Manual de Produção do Livro Falado (TXT)
Atualizado 2023
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23/03/2023 10h14
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<T-> Manual de Produo do Livro Falado Grasielle Lopes Menezes da Fonseca Neuza Rejane Wille Lima Impresso braille em volume nico, na diagramao de 28 linhas por 40 caracteres. Volume nico Ministrio da Educao Instituto Benjamin Constant Departamento Tcnico-Especializado Diviso de Imprensa Braille Av. Pasteur, 350-368 -- Urca 22290-250 Rio de Janeiro RJ -- Brasil Tel.: (21) 3478-4442 E-mail: ~,ibc@ibc.gov.br~, ~,http:www.ibc.gov.br~, -- 2022 -- <p> Dados do livro em tinta Copyright C Instituto Benjamin Constant, 2021 Todos os direitos reservados. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que no seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelo contedo e pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra dos autores. Copidesque e reviso geral: Carla Dawidman Diagramao: Wanderlei Pinto da Motta Todos os direitos reservados para Instituto Benjamin Constant Av. Pasteur, 350/368 CEP: 22290-250 Urca Rio de Janeiro -- RJ Tel.: (21) 3478-4458 Fax: (21) 3478-4459 E-mail: ~,dpp@ibc.gov.br~, <Tm. prod. livro falado> <t*1> F676 Fonseca, Grasielle Lopes Menezes da. Manual de produo do livro falado. / Grasielle Lopes Menezes da Fonseca; Neuza Rejane Wille Lima -- Departamento Tcnico-Especializado. Instituto Benjamin Constant; Curso de Mestrado Profissional em Diversidade e Incluso. Universidade Federal Fluminense: Rio de Janeiro, 2020. 62 p. : II. Ebook. ISBN 978-65-00-05474-3 1. Audiolivro. 2. Acessibilidade. I. Lima, Neuza Rejane Wille. II. Universidade Federal Fluminense. III. Instituto Benjamin Constant. IV. Ttulo. <F-> CDD -- 028 <F+> <p> <p> <R+> <F-> Sumrio Apresentao da coleo ::::::::::: 1 Apresentao do manual :::::::::::: 3 Introduo :::::::::::::::::::::::: 7 A histria do Livro Falado :::::: 15 Sobre os direitos autorais :::::::: 21 Livro Falado {" Audiolivro (*Audiobook*) ::::::::::::::::: 25 A importncia do Livro Falado para o usurio ::::::::::::::::::: 27 Audiodescrio :::::::::::::::::::: 29 1 -- Equipamentos necessrios :::: 35 1.1 -- Computador ::::::::::::::: 35 1.2 -- Fone de ouvido com microfone :::::::::::::::::::::::: 38 1.3 -- Placa de som (*on-board* ou *off-board*) ::::::::::::::::: 39 2 -- *Software* e *hardware*: instalao e configurao :::::::: 40 2.1 -- O *software* Audacity -- verso 2.3.2 :::::::::::::::::: 40 2.2 -- Principais ferramentas do Audacity :::::::::::::::::::::::: 42 2.3 -- Barra de controles ::::::: 42 2.4 -- Barra de ferramentas ::::: 43 <p> 2.5 -- *Hardware* ::::::::::::::: 44 2.6 -- Tipos de plugues de fones e microfones ::::::::::::::::::::: 45 2.7 -- Ajustes no microfone ::::: 45 3 -- Gravao :::::::::::::::::::: 46 3.1 -- Tcnicas e cuidados com a voz :::::::::::::::::::::::::::::: 49 3.2 -- Exerccios para aquecimento vocal :::::::::::::::: 56 3.3 -- Passo a passo para gravao ::::::::::::::::::::::::: 60 4 -- Edio :::::::::::::::::::::: 64 4.1 -- Ferramentas de edio :::: 66 4.2 -- Atalhos de teclado frequentes ::::::::::::::::::::::: 66 4.3 -- Reduo de rudos :::::::: 67 4.4 -- Nivelamento de volume :::: 68 4.5 -- Recortar, copiar e colar :::::::::::::::::::::::::::: 69 4.6 -- Sumrio do Livro Falado :::::::::::::::::::::::::: 69 5 -- Reviso ::::::::::::::::::::: 71 6 -- Gravao de acertos ::::::::: 73 6.1 -- Apresentao ::::::::::::: 74 6.2 -- ltima faixa ::::::::::::: 76 7 -- Edio final :::::::::::::::: 76 8 -- Finalizao: como exportar o trabalho para mdia CD-RW :::: 78 <p> Referncias ::::::::::::::::::::::: 81 Currculo das autoras ::::::::::::: 87 <F+> <R-> <p> <p> Nota de transcrio <R+> _`[{obra transcrita conforme original em tinta._`] <R-> <5> <p> <Tm. prod. livro falado> <T+1> Apresentao da coleo O Instituto Benjamin Constant (IBC), desde 1947, promove cursos de Formao Continuada na rea da deficincia visual e, desta forma, capacita profissionais para atuarem com esse pblico. Durante esse perodo, ampliamos a nossa atuao e hoje oferecemos oficinas, cursos de curta durao e de aperfeioamento em diversas temticas da deficincia visual, sempre com o objetivo de disseminar conhecimento, com vistas a contribuir para o processo de incluso educacional e/ou social da pessoa cega, com baixa viso ou surdocega. Nesses eventos so utilizados diferentes recursos pedaggicos -- entre eles apostilas, artigos e textos acadmicos --, desenvolvidos pelos profissionais que atuam ou j atuaram no IBC. A fim de possibilitar o amplo acesso a esse conhecimento para professores, pesquisadores, estudantes e diversos profissionais da sociedade civil -- uma <p> vez tendo sistematizado mtodos, tcnicas e materiais de ensino utilizados nos eventos de formao --, o IBC passa a publicar os seus materiais a partir de 2019. importante lembrar que as publicaes so materiais utilizados por nossos professores nos cursos e oficinas realizados pelo IBC, sendo instrumentos de apoio em sala de aula. Convidamos a todos a conhecerem a programao de cursos de Formao Continuada disponvel no site da Instituio. Esperamos que esta publicao contribua para a prtica dos profissionais que atuam na rea da deficincia visual. Elise de Melo Borba Ferreira Jeane Gameiro Miragaya Valria Rocha Conde Aljan oooooooooooo <6> <p> Apresentao do manual Este manual fruto do desenvolvimento da pesquisa "Manual de produo do Livro Falado: subsdios para a acessibilidade informacional pessoa com deficincia visual", vinculada ao Curso de Mestrado Profissional em Diversidade e Incluso, da Universidade Federal Fluminense (UFF). A pesquisa teve como professora orientadora a Dra. Neuza Rejane Wille Lima. A investigao teve incio a partir da minha experincia com livros em u- dio na Diviso de Desenvolvimento e Produo de Material Especializa- do do Instituto Benjamin Constant (IBC), bem como do interesse em divulgar como os livros em udio so produzidos. A demanda por um manual surgiu da Oficina de Gravao Digital de Li- vros em udio, oferecida atualmente por mim, com a colaborao de Claudio Vilardo, tambm servidor tcnico-administrativo do Instituto Benjamin <p> Constant (responsvel pelo recebimento e expedio de pedidos na Coordenao do Livro Falado), alm das referncias iniciais baseadas nas ideias propostas pelo servidor Jefferson Moura (IBC), na ocasio da elaborao da apostila para a oficina. Os participantes traziam a curiosidade em conhecer mais sobre o processo de gravao, o que me instigou a produzir o material com um embasamento mais aprofundado sobre o tema. A acessibilidade para pessoas com deficincia visual assegurada e promovida pela Lei Brasileira de Incluso, Lei 13.146 (BRASIL, 2015). Em um movimento de colaborao por um espao mais inclusivo, integrativo e humano, decidi produzir este material para ori- entar, de maneira