bill Watterson, começaram a ser distribuídas para publicação em jornais em 18 de novembro de 1985, e foram produzidas até dezembro de 1995, quando o artista anunciou sua aposentadoria da série. No quadrinho, o sagaz garoto de 6 anos e seu tigre de pelúcia -- que ganha vida na imaginação do menino -- protagonizam diálogos divertidos e surreais. Em suas conversas inteligentes e bem-humoradas, debatem o jeito de ser dos humanos, enquanto expõem particularidades do mundo infantil e contradições do mundo adulto.

O nome do garoto foi inspirado no teólogo Calvino ê1509-1564ã, um dos responsáveis pela reforma na Igreja Católica. Já o do tigre Haroldo, chamado de “Hobbes” na versão original, deriva do filósofo e cientista político, Thomas Hobbes ê1588-1679ã. A mãe e o pai de Calvin nunca receberam um nome na série. _`[Tirinha: “Calvin e Haroldo", adaptada em quatro qua- drinhos: Q1: Mãe com os olhos arregalados e debruçada na cama, escuta: "Mãe, Manhêê!" Q2: Mãe, entra no quarto, acende o abajur e pergunta: “O que é? Qual é o problema?” Calvin e Haroldo deitados na cama. Calvin responde: “O Haroldo teve um pesadelo.”

Q3: Mãe com a boca, bem aberta, e gesticulando, pergunta: “Você me acordou às duas da manhã por que acha que seu tigre de pelúcia teve um pesadelo?” Calvin responde: “Ele sonhou que estava tão faminto que comeu a gente.” Q4: Mãe de costas, desliga o abajur e diz: “Eu é que devo estar tendo um pesadelo.” Calvin pergunta: “Não é melhor fazer um sanduíche pro Haroldo só por via das dúvidas?”._`] _`[Tirinha: “Calvin e Haroldo", adaptada em quatro qua- drinhos: Q1: Calvin com a boca bem aberta e gesticulando, parado na escada, berra: “Pai, conta uma história pra eu dormir!”

Sem aparecer no quadrinho, pai responde: “Eu estou ocupado. Calvin amanhã eu leio.” Q2: Pai sentado à mesa, ocupado com papéis, parecendo aborrecido, escuta: “Se você não contar uma história, eu não vou dormir!” Q3: Calvin e Haroldo deitados, pai sentado ao lado da cama, lê: “Era uma vez um garoto chamado Calvin, que sempre queria tudo do seu jeito. Um dia, seu pai ficou cheio dele e o trancou no porão pelo resto da vida e o resto do mundo vive feliz para sempre. Fim.” Q4: Calvin olha para Haroldo e diz: “Eu não gosto dessas histórias com moral.”._`]

_`[Tirinha: “Calvin e Haroldo", adaptada em quatro qua- drinhos: Q1: Calvin abre a porta e grita: “Mããe! Ei, mãe!” Q2: Calvin com a mão na direção da boca, ouve: “Pare de berrar Calvin! Se quiser dizer algo, venha até a sala!” Q3: Calvin anda. Q4: Calvin, em frente a mãe, fala: “Pisei no cocô do cachorro… Onde limpo os pés?” A mãe sentada no sofá com rosto para baixo e as mãos na cabeça._`] õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Desafios Sudoku 6"6 Preencha os espaços vazios com os números de 1 a 6 sem que haja repetição nas linhas, nas colunas e nos retângulos em destaque. Dicas para o Sudoku: õo Analise a linha, a coluna ou o retângulo em destaque e inicie o preenchimento por onde encontrar a maior quantidade de números preenchidos. õo Analise os números que estão faltando nas linhas, nas colunas e nos retângulos em destaque e insira-os.

_`[Devido à diagramação da revista, substituímos os números por letras. Legenda: 1 = a; 2 = b; 3 = c; 4 = d; 5 = e; 6 = f._`] 1) égggïgggïgggégggïgggïgggé é c _ _ é _ d _ é é:::w:::w:::é:::w:::w:::é é d _ b _ é _ _ f é égggïgggïgggégggïgggïgggé é _ c _ é d _ _ é é:::w:::w:::é:::w:::w:::é é _ a _ d é c _ _ é égggïgggïgggégggïgggïgggé é b _ _ é _ _ c é é:::w:::w:::é:::w:::w:::é é _ e _ c é _ d _ b é ggggggggggggggggggggggggg

2) égggïgggïgggégggïgggïgggé é e _ a _ b é _ _ é é:::w:::w:::é:::w:::w:::é é _ f _ é b _ a _ é égggïgggïgggégggïgggïgggé é _ _ é _ b _ d é é:::w:::w:::é:::w:::w:::é é _ _ a é c _ _ é égggïgggïgggégggïgggïgggé é a _ e _ é _ _ b é é:::w:::w:::é:::w:::w:::é é c _ _ d é e _ _ é ggggggggggggggggggggggggg

Respostas: 1) égggïgggïgggégggïgggïgggé é c _ f _ a é b _ e _ d é é:::w:::w:::é:::w:::w:::é é d _ b _ e é a _ c _ f é égggïgggïgggégggïgggïgggé é e _ c _ b é d _ f _ a é é:::w:::w:::é:::w:::w:::é é f _ a _ d é c _ b _ e é égggïgggïgggégggïgggïgggé é b _ d _ f é e _ a _ c é é:::w:::w:::é:::w:::w:::é é a _ e _ c é f _ d _ b é ggggggggggggggggggggggggg

2) égggïgggïgggégggïgggïgggé é e _ a _ b é f _ d _ c é é:::w:::w:::é:::w:::w:::é é d _ f _ c é b _ a _ e é égggïgggïgggégggïgggïgggé é f _ c _ e é a _ b _ d é é:::w:::w:::é:::w:::w:::é é b _ d _ a é c _ e _ f é égggïgggïgggégggïgggïgggé é a _ e _ f é d _ c _ b é é:::w:::w:::é:::w:::w:::é é c _ b _ d é e _ f _ a é ggggggggggggggggggggggggg õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Pensamentos Khalil Gibran ê1883- -1931ã foi um filósofo, escritor, poeta, ensaísta e pintor libanês. Sua obra reflete a espiritualidade e os princípios que levam aos patamares mais altos da alma humana. É conhecido por ter criado frases inspiradoras. Seu livro mais conhecido é “O Profeta”. “Árvores são poemas que a terra escreve para o céu.” “És livre na luz do Sol e livre ante a estrela da noite. E és livre quando não há Sol, nem Lua ou estrelas. Inclusive, és livre quando fechas os olhos a tudo que existe.”

