Revista Brasileira para Cegos Ano LXXXI, n.o 569, abril/junho de 2023 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação de Informação e Cultura Editada e Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1942 pelo Prof. José Espínola Veiga Av. Pasteur, 350/368 Urca -- Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-250 Tel.: (55) (21) 3478-4531 E-mail: ~,revistasbraille@~ ibc.gov.br~, ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.br~, Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito Brasil: União e Reconstrução

Diretor-Geral do IBC Mauro Marcos Farias da Conceição Comissão Editorial: Geni Pinto de Abreu Heverton de Souza Hylea de Camargo Vale Fernandes Lima Maria Cecília Guimarães Coelho Rachel Maria Campos Menezes de Moraes Rachel Ventura Espinheira Colaboração: Daniele de Souza Pereira Revisão: Marília Estevão Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ publicacoesÿrevistas~, Nossas redes sociais: Anchor: ~,https:ÿÿanchor.~ fmÿpodfalar-rbc~, Facebook: ~,https:ÿÿwww.~ facebook.comÿibcrevistas~, Instagram: ~,https:ÿÿwww.~ instagram.comÿrevistas{-~ rbc{-pontinhosÿ~, YouTube: ~,https:ÿÿwww.~ youtube.comÿ~ RevistasPontinhoseRBC~,

Revista Brasileira para Cegos / MEC/Instituto Benjamin Constant. Divisão de Imprensa Braille. n.o 1 (1942) -- . Rio de Janeiro : Divisão de Imprensa Braille, 1942 -- . V. Trimestral Impressão em braille ISSN 2595-1009 1. Informação -- Acesso. 2. Pessoa cega. 3. Cultura -- Cego. 4. Revista -- Periódico. I. Revista Brasileira para Cegos. II. Ministério da Educação. III. Instituto Benjamin Constant. ¨ CDD-003.#edjahga Bibliotecário -- Edilmar Alcantara dos S. Junior -- CRB/7 6872

Sumário Editorial ::::::::::::::: 1 Será mesmo que chegou a hora de acabar com o braille? ::::::::::::::: 6 Sobre os perigos da leitura :::::::::::::::: 15 Tinha chegado ou tinha chego :::::::::::::::::: 22 Tirinhas :::::::::::::::: 24 Desafios :::::::::::::::: 27 Pensamentos ::::::::::::: 30 No Mundo das Artes :::: 32 Gabriel García Márquez ::::::::::::::: 32 Maravilhas do Mundo :::: 37 Venda Nova do Imigrante ::::::::::::: 37 Nossa casa :::::::::::::: 46 Como manter nosso cantinho organizado :::: 46 Vida e Saúde ::::::::::: 49 Os benefícios da dança para a sua saúde ::::::: 49

Culinária ::::::::::::::: 55 Polenta básica :::::::::: 55 Carne moída simples ::::: 56 Moela de frango acebolada :::::::::::::: 57 Frango desfiado na panela de pressão ::::::::::::: 58 Mousse de milho com coco ::::::::::::::::::: 60 Humor ::::::::::::::::::: 61 RBC News :::::::::::::: 67 Linha braille: Telas nas pontas dos dedos ::::::: 67 As linhas braille Focus 40 e 80 :::::::::::::: 69 Use uma linha braille com o VoiceOver no iPhone :::::::::::::::: 71 Espaço do leitor :::::::: 74 Editorial Caro leitor, Chegamos ao segundo número de 2023. Esperamos que os textos contidos neste número ampliem seus conhecimentos e o divirtam e informem. Nos primeiros dois textos são feitas importantes reflexões: no primeiro, sobre o Sistema Braille e a tecnologia, sem que seja necessário um tomar o lugar do outro e, no segundo, sobre a importância da leitura. Assim, o primeiro texto, "Será mesmo que chegou a hora de acabar com o Braille", com autoria de Luiz Carlos Nunes D'Angelo, traz o depoimento de um usuário não alfabetizado em Braille quando criança e dos prejuízos ocasionados pela falta, durante a escolarização básica, desse sistema primordial na vida dos cegos, dentre os quais uma grande dificuldade em ortografia. Já o segundo texto, "Sobre os perigos da leitura", escrito por Rubem Alves, trata da importância do pensamento crítico e da leitura não como mera repetição de ideias de autores e filósofos renomados, mas como algo realmente produzido pelo leitor, através de uma leitura crítica. E, se você gostar de gramática e prezar por escrever corretamente, aproveite as informações super úteis do texto "Tinha chegado ou tinha chego?", dadas por Carla Maria de Souza, professora aposentada de Língua Portuguesa do IBC sobre o uso correto do particípio que, certamente, o ajudará muito pela vida afora. Você pode também aproveitar para treinar seus conhecimentos sobre a gramática portuguesa, sobre questões tão im- portantes a todos nós, seja para falar ou escrever corretamente. Os desafios foram escolhidos para você, assim como o conteúdo que escolhemos para a seção “No mundo das artes”. Nela, você vai aprender um pouco mais sobre o jornalista e escritor colombiano Gabriel García Márquez. Numa *vibe* menos reflexiva e séria, esperamos que você se divirta bastante com as "tirinhas" das cobras. Aliás, todos nós passamos por dias em que as coisas parecem mais difíceis e mais pesadas do que podemos aguentar, não é mesmo? Se você estiver num dia não muito bom, leia um pensamento ou distraia-se com a seção de humor, selecionados com muito carinho. Está pensando em arrumar as malas para viajar e ainda não sabe para onde ir? coloque como um possível destino a "Venda Nova do Imigrante", linda cidade do interior do Espírito Santo, a 143 km de Vitória, que apresenta entre suas atrações a festa da polenta, uma fábrica de cerveja artesanal; outra de queijo (com direito à degustação do queijo socol, típico da região), além do café do jacu, iguaria produzida e selecionada por essa ave. Para os que curtem cozinhar, aproveite a receita de polenta com diversos acompanhamentos deliciosos e fáceis de fazer: carne moída simples, moela de frango acebolada e frango desfiado na panela de pressão. E, para a sobremesa, que tal uma mousse de milho com coco de dar água na boca e super prática? Na seção "Nossa casa" nós mostramos como arrumar a cama pode se tornar uma tarefa fácil e corriqueira. Aproveite ainda as dicas de como lavar

louça e organizar utensílios de forma fácil e prática. Mente sã em corpo são. Como diz o velho ditado, precisamos procurar levar uma vida plena, feliz e longa. Por isso, na seção "Vida e Saúde", no artigo "Os benefícios da dança para a sua saúde" você vai saber como esta atividade pode melhorar ainda mais sua qualidade de vida. Por fim, para quem adora estar atualizado sobre novas tecnologias de acessibilidade, preparamos um conteúdo especial sobre a linha braille. Nele, apresentamos importantes informações sobre esse equipamento, infelizmente tão caro, mas tão útil para as pessoas cegas e surdocegas. Com ele, tarefas como elaborar apresentações, revisar textos em braille e, no caso específico do surdocego, ler nesse código as informações emitidas pelo sintetizador de voz e transcritas em pontos instantaneamente. Boa leitura! Comissão Editorial õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Será mesmo que chegou a hora de acabar com o Braille? Luiz Carlos Nunes D'Angelo Quanto mais meios de comunicação alguém domine, podendo acessar a diversidade cultural, maior será sua autonomia e integração na Sociedade. É coerente pois tentar-se aumentar o número de conhecedores e usuários de todo e qualquer sistema de escrita. Quem adquire o hábito de ler terá sempre o mundo às suas mãos, incumbindo-se os