simples e clara, o passo a passo da gravao de livros em udio. Fico muito feliz em compartilhar esse Manual e espero contribuir para a ampliao da diversidade e da incluso, e <p> dos acervos de Livros Falados de todo o Brasil. Que seja til para voc, leitor. Grasielle Lopes oooooooooooo <7> <p> <p> Introduo De acordo com dados do Censo Demogrfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (INSTITU- to BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA, 2010), mais de 35 milhes de pessoas tm algum tipo de deficincia visual (cegueira ou baixa viso). Portanto, para atender as demandas dos processos educacional, cultural e de lazer so necessrios alguns recursos tecnolgicos que contemplem essa populao. A produo de material especializado uma importante ao, desempenhada de maneira diversificada pelo Instituto Benjamin Constant. A instituio distribui livros didticos, apostilas, obras literrias, revistas e outros materiais adaptados em braille, bem como materiais didticos ampliados, grafotteis e tridimensionais, que contemplam desde a Educao Infantil at o Ensino Mdio. No entanto, no se pode negligenciar a divulgao em outros formatos <p> acessveis, como o *software* de navegao Sistema MecDaisy, o formato de livro digital Epub3, o udio gravado e com voz sintetizada por leitores de tela (1), da vasta produo literria brasileira e internacional, que alarga as possibilidades da pessoa cega e com baixa viso de usufruir dos bens culturais disponveis queles que enxergam. A acessibilidade um conceito que abrange uma gama complexa de segmentos, desde mudanas arquitetnicas at adap- taes curriculares. No entanto, neste Manual abordaremos a viabilidade de maneira que potencialize a independncia de pessoas cegas e com baixa viso. Nesse sentido, fundamental combinar aes que visem o desenvolvimento de ferramentas para auxiliar essas pessoas a se tornarem cidados crticos, :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: <R+> (1) Os leitores de tela so *softwares* que tornam acessveis materiais digitais em formato de texto, com leitura feita por voz sintetizada. Os mais utilizados so NVDA, Virtual Vision e Jaws, todos so gratuitos, exceto o ltimo. <R-> <p> comprometidos e atuantes em uma sociedade democrtica, a partir da integrao e da incluso proporcionadas pelos recursos tecnolgicos. A responsabilidade e o compromisso para trilhar esse caminho cabem a todos os profissionais que perseveram na ideia de mudana por meio da educao. :::::::::::::::::::::::: <8> <R+> Quer saber mais? "-- Dosvox, o que voc deseja?" Voc j ouviu falar em Dosvox? Ele um Sistema Operacional que l (com voz sintetizada) e executa diversos comandos e tarefas de navegao do Windows. Foi criado por Jos Antnio dos Santos Borges, professor do Ncleo de Computao Eletrnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Leia: "Do Braille ao DOSVOX -- Diferenas nas vidas dos cegos brasileiros" em: <p> ~,http:www.intervox.nce.ufrj.br~ dosvoxtextostese{-antonio{-borges.~ pdf~, <R-> A produo braille volumosa e de custo elevado, alm de exigir conhecimentos especficos de pessoal qualificado para os processos de produo e, considerando ainda, que o nmero de ttulos transcritos para o braille , estatisticamente, inferior ao nmero de impres- sos no sistema comum. Segundo dados do Censo Nacional das Bibliotecas P- blicas Municipais (FUNDAO GETLIO VARGAS, 2010), realizado em 2010, apenas 9% dessas bibliotecas possuem acervo em braille. Outrossim, a quantidade de grficas que trabalham com impresso em braille insuficiente para atender a demanda de produo existente. Segundo De La Torre (2012), as impresses braille se concentram, principalmente, em duas instituies: no Instituto Benjamin Constant (Rio de Janeiro) e na Fundao Dorina Nowill (So Paulo). Para suprir esse tipo de limitao mencionada, buscou-se o recurso em <p> udio, economicamente vivel ao usurio, de fcil acondicionamento e manuseio tcnico, sendo capaz de atender um p- blico heterogneo de ouvintes. Isso inclui aqueles no alfabetizados, em cumprimento ao Artigo 215 da Constituio da Repblica Federativa Brasileira (BRASIL, 1988), que afirma: "O Estado garantir a todos o pleno exerccio dos direitos culturais e acesso s fontes da cultura nacional, e apoiar e incentivar a valorizao e a difuso das manifestaes culturais". <9> Dessa forma, o Manual de Produo de Livros em udio foi desenvolvido para disseminar o conceito de Livro Falado, enquanto recurso de tecnologia assistiva, bem como oferecer orientaes tcnicas atuais, com utilidade para docentes e outros profissionais interessados, que atuem direta (ou indiretamente) com pessoas com deficincia visual. Assim, podemos favorecer a promoo da autonomia necessria incluso da pessoa com deficincia visual nos diferentes espaos sociais, e contribuir para a <p> construo de uma sociedade mais justa com igualdade de oportunidades. No mercado fonogrfico existem diversos *softwares* para gravao em udio como Wavelab, Sound Forge, Pro Tools, Sony Vegas, Sonar Platinum, Adobe Audition, entre os principais mais conhecidos; o seu uso pode variar de acordo com o objetivo e a demanda da gravao, de acordo com o Quadro 1. No entanto, neste Manual ser abordado apenas o *software* Audacity para gravao e edio de udio, pois livre, gratuito e possui uma orientao tcnica mais simples e intuitiva, pensado para mitigar possveis dvidas. <R+> _`[{quadro 1 "Quadro Comparativo -- *softwares* de gravao e edio de udio" adaptado em forma de tabela com 5 colunas: *Software* -- Valor -- Verso teste -- ltima verso -- Funes. *Wavelab* -- 501,99 -- Sim -- *Wavelab* Pro 10 -- Gravao e edio de udio, multipista, permite <p> edio de metadados de vrios formatos de udio, inclusive em vdeos. *Sound Forge* -- $299,00 -- Grtis por 30 dias -- *Sound Forge* Pro 14 -- Gravao e edio de udio, uma pista, uso profissional e semiprofissional, suporta mais de 20 formatos de udio diferentes. *Adobe Audition* -- Planos mensais de R$43 a R$350 -- Sim -- Pacotes com frequentes atualizaes -- Edio de udio, multipistas estreo, ferramentas para processamento de udio de alta qualidade, interligado a outros softwares do Pacote Adobe. *Audacity* -- Gratuito -- Cdigo li- vre e aberto -- Verso 2.3.3 -- Gravao e edio de udio, uma pista ou multipista, mono ou estreo, permite converter formatos, diversos recursos de edio, disponvel em vrias plataformas._`] Fonte: Dados reunidos pela autora. <R-> oooooooooooo <10> <p> <p> A histria do Livro Falado O Livro Falado existe, enquanto recurso de tecnologia assistiva, desde 1970 no Brasil. De acordo com Jesus (2011), o professor de msica, cego, Beno Arno Marquardt foi quem deu incio a esse recurso no Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro. O professor levava seus alunos para sua casa e, ajudado por sua ledora (2) Lenora Andrade, que lia e gravava