“Quando vosso amigo expressa o pensamento, não temais o ý"nãoý" de vossa própria opinião, nem prendais o ý"simý". E quando ele se cala, que vosso coração continue a ouvir o coração dele…” “Quando vos separais de vosso amigo, não vos aflijais. Pois o que amais nele pode tornar-se mais claro na sua ausência, como para o alpinista a montanha aparece mais clara, vista da planície.” õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

No Mundo das Artes O chorinho O que é? O choro, popularmente chamado de chorinho, é um gênero instrumental da música popular brasileira cuja origem remonta ao final do século XIX na cidade do Rio de Janeiro. Os conjuntos que o executam são chamados de regionais e os músicos, compositores ou instrumentistas, são chamados de chorões. Apesar do nome, o gênero tem, em geral, um ritmo agitado e alegre, caracterizado pelo virtuosismo e improviso dos participantes. O choro representa a formação instrumental mais tipicamente brasileira e o agrupamento musical mais antigo dentro da música popular do Brasil. O regional de choro é tradicionalmente formado por um ou mais instrumentos de solo (flauta, bandolim, clarinete etc.) e pelo cavaquinho, violões e pandeiro no acompanhamento. O cavaquinho executa ritmo e harmonia, um ou mais violões de 6 cordas (juntamente com o violão de 7 cordas) executam a harmonia e as variações/modulações, o de 7 cordas atua como baixo e o pandeiro faz a marcação de ritmo. O cavaquinho, apesar de possuir limitações com relação à sua extensão, também é usado como instrumento de solo. O choro, em sua essência, é um gênero musical puramente instrumental. Nos poucos choros que possuem letra, pode-se dizer que grande parte foi escrita anos após o choro ter sido composto ou mesmo anos após a morte do compositor. Poderíamos dizer que o choro, historicamente, começa a nascer na cidade do Rio de Janeiro no início do século XIX, com a chegada ao Brasil da família real portuguesa, que fugia da invasão de Napoleão e trazia consigo entre dez e quinze mil europeus. Como consequência direta, a cidade do Rio de Janeiro passa por transformações urbanas e culturais sem precedentes. Músicos, novos instrumentos musicais e novos ritmos europeus chegam ao Rio de Janeiro e são imediatamente aceitos pela sociedade. Em pouco tempo, a então capital federal passa a ser conheci- da, conforme dito pelo poeta Araújo Porto Alegre, como “a cidade dos pianos”. O choro é o resultado da exposição do músico brasileiro aos estilos musicais europeus, essencialmente à polca, apresentada no Rio de Janeiro em 1845, num ambiente musical já fortemente influenciado pelos ritmos africanos, principalmente o Lundu, já presente na cultura brasileira desde o final do século XVIII. Tal como o *ragtime* nos Estados Unidos, o choro surge em decorrência das influências dos estilos musicais e ritmos vindos de dois continentes: Europa e África. A primeira referência ao termo “choro” aparece na década de 1870, quando o flautista Joaquim Antônio da Silva Callado, considerado pioneiro nesse processo de fusão dos estilos e ritmos musicais europeus/africanos, cria um conjunto chamado “Choro Carioca”. O maestro e professor Baptista Siqueira, um dos biógrafos de Joaquim Callado, esclarece que com o Choro Carioca, ou simplesmente Choro de Callado, “ficou então constituído o mais original agrupamento musical reduzido de nosso país”. Constava ele, desde sua origem, de um instrumento solista, dois violões e um cavaquinho, onde somente um dos componentes sabia ler a música escrita: "todos os demais deviam ser improvisadores do acompanhamento harmônico”. A origem da palavra choro é controversa e não existe uma posição definitiva entre os pesquisadores sobre a questão. Ary Vasconcelos nos apresenta algumas possibilidades: õo o termo pode ter derivado de “xolo”, um tipo de baile que reunia os escravos das fazendas, expressão que, por confusão com o parônimo português, passou a ser conhecida como “xoro” e, finalmente, na cidade, deve ter começado a ser grafada com “ch”. Esta versão é atribuída a Jacques Raimundo.