instrutores apenas da indispensável função pedagógica, a de orientar. Dentre diversas tentativas, o Sistema Braille de escrita e leitura constitui o melhor recurso gráfico em alto relevo, sendo mesmo o único processo funcional para escrita e leitura tátil, fato evidenciado no histórico da instrução para pessoas cegas, que elevam a autoestima ao poderem sozinhas acessar informações. É o único que proporciona: -- letramento para pessoas cegas de berço ou de primeira infância; -- a quem cega depois de le- trado, “continuar a ler e a escrever”, na expressão pró- pria destes verbos. Mesmo quando o livro convencional for peça de museu -- e isto talvez não demore -- quem enxerga continuará a ver a letra nas telinhas, telas e telões; a escrever com caneta sobre papel, ainda que em porcos garranchos; mas a pessoa com limitação visual só continuará a ter concretamente a indispensável letra -- para ler ou escrever -- através de seus dedos, graças ao Sistema Braille de escrita. Resistência a seu uso decorre do despreparo de instrutores de primeiras letras, em cujas classes está sendo “jogado” o aluno com limitação visual. Sabe-se haver, em estado brasileiro do Nordeste, cegos fazendo curso superior com um pajem para lhes ler e escrever. O sabichão que não lê nem escreve torna-se passivo, imbecilizado, robótico. Quem pode o mais, sempre poderá o menos; quem só pode o menos, quase nunca poderá o mais.

Todavia, com o advento da informática, mesmo quem sempre se valeu do Sistema Braille e da máquina de escrever, ad- mite serem indispensáveis recursos coadjuvantes tais como: -- leitura em voz alta, ouvida pessoalmente ou em gravação; -- digitalização de textos, para serem ouvidos em computador, gravados em alguma mídia ou impressos em Braille; -- editor de texto computadorizado; -- qualquer avanço tecnológico a surgir. Todos os livros deveriam ser impressos também em Braille, mas isto é inconveniente, impossível mesmo, dado o alto custo e o volume resultante. Dicionários -- em Braille resultando em “n” volumes enormes -- são cômoda e

rapidamente consultáveis pelo teclado de um computador. Nenhuma editora, por maior que fosse, poderia submeter-se a tal procedimento, mas todas podem disponibilizar as digitalizações para uso por pessoa com limitação visual. Atualmente, edições são quase todas digitalizadas. O Sistema Braille de escrita até poderá ficar quase só para fins didáticos, apostilas e provas, anotações, alguma obra de interesse pessoal, mas continuará a ser instrumento para a independência mental e cultural da pessoa cega. Além disto, o Braille é insubstituível para se ler partitura musical, equações matemáticas, fórmulas químicas e quejandos. Se há dificuldade no aprendizado, que se procure contorná-la, vencê-la!

O depoimento a seguir -- parafraseado de diversas fontes -- é didática e pedagogicamente chocante. Espelhem-se, previnam-se, cuidem-se das “simploriedade”! Chegou a hora de acabar com o Braille? Muita tecnologia surge para ajudar cegos, questionando-se o uso do sistema até hoje reinante. Depoimento de Fredric K. Schroeder, vice-presidente da Federação Nacional dos Cegos dos EUA, que perdeu a visão em decorrência da Síndrome de Stevens-Johnson: “A tecnologia para ajudar pessoas com limitação visual vem evoluindo muito, ampliando seu acesso à informação escrita: audiolivros, softwares que leem em voz alta o e-mail recém-chegado, serviços telefônicos que leem o jornal pela manhã... Essas novidades conquistaram espaço. Confiando nelas, pessoas cegas estão deixando de ler; estão apenas ouvindo, aderindo completamente à tec- nologia. Alguns professores de escolas para cegos também não veem mais espaço para o Braille. Quase 90% das crianças cegas norte-americanas estão crescendo sem aprender a ler e escrever. Sinal de progresso? Deve- -se celebrar o declínio do Braille? Tecnologia proporciona muita informação, mas oferece apenas leitura passiva. Ao contrário, o Sistema Braille fornece ao cérebro as informações de maneira diferente: além do conteúdo, concretiza letras, pontuação, estrutura do texto. A falta desse conhecimento prejudica a for- mação do Indivíduo cego.

Aconteceu comigo. Perdi parte da visão aos 7 anos de idade, ficando completamente cego aos 16. Não fui alfabetizado em Braille quando criança; tive de aprender a ler e escrever sozinho depois de cego. O aprendizado tardio prejudicou minha instrução e minha confiança. Quando entrei na universidade, não soletrava; sabia pouco sobre pontuação e regras gramaticais. Fiz doutorado em administração da educação, mas a alfabetização limitada foi sempre barreira para mim. Hoje uso muita tecnologia de áudio; posso ler o texto no computador a 250 palavras por minuto; pelo Braille, leio apenas 50. Todavia, tecnologia às vezes complica. Se, no meio de

uma apresentação, preciso ler o discurso que escrevi, buscar notas, consultar tabelas, só o Braille evita o desvio de minha atenção do conteúdo principal. Quem enxerga, tem no rádio e na TV meios úteis para conseguir informação, mas que não substituem a leitura. A tecnologia de áudio é importantíssima na vida da pessoa cega; porém, ela necessita ler e escrever, igual a todo mundo. É necessário garantir-lhe acesso a toda tecnologia, sem jamais abandonar o Braille.” Vocabulário: Quejandos: adj. e s. m. Que ou quem tem a mesma natureza ou qualidade de outro ou de outros; que tal. ::::::::::::::::::::::::

Sobre os perigos da leitura Rubem Alves "Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o que é um sofrimento." (Marcelo Zocchio) Dizer "esse entra, esse não entra" é uma responsabilidade dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 minutos de conversa, decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada? Mas não havia alternativas. Essa era a regra. Os candidatos amontoavam-se no corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei brilhante.