os li- vros para os alunos, acessibilizou diversos ttulos da literatura. No foi localizado no acervo documental do Instituto Benjamin Constant nenhum registro de como era feita a distribuio desse material por um perodo de 10 anos, mas entre as dcadas de 1970 e :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: <R+> (2) Ledor(a) chamado(a) aquele(a) que dedica parte de seu tempo para a leitura de livros e outros tex- tos para pessoas cegas e com baixa viso. No IBC essa atividade exercida voluntariamente. <R-> <p> 1990, a fita cassete (3) era um dos formatos mais comuns para acessar e ouvir contedos pr-gravados. O registro da Coordenao do Livro Falado do Instituto Benjamin Constant (IBC) data da dcada de 1990. O setor contava com voluntrios que gravavam os livros em casa, utilizando gravadores portteis de fitas cassete. De acordo com audies de materiais localizados, sem o advento da edio digital, as gravaes registradas em fitas cassete eram poludas de rudos: latidos de ces, campainhas, barulhos de rua, tosse, interrupes, gaguejos e trejeitos de gravao do ledor. No entanto, o produto era disponibilizado na Biblioteca Louis Braille, localizada no IBC, para acesso s obras. A partir de 2006, com a inaugurao do estdio Jos Espnola Veiga, no :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: <R+> (3) Fita magntica para gravao de udio, comumente utilizada a partir de 1963. um sistema analgico. Disponvel em: ~,https:pt.wikipedia.~ orgwikiFita{-cassete~, Acesso em: 4 jun. 2019. <R-> <p> prdio da Imprensa Braille (IBC), iniciou-se um novo momento de gravao; o acervo da Biblioteca foi aos poucos sendo substitudo por ttulos <11> gravados em novos suportes e formatos. A transio do formato fita cassete para CD- -ROM levou cerca de 30 anos (j o lanamento do formato MP3 em substituio ao Wave teve um intervalo inferior a 10 anos) e revolucionou a forma de acessibilizar contedos em udio em formato digital. Para a construo dos estdios, o Instituto Benjamin Constant recebeu financiamento da organizao no governamental Fundacin Organizacin Nacional de Ciegos Espaoles Amrica Latina (FOAL), uma vez aprovada a proposta. O nome do estdio foi uma homenagem ao centenrio de nascimento do professor Jos Espnola Veiga, comemorado em 2006, cego aos dois anos de idade aps contrair varola. O professor contribuiu para o desenvolvimento da Imprensa Braille, lutou em defesa dos direitos dos cegos para que se tornassem eleitores e pudessem participar de <p> concursos pblicos. O professor Jos Espnola Veiga se aposentou em 1959 e faleceu aos 92 anos de idade. A partir de ento, a Coordenao do Livro Falado produz e distribui Li- vros Falados para todo o Brasil. Atualmente, o formato distribudo MP3 e a mdia o CD-ROM. Hoje, o material passa por adaptao para com- partilhamento em plataforma digital. importante ressaltar que a produo de Livros Falados no exclusiva do Instituto Benjamin Constant, uma vez que a Fundao Dorina Nowill para Cegos (So Paulo) e a Audioteca Sal & Luz (Rio de Janeiro), dentre outras instituies, desenvolvem um trabalho de relevncia na rea e contribuem para a multiplicao do recurso no pas. :::::::::::::::::::::::: <12> Quer saber mais? <R+> _`[{quadro 2 "Diferena da capacidade de armazenamento dos suportes em relao ao livro em braille" adptado em forma de tabela com 3 colunas: Suporte -- Tempo mdio de apresentao -- Obras. Livro em Braille (1829) -- Situao relativa devido praticidade do leitor diante da escrita braille. -- *Quincas Borba*, livro apresentado em 7 partes sob a escrita braille. Fita K7 (1963) -- 60 min. para cada lado, o equivalente ao tempo mnimo de apresentao de 120 min. por fita. -- *Dom Casmurro*, livro apresentado em 8 fitas K7. O equivalente a mdia de 960 min. para apresentao. CD-ROM (1985) -- 80 min. de apresentao definida pela capacidade do suporte. -- *Quincas Borba*, livro apresentado em 9 CD-ROM, o que significa uma durao de 720 min. MP3 (1993) -- Utiliza como suporte um CD-ROM de 80 min. Mediante a compactao do arquivo, a apresentao de 3 ou 4 livros pode ser realizada em um nico suporte e seu perodo de apresentao ser maior que 80 min. Permite fcil manuseio, mobilidade e ocupa menos espao nas estantes. -- Srie *Para gostar de ler*, Coleo Srgio Milliet. Contm 3 ttulos em 1 nico CD e sua durao bastante relativa._`] Fonte: Menezes (2008, p. 65). <R-> A partir da anlise do Quadro 2, observa-se que o suporte CD-ROM utiliza uma compactao do tipo Wave (Waveform Audio File Format), que um formato padro desenvolvido para o armazenamento de udios. Apesar desse formato manter uma excelente qualidade de udio, possui baixa capacidade de compactao de tamanho de arquivo. J o formato MP3 (Moving Picture Expert Group) alavancou a capacidade de compactao e, por consequncia, facilitou e popularizou a circulao desse formato em diferentes mdias e suportes. oooooooooooo <13> <p> Sobre os direitos autorais A reproduo de obras literrias, artsticas ou cientficas no constitui ofensa Lei de Direitos Autorais, desde que sob algumas condies. A Lei 9.610 (BRASIL, 1998), que altera, consolida e atualiza os direitos autorais, assegura (item d, inciso I, Art. 46) que a reproduo e a distribuio gratuita de obras em diferentes suportes, para uso exclusivo de pessoas com deficincia visual e sem fins comerciais, no constitui ilegalidade. Portanto, para assegurar o cumprimento da Lei, a instituio solicitante deve assinar e remeter instituio produtora um termo de solicitao (conforme modelo a seguir), em que assume a responsabilidade de no incorrer na transgresso da Lei, reproduzindo o material de maneira ilegal. <p> <R+> Solicitao para recebimento de Livros Falados Eu, ''''', vinculado(a) instituio, sem fins lucrativos que atende a pessoas com deficincia visual, denominada ''''', inscrita no CNPJ: ''''', Endereo: ''''', Bairro: ''''', Cidade: ''''', Estado: ''''', CEP: ''''', Tel.: ''''', E-mail: ''''', solicito o recebimento, a ttulo gratuito de ''''' Livros Falados produzidos pelo Instituto Benjamin Constant. Declaro, nos termos do art. 46, inciso I, alnea "d" da Lei 9.610/98, que os ttulos a serem remetidos pelo IBC destinar-se-o exclusivamente para uso de pessoas com deficincia visual. Nestes Termos, peo deferimento. <F-> ''''', ''''' de ''''' de 20'''. ---------------------------------------- (assinatura e carimbo da instituio) <F+> <p> Modelo adaptado do Instituto Benjamin Constant. Disponvel em: ~,http:ibc.gov.brimagesconteudo~ {{dte{{dpme2018solicitacao{-~ para{-recebimento{-de{-audiolivros~ 11{-2018.pdf~, Acesso em: 14 jun. 2019. <R-> oooooooooooo <14> <p> <p> Livro Falado {" Audiolivro (*Audiobook*) Como recurso tecnolgico, o Audiolivro pretende atender as demandas da ps-modernidade, principalmente relacionadas falta de tempo e rotina das grandes cidades, para aquelas pessoas que no