õo a origem do termo talvez se deva à sensação de melancolia transmitida pelas modulações improvisadas de contracanto do violão (também chamadas de “baixarias”). Esta versão é atribuída a José Ramos Tinhorão. õo outra possibilidade teria sido aventada por Lúcio Rangel, associando choro a melancolia. Para Ary Vasconcelos a palavra choro deriva de choromeleiros, grupo de músicos que data do período colonial brasileiro: “para o povo, naturalmente, qualquer grupo instrumental deveria ser sempre os choromeleiros, expressão que acabou sendo encurtada para choro”. Pixinguinha lança seu choro “Carinhoso” com duas partes em 1928, é criticado e não tem sucesso num primeiro momento. A regra de que “choro deve ter três partes” vigorava fortemente essa época. Carinhoso só alcança o sucesso merecido quando ganha letra em 1937. “Brasileirinho” de Waldir Azevedo (lançado em 1949) tem um estrondoso sucesso no Brasil e no exterior e definitivamente abre caminho para acabar com o tabu de que choro só é válido se tiver três partes. Fonte: ~,https:ÿÿwww.~ choromusic.com.brÿo-que-e-~ o-choroÿo-que-e.html#k:~:~ text=O%20choro%2C%~ 20popularmente%20~ chamado%20de,~ instrumentistas%2C%~ 20s%C3%A3o%20~ chamados%20de%20~ Chor%C3%B5es~, Acesso em: 19/02/2024 :::::::::::::::::::::::: Teatro moderno brasileiro Embora tenha começado com padre Anchieta, a arte teatral se consolidou de verdade no Brasil apenas nos últimos 100 anos. Cláudia de Castro Lima Ele rezou missas, escreveu livros, ensinou música e foi o primeiro dramaturgo do Brasil. Seu nome, José de An- chieta -- sim, o padre jesuíta que desembarcou em Salvador (BA) em 1553 e, nos seus esforços de catequizar os índios, dirigiu a primeira peça de teatro em solo brasileiro -- um auto de Natal encenado em 1574. Mas, apesar de a origem do teatro brasileiro estar no século XVI, foi só há 100 anos que ele se consolidou. Os teatros de revista foram o marco, entre 1920 e 1940, mesclando sátira social e política à sensualidade, em esquetes entremeadas por músicas e danças, executadas por mulheres atraentes. Este foi o gênero que consagrou vedetes como Luz Del Fuego ê1917- -1967ã, Elvira Pagã (1920-2003) e Virgínia Lane (1920-2014) -- esta última, admirada pelo presidente Getúlio Vargas. Entre os artistas do sexo masculino da época, destacam-se Ankito (1924-2009), Oscarito (1906-1970) e Grande Otelo (1915-1993). A receptividade do público era tamanho, que multidões se formavam nas portas dos teatros de São Paulo e do Rio de Janeiro. Bom, mas se existe um ano que representa bem a guinada do teatro no Brasil é o de 1943, com a estreia da peça Vestido de Noiva. O autor,

Nelson Rodrigues ê1912- -1980ã, também jornalista e divulgador dos próprios feitos, planejou tudo bem direitinho. Ao lado de um grupo amador, Os Comediantes, sua peça inovadora deu uma punhalada nos atores profissionais e no modo até então muito marcante de fazer teatro, como o do século XIX. Cinco anos depois, em 1948, surgia o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), que inovou a atividade teatral no País. Num casarão com 18 camarins e equipamentos modernos, o TBC profissionalizou o cenário e revelou grandes atores como Cacilda Becker (1921-1969), Sérgio Cardoso (1925-1972), Paulo Autran (1922-2007), Tônia Carrero (1922-2018) e Adolfo Celi (1922-1986). Parte de seu elenco criaria, oito anos depois, a Companhia Tônia-Celi-Autran. O TBC era o palco perfeito para a atriz Cacilda Becker mostrar seu trabalho artístico. Ela, que era apenas uma estreante na inauguração do TBC em 11 de outubro de 1948, tornou-se atriz do primeiro time e, mais tarde, diretora de grandes montagens de sucesso, como Os Filhos de Eduardo -- peça que dirigiu e em que atuou, ao lado de Sérgio Cardoso ê1925- -1972ã. Outras peças de sucesso da primeira fase do TBC foram: Antígone (1952), também com Cacilda Becker e Paulo Autran; Uma mulher do outro mundo (1954), também com Paulo, Tônia Carrero, e Adolfo Celi; e Casa de Chá no Luar de Agosto (1956), com Milton Moraes ê1930- -1933ã, Célia Biar (1918-1999), Fregolente (1912-1979), Sérgio Brito (1923-2011), Nathália Timberg (1929), entre tantas outras montagens. Além dos atores já citados, ao longo de sua história de 60 anos, até fechar definitivamente as portas em 2008, o TBC foi o espaço que revelou outros grandes atores brasileiros, que hoje fazem parte da história da dramaturgia do País, como Walmor Chagas, Nydia Licia, Fernanda Montenegro e Fernando Torres etc. O jeito profissional de se apresentar ao grande público fez escola e história, pois a arte dos palcos começou a imitar todos os aspectos da vida, inclusive o político -- os Teatros de Arena e Oficina, ambos paulistas e inaugurados no final da década de 1950, tiveram um papel importante na resistência após o golpe militar de 1964.

Antes de o governo militar editar o duro Ato Institucional n.o 5 e instaurar o terror e a censura no país, atores, autores e diretores faziam atos contra a proibição da manifestação teatral. Em 13 de fevereiro de 1968, a greve contra a censura reuniu, entre outras pessoas, Plínio Marcos (1935-1999), Rildo Gonçalves (1930-2017), Rosamaria Murtinho e Etty Fraser (1931-2018). Com o fim da ditadura, um fenômeno: os textos censurados já não faziam mais sucesso, e o que começou a atrair o pú- blico foi o gênero “besteirol”. De lá para cá, a demo- cracia se fez presente nos palcos e a cortina nunca mais deixou de abrir. Um dos grandes sucessos dessa nova fase do teatro brasileiro foi a montagem de O Mistério de Irma Vap, do autor americano Charles Lundlum, que consagrou a parceria de Marco Nanini (1948) e Ney Latorraca (1944). Dirigida pela atriz e diretora Marília Pera (1943-2015), a peça ficou 11 anos em cartaz. Uma das atrações de Irma Vap eram as trocas de roupa dos atores, feitas em poucos segundos. Fonte: "Revista Aventuras na História". Edição 242. Editora Perfil. São Paulo. Junho de 2023. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Maravilhas do Mundo Roteiro de dois dias em Vassouras, no Vale do Café Cintia Grininger Nós adoramos roteiros históricos e há um bom tempo planejávamos conhecer o Vale do Café fluminense, formado por 15 municípios localizados no vale do rio Paraíba do Sul. Escolhemos Vassouras, um dos principais da região, para passar o fim de semana. O Vale do Café teve seu auge econômico no século XIX, durante o Brasil imperial, quando mais de 75% desta bebida consumida no mundo era produzida ali. Toda essa riqueza garantiu títulos de nobreza a muitos dos fazendeiros da região, originando a famosa denominação “barões do café”. Muitos deles tinham casas nas cidades próximas, além de enormes fazendas, que demandavam muita mão de obra, principalmente escrava — o que movimentava o comércio local. Tudo isso, aliado à infraestrutura necessária para escoar a produção cafeeira, contribuiu para o crescimento e desenvolvimento econômico e cultural da região. Mas, o declínio do café como principal (quase único) artigo de exportação, a abolição da escravatura e a subsequente Proclamação da Repú- blica fizeram com que a economia da região sofresse duramente, fazendo com que a região perdesse sua importância econômica e, consequentemente, sua relevância política. Muitas das grandes fazendas foram abandonadas ou divididas em vários pedaços, gerando perdas irreparáveis.