Combinei com os meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e se esforçando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de todas: "Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!". Pois é claro! Não nos interessávamos por aquilo que ele havia memorizado dos li- vros. Muitos idiotas têm boa memória. Interessávamo-nos por aquilo que ele pensava. O candidato poderia falar sobre o que quisesse, desde que fosse aquilo sobre o que gostaria de falar. Procurávamos as ideias que corriam no seu sangue! A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre que eles gostariam de falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear os pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os próprios pensamentos -- ah, isso não lhes tinha sido ensinado! Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse se interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes. Uma candidata teve um surto e começou a papaguear compulsivamente a teoria de um autor marxista. Acho que ela pensou que aquela pergunta não era para valer. Não era possível que estivéssemos falando a sério. Deveria ser uma dessas "pegadinhas" sádicas cujo objetivo é confundir o candidato. Por via das dúvidas, ela optou pelo caminho tradicional e tratou de demonstrar que havia lido a bibliografia. Aí eu a interrompi e lhe disse: "Eu já li esse livro. Eu sei o que está escrito nele. E você está repetindo direitinho. Mas nós não queremos ouvir o que já sabemos. Queremos ouvir o que não sabemos. Queremos que você nos conte o que você está pensando, os pensamentos que a ocupam...". Ela não conseguiu. O excesso de leitura a havia feito esquecer e desaprender a arte de pensar. Parece que esse processo de destruição do pensamento individual é consequência natural das nossas práticas educativas. Quanto mais se é obrigado a ler, menos se pensa. Schopenhauer tomou consciência disso e o disse de maneira

muito simples em alguns textos sobre livros e leitura. O que se toma por óbvio e evidente é que o pensamento está diretamente ligado ao número de livros lidos. Tanto assim que se criaram técnicas de leitura dinâmica que permitem ler "Grande Sertão: Veredas" em pouco mais de três horas. Ler dinamicamente, como se sabe, é essencial para se preparar para o vestibular e para fazer os clássicos "fichamentos" exigidos pelos professores. Schopenhauer pensa o contrário: "É por isso que, no que se refere a nossas leituras, a arte de não ler é sumamente importante." Isso contraria tudo o que se tem como verdadeiro, e é preciso seguir o seu pensamento. Diz ele: "Quando lemos, outra pessoa pensa por nós: só repetimos o seu processo mental." Quanto a isso, não há dúvidas: se pensamos os nos- sos pensamentos enquanto lemos, na verdade não lemos. Nossa atenção não está no texto. Ele continua: "Durante a leitura, nossa cabeça é apenas o campo de batalha de pensamentos alheios. Quando esses, finalmente, se retiram, o que resta? Daí se segue que aquele que lê muito e quase o dia inteiro perde, paulatinamente, a capacidade de pensar por conta própria. Esse, no entanto, é o caso de muitos eruditos: leram até ficar estúpidos. Porque a leitura contínua, retomada a todo instante, paralisa o espírito ainda mais que um trabalho manual contínuo." Nietzsche pensava o mesmo e chegou a afirmar que, nos seus dias, os eruditos só faziam uma coisa: passar as páginas dos livros. E com isso haviam perdido a capacidade de pensar por si mesmos. "Se não estão virando as páginas de um li- vro, eles não conseguem pensar. Sempre que se dizem pensando, eles estão, na realidade, simplesmente respondendo a um estímulo -- o pensamento que leram... Na verdade eles não pensam; eles reagem. (...) Vi isso com meus pró- prios olhos: pessoas bem-dotadas que, aos 30 anos, haviam se arruinado de tanto ler. De manhã cedo, quando o dia nasce, quando tudo está nascendo, ler um livro é simplesmente algo depravado..." E, no entanto, eu me daria por feliz se as nossas escolas ensinassem uma única coisa: o prazer de ler! Sobre isso falaremos... Fonte: *Folha Online* -- 16/12/2003 -- ~,http:ÿÿwww1.folha.uol.~

com.brÿfolhaÿsinapseÿ~ ult1063u687.shtml~, :::::::::::::::::::::::: Tinha chegado ou tinha chego Carla Maria de Souza Se você acredita que usando a forma “tinha chego” está falando um português mais correto, lamento informar que essa forma não existe. Alguns verbos da língua portuguesa possuem duas formas de particípio, mas o verbo “chegar” não está entre eles. Existe apenas a forma “tinha chegado”. Quando você me ligou, eu já “tinha chegado”, é, portanto, a forma correta. São exemplos de verbos com dois particípios: pegar, pagar, salvar, isentar.

Estas duas formas, porém, não podem ser usadas conforme a vontade do usuário. Quando o verbo auxiliar for “ter” ou “haver”, utilizamos sempre o particípio pegado, pagado, salvado, isentado, indicando um sujeito ativo. Exemplos: õo Marta já tinha pegado a blusa no cabide, quando lhe ofereci a minha. õo Nós havíamos pagado a conta na data correta. õo O bombeiro tinha salvado a criança do incêndio. õo O governo havia isentado desse imposto os moradores de áreas de risco. Quando o verbo auxiliar for “ser” ou “estar”, usamos as formas pego, pago, salvo, isento, indicando um sujeito passivo (que sofre a ação). Exemplos: õo O rapaz foi pego dirigindo alcoolizado. õo A conta está paga há muito tempo. õo A criança foi salva pelo bombeiro. õo Moradores dessa área estão isentos do pagamento deste imposto. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Tirinhas As cobras A tira de jornal ou tirinha, como é mais conhecida, é um gênero textual que surgiu nos Estados Unidos devido à falta de espaço nos jornais para a publicação de passatempos. O nome “tirinha” remete ao formato do texto, que parece um “recorte” de jornal. Estrutura-se em enunciados curtos e traz um conteúdo

predominantemente crítico, com humor, a modos de comportamento, valores, sentimentos, destacando-se, portanto, nessa composição, códigos verbais e não verbais. “As Cobras”, do escritor e cartunista Luís Fernando Veríssimo, é célebre desde os anos de 1970, quando estreou nas páginas do jornal gaúcho “Zero Hora”. As personagens principais, duas cobras sem nome, discutem todos os tipos de assunto, entre política, futebol, economia e até o significado da existência. O clima de humor crítico permitiu que o autor burlasse a temida censura e fizesse comentários inteligentes e contestadores sobre o regime militar e suas opções econômicas.

_`[Tirinha “As cobras” em três quadrinhos: Q1: As duas cobras conversam em uma noite estrelada. A cobra 1 fala: “O universo não tem explicação e a vida não tem sentido”. Q2: Cobra 2 olha para Co- bra 1 e diz: “Pronto”. Q3: Cobra 2 olha para frente e completa: “Estragou meu dia”._`] _`[Tirinha “As cobras” em três quadrinhos: Q1: As cobras conversam, Cobra 1 diz: “Será que há vida depois da morte?” Q2: A noite, o céu com estrelas, Cobra 2 diz: “Parece que sim”. Q3: Cobra 1 olha para Co- bra 2, esta diz: “Mas tem que ter pistolão”._`]