querem deixar de usufruir do prazer da leitura, ao dirigir, ao vol- tar para casa aps o trabalho ou durante uma viagem. Originalmente chamado de *audiobook*, o recurso surgiu entre as dcadas de 1980 e 1990, com histrias narradas por profissionais, muitas vezes atores. Alguns so gravados por mais de uma voz e contm efeitos especiais e trilhas sonoras (JESUS, 2011). Um aspecto do audiolivro a leitura dramatizada, intencional para uma ambi- entao da obra, bem como para orientar sobre a interpretao que o ouvinte deve ter sobre ela. um recurso que tem como uma de suas finalidades gerar entretenimento ao usurio. O Livro Falado tem uma proposta diferente por ser uma tecnologia <p> assistiva. O objetivo principal do recurso promover acessibilidade s pessoas com deficincia visual. Portanto, a leitura feita o mais prximo do som das palavras, respeitando as impostaes de voz e a pontuao, de forma bem articulada, clara e viva, conhecida como Leitura Branca. Segundo Menezes e Franklin (2008), Leitura Branca um jargo utilizado pela comunidade para designar a leitura com as caractersticas descritas. A inteno ter o mnimo de interferncia possvel na interpretao; a leitura deve assemelhar-se quela interna e silenciosa de um usurio comum. No podemos esquecer de que a proposta do recurso Livro Falado promover a autonomia, a liberdade de pensamento e o despertar para a literatura. Por essa razo no requer estmulos sonoros, que podem, inclusive, interferir na fruio e subjetividade prpria da leitura. importante lembrar ainda que, na construo de um produto acessvel precisamos conhecer as demandas dos usurios. Portanto, o uso de efeitos ou trilhas sonoras no proibido; pode ser utilizado de acordo com o objetivo do produto. Se o professor precisa trabalhar um conceito utilizando <15> uma msica, por exemplo, razovel que desenvolva um Livro Falado que contenha trechos com sonoridade musical. Isto , precisamos sempre considerar se o produto est sendo til para o desenvolvimento das habilidades prprias do processo educativo. A importncia do Livro Falado para o usurio De acordo com Sassaki (2011) "[...] nenhum resultado a respeito das pessoas com deficincia dever ser gerado sem a plena participao das prprias pessoas com deficincia [...]". Ou seja, qualquer produo sobre ou para a pessoa com deficincia deve contar com a sua participao e envolvimento na validao dos benefcios, facilidades ou auxlio que determinado produto prope. A pessoa com deficincia sabe o que melhor para si e possui necessidades individualizadas, que so parte de seu <p> universo. Ela mesma deve apontar os caminhos com as melhores solues para facilitar a sua prpria autonomia. Uma usuria, que possui cegueira congnita, muito assdua da Biblioteca Louis Braille do IBC, quando consultada sobre a qualidade do acervo de Li- vros Falados produzidos pela Coordenao afirma ser muito boa, pois possui gravaes de excelente qualidade de udio e de locuo dos ledores. " um complemento fantstico na leitura. Sou [*sic*] muito satisfeita com os Li- vros Falados a que tenho acesso" (4). A usuria diz preferir Livros Falados aos Audiolivros, pois, segundo ela, a produo dos Audiolivros se preocupa muito em dramatizar a leitura ou com a trilha sonora. O que muitos pensam ser um capricho pode atrapalhar o entendimento e o acesso ao texto do livro, tornando-o enfadonho. s vezes um Audiolivro produzido no bem o que o leitor esperava ao procurar um livro. Como afirma Benjamin (1987), :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: <R+> (4) Relato da usuria. <R-> <16> <p> <M|l > [...] um livro, ou mesmo uma pgina, e at uma simples imagem num exemplar antiquado, [...] podem ser o solo no qual esse impulso [*paixo pela leitura*] lanar suas primeiras e delicadas razes (BENJAMIN, 1987, p. 235, *grifo nosso*). <M> Tendo em vista todas essas observaes, ratifica-se que o Livro Falado um produto til, que encerra uma soma de conhecimentos para quem o utiliza. Portanto, fundamental e pertinente ouvir o usurio do produto, suas impresses, desejos e anseios. nesse sentido que percebemos a construo de caminhos cada vez mais prsperos para a incluso e acessibilidade. Audiodescrio Quando se produz um Livro Falado existem especificidades com relao acessibilidade das imagens, pois um livro em udio produzido a partir de um livro fsico impresso em tinta. Uma das etapas de sua produo audiodescrever a imagem da capa e imagens que aparecem no interior do livro. Sendo assim, a audiodescrio amplia a compreenso das pessoas com deficincia visual, a partir de tcnicas especficas, ao traduzir signos imagticos em signos verbais, ou seja, ao transformar imagem em texto. A tcnica recente e comeou a ganhar vulto somente no sculo XXI. No Rio de Janeiro, em 2003, durante uma exibio de filmes documentrios no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), pela primeira vez espectadores cegos foram convidados para uma mostra, onde ganharam fones de ouvido, a fim de acompanharem todo o desenrolar do filme com audiodescrio narrada simultaneamente (FRANCO; SILVA, 2010). <M|l > A audiodescrio um recurso de acessibilidade que amplia o entendimento das pessoas com deficincia visual em eventos culturais, gravados ou ao vivo, como: peas de tea- tro, programas de TV, exposies, mostras, musicais, peras, desfiles e espetculos de dana; eventos tursticos, esportivos, pedaggicos e cientficos tais como aulas, seminrios, congressos, palestras, feiras e outros, por meio de informao sonora. uma atividade de <17> mediao lingustica, uma modalidade de traduo intersemitica, que transforma o visual em verbal, abrindo possibilidades maiores de acesso cultura e informao, contribuindo para a incluso cultural, social e escolar. Alm das pessoas com deficincia visual, a audiodescrio amplia tam- bm o entendimento de pessoas com deficincia intelectual, idosos e dislxicos (MOTTA; FILHO, 2010, p. 7). <M> Ao tratar do recurso de tecnologia assistiva Livro Falado no h necessidade de audiodescrever tudo. interessante lembrar, por exemplo, que o formato do livro e a percepo de seu tamanho fsico so informaes que podem ser ob- tidas por via ttil e no carecem de <p> audiodescrio. No entanto, o Livro Falado demanda a parceria de um profissional audiodescritor, quando se l tex- tos que combinam imagens e histria. Se a imagem uma ilustrao cujo contedo j vem sendo tratado no corpo do texto, no necessria a audiodescrio. Mas se a imagem traz um contedo relevante para a compreenso do contexto, ou seja, se ela tambm conta a histria, h necessidade de audiodescrever o seu contedo. O Instituto Benjamin Constant oferece gratuitamente cursos de Formao Continuada em Audiodescrio, que introduz e apresenta o recurso em diferentes produtos visuais, alm de trazer conhecimentos sobre a tcnica da audiodescrio. :::::::::::::::::::::::: <R+> Quer saber mais? Livro: "Audiodescrio: transformando imagens em palavras" Lvia Motta e Paulo Romeu Filho (Orgs) ~,https:vercompalavras.com.brlivro~, Verses para download em Word (DOC), Acrobat (PDF), Daisy (DTB) e Audiolivro <R-> oooooooooooo <18> <p> <p> 1 -- Equipamentos necessrios Para iniciar uma gravao em udio, utilizaremos o software de gravao *Audacity*. A seguir, apresentaremos os equipamentos necessrios e suas configuraes para a obteno de uma boa gravao. 