Somente nas últimas décadas o Vale do Café descobriu um novo caminho para retomar sua economia, graças ao apelo histórico do ciclo do café, que transformou a região em um dos mais charmosos destinos turísticos do estado do Rio de Janeiro. Hoje, os atuais proprietários das fazendas, com apoio do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histó- rico e Artístico Nacional), do Sebrae, do Instituto Preservale e do Conciclo (Conselho de Turismo da Região do Vale do Café), têm unido forças para resgatar e manter parte desse legado. Muitas fazendas foram restauradas, casarões foram reformados e criou-se toda uma estrutura voltada para o turismo histórico. Além disso, é uma região de clima muito agradável e de muitas belezas naturais, que fica pertinho do Rio (pouco mais de 100 km) e não muito longe de São Paulo (cerca de 360 km). Para saber mais sobre o Vale Histórico do Café e as cidades que fazem parte dele, as fazendas da região, consultar opções de hospedagem e as opções de turismo por ali, recomendamos dar uma olhada no Portal Vale do Café (~,https:ÿÿwww.portalvaledo~ cafe.com.brÿ~,). Tem ótimas informações e ajuda muito quem estiver planejando um roteiro. Vassouras Escolhemos Vassouras para passar um fim de semana pois é uma das mais famosas cidades da região do Vale do Café. Ela tem um centro histórico bem preservado, várias fazendas de café por perto que permitem visitação e um passeio inusitado: o Uaná Etê, um

parque ecológico com uma pegada zen, que vale muito a pena conhecer! Nós saímos de São José dos Campos, a 90 km de São Paulo, bem cedinho num sábado, e chegamos a Vassouras por volta das 10 da manhã. Deixamos a cidade no domingo por volta das 16 h. Nosso roteiro em Vassouras foi o seguinte: õo sábado: passeio pelo centro histórico de manhã e visita à Fazenda Cachoeira Grande à tarde; õo domingo: passadinha no Mirante Imperial e visita à Fazenda Vista Alegre pela manhã. À tarde, passeio no Uaná Etê. Começamos o nosso tour na Praça Barão do Campo Belo, um marco do centro histórico. Junto a diversos casarões do seu entorno, forma um conjunto arquitetônico tombado pelo IPHAN. Ficamos felizes em ver que a maioria dos prédios estava em perfeitas condições, e alguns em processo de reconstrução. Lá no alto fica a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Dentre os vários prédios abertos ao público no entorno da praça, vale destacar os casarões que abrigam a Câmara Municipal de Vassouras e o Centro Cultural Cazuza. O prédio da Câmara Municipal data de 1858 e está completamente restaurado. Além de funcionar como órgão público, abriga também exposições temporárias. Quando foi construído, o edifício servia como sede administrativa da cidade (uma mistura de prefeitura, câmara e fórum), e também como delegacia e cadeia (as grades ainda estão lá). A entrada é gratuita e há sempre uma pessoa à disposição

dos visitantes, que dá as informações sobre o prédio, a história da cidade e a exposição que estiver em cartaz. Uma grata surpresa (pois entramos por acaso sem saber ao certo o que esperar) foi o Centro Cultural Cazuza. Quando a gente iria imaginar que o genial Cazuza estaria ligado a esse casarão em Vassouras? Pois foi isso que descobrimos fazendo a visita guiada. Durante a visita, que é gratuita, o simpático guia começa contando a história da casa, que data de 1845, e aos poucos ele revela como as histórias dos pais de Cazuza se entrelaçam até chegarmos ao que o casarão é hoje: um projeto que exalta a vida e a obra desse genial artista. Após passar por alguns pro- prietários, o imponente casarão funcionou como internato para meninos por alguns anos (o pai de Cazuza estudou ali) e depois se tornou uma espécie de pensão (onde nasceu a mãe de Cazuza) – daí a relação de ambos com o mesmo prédio. Foi uma porção de ou- tras coisas até que Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, assumiu a revitalização da casa, tornando-a um centro cultural. Ali, hoje, ficam expostos fotos, objetos, roupas, material de show e até móveis do artista -- quem se lembra de suas históricas performances chega a se emocionar ao ver os figurinos, playlists e objetos usados em shows, como a bandana (que ele usou já quando estava doente, para disfarçar as falhas de cabelo), os All Stars brancos com shorts jeans, que se tornaram sua marca registrada e a bandeira do Brasil em que ele cuspiu durante um show no Rio,

em 1988, gerando uma enorme polêmica. A entrada é gratuita e os dias e horários de funcionamento estão na página Centro Cultural Cazuza (~,https:ÿÿwww.visite~ vassouras.comÿcentro-~ cultural-cazuza~,). No alto da praça fica a Igreja Matriz, que teve origem numa capela construída em 1828. Depois disso foi ampliada para o tamanho atual e vem sendo conservada assim. Uma curiosidade é que o fundador da vila de Vassouras, Francisco Rodrigues Alves, está enterrado ali, como era costume na época. Os fundos da igreja dão na Praça Sebastião de Lacerda, um lugarzinho que parece mesmo parado lá no século XIX: de um lado, as 16 centenárias figueiras da Índia; do outro,