_`[Tirinha “As cobras” em três quadrinhos: Q1: Três cobras conversam, Cobra 2 fala olhando para a Cobra 1: “Prontos para ver quem é o mais pessimista?” Q2: Cobra 1 fala para Co- bra 2: “Não adianta, eu vou perder mesmo...” Q3: Cobra 2 olha para Co- bra 1 e diz: “Já ganhou”; Cobra 3 de costas para as outras diz: “Eu sabia”._`] õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Desafios Como vai seu português? A gente ouve tanta coisa, tanta variação que fica na dúvida e embora seja importante respeitar os falares de cada um, existe uma norma padrão que vale para concursos, documentos, textos acadêmicos. Vamos ver como está nosso conhecimento nestas normas? Complete as opções a seguir com a alternativa correta: 1. As atitudes de Pedro falam ''''' (por si só, por si sós) 2. O salão foi enfeitado com ''''' brancas. (florezinhas, florzinhas) 3. O convite para a festa é ''''' à família. (extensivo, ostensivo) 4. Minha avó anda ''''' doente. (meio, meia) 5. Vamos almoçar? Já é meio-dia e ''''' (meio, meia) 6. Vera, por favor, lave, ''''' com bastante atenção. (a alface, o alface) 7. Para indicar uma nota no pé da página, usamos ''''' (asterisco, asterístico) 8. Na última semana, os preços ''''' neste supermercado. (abaixaram, baixaram)

Respostas: 1. Por si sós. A expressão concorda em número com o substantivo a que se refere. 2. Florezinhas. Se o plural de flor é flores, ao colocarmos o sufixo para indicar o diminutivo, o plural deve ser respeitado como é no singular. 3. Extensivo. O convite abrange, estende-se à família. 4. Meio. A palavra “meio” neste caso, é tomada como um advérbio de intensidade, indicando “um pouco” e não sofre variação de gênero. 5. Meia. Aqui a palavra indica que é meio-dia mais meia hora. 6. A alface. 7. Asterisco. O sufixo “isco” indica algo em tamanho reduzido. Chuva: chuvisco; astro: asterisco (lembremos que o asterisco é representado por uma estrelinha) 8. Baixaram. Abaixar é colocar fisicamente, mais em- baixo. Tirar de um local mais alto para colocar em um local mais baixo. Se as etiquetas do mercado permanecem no mesmo lugar, eles “baixaram”, isto é, tornaram-se menores. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Pensamentos "A essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos." Hannah Arendt (1906-1975) "Em nome de interesses pessoais, muitos abdicam do pensamento crítico, engolem abusos e sorriem para quem des- prezam. Abdicar de pensar também é crime." Hannah Arendt (1906-1975)

"A sabedoria é a única riqueza que os tiranos não podem expropriar." Khalil Gibran (1883-1931) "Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores." Khalil Gibran (1883-1931) "Ser feliz é encontrar força no perdão, esperanças nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. É agradecer a Deus a cada minuto pelo milagre da vida." Augusto Cury (1958) "Violência gera violência, os fracos julgam e condenam, porém os fortes perdoam e compreendem." Augusto Cury (1958) õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

No mundo das artes Gabriel García Márquez Gabriel José García Márquez nasceu em 6 de março de 1927, em Aracataca, Colômbia. Foi um escritor, jornalista, editor e político. Conhecido como Gabo, ele foi considerado um dos autores mais importantes do século XX. Admirado por todo o mundo, o autor teve diversas obras traduzidas e vendeu mais de 40 milhões de livros, em 36 idiomas. Recebeu diversos prêmios, entre eles estão o Internacional Neustadt de Literatura de 1972 e o Nobel de Literatura de 1982, por conta do sucesso de suas novelas e histórias. Filho de Gabriel Eligio García e de Luisa Santiaga Márquez, que tiveram 11

filhos, o autor passou a infância em Aracataca, na casa dos avós maternos. Eles foram responsáveis pela sua criação, pois seus pais mudaram-se para Barranquilla. Mais tarde, por conta da morte do avô, mudou-se para a casa dos pais. Lá, seu pai era farmacêutico e proprietário de uma farmácia. Os avós tiveram grande influência nas suas histórias, principalmente o avô que era um veterano da Guerra dos Mil Dias. O menino passou a sua infância ouvindo as histórias contadas por ele, que o encantavam. Também passou a adolescência ouvindo contos das “Mil e Uma Noites”, e lendo livros marcantes como “A Metamorfose”, de Franz Kafka. Segundo ele, decidiu se tornar escritor após a leitura do livro de Kafka. Ele descobriu que o autor narrava as histórias da mesma maneira que sua avó. Em 1947, mudou-se para Bogotá. O objetivo era estudar direito e ciências políticas, na Universidade Nacional da Colômbia. Porém, abandonou antes a graduação. Já em 1948, ele foi para Cartagena das Índias, também na Colômbia, onde iniciou seu trabalho como jornalista no “El Universal”. Em 1949, mudou-se para Barranquilla, tornando-se repórter no jornal “El Heraldo”. Nessa mesma época, o autor participou de um grupo de escritores com o objetivo de estimular a literatura. Já em 1954, Gabo começou a trabalhar para o “El Espectador”, como repórter e crítico. Em 1958, mudou-se para a Europa vindo a trabalhar como correspondente. Retornou mais tarde a

Barranquilla e casou-se com Mercedes Barcha, com quem teve dois filhos. Mais tarde, em 1961, partiu para Nova Iorque onde trabalhou como correspondente internacional. Depois transferiu-se para o México. Gabriel García Márquez ficou muito conhecido pela forma como narrava as suas histórias. Ele foi um representante do realismo mágico: elementos mágicos e fantásticos, com o intuito de fornecer verossimilhança ao leitor, entre outras sensações. As suas obras também continham temas políticos e sociais da América Latina, como a condição humana, especialmente a solidão. Seus livros alcançaram sucesso na Europa, nos anos de 1960 e 1970. Foi responsável por diversas obras, sendo algumas delas: õo "A revoada” ou “O enterro do diabo”, 1955. õo "Ninguém Escreve ao Coronel", 1961. õo “O Veneno da Madrugada”, 1962. õo “Cem Anos de Solidão”, 1967”. õo “O Outono do Patriarca”, 1975. õo “Crônica de uma Morte Anunciada”, 1981. õo “O Amor nos Tempos do Cólera”, 1985. õo “Viver para Contar”, 2002. Além de ser escritor, e ser responsável por diversas obras literárias de sucesso, o autor também foi diretor e roteirista. Ele era apaixonado por cinema, e em 1950, foi estudar em Roma, no Centro Ex- perimental de Cinema. Participou de alguns filmes, sendo eles: “Juego Peligroso”, “Presságio”, “Erendira”, entre outros. Em 1986, fundou a Escola Internacional de Cinema e Televisão em Cuba, com o objetivo de apoiar a carreira de jovens da América Latina, Caribe, Ásia e África. Também era presidente da Fundação do Novo Cinema Latino-Americano. Gabriel García Márquez faleceu em 17 de abril de 2014, no México. O autor foi vítima de uma pneumonia. Ele também lutava contra a volta do câncer, que atingiu seus pulmões, gânglios e fígado. Fonte: ~,https:ÿÿwww.~ infoescola.comÿbiografiasÿ~ gabriel-garcia-marquezÿ~, Vocabulário: Verossimilhança: s. f. Numa obra literária, a coerência, a ligação harmônica entre os elementos fantasiosos ou imaginário que são essências para entendimento do texto. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Maravilhas do Mundo Venda Nova do Imigrante Se você nunca ouviu falar de Venda Nova do Imigrante, hoje é seu dia de sorte, pois já poderá colocar na lista do próximo destino imperdível a ser visitado. O município, localizado nas Montanhas Capixabas, é considerado a capital nacional do agroturismo e é mesmo um paraíso para quem busca provar algumas delícias do campo e relaxar em contato com a natureza. Com uma população estimada de pouco mais de 25.000 habitantes, a cidade, que foi colonizada por imigrantes italianos, atrai turistas