1.1 -- Computador Requisitos de sistema -- *Windows* <R+> _`[{quadro 3 "Requisitos do Sistema Operacional" adaptado em forma de tabela com 3 colunas: Verso do *Windows* -- Processador recomendado (raw) -- Velocidade mnima (raw)/velocidade do processador. *Windows* 10 (32- or 64-bit); *Windows* 8 (64-bit); Windows 7 (64-bit) -- 4 GB/2 GHz -- 2 GB/1 GHz. <p> *Windows* 8 (32-bit); *Windows* 7 (32-bit) (*except Windows 7 Starter*); *Windows* Vista (*Home Premium/Business/ /Ultimate*) (32- or 64-bit) -- 4 GB/2 GHz -- 1 GB/1 GHz. *Windows* 7 *Starter; Windows* Vista (*Home Basic*) (32- or 64-bit) -- 2 GB/1 GHz -- 512 MB/1 GHz._`] Fonte: Manual tutorial de uso do *software* Audacity (2019). <R-> <19> <M|l > Os valores na coluna "Mem. RAM recomendada/Velocidade do processador" so adequados para tarefas como gravao de at uma hora de durao ou edio de trs faixas de at 20 minutos cada. As recomendaes em "Mem. RAM mnima necessria/Velocidade do processador" servem para tarefas ainda menores e apenas o *Audacity* em utilizao <p> (MANUAL TUTORIAL DE USO DO SOFTWARE AUDACITY, 2019, no paginado). <M> Linux Recomenda-se usar a verso mais recente do GNU/Linux distribudo e compatvel com as especificaes do seu *hardware*. O Audacity funciona melhor com pelo menos 1 GB de RAM e um processador de 2 GHz. Como o Audacity foi originalmente desenhado quando os computadores tinham um potencial inferior ao atual, possvel execut-lo em um *hardware* menos potente. Uma gravao simples possvel em Raspberry Pi de 700 MHz, usando um Microfone USB. No entanto, os sistemas operacionais Pi no so oficialmente suportados e o Audacity pode ser menos estvel neles do que nos sistemas operacionais de desktop (MANUAL TUTORIAL DE USO DO SOFTWARE AUDACITY, 2019). <p> Mac-OS Segundo o Manual tutorial de uso do software Audacity (2019), o *software* para Macs Intel rodando OS X 10.7 e posterior e MacOS 10.12 Sierra, 10.13 High Sierra e 10.14 Mojave. O *software* funciona melhor com pelo menos 1 GB de RAM e um processador de 1 GHz (2 GB de RAM/2 GHz no OS X 10.7 e posterior e no MacOS). Para projetos com vrias faixas, recomendamos um mnimo de 2 GB de RAM e um processador de 2 GHz (4 GB de RAM no OS X 10.7 e posterior e no MacOS). Sistemas operacionais Mac mais antigos/Macs PPC. Para Mac OS 9 e Mac OS 10.0 at 10.6, as verses binrias universais do Audacity com suporte a Intel e PPC ainda esto disponveis. <20> 1.2 -- Fone de ouvido com Microfone Utilize um fone de ouvido que pre- encha toda a orelha para evitar que o som de retorno da gravao seja captado pelo microfone, ou que rudos externos interfiram na escuta. O microfone deve ser revestido por uma espuma (anti-puff) que evita a captao de sons naturais provocados durante a leitura, pela articulao da boca do(a) ledor(a), alm de prevenir a captao de rudos externos indesejveis no momento da gravao. 1.3 -- Placa de som (*on-board* ou *off-board*) *On-board* se refere aos componentes na placa, integrados, que podem ser placa de som, vdeo, rede, *modem* e ou- tras. Estes dispositivos ficam embutidos na placa-me, compondo uma s placa. *Off-board* se refere a uma placa separada da placa-me (principal do com- putador), que pode ser retirada e substituda. Dever ter as seguintes conexes: <R+> -- Entrada de microfone/conector de E/S digital (na cor rosa); <p> -- Conector de sada (na cor verde); -- Conector de entrada (na cor azul). <R-> <21> 2 -- *Software* e *Hardware* -- Instalao e configurao O termo *Software* se refere par- te lgica do computador, relativa aos programas que podemos instalar para a realizao de tarefas, ao passo que *Hardware* se relaciona parte fsica prpria da mquina e a seus componentes eltricos, mecnicos, eletrnicos e eletromecnicos. 2.1 -- O *Software Audacity* -- Verso 2.3.2 O Audacity um *software* livre e gratuito, desenvolvido por um grupo de voluntrios e possui licena pblica para uso. conhecido tambm como *software* de cdigo aberto, uma vez que sua programao aberta para uso, estudo, melhorias e compartilhamentos. Tem <p> interface (5) traduzida para vrias lnguas. O *software* utilizado para gravao de udio ao vivo, converso de formato analgico para digital e edio em variados formatos de udio (WAV, AIFF, MP2, MP3 etc.). O *download* pode ser feito na pgina do prprio desenvolvedor do programa pelo endereo: ~,http:audacityteam.org~, ou diretamente em ~,http:www.~ audacityteam.orgdownloadwindows~, Aps clicar "OK" em todas as etapas, o Audacity estar pronto para uso. :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: <R+> (5) Interface um termo da Engenharia Computacional que nomeia a conexo das funes dentro de sistemas, programas, dispositivos ou quaisquer componentes que proporcionem uma comunicao de nveis distintos, permitindo, assim, a troca de informaes (WIKIPEDIA. Disponvel em: ~,https:es.wikipedia.orgwiki~ Interfaz~, Acesso em: 8 set. 2019). <R-> <22> <p> 2.2 -- Principais ferramentas do Audacity A seguir temos a ilustrao _`[no adaptada_`] de todas as barras de ferramentas do Audacity agrupadas na faixa superior da tela. <R+> 1) Barra de menus; 2) Barra de controles; 3) Barra de ferramentas; 4) Barra de monitoramento de gravao; 5) Barra de monitoramento de nveis de reproduo; 6) Barra de controle de volume de gravao e reproduo; 7) Barra de edio; 8) Barra de controle da velocidade de reproduo; 9) Barra de dispositivos detectados; 10) Barra de coordenadas da seleo; 11) Barra de status. <R-> <23> 2.3 -- Barra de controles <R+> -- Boto de *pause*: Pausa uma gravao/reproduo. -- Boto de retrocesso: Move o cursor para o incio do udio. -- Boto *play*: Inicia a reproduo. -- Boto *play* com *shift* pressionado: Reproduz continuamente o trecho selecionado. -- Boto de gravao: Inicia uma gravao. -- Boto de gravao com o *shift* pressionado: Inicia uma gravao em uma nova pista de udio. -- Boto de parada: Para a reproduo/finaliza a gravao. -- Boto de avano: Move o cursor para o final do udio. <R-> <F+> <24> 2.4 -- Barra de ferramentas <R+> -- Seleo: Marca o trecho do arquivo que se pretende editar. -- Envelope: Permite modificar a altura do som da faixa em trechos especficos ("envelopados" pela ferramenta). -- Desenho: Permite modificar a amplitude da onda sonora ponto a ponto (somente para usurios avanados). <p> -- Zoom: Expande ou contrai a linha do tempo dos arquivos abertos na tela. -- Troca de tempo: Permite arrastar a gravao pela linha do tempo. Muito utilizado em edies de pistas de audiodescrio quando se quer posicionar o intervalo de udio na marcao de tempo indicada no roteiro. -- Habilita as ferramentas anteriores para uso simultneo. <R-> <25> 2.5 -- *Hardware* Conectando o fone placa de som: 1: Conecte os plugues do fone, conforme a imagem a seguir: <R+> _`[{imagem dos plugues um ao lado do ou- tro. esquerda, entrada para microfone; direita, para fone de ouvido._`] Legenda: Imagem traseira de um computador com plugues conectados nas entradas de microfone e fone de ouvido. <R-> <p> 2.6 -- Tipos de plugues de fones e microfones <R+> -- Plugue P2 mono (sigla de monofnico): emite apenas um nico sinal de udio; plugue de microfone que se conecta ao computador. -- Plugue P2 estreo: reproduo de udio que utiliza dois canais de som distintos (direito e esquerdo); plugue que conecta fone com microfone (*headset*) ao computador. <26> -- Plugue XLR: utilizado para conec- tar microfone a mesas de som (instrumento usado para combinar fontes de som a um nico sinal de sada) ou amplificador; plugue de microfone. -- Pr-amplificador: aparelho usado para dar ganho de sinal no som. A entrada traseira suporta plugues XLR e P10. <R-> 2.7 -- Ajustes no microfone <R+> 1. Com o boto direito do mouse, clique no cone do controle de volume. <27> <p> 2. Com a aba aberta, clique em "Dispositivos de gravao". 3. Na aba "Gravao", clique com o boto direito sobre "FrontMic" ou Microfone e depois em "Habilitar". <28> Observao: Na configurao do microfone, as denominaes FrontMic e Microfone iro variar de acordo com as entradas frontal ou traseira utilizadas. 4. Clique duas vezes no cone "FrontMic" ou Microfone, na aba "Nveis", e utilize o controle deslizante para configurar o volume do mi- crofone. <29> 5. Para concluir, clique na aba "Re- produo", "Alto-falantes", "Nveis" e clique em "OK". <R-> <30> 3 -- Gravao <R+> _`[{foto de uma mulher de perfil, em um ambiente com paredes revestidas com espuma. Ela est de frente para um microfone profissional. Ela usa fone <p> de ouvidos, blusa verde e segura um livro aberto frente do rosto._`] Fonte: Edio -- Autora (2019). Fotografia: Claudio Vilardo. <R-> A gravao , em resumo, a captao de udio utilizando o *software* instalado em computador, com uso dos auxiliares, fone e microfone. O livro impresso lido em voz alta em um estdio com isolamento acstico ou em espao com um mnimo de interferncia de rudos possvel. O(a) ledor(a) fala em um microfone, diretamente liga- do a um computador, com o *Software* Audacity instalado. O arquivo de voz armazenado no mesmo computador em que o(a) ledor(a) salva o arquivo em uma pasta criada para o ttulo, especificando o nome do material sequencialmente numerado, tendo incio em "001 -- TTULO DO LIVRO". Ao perceber um erro durante a gravao, o(a) ledor(a) indica a falha ao <p> silenciar propositalmente (de 5 a 10 segundos) para que o editor a identifique. Esse mtodo utilizado, pois o *Software* Audacity mostra a voz como um grfico de ondas sonoras; quando o(a) locutor(a) silencia <31> facilmente identificada uma longa falha no grfico. Assim, o editor percebe que, naquele ponto, existe um erro. natural que o tempo de gravao seja mais lento que uma leitura pessoal, pois o(a) ledor(a), normalmente, no um(a) profissional da voz. As caractersticas de um bom/boa ledor(a) so: boa dico, hbito de leitura, domnio e fluncia da lngua portuguesa e noes de informtica. A partir destas caractersticas somadas prtica, o(a) ledor(a) desenvolve capacidades bsicas para executar a tarefa, uma vez que a sua leitura ser mais fluida e precisa; dessa forma, ele/ela interrom- per menos vezes a sua gravao para repetir trechos pronunciados incorretamente. <p> 3.1 -- Tcnicas e cuidados com a voz O(a) locutor(a)/ledor(a) precisa ter uma boa voz, no essencialmente grave, mas com boa pronncia, dico clara e articulao fluida, pois o mi- crofone amplifica e define eventuais defeitos ou falhas na voz. O que define um bom locutor a sua fala natural e espontnea, e essa habilidade se desenvolve com treino e experincia individual ao longo do tempo. fundamental a ateno acentuao e pontuao correta, a fim de facilitar o entendimento do(a) usurio(a) ouvinte. A prtica da locuo deve valorizar a voz e a cadncia, a pausa e o ritmo, sem exceder o tom da leitura e contrastar sonoridade da voz. interessante re- fletir sobre o sentido da narrao. Narrar comunicar, descrever algo que se v, relatar um fato, interagir com o outro, transmitir um contedo, compartilhar palavras. Um(a) locutor(a)/ledor(a) deve ter esses conceitos bem apreendidos para desempenhar uma boa leitura de seus ttulos e textos (SEIXAS; LOPES, 2011). Alm disso, no processo de aproveitamento vocal, a educao postural importante, uma vez que traz benefcios que facilitam a fala, independente de gravar sentado ou de p. O abdmen deve estar sempre livre de presses e a postura deve ser adequada. <32> <R+> _`[{imagem em que se l "No exceda a voz". Um rosto de uma mulher de perfil, com o cenho franzido, a boca aberta e dentes mostra de frente para um microfone profissional._`] Fonte: Edio -- Autora (2019). Fotografia: Claudio Vilardo. <R-> Com relao alimentao, alguns alimentos so indicados e outros contraindicados antes de uma gravao. importante observar que aps a ingesto de algum alimento, por cerca de trs horas, a voz pode sofrer alteraes. <R+> _`[{foto hbrida de um copo com coca-cola, um com leite e uma cesta com 2 potinhos com caf. Sobre a foto um *x* (no sistema comum de escrita) vermelho._`] Fonte: Arquivo pessoal da Autora. Fotografia e edio (2019). _`[{foto hbrida com laranjas, limes, caixas de ch, mel e pote com granola; no canto superior esquerdo um emoji: "mo com polegar para cima"._`] Fonte: Arquivo pessoal da Autora. Fotografia e edio (2019). <R-> <33> Ao acordar, sugerimos gargarejar (diariamente) com gua e sal, e in- gerir suco de limo sem adio de acar. Desta forma, possvel prevenir infeces na garganta que prejudicam, em excesso, o(a) locutor(a)/ledor(a). Quando a gravao for pela manh, por exemplo, convm tomar um caf da manh com sucos ctricos ou chs de frutas/ervas e comer granola, pois lim- pam a garganta e preparam a musculatura com a mastigao. <R+> _`[{foto de mas vermelhas._`] Fonte: Arquivo pessoal da Autora. Fotografia e edio (2019). _`[{foto hbrida de um copo com gua, um regador com margaridas brancas; entre o copo e o regador, o desenho de algumas gotas._`] Fonte: Edio -- Autora (2019). Fotografia: Claudio Vilardo. _`[{foto de uma raiz de gengibre._`] Fonte: Arquivo pessoal da Autora. Fotografia e edio (2019). <R-> <34> <R+> _`[{quadro 4 "Alimentos indicados e contraindicados para quem trabalha com a voz" adaptado em forma de esquema: Evite: leite e derivados -- aumentam a quantidade e a viscosidade do