a Casa das 14 Janelas e o Chafariz D. Pedro II. Seguindo pela mesma rua, chega-se ao Cemitério de Nossa Senhora da Conceição, que data de 1846 e onde estão sepultados vários barões e membros da família real. Há também ali uma história sobre a “Flor de Carne”, que floresce apenas uma vez ao ano, próximo ao dia de finados, no túmulo do Monsenhor Rios, vigário da paróquia falecido em 1875, a quem são creditados alguns milagres. Voltando à praça da Ma- triz, seguimos até a antiga Estação Ferroviária, poucos metros além da Câmara Municipal. A estação em si existe desde 1875, mas o prédio como é hoje foi construído em 1914 e funciona como restaurante. Ali também fica a locomotiva Baldwin, de 1889, que circulava pela antiga estrada de ferro D. Pedro II. Bem pertinho do centro histórico está localizado o Museu Casa da Hera. Uma atração à parte nos roteiros turísticos de Vassouras. O Museu é mantido pelo Governo Federal e guarda a história de uma das mais importantes famílias da elite vassourense do século XIX. A família Teixeira Leite. A Chácara onde é hoje o Museu foi a casa do Dr. Joaquim Teixeira Leite, com uma profícua atividade como negociante de café, irmão do Barão de Vassouras e pai de Eufrásia Teixeira Leite, grande benemérita da cidade. O Museu Casa da Hera e seu patrimônio são testemunhos da riqueza gerada pelo café no século XIX e constituem uma importante referência histórico- -cultural não só de Vassouras, mas de todo o Brasil.

Um ponto turístico que não pode faltar no roteiro em Vassouras é o Mirante Imperial. Situado num ponto alto da cidade e acessível de carro, permite uma visão privilegiada da cidade. É ali também que fica um posto de atendimento ao turista e um grande mapa turístico da cidade. A região de Vassouras tem várias antigas fazendas de café restauradas e abertas à visitação. Nós fomos conhecer duas delas: a Fazenda Cachoeira Grande, no próprio município; e a Fazenda Vista Alegre, um pouco mais distante, no município de Valença. Em ambas foi preciso agendar a visita guiada com antecedência. A Fazenda Cachoeira Grande está a poucos quilômetros do centro de Vassouras e é um passeio imperdível!

Quem conduziu a visita guiada foi Silvana, professora e historiadora que, além de contar a história da fazenda em si, também nos guiou pela História do Brasil até chegarmos ao ciclo do café. A casa é de 1825 e foi reconstruída praticamente do zero após anos de abandono. A família atualmente proprietária da fazenda a adquiriu em 1987 e trabalhou com afinco na sua restauração por quatro anos, recebendo visitantes desde 1996. Localizada a cerca de 45 minutos do centro de Vassouras, a Fazenda Vista Alegre pode não ser uma das primeiras opções para quem está hospedado na cidade, mas vale a pena pegar a estrada para conhecê- -la! Ao contrário de outras fazendas semelhantes na região,

a Vista Alegre teve a sorte de não ter sido totalmente descaracterizada ao longo dos anos. Desta vez, a guia foi a própria proprietária Vera, responsável pela fazenda. O casarão, construído pelo Visconde de Pimentel na segunda metade do século XIX, tem detalhes lindíssimos e foi totalmente restaurado pela atual família proprietária, num esforço de retorná-lo à sua beleza original. O conjunto todo -- casarão e jardins -- é tão bonito que já serviu de cenário para novelas e séries. Um passeio que foge do turismo histórico mas fica localizado bem pertinho do centro de Vassouras, o Uaná Etê, é até meio difícil de explicar... Um parque? Um conjunto de jardins? Um passeio zen? Trilhas em meio à natureza? Um museu a céu aberto? Um centro cultural?

A descrição no site é “paraíso eco cult”, que resume bem o que ele é. Trata-se de uma imensa área verde, onde trilhas curtinhas levam a pequenos jardins ou instalações artísticas, misturando música, esculturas e a própria natureza, tudo com uma pegada super zen. No blog *Let's Fly Away* há um post contando todos os detalhes desse lindo parque, inclusive como chegar, quando ir e um pouquinho sobre todos os seus ambientes: Uaná Etê Jardim Ecológico no RJ. E uma coisa é certa: esse passeio rende fotos lindas, além de trazer uma paz para a mente e o coração. Fonte: ~,https:ÿÿentre~ mochilasemalinhas.comÿ~ roteiro-2-dias-vassouras-~ vale-do-cafeÿ~, Acesso em: 18/02/2024 Vocabulário Profícua: adj. Proveitosa, rendosa. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Nossa casa Para viver bem em nosso lar, alguns cuidados com a casa devem ser tomados, como organização e limpeza, por exemplo. Mas, com a rotina sempre corrida, podemos nos esquecer de detalhes que são essenciais, tanto para o bom funcionamento do ambiente, como para a sua segurança. Por isso, sugerimos alguns cuidados com a casa que são muito importantes e que você precisa saber. Quer descobrir quais são? Então continue lendo! 1) Vire sempre o colchão: uma coisa bem simples, mas que ninguém se lembra de fazer, é virar o lado do col- chão na cama. Ao fazer isso, você evita que ele se deforme, por ser sempre usado de um lado só. Essa atitude também ajuda a prevenir a tão indesejada dor nas costas. Ao manter essa rotina e se organizar num período certo para rotacionar o colchão, geralmente uma vez por mês, você ainda aumenta a sua vida útil. 2) Lave os cobertores quando o inverno acabar: o inverno pede muitos cobertores e edredons quentinhos, não é mesmo? Macios e cheirosos, eles nos protegem durante as épocas mais frias do ano, mas sujam assim como qualquer roupa de cama e também precisam ser lavados. Então, assim que o período de inverno terminar, antes de guardá-los, lave-os. Isso faz com que você evite o cheiro ruim e os fungos. Lembre-se também de embalá-los adequadamente, geralmente a vácuo, para poupar espaço.