anualmente para a famosa Festa da Polenta, que acontece sempre nas primeiras semanas de outubro, mantendo viva a cultura italiana tão forte e presente entre os moradores até os dias de hoje. Aqui vamos contar como chegar lá, o que fazer, onde ficar e dar dicas de onde comer as delícias gastronômicas desse lugar tão rico em tradição. Venda Nova do Imigrante fica no interior do Espírito Santo, a 114 km de Vitória. Isso significa que é possível viajar da capital até lá em pouco mais de duas horas de carro. O mesmo tempo é gasto percorrendo os 127 km que ligam Guarapari até o município pela BR-262 (Rodovia Governador Mário Covas). Já a cidade de Domingos Martins fica a uma distância de apenas 65 km, pouco mais de uma hora

de carro — a opção mais flexível e autônoma para percorrer esse trecho. Para viajar a partir da capital, também é necessário pegar a BR-262. Mas, se esta não for uma possibilidade, não há com o que se preocupar: coloque como destino a rodoviária de Venda Nova do Imigrante e verá que, de ônibus, o tempo não chega a ser muito maior. Atrações Há quase 33 anos, a região passou da monocultura para o agroturismo, com o intuito de gerar os próprios empregos através da venda de produtos e serviços locais. Para celebrar a ruralidade e conquistar turistas, com o apoio do Sebrae, a comunidade criou atrativos que acabaram virando tradições e levando muitos olhares para a riqueza

cultural que Venda Nova do Imigrante tem a oferecer. Sem dúvidas, se você quiser aproveitar o principal evento da cidade, recomendamos que visite o município nas primeiras semanas de outubro, quando acontece a Festa da Polenta. Mas, se procura uma época mais tranquila e com menos turistas, recomendamos os meses entre abril e setembro, um período de menores chances de chuva e temperaturas mais amenas, entre 15°C e 26°C. A famigerada Festa da Polenta acontece há 42 anos, no Polentão. É realizada pela Associação Festa da Polenta (AFEPOL), e reúne cerca de 1.595 voluntários que têm como combustível, segundo os próprios, o vinho. O evento acontece nas duas primeiras semanas de outubro e recebe cerca de 40.000 visitantes. Nos três dias da festa eles celebram a cultura italiana e desfrutam da culinária local de massas, linguiças e, claro, polenta. O ponto alto da celebração é o Tombo da Polenta, quando um caldeirão com mais de uma tonelada da mistura de fubá entorna em um tabuleiro ao som de “La Bella Polenta” e vai direto para a cozinha para ser servido ao público. Além das maravilhas culinárias, a celebração conta com atrações musicais como a Cantarola, composta por alguns integrantes do Coral de Santa Cecília, com 66 anos de existência, cantando aos domingos, às 9 h, na Missa de São Pedro e seguindo para a Casa da Cultura, onde se reúnem para cantar músicas italianas até às 12 h. Em Venda Nova do Imi- grante, situa-se a fábrica de uma das maiores produtoras de

cervejas artesanais Capixabas, a Cervejaria Altezza, localizada a 1.100 metros acima do nível do mar (não coincidentemente, altezza significa altitude em italiano). A fabricação da cerveja é feita de forma bastante especial, principalmente pela utilização de água de qualidade mineral e pura, que não é filtrada e nem pasteurizada. A visita vale a pena aos amantes de cervejas (e de uma bela paisagem) e pode ser feita de segunda à quinta, com marcação prévia de horário, ou aos finais de semanas e feriados, das 10 h às 17 h. Outro bom motivo para conhecer a cidade é degustar uma iguaria exclusiva dela: o socol — um embutido de lombo de porco, temperado e armazenado por cerca de quatro a seis meses para ser curado artesanalmente por um fungo benéfico. Produzido exatamente como as famílias italianas costumavam fazer no passado, o socol ganhou certificado de Indicação Geográfica em 2018, reconhecido como único no mercado. A produção de socol deve ser feita em clima frio e maior altitude, e isso foi essencial para que a família Lorenção obtivesse tanto sucesso em sua fabricação. O sítio da família é o berço deste embutido típico e pode ser visitado de segunda à sexta, das 8 h às 17 h. Ah, e o café... apreciar o mais raro café do Brasil e o quinto do mundo também é um bom motivo para visitar Venda Nova do Imigrante. Trata-se do café do jacu, uma ave nativa da Mata Atlântica que seleciona apenas os melhores grãos de café para comer, e por não ter estômago, aproveita apenas a polpa e a casca do grão, expelindo-os inteiros em suas fezes. A própria digestão do animal confere ao café um sabor especial, apreciado mundialmente por seu elevado grau de pureza e por seu cultivo sem nenhuma interferência humana. Sim! Para a alegria daqueles que buscam sempre praticar um turismo sustentável, os animais ficam livres na natureza. Você pode encontrar esse café em diversos lugares em Venda Nova do Imigrante, mas pode preparar o bolso, pois essa especiaria tão premiada tem um preço salgado (1 kg de café do jacu custa R$700,00). Porém, para quem conseguir arcar com este luxo, é uma experiência única. Para saber mais sobre esse processo, conheça a Fazenda Camocim, famosa por sua produção deste tipo de café. E a nossa última dica é para quem quer fazer degustação de queijos artesanais, comprar delícias para o lanche da tarde e outras lembranças da viagem. A Fazenda Carnielli, além de ser um passeio super agradável, tem uma lojinha que serve produtos caseiros como cafés, queijos, geleias, socol e várias opções de guloseimas da região. Vale a pena deixar um espacinho na mala. ~,https:ÿÿwww.livemoretravel~ more.comÿpt-brÿvenda-nova-~ do-imigranteÿ~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Nossa casa Como manter nosso cantinho organizado Defina um lugar especial para cada um dos objetos que costumam “se perder” facilmente em meio aos móveis da sala.