muco no aparelho respiratrio. D preferncia a: sucos ctricos aumentam a salivao e promovem maior nmero de degluties que relaxam os <p> msculos da garganta. Fique atento, em caso de refluxo. Evite: alimentos gordurosos ou muito condimentados dificultam a digesto e interferem na movimentao do diafrag- ma, msculo que deve apoiar a emisso da voz. D preferncia a: frutas duras -- a mastigao prepara os msculos articuladores. A ma, por exemplo, higieniza a cavidade oral. Evite: caf, chocolate e ch-preto -- desidratam o organismo e aumentam a acidez, geram secura na boca e possvel refluxo. D preferncia a: lquidos quentes, como chs de frutas e ervas -- melhoram a circulao sangunea e do sensao de conforto. Evite: refrigerante -- o gs interfere na digesto e prejudica o apoio do diafragma. <p> D preferncia a: mel, sobretudo associado ao limo, promove boa condio de utilizao da voz. :o Cuidado ao administrar o prpolis e o gengibre, eles podem causar irritaes faringe e ao aparelho gstrico, respectivamente._`] Fonte: Kyrillos, Cte e Feij (2003). <R-> Fonoaudilogos recomendam a hidratao permanente para quem trabalha com a voz, evita pigarros, tosses ou boca seca. Portanto, mantenha sempre um copo com gua prximo. No beba lquidos gelados de maneira rpida, pois afetam o equilbrio trmico no corpo, comprometendo, principalmente, a garganta e podem provocar rouquido. O fumo o agente mais prejudicial s cordas vocais e qualidade da voz; fonte de constantes irritaes devido s partculas de alcatro e nicotina (e outras substncias), que so depositadas nas cordas vocais. <p> Caso haja qualquer incmodo persistente que afete a voz, importante consultar um otorrinolaringologista pa- ra verificar, a partir de exames, se as cordas vocais esto saudveis (KYRILLOS; CTE; FEIJ, 2003). <35> <R+> _`[{imagem de mulher com rosto voltado para a direita levemente inclinado para trs, com os dedos sobre a lateral do pescoo. Um crculo vermelho sobre a mo em cima do pescoo._`] Fonte: Fotografia -- Claudio Vilardo; Edio -- Autora, 2019. _`[{imagem de uma embalagem de cigarros, com quatro cigarros em cima, sobre eles, um *x* vermelho. Na parte inferior, l-se: "Este produto causa cncer. Pare de fumar. Disque sade 136. Ouvidoria geral do SUS ~,www.saude.gov.br~,"._`] Fonte: Arquivo pessoal da Autora. Fotografia e edio (2019). <R-> <36> 3.2 -- Exerccios para aquecimento vocal Os exerccios apresentados a seguir foram adaptados da apostila do curso "Locuo e Voz" (2011), oferecido pelos locutores Mrcio Seixas e Clarisse Lopes no Rio de Janeiro. Mantenha a cabea a 90 graus durante todas as etapas. RELAXE: Espreguiar e bocejar, como fazemos quando estamos com sono, so timos exerccios de relaxamento. MASSAGEIE O ROSTO: Com movimentos circulares e delicados, comece pela testa, passe pela regio das sobrancelhas, tmporas, mas do rosto, mandbula e queixo. RESPIRE: Perceba o movimento das costelas expandindo-se na inspirao e recolhendo-se na expirao; esta uma forma de tomar conscincia do diafragma. Inspire e expire emitindo o som prolongado sssssss.... 1 Para alongar a musculatura vocal, abra e feche a boca, mantenha a lngua bem solta no assoalho da boca, <p> leve a conscincia para o fundo da garganta aberta; 2 Simule a mastigao com a boca fechada e aberta, e passe a lngua na parede interna das bochechas; 3 Faa movimentos de deglutio devagar; 4 Estale a lngua de forma rit- mada, acelere, depois desacelere; 5 Varra o cu da boca com a ponta da lngua, de frente para trs, de trs para frente, e de forma circular; 6 Faa a postura do bocejo de boca fechada e emita o som M prolongado em seu tom de voz usual; 7 Sem emisso sonora faa Brrrrrrrrrrr, fazendo movimento do sim e do no com a cabea; <37> 8 Estale a lngua junto com som nasal Uhmmmmm; 9 Faa Brrrrrrrrr em escala ascendente para o agudo; 10 Fala Brrrrrrrrrr pausado, subindo nota a nota para o agudo; 11 Vibre a lngua Rrrrrrrrrrrr; 12 Vibre a lngua em escala ascendente para o agudo; 13 Escolha uma melodia e vibre Rrrrrrrrrrrrrrrrrrr de maneira relaxada; 14 Inspire e articule as sequncias de vogais a seguir sem interromper a voz: (Inspire) U -- -- -- A -- -- -- I (Inspire) I -- -- -- A -- -- -- U (Inspire) U -- -- -- A -- -- -- I -- // I -- -- -- A -- -- -- U 15 Exerccio de articulao: diga as palavras a seguir, articulando com preciso e pronunciando o "R" com vi- brao de ponta de lngua. Repita a sequncia de trs pra frente; Amarelar -- Gratinar -- Obtemperar -- Produzir -- Furtar -- Correr -- Permitir -- Rodear -- Torcer -- Fax -- Lex -- Ritz -- Sisudez -- Pequins -- Ascendncia -- Quingentsimo -- Itaquaquecetuba -- Flexuosidade -- Quadrilunulado; 16 Exerccio para treinar a dificuldade da palavra: articule com preciso, tente ler em um s flego; "Mixado o som pde ser usado para maximizar a alegria barulhenta que <p> explodia de amplexos contra plexos agitados pelo fragor horrssono dos vagalhes que esmaeciam na praia." "Se sessenta e seis serras oxidadas pela decomposio das terras roxas serram sessenta e seis cerejeiras seiscentas e sessenta e seis serras serraro seiscentas e sessenta e seis cerejeiras." <38> "Os indiozinhos armaram a juana-pitereba com dificuldade esforando-se para no roar nas copas das muirapaxibas onde nidificavam multloquos a salvo das terrveis epistoglifas de dentes octa- dricos." Sempre respeite seu limite nos exerccios. DESAQUECIMENTO: Da mesma forma que precisamos aquecer antes de usar a voz, tambm devemos desaquecer aps o trmino da atividade. Uma boa maneira de desaquecer a voz fazer um som anasalado de boca fechada, sentindo vibrar as mas do rosto, de forma bem suave, deslizando confortavelmente do agudo para o grave, mais conhecido como "humming". 3.3 -- Passo a passo para gravao 1: Abra o Audacity. 2: Verifique se a gravao est sendo direcionada para o microfone. Caso nada aparea escrito na caixa de seleo ao lado do cone de microfone porque o programa no detectou nenhum microfone instalado. Portanto, confira as conexes de microfone, feche e abra novamente o Audacity. <39> 3: Inicie a gravao, clicando no boto gravar. 