3) Higienize sempre estofados e tapetes: a mesma dica dos cobertores vale para ou- tras coisas em nossa casa, como os tapetes, carpetes e estofados. É muito importante a higienização periódica desses objetos, já que acumulam muita poeira e mi- crorganismos bastante nocivos. Portanto, providencie a lavagem dos tapetes e a limpeza correta dos seus estofados. 4) Limpe o interior da geladeira: uma coisa que poucas pessoas se atentam para lim- par com frequência é o interior da geladeira, onde se acumulam resíduos de alimentos que, se demorarem a ser limpos provocam mau-cheiro. Use detergente neutro ou mesmo bicarbonato de sódio para este tipo de limpeza e uma esponja macia para não danificar o eletrodoméstico. Cuidados com a casa são essenciais para vivermos bem e como foi possível perceber, não tem nada de difícil. É possível manter a casa lim- pa, bem cuidada, longe de perigos e sempre confortável, não é mesmo? ~,https:ÿÿmeuprecon.com.brÿ~ 12-cuidados-com-a-casa-~ muito-importantesÿ~, Acesso em: 19/02/2024 õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Vida e Saúde “Infoxicação“: como frear o excesso de informação Ser seletivo com a quantidade e a qualidade dos dados que nos cercam é fundamental para trabalhar melhor e viver bem. Fernando Montovani Diferentemente dos livros que compramos, guardamos na estante e optamos por ler ou não, as informações oriundas de dispositivos eletrônicos, sejam úteis ou sejam mera perda de tempo, verdadeiras ou falsas, parecem ter a capacidade de entrar no nosso cére- bro “por osmose”. A cada olhada no celular ou em qualquer outra tela (e olhamos para elas muitas vezes ao dia), uma enxurrada de

conversas, notícias, polêmicas, piadas, correntes, boatos e afins invadem nosso radar mental e emocional. A informação digital, diferentemente da impressa, tem esse poder: por ser dinâmica, interativa e multicanal, ela “pula” sobre nós. Diariamente somos expostos a uma quantidade inimaginável de dados. De acordo com um ex-CEO do Google, a cada dois dias, é gerado o equivalente a toda a informação produzida desde o início da civilização até 2003. Se, no passado, tínhamos acesso a um rol restrito de jornais e revistas, hoje somos impac- tados por sites, blogs, re- des sociais, aplicativos de comunicação instantânea, *e-commerces* e plataformas de *streaming*. Isso, apenas no “pacote básico”. Há também os displays eletrônicos em ele- vadores, salas de espera,

mobiliário urbano, entre ou- tros. É impossível abster-se da avalanche de informações que nos circundam e nos convocam a reagir de alguma maneira. O que os especialistas já sabem é que: 1) O fluxo gigantesco e ininterrupto de informação afeta nosso estado de ânimo e saúde mental, pois o ser humano não foi “equipado” para essa demanda. 2) No entanto, descobriu-se que a qualidade dessas informações e como nos relacionamos com elas têm um impacto ainda mais prejudicial do que o volume em si. Somando-se esses dois aspectos, quantidade e qualidade, chega-se à “infoxicação”, expressão que mescla “intoxicação” e “informação”, resumindo um dos grandes males da atualidade.

Como o próprio termo já antecipa, o processo de infoxicação decorre do consumo desenfreado de informações tóxicas, ou seja, de informações que despertam tristeza, culpa, confusão, pessimismo e outros sentimentos negativos. A informação que nos envenena pode vir na forma de um filme, de uma série, de mensagens, de discussões nas redes sociais ou em outros formatos. No dia a dia, essa toxicidade se traduz em menos qualidade de vida e bem-estar, tanto na esfera pessoal quanto na profissional. Em poucos minutos, acom- panhamos uma tragédia pelo Twitter, confirmamos um evento no Facebook, rimos de um meme no Instagram e participamos de uma reunião de trabalho via Zoom. Manter o foco, o humor e o interesse em meio à montanha-russa de emoções e de distrações trazida pelas telas, é um desafio e tanto. Não é à toa que todo mundo já ouviu falar de pessoas que ficaram off-line por um lon- go período, saíram das redes sociais ou trocaram um smartphone potente por um aparelho simples, para resgatar o equilíbrio. O *fear of missing out* (fomo), ou medo de ficar por fora do mundo digital, acomete muita gente, e precisa ser prevenido e tratado, por vezes com a ajuda de profissionais especializados. Mais do que isso, ele deve dar lugar ao *joy of missing out* (jomo), que é a filosofia de sentir-se alegre por não participar de tudo e apreciar o presente em seu próprio ritmo, reduzindo a pressão do mundo digital. Acredito que, entre os dois extremos, estar totalmente conectado ou totalmente desconectado, existe um caminho mais sensato. Ser bem-informado, dar vazão à curiosidade e cultivar relacionamentos é fundamental, não apenas para um bom desempenho no trabalho, mas também para a vida. As novas tecnologias nos ajudam muito nesse sentido. Porém, é preciso estabelecer limites. Sem eles, nossa relação com a informação se torna doentia. A infoxicação pode atrapalhar uma carreira da mesma forma que atrapalha a vida pessoal. Por um lado, notícias inconsistentes sobre o mercado, por exemplo, podem confundir a visão que o profissional tem de si mesmo ou do segmento em que atua. Por outro, o excesso de informações no trabalho e so- bre ele pode gerar estresse, perda de produtividade e de criatividade. Para evitar informações furadas, o primeiro passo é o profissional identificar em

que ponto de sua trajetória ele se encontra e onde quer chegar. Estando ciente de suas habilidades, metas e deficiências, é necessário buscar boas fontes para se informar sobre tendências, capacitação, vagas e empresas. Ler muito, checar as informações com conhecidos de confiança e filtrar bem tudo é a regra de ouro para formar uma opinião sensata e tomar decisões mais saudáveis. Em outra frente, é indispensável criar a própria receita para não se tornar re- fém das ferramentas digitais. Passar o dia inteiro respondendo a mensagens, estar sempre com vários dispositivos ligados ao mesmo tempo e participar de todos os debates das redes sociais são tentações perigosas. Mas eleger prioridades, considerando seus