As chaves podem ser depositadas em uma bandejinha próxima à porta e os controles remotos deixados ao lado da televisão ou na mesinha de centro. O importante é saber para onde cada item deve voltar caso seja retirado do lugar. O exagero na decoração da sala de estar pode dificultar a limpeza e a organização. Portanto, prefira ter menos objetos e evite deixá-los jogados pelo cômodo. O mesmo vale para revistas e jornais, que podem ser guardados em cestas após serem lidos. Crie o hábito de arrumar a cama todos os dias ao se levantar e evite deixar roupas e objetos pessoais espalhados enquanto se prepara para ir ao trabalho. Realizar essas tarefas de manhã fará com que você acorde mais disposto e não precise se preocupar com

esses pequenos detalhes à noite. Ao chegar em casa, lembre- -se de guardar as roupas lim- pas no armário e de mantê-lo organizado para que a bagunça não se aglomere lá dentro. Em relação às roupas sujas, não deixe que elas acumulem por muito tempo e coloque-as separadas no cesto para que sejam lavadas de acordo com o tipo. Lavar a louça pode se tornar uma atividade bastante fácil se você a realizar enquanto prepara a comida ou assim que terminar as refeições. Dessa forma, elas não formarão uma grande pilha na pia e você gastará apenas cinco ou dez minutos para deixar tudo em ordem. Ao usar e limpar os utensílios, guarde-os no lugar e mantenha cada um dos armários organizados para facilitar a sua procura na hora de cozinhar. Fique de olho também no tempo de uso dos panos de prato e, se possível, troque-os com frequência. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Vida e Saúde Os benefícios da dança para a sua saúde Dançar é muito bom. É uma forma de expressão e celebração, e ainda nos ajuda a aliviar o estresse do dia a dia. Quer você tenha feito ou não aulas de dança, ou se você é daquele tipo de pessoa que se considera com dois pés esquerdos, é fácil admitir que dançar causa uma sensação de bem- -estar. Isso agora tem sido comprovado pela ciência, inclusive para proteger e fortalecer o cérebro. A ciência e a medicina se esforçam constantemente nos estudos do envelhecimento cerebral e de como combater e prevenir doenças cerebrais relacionadas a esse processo, como demência e as doenças de Alzheimer e Parkinson. A dança demonstrou ter um impac- to na saúde do cérebro, mas os cientistas descobriram que essa atividade, juntamente com o movimento coordenado e a resistência necessária, pode ser o melhor tipo de exercício para o seu cérebro por várias razões. A doutora Kathrin Rehfeld realizou um estudo no Centro Alemão de Doenças Neurodegenerativas, no qual comparou vários grupos idosos que receberam rotinas de exercícios específicos por 18 meses. Alguns grupos receberam treinamento de resistência e flexibilidade, como caminhar ou andar de bicicleta, e um grupo recebeu aulas de dança semanais. A cada semana, eles

foram desafiados a fazer algo diferente, como novos gêneros de dança, passos ou rotinas. Verificou-se que todos os grupos tiveram um aumento no centro do cérebro — mais exatamente no hipocampo, uma área que é particularmente vulnerável às doenças degenerativas relacionadas à idade. Porém, foi constatado que o grupo de dança tinha experimentado uma diferença notável. Kathrin explicou que o aspecto mais desafiador para o grupo era recordar as rotinas sob a pressão do tempo e sem ajuda do instrutor. O equilíbrio e a coordenação podem ser difíceis e ficam ainda mais desafiantes à medida que envelhecemos. O desafio que vem com a idade é justamente manter o equilí- brio, e por isso muitas pessoas caem e se machucam, com risco de lesões graves. No entanto, dançar treina e melhora todas essas áreas: rotas, voltas, movimentos rápidos de lado a lado e para cima e para baixo treinam as áreas do cérebro e o ouvido interno para lidar com essas mudanças rápidas e movimentos mais afiados. Isso ajuda a ficar menos atordoado com os movimentos cotidianos, como subir a escada ou levantar de uma cadeira. Além disso, a dança também ajuda a fortalecer uma variedade de músculos nos pés, pernas e quadris, de modo que, se você perder o equilíbrio, não corre mais risco de cair. A dança ensina coordenação e memória muscular. Então, se você a incluir na sua rotina, vai nutrir e desenvolver a conexão do músculo cerebral e os neurônios. Todos nós gostaríamos de ter uma boa memória por toda a vida, mas sabemos que, à medida que envelhecemos, nossa

capacidade de lembrar nomes, datas, lugares e fatos diminui. Mas a dança também nos ajuda a conectar o mental (aprendendo novos passos e as respectivas ordens) com o físico (na verdade executando a rotina). Isso resulta na melhora da memória e no fortalecimento das conexões neuronais no cérebro. Cientistas e pesquisadores que estudam doenças neurodegenerativas sempre discutiram o profundo impacto que a música tem no cérebro, especialmente para aqueles que sofrem de de- clínio cognitivo. A dança não só oferece benefícios físicos, mas, como é acompanhada de música, ajuda a estimular os centros de recompensa cere- brais em combinação com o circuito sensorial e o motor, que são ativados quando você começa a dançar. Além disso,

estudos realizados sobre a doença de Parkinson descobriram que aqueles que praticavam e aprendiam a dançar melhoravam o equilíbrio, diminuíam as quedas, experimentavam uma taxa mais lenta de declínio motor, além de uma progressão geral mais lenta da doença. Seja qual for o estilo, a dança modifica o humor. Esta forma de exercício é fantástica para o coração, pulmões, músculos e articulações, e é uma maneira divertida de queimar calorias. Também ajuda a diminuir o estresse e nos aproximar das pessoas, quando estamos em uma festa, por exemplo. Fonte: ~,https:ÿÿwww.~ tudoporemail.com.brÿ~ content.aspx?emailid=~ 10465~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Culinária Polenta básica Ingredientes: 2 litros de água; 400 g de fubá; 2 colheres (sopa) de manteiga; 1 colher (sopa) de sal. Modo de preparo: Em uma panela, leve a água ao fogo e acrescente o sal e a manteiga. Quando iniciar a fervura, acrescente o fubá e mexa sem parar para não empelotar. Deixe a polenta cozinhar por 30 minutos em fogo baixo. Despeje a polenta em um refratário, salpique com parmesão e cubra com o molho de sua preferência. E que tal preparar acompanhamentos para a sua polenta? Curtiu? Então se liga nessas receitas fáceis e deliciosas para incrementar a polenta. Você pode preparar uma carne moída bem temperada, um molho com moela de frango ou ainda, investir no frango desfiado! :::::::::::::::::::::::: Carne moída simples Ingredientes: 500 g de carne moída; meia cebola; 2 colheres (sopa) de óleo; 2 dentes de alho amassados; 1 colher (sopa) rasa de extrato de tomate; Coentro a gosto; 1 colher (sopa) rasa de tomilho picado ou em pó. Modo de preparo: Em uma panela coloque a carne com o óleo, 1 colher de tomilho e o alho. Misture bem e deixe descansar por 5 minutos. Em seguida bata no liquidificador a cebola e o coentro com meia xícara de água. Depois despeje tudo na panela da carne junto com o extrato de tomate. Deixe cozinhar até pegar gosto e a carne ficar no ponto. :::::::::::::::::::::::: Moela de frango acebolada Ingredientes: 1 kg de moela de frango; 2 caldos de carne; 2 cebolas; 2 colheres de molho shoyu; 2 colheres de margarina; 2 dentes de alho. Modo de preparo: Limpe bem as moelas. Em uma panela de pressão, coloque a manteiga e os dentes de alho picados e deixe fritar. Em seguida, adicione as moelas, deixando fritar um pouco.