objetivos pessoais e profissionais, com certeza é o melhor caminho. Fonte: ~,https:ÿÿexame.comÿ~ colunistasÿsua-carreira-~ sua-gestaoÿinfoxicacao-~ como-frear-o-excesso-de-~ informacaoÿ~, Acesso em: 24/08/2023 Vocabulário Osmose: s. f. (fig.) Aquilo que é absorvido sem que se perceba como. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Culinária Tortilha de batata Tempo de preparo: 35 minutos Rendimento: 4 a 5 pessoas Ingredientes: 600 gramas de batatas com casca, lavadas e escovadas (ideal usar a batata inglesa ou monalisa); sal a gosto; 2 folhas de louro fresco; meia xícara de chá de sálvia fresca; azeite de oliva (quanto baste); 5 ovos; 2 cebolas brancas médias cortadas em lâminas. Molho de alcaparras: 3 a 4 colheres de sopa de alcaparras; 1 punhado de salsinha fresca; meio dente de alho picado ou laminado; raspas e suco de meio limão-siciliano; azeite de oliva a gosto (opcional). Modo de preparo: Lave e corte as batatas em rodelas de, aproximadamente, 0,5 centímetros de espessura. Aqueça uma frigideira com 3 colheres de sopa de azeite. Em seguida, forre a frigideira com uma parte de batatas e uma parte de cebolas. Adicione uma pitada de sal, o louro e as folhas de sálvia para temperar. Repita o processo de fazer camadas até que todas as fatias de batata e as lâminas de cebola estejam na frigideira. Tampe a frigideira e cozinhe em fogo médio por 20 a 30 minutos ou até que as batatas e as cebolas estejam macias e douradas. Durante o cozimento, mexa a frigideira de vez em quando, para que as batatas e as cebolas dourem de maneira uniforme. Não tem problema se algumas ficarem mais douradas do que as outras, mas é importante que todas dourem. Assim que estiverem macias e douradas, retire as batatas e as cebolas da frigideira e deixe esfriar. Reserve separadamente o azeite usado no cozimento. Em uma tigela, quebre os ovos. Adicione uma pitada de sal e uma colher de café de pimenta-do-reino moída na hora. Misture com um garfo e, em seguida, acrescente as batatas e as cebolas mornas. Não adicione as batatas e as cebolas quentes, pois o calor irá cozinhar os ovos. Separe uma frigideira antiaderente média, com aproximadamente 18 centímetros de diâmetro. Aqueça-a bem com 2 colheres de sopa do azeite usado no cozimento das batatas e das cebolas. Quando o azeite estiver bem quente, coloque os ovos com as batatas e cebolas. Abaixe o fogo e deixe cozinhar. Durante o cozimento, use uma espátula ou colher de pau para abrir espaço e fazer com que o ovo ainda cru entre em contato com o fundo da frigideira e cozinhe. Isso ajudará no cozimento uniforme da tortilha. Coloque um pouco de azeite nas bordas da frigideira para não grudar. Quando os ovos não estiverem mais líquidos na superfície, é hora de virar a tortilha. Use uma tampa reta ou um prato para isso. Coloque a tampa ou o prato sobre a frigideira e vire de uma vez. Escorregue a tortilha de volta para a frigideira, para dourá-la do outro lado. Deixe cozinhar por mais 2 a 3 minutos. Transfira para um prato e sirva quente, morna ou em temperatura ambiente.

Salsa para acompanhar Em uma tábua, pique as alcaparras e a salsinha. Transfira os ingredientes para uma tigela, adicione o alho picado ou em lâminas, as raspas de meio limão e entre 4 e 6 gotas do suco do limão. Misture tudo, acrescente um pouco de azeite (opcional) e sirva como um molho que acompanha a tortilha. :::::::::::::::::::::::: Frango ao creme de limão Tempo de preparo: 40 a 45 minutos Rendimento: 4 a 6 pessoas Ingredientes: 1 quilo de sobrecoxa de frango sem osso; sal a gosto; pimenta-do- -reino a gosto; 1 cebola branca grande; 50 gramas de manteiga; 2 colheres de sopa de azeite de oliva; meio limão-siciliano; 1 xícara de chá de vinho branco (pode ser substituído por água, caldo de legumes ou caldo de frango); 1 punhado de salsinha fresca; 200 mL de creme de leite fresco; 1 colher de chá de pimenta calabresa ou pimenta malagueta seca (opcional); 2 xícaras de chá de cogumelos-paris; 1 punhado de folhas de tomilho. Modo de preparo: Tempere as sobrecoxas de frango com sal e pimenta moída na hora. Em uma frigideira de paredes altas, coloque a manteiga e 2 colheres de sopa de azeite. Deixe aquecer e, em seguida, acrescente as sobrecoxas com a pele virada para baixo. Deixe dourar. Após dourar o frango, abaixe o fogo e acrescente a pimenta calabresa, a cebola picada, os cogumelos-paris fatiados e as folhas de tomilho. Deixe cozinhar o frango por 15 a 20 minutos. Em seguida, adicione o suco de meio limão e o vinho branco. Deixe o álcool evaporar e, logo em seguida, tampe a frigideira e deixe cozinhar por mais 15 minutos. Após o caldo reduzir um pouco, adicione o creme de leite. Verifique o sal e deixe cozinhar por mais 5 minutos em fogo médio. Finalize com salsinha picada. Sirva o frango com arroz e bastante caldo. ::::::::::::::::::::::::

Mousse de chocolate Tempo de preparo: 35 minutos Rendimento: 6 pessoas Ingredientes: 200 gramas de chocolate 70%, picado; 40 gramas de manteiga sem sal; 4 ovos grandes; 65 gramas de açúcar branco; 12 claras; 1 colher de chá de cachaça. Modo de preparo: Em uma panela pequena, coloque o açúcar e duas colheres de sopa de água. Leve a mistura ao fogo médio e deixe o açúcar dissolver bem. Reserve. Em uma batedeira, bata os ovos inteiros e as claras em velocidade alta. Em seguida, vá despejando a calda de açúcar ainda quente, com a batedeira ligada. Deixe bater por 5 minutos, até virar uma espuma leve e firme. Em outra tigela, coloque o chocolate e a manteiga e derreta-os em banho maria. Acrescente o creme de chocolate ao creme de gemas, adicione a cachaça e, com uma colher, misture delicadamente para que não perca o aerado. Faça movimentos lentos, de baixo para cima, até que a mistura fique homogênea. Coloque a mousse em taças individuais ou em uma travessa grande. Leve para geladeira por, no mínimo, uma hora. Sirva gelado. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Humor Ao término da sessão, o psiquiatra diz: -- Por hoje é só. Na próxima sessão trabalharemos com o inconsciente. -- Impossível. Meu marido não vai querer vir. Por que o livro de matemática se suicidou? Resposta: porque estava cheio de problemas. O que é pior do que ser atingido por um raio? Resposta: ser atingido pelo diâmetro, que tem o dobro do tamanho do raio. Por que a plantinha não foi atendida no hospital? Resposta: porque só tinha médico de plantão.

Dois amigos se encontram depois de muitos anos. -- Casei, separei e já fizemos a partilha dos bens. -- E as crianças? -- O juiz decidiu que ficariam com aquele que mais bens recebeu. -- Então ficaram com a mãe? -- Não, ficaram com nosso advogado. Aluno de Direito ao fazer prova oral: -- O que é uma fraude? -- É o que o senhor professor está fazendo -- responde o aluno. O professor fica indignado: -- Ora essa, explique-se. Então diz o aluno: -- Segundo o Código Penal, “comete fraude todo aquele que se aproveita da ignorância do outro para o prejudicar”.

-- Miguel, aonde vai tão circunspecto e assaz atribulado? -- Eu ia ao banheiro, mas agora vou consultar um dicionário. O funcionário reclama do baixo salário que recebe e resolve reclamar com o patrão: -- Meu salário não está compatível com as minhas aptidões! -- Eu sei, eu sei! Mas não podemos deixar você morrer de fome. -- Querido, onde está aquele livro "Como viver 100 anos"? -- Joguei fora! -- Jogou fora? Por quê? -- É que sua mãe vem nos visitar amanhã e eu não quero que ela leia essas coisas! õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

RBC News Presidente sanciona lei que inclui Dorina Nowill no livro de heróis e heroínas da Pátria A ação é um reconhecimento à contribuição da educadora em prol da acessibilidade e dos direitos das pessoas com deficiência visual. Foi publicada no Diário Oficial da União do dia 8 de janeiro de 2024, a Lei n.o 14.796/2024, que inscreve o nome de Dorina de Gouvêa Nowill no Livro dos Heróis e Heroínas da Pá- tria, que fica guardado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília (DF). Ao sancionar a lei, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconhece a relação

direta entre a trajetória de Dorina Nowill e os avanços nacionais e internacionais que o ativismo e dedicação dela trouxeram para a educação, acessibilidade e para a inclusão de pessoas com deficiência visual. Nascida em 28 de maio de 1919, em São Paulo, Dorina ficou cega aos 17 anos, em decorrência de doença não diagnosticada. Mesmo após a perda da visão e todas as limitações do ensino na época, ela ingressou e concluiu o curso regular de preparação de professoras, em 1943, tendo sido a primeira estudante cega a frequentar um curso regular no país. Motivada por sua experiência, ela utilizou das dificuldades de sua vivência para elaborar meios de superar as dificuldades das dinâmicas não inclusivas, em especial para

as pessoas com deficiência visual. A causa-raiz de seu método de ensino, de sua própria autoria, foi a educação de crianças cegas, iniciativa que teve a aprovação do Departamento de Educação do Estado de São Paulo e que, ao fim, resultou na implantação do 1º Curso de Especialização de Educação de Cegos na América Latina. Já em 1945, Dorina Nowill iniciou especialização em educação para cegos na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, onde recebeu da Kellogg Foundation e da American Foundation for Overseas Blind equipamentos para uma imprensa braille completa. A ferramenta foi essencial para a concretização da "Fundação para o Livro do Cego no Brasil", que, a

partir de 1991, passou a ser chamada de "Fundação Dorina Nowill". Constituída como organização sem fins lucrativos, a entidade foi responsável pela produção de mais de 6 mil livros adaptados, 2,7 mil audiolivros e 900 títulos digitais em prol da inclusão educativa de pessoas com deficiência visual. Internacionalmente, Dorina Nowill discursou na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1981, defendendo a criação da "Década da Pessoa com Deficiência". Além disso, propôs na Conferência da Organização Internacional do Trabalho, em Genebra, também em 1981, que a reabilitação profissional de pessoas cegas fosse incluída nas agendas formais dos estados e governos, tendo sua história contada no documentário "Dorina:

olhar para o mundo", dirigido pela cineasta Lina Chamie. Fonte: ~,https:ÿÿwww.gov.brÿ~ planaltoÿpt-brÿacompanhe-o-~ planaltoÿnoticiasÿ2024ÿ~ 01ÿpresidente-inclui-~ dorina-nowill-no-livro-de-~ herois-e-heroinas-da-~ patria#k:~:text=Foi%~ 20publicado%20no%~ 20Di%C3%A1rio%~ 20Oficial,%2C%~ 20em%20Bras%C3%~ ADlia%20~êDF~ã~, Acesso em: 18/02/2024 õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra

Produzido e distribuído pela Divisão de Imprensa Braille do Instituto Benjamin Constant :::::::::::::::::::::::: Distribuição gratuita de acordo com a Lei n.o 9.610, de 19/02/1998, art. 46, inciso I, alínea *d*.