Adicione os caldos de carne e complete com água até quase cobrir as moelas. Deixe cozinhar na pressão por cerca de 15 minutos em fogo baixo. Retire da pressão, levando ao fogo novamente para cozinhar, adicionando as cebolas picadas em rodelas e o molho shoyu. Deixe cozinhar até secar a água. Retire do fogo e sirva em seguida como prato principal ou aperitivo. :::::::::::::::::::::::: Frango desfiado na panela de pressão Ingredientes: 1 kg de peito de frango; sem osso, cortado em cubos; 2 colheres (de sopa) de óleo; 1 cebola picada; 3 dentes de alho amassados; Meia embalagem de molho de tomate; Meia xícara de cheiro verde; 1 colher (de chá) de sal; Meia xícara (de chá) de água. Modo de preparo: Frite o alho e a cebola no óleo. Refogue o frango. Acrescente o molho de tomate, junte o cheiro verde, misture bem. Acrescente a água e o sal. Cozinhe na pressão por 15 minutos. Desligue o fogo, aguarde 10 minutos, e retire a pressão. Abra a panela e retire o caldo. Feche a panela novamente, ainda quente. Chacoalhe com força a panela, de um lado para o outro (umas 10 vezes), segurando pelo cabo e na outra extremidade. Abra a panela e você vai ver que o frango já está praticamente todo desfiado. Se não tiver todo desfiado, com o auxílio de uma colher grande mexa o frango dentro da panela, você vai ver que ele vai desfiando, na medida em que você passa a colher. :::::::::::::::::::::::: Mousse de milho com coco Ingredientes: 1 lata de milho escorrido; Meia lata de leite (use a lata de milho verde vazia para medir); 1 lata de leite condensado; 2 ovos (gemas e claras separadas); 50 g de coco ralado fino; 200 g de creme de leite; Coco ralado em flocos a gosto para polvilhar. Modo de preparo: Bata o milho no liquidificador com o leite até ficar homogêneo. Peneire apertando até sair todo o líquido. Bata novamente no liquidificador com o leite condensado e as gemas. Despeje em uma panela e leve ao fogo baixo, mexendo até engrossar. Tire do fogo, misture o coco e o creme de leite e deixe esfriar. Bata as claras em ponto de neve na batedeira ou com batedor manual e misture delicadamente ao creme de milho. Despeje em taças, polvilhe com coco e leve à geladeira por 2 horas antes de servir. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Humor Um pai de família, já nos seus 70 anos, liga para o filho na antevéspera do Ano- -Novo e lhe diz: -- Emir, sinto muito ter que estragar o seu dia, mas tenho que te dizer que sua mãe e eu vamos nos divorciar, depois de 45 anos de convivência. O filho fica indignado: -- Papai, o que você está dizendo?! -- grita o filho. -- Não conseguimos mais nem olhar um para a cara do outro -- disse o pai. E completou: -- Vamos nos separar e acabou. Ligue para a sua irmã Jade e conte a ela. Desvairado, o rapaz liga para a irmã, que explode no telefone. -- De jeito nenhum! Meus pais não irão se divorciar!! Vou ligar para papai agora! Quando o velho atendeu, ela disse, quase gritando: -- Não façam nada até nós chegarmos aí amanhã. Eu e Emir vamos comprar as passagens e estaremos aí amanhã mesmo, ouviu?! E bate o telefone sem deixar o pai responder. O velhinho desliga o telefone, vira para a mulher e diz sorridente:

-- Pronto, Zoraide. Eles virão para o Ano-Novo e não teremos que pagar as passagens!!! Um homem liga para sua esposa e diz: -- Querida, eu fui convidado para uma pescaria no Paraguai com meu chefe e vários amigos dele. Ficaremos lá por uma semana. Esta é uma boa oportunidade para eu conseguir aquela promoção que eu estava querendo. Então, você poderia colocar roupas suficientes para uma semana em uma pequena mala, e também minha caixa de equipamentos de pesca e a vara, por favor? Nós estamos saindo do escritório e vou passar em casa para recolher minhas coisas. Ah! Por favor, não esqueça do meu pijama azul de seda. A esposa desconfia que algo está estranho, mas, mesmo

assim, ela faz exatamente o que o marido pede. No fim de semana seguinte ele chega em casa um pouco cansado, mas aparentemente bem. A esposa o recebe em casa e pergunta se ele pegou muitos peixes. Ele diz: -- Sim! Bagres, tilápias e alguns dourados. Mas por que você não colocou meu pijama azul de seda, como eu pedi? -- Eu coloquei sim, ele estava na sua caixa de equipamentos de pesca. Um ancião de cabelos brancos entrou numa joalheria ao anoitecer de uma sexta-feira com uma bela jovem ao seu lado. Ele disse ao joalheiro que queria um anel especial para sua namorada. O joalheiro deu uma olhada no mostruário e escolheu um anel no valor de 10 mil reais. O velho disse:

-- Não, eu gostaria de ver algo muito mais especial. O joalheiro foi ao seu estoque especial no cofre e trouxe outro anel. -- Este custa 40 mil re- ais. Os olhos da jovem brilhavam e todo o seu corpo tremia de emoção. -- Eu levo! -- disse o velho. O joalheiro perguntou como seria efetuado o pagamento, e o velho disse: -- Por cheque, mas eu sei que você deve se certificar de que meu cheque está bom, então vou emiti-lo agora, e você pode ligar para o banco na segunda-feira para verificar os fundos. Passarei para pegar o anel na segunda-feira à tarde. Na segunda-feira pela manhã, o joalheiro ligou para o velho e disse:

-- Senhor, não há dinheiro nessa conta! O velho respondeu: -- Eu sei, eu sei, mas você não imagina o fim de semana maravilhoso que eu passei. A mulher entra no confessionário de uma igreja em Hollywood e diz ao padre: -- Padre, quero me confessar. -- Pois não, minha filha. Quais são seus pecados? -- Fui infiel ao meu marido, Padre. Sou maquiadora de artistas e há duas semanas dormi com Leonardo Di Caprio. Na semana passada, dormi com Brad Pitt e ontem com o Tom Cruise. -- Lamento, minha filha, mas não posso dar-lhe a absolvição. -- Mas por que, Padre? A misericórdia do Senhor não é infinita?

-- Sim, minha filha, a misericórdia do Senhor até pode ser infinita, mas ele jamais vai acreditar que você esteja arrependida. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo RBC News Linha braille: Telas nas pontas dos dedos A linha braille, também denominada display braille, é um *hardware* que apresenta, em braille, a informação da tela. O aparelho converte instantaneamente os textos ou dados dos computadores, dispositivos móveis ou de uma memória interna para uma linha de texto em alto relevo usando o Sistema Braille, na qual conjuntos de pontos são levantados e abaixados através de um sistema eletromecânico. As

informações dos computadores ou dispositivos móveis compatíveis são enviadas para a linha através de uma porta USB ou por meio de uma conexão *bluetooth* para ser convertida nos pontos em relevo. Para o funcionamento da linha braille é necessário ter um leitor de tela instalado no computador ou no dispositivo móvel. As linhas braille geralmente possuem diversos botões de função para controlar diretamente a navegação e executar comandos do leitor de tela ou do Windows. Os atuais displays apresentam dimensões que variam desde uma única célula (de seis ou oito pontos) até linhas de 80 células. A maioria contém entre 12 e 20 células por linha. Este tipo de equipamento é muito útil para a pessoa surdocega, que, através do tato, pode ter acesso ao que está escrito na tela de computadores e celulares. Apresentaremos a seguir algumas informações importantes sobre dois tipos distintos de linha braille. As linhas braille Focus 40 e 80 As linhas braille Focus 40 ou 80 são fabricadas pela *Freedom Cientific*. Ambos os tipos apresentam as seguintes características: 1. detalhes para navegação projetados para evitar a necessidade de tirar as mãos da linha; 2. todos os botões podem ser individualmente configurados para criar teclas de atalho personalizadas; 3. teclas de função dupla dispostas dão acesso instantâneo a muitos comandos de braille e do *Jaws*: ativar braille contraído, alternar entre modos de exibição de linha ou estruturado, dar comandos de teclado como TAB, SHIFT+TAB, HOME e END; 4. conexão simples ao PC ou laptop via cabo USB ou conexão *bluetooth*. Devido ao altíssimo custo (atualmente os dispositivos mais baratos podem ultrapassar a casa dos 15 mil reais), esse tipo de aparelho ainda é muito pouco utilizado no Brasil, pois sua utilização não compensa a economia de papel e espaço que o equipamento proporciona. Como mencionado anteriormente, podemos utilizar linhas braille com computadores e dispositivos móveis. Veremos agora um exemplo de como utilizar este equipamento com um dos vários modelos de dispositivos móveis existentes, o Iphone. Esperamos que vocês aproveitem bastante as informações contidas nesse manual. Use uma linha braille com o VoiceOver no iPhone O iPhone é compatível com muitas tabelas de braille internacionais e linhas braille atualizáveis. Você pode conectar a linha sem fio via *bluetooth* para ler a saída do VoiceOver, incluindo braille abreviado e não abreviado, e equações com Código Nemeth. Ao editar texto, a linha mostra o texto em contexto e todas as edições são convertidas automaticamente em braille e texto impresso. Você também pode usar uma linha braille com teclas de entrada para controlar o iPhone quando o VoiceOver estiver ativado. Conectar uma linha braille e aprenda comandos para controlar o iPhone 1. ligue a linha braille; 2. no iPhone, acesse: Ajustes :> Bluetooth, ative Bluetooth; 3. no iPhone, acesse Ajustes :> Acessibilidade :> VoiceOver :> Braille e escolha a linha; 4. Após selecionar a linha braille o iPhone apresentará um menu, onde o usuário deverá altera-lo com suas preferencias; Exemplos: õo Saída: escolher versão braille com seis ou oito pontos õo Entrada: escolher versão braille com seis ou oito pontos. Fontes adaptadas: Acesso: 14/11/2022 ~,https:ÿÿoampliadordeideias.~ com.brÿcomo-funciona-uma-~ linha-brailleÿ~, Acesso: 14/11/2022 ~,http:ÿÿwww.acessibilidade~ legal.comÿ33-display-~ braille.php#k~:text=A%~ 20Linha%20Braille%~ 2C%20ou%20Display,~ das%20letras%20no%~ 20sistema%20Braille~, Acesso: 14/11/2022 ~,https:ÿÿsupport.apple.comÿ~ pt-brÿguideÿiphoneÿ~ iph73b8c43ÿios#k~:~ text=O%20iPhone%20%~ C3%A9%20compat%~ C3%ADvel%20com,e%~ 20equa%C3%A7%~ C3%B5es%20com%~ 20C%C3%B3digo%~ 20Nemeth~, ::::::::::::::::::::::::

Atenção, assinantes! A assinatura das revistas em Braille -- Pontinhos, RBC e Superbraille --, pu- blicações do Instituto Benjamin Constant, é totalmente gratuita. Cobrança de taxas, pedidos de doação ou qualquer solicitação de natureza financeira devem ser desconsideradas. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Espaço do leitor SOCERN comemora 26 anos A Sociedade dos Cegos do Rio Grande do Norte -- SOCERN realiza um forte trabalho de inclusão social. Entidade filantrópica sem fins econômicos ou lucrativos com

sede em Natal, no Rio Grande do Norte, a SOCERN foi fundada pelo radialista Ronaldo Tavares da Silva no dia 01 de agosto de 1996 e atua há 26 anos lutando pela inclusão social das pessoas cegas e de baixa visão no Estado. Sua fundação ocorreu diante da necessidade premente de uma instituição que lutasse pelo resgate da imagem desse seg- mento da sociedade, visando reduzir as desigualdades sociais e, de forma sistemática, lutar por oportunidades reais. Graças ao surgimento da SOCERN, o Rio Grande do Norte teve a possibilidade de participar do Movimento Nacional das Pessoas Cegas de 2000 a 2008. A SOCERN atua de manei- ra bastante abrangente nos

movimentos sociais, com cadeira nos Conselhos de Direitos das Pessoas com Deficiência em nível municipal e estadual bem como no CONCIDADE -- Conselho da Cidade de Natal, CMTMU -- Conselho Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana de Natal. Devido ao sério trabalho realizado, a SOCERN recebeu diversas homenagens da Câmara Municipal de Natal, da Assembleia Legislativa do RN, da Câmara Federal e do Senado da República Brasileira. Enfocar o potencial das pessoas com deficiência visual tem sido imprescindível para SOCERN, primando sempre pela competência e dinamismo. Em razão disso, por convite e convocação da sociedade, o seu presidente Ronaldo Tavares concorreu ao cargo de verea- dor de Natal em 2020 e, em

2022, ao cargo de vice-governador do estado sendo esse fato inédito no RN e no país, uma pessoa cega concorrer a tão importante cargo majoritário. "O combate ao preconceito é uma meta da qual não abrimos mão, mesmo sabendo que os desafios são constantes e permanentes, considerando-se que o nosso estado tem um alto índice de pessoas com deficiência, equivalente a 27.78% de sua população, sendo a maior parcela entre cegos e visão reduzida, ý"o que queremos é igualdade com equidadeý"." E para quem desejar nos visitar e conhecer um pouco mais do trabalho que realizamos, nossa sede está localizada na avenida Alexandrino de Alencar, 411, Alecrim, Natal- -RN, CEP: 59030-350. Também atendemos pelos telefones (84) 3211-7180, (84) 3086-2223, Whatsapp (84) 98801-3204 e pelo e-mail: ~,socern@gmail.com~, conclui o presidente da entidade, Ronaldo Tavares. õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra Transcrição: Gregório Brandão Coordenação de revisão: Geni Pinto de Abreu Revisão: Jessica Medina Ano: 2023