4: Para finalizar a gravao de forma definitiva, pressione o boto parar. <R+> Observao 1: No processo de gravao do Audacity temos a possibilidade de gravar vrias pistas no mesmo projeto. Entende-se por pista cada arquivo de som isolado numa caixa com controles individuais de volume e seleo. Observao 2: Se quiser iniciar uma nova pista de gravao pressione *Shift* (o cone de gravao mudar <p> para "boto de gravao com *Shift* pressionado") e com *Shift* pressionado inicie uma gravao clicando nesse cone. Se o desejo for parar a gravao, e depois continuar do ponto onde parou, basta parar a gravao e clicar em gravar novamente. <R-> :::::::::::::::::::::::: <40> Quer saber mais? + Dicas de gravao Captulos ou pginas Sugere-se que a leitura seja feita por captulos, desde que respeite o tem- po mximo de 15 minutos por arquivo de udio gravado. Caso ultrapasse esse tempo, divida um captulo em dois arquivos de udio ou grave mais de um captulo na mesma faixa, se a leitura for inferior ao tempo estimado. Caso o livro ou texto no seja dividido por captulos, grave at o tempo limite e faa o <p> sumrio baseado no nmero de pginas (Ex.: Faixa 3 -- Pginas 5 a 10). Consulte este Manual Item 4.6 -- Sumrio do Livro Falado (p. 69). Exemplo de gravao com um bom nvel de captao: <R+> _`[{imagem de ondas sonoras em faixa mais grossa._`] Gravao com captao ruim: _`[{imagem de ondas sonoras em faixa mais fina._`] <R-> Para proporcionar ao usurio uma navegao mais fcil pelo arquivo, recomenda-se no exceder 30 minutos de gravao, que aps edio so reduzidos para 15 a 20 minutos. :::::::::::::::::::::::: <41> <p> Quer saber mais? + Dicas de gravao Aspas S devem ser lidas quando agregar valor ao texto, se for a fala de um personagem ou uma expresso leia com inteno na fala, respeitando as pausas da pontuao. No entanto, quando for necessria leitura, lembre-se, deve dizer "Abre aspas" e "Fecha aspas" ou "Entre aspas". Palavras em negrito No necessrio informar que a palavra est em negrito, d nfase diferenciada na fala para inferir que uma palavra de destaque. Algarismos romanos Devem ser lidos na sequncia ordinal do I (primeiro) at o IX (nono). A partir do X (dez), deve ser lido na sequncia cardinal. Como existe uma regra jurdica para essa leitura, sugere-se manter para padronizar. Consulte: Lei Complementar 95, de 26 de fevereiro de 1998 (Art. 10). Notas de rodap Quando aparecem ao final das frases, sugere-se que sejam gravadas logo em seguida, informando na leitura "nota de rodap", prosseguir com a leitura da nota e ao final gravar "fim da nota". No entanto, quando a nota de rodap aparece no meio do texto, sugere-se finalizar o perodo ou pargrafo para, na sequncia, gravar a nota. Dessa maneira, a informao no se perde e o usurio consegue reconhecer a nota sem confundir-se no texto. No se recomenda deixar as notas para gravar na ltima faixa do livro, pois elas ficam desconexas com o restante do texto para o leitor/ouvinte. <42> 4 -- Edio O editor trabalha sempre com uma cpia dos arquivos gravados pelo ledor, pois caso haja qualquer dano a algum <p> arquivo no processo de edio, sempre temos como recuperar o arquivo original. Os danos podem ser: aplicao indevida de efeito amplificador no arquivo de udio, arquivo em formato no usualmente utilizado ou mal configurado e ainda problemas tcnicos de arquivo corrompido, por exemplo. Portanto, a partir dessa cpia, o editor procede com o passo a passo da edio: Elimina os erros indicados pelo ledor, conforme descrito no item 3 -- Gravao (p. 46), organiza os arquivos na ordem sequencial correspondente, comparando sempre o registro em udio do livro falado que est sendo editado com o livro impresso. Em seguida, o editor aplica os recursos de udio disponveis no *Audacity* para melhorar a qualidade do som: nivelamento de volume e reduo de rudos (*noise reduction*). O editor tambm divide o arquivo em faixas de 15 a 20 minutos, respeitando a orientao do livro (Captulos, Itens, Pginas etc), orientando em um Sumrio remissivo e autorreferenciado a subdiviso <p> dos arquivos de faixas. Recomenda-se utilizar a faixa 002 -- TTULO DO LIVRO como sumrio. Como o ledor, na maioria das vezes, no um profissional da voz, natural que a experincia da edio seja demorada no incio, uma vez que so necessrios muitos acertos. 4.1 -- Ferramentas de edio <R+> -- Recortar -- Copiar -- Colar -- Silenciar tudo fora da seleo -- Silenciar seleo -- Desfazer -- Refazer -- Mais zoom -- Menos zoom -- Ajustar seleo janela -- Ajustar todo o projeto janela -- Zoom mximo <R-> <44> 4.2 -- Atalhos de teclado frequentes F1 a F6 -- seleciona as ferramentas de edio; Barra de espao -- executa o arquivo. Se pressionado novamente, retorna ao cursor. Crtl + a letra: <R+> o N: novo arquivo o O: abrir arquivo o W: fechar arquivo o Q: sair do Audacity o S: salvar arquivo <R-> 4.3 -- Reduo de rudos Se a gravao apresentar algum tipo de rudo de fundo, como chiados ou pequenos estalos, execute o seguinte procedimento: 1: Abra o arquivo gravado, clicando em "Arquivo" e em seguida "Abrir". 2: Selecione um pequeno trecho do udio que corresponda a uma pausa na leitura. O trecho selecionado ficar de cor mais clara. <45> 3: Clique em "Efeitos", "Reduo de rudo". Em seguida, clique em "Ob- ter perfil de rudo". 4: Desfaa a seleo, selecione a faixa inteira da qual deseja remover rudos, abra novamente "Reduo de rudo" e clique no boto "Ok" que j estar habilitado para uso. 5: Aguarde o trmino do processamento. <46> 4.4 -- Nivelamento de volume Efeito compressor de udio O compressor faz um nivelamento automtico de volume (intensidade, amplitude, presso sonora), ou seja, ele atua diminuindo o volume das partes mais fortes da faixa de udio, deixando o som com intensidade mais constante. Para utiliz-lo, selecione a faixa em questo com o cursor do mouse. 1: Clique em efeito Compressor na aba Efeitos. 2: Mantenha as configuraes que aparecem automaticamente e clique em ok. 3: Seu udio est comprimido e pronto para ser utilizado. <47> <p> 4.5 -- Recortar, copiar e colar As ferramentas "Recortar", "Copiar" e "Colar" se aplicam, de modo similar a um editor de textos, tanto para recortar trechos do udio que deseja dispensar, quanto para copiar os trechos que deseja colar em outro trecho da faixa de arquivo. No comando recortar, o trecho selecionado desaparece e s reaparece no lugar em que colado. Quando um arquivo copiado, uma replicao do trecho gerada no momento da colagem. 1: Selecione o trecho a ser recortado/copiado e clique no boto correspondente operao desejada. 2: Posicione o cursor no destino desejado com um clique nico e depois clique em colar. <48> 4.6 -- Sumrio do Livro Falado O Sumrio construdo autorremissivo e faz referncia s faixas em formato de udio. uma etapa comumente feita pelo Editor que trabalha nas faixas em udio, divide os arquivos em faixas com durao de 15 a 20 minutos, numera e nomeia as faixas. Sugerimos que o Sumrio seja lido na Faixa 2 do Livro Falado e que seja gravado pelo ledor conforme organizado pelo Editor. <R+> _`[{imagem de uma pasta de arquivos com 23 arquivos de udio nomeados "tabela peridica" numerados de 001 a 023, com diversos tamanhos._`] <R-> <R+> Na faixa 002 do Livro Falado lido um sumrio como estes dos exemplos a seguir: Faixa 1 -- Apresentao Faixa 2 -- Sumrio Faixa 3 -- elementos dos blocos s, p, d, f Faixa 4 -- grupo 1 Faixa 5 -- grupo 2 ... Ou Faixa 1 -- Apresentao Faixa 2 -- Sumrio Faixa 3 -- p. 5 a 11 Faixa 4 -- p. 12 a 20 ... <p> Ou ... Faixa 1 -- Apresentao Faixa 2 -- Sumrio Faixa 3 -- Captulo 1 -- Incio Faixa 4 -- Captulo 2 -- Continuao Faixas 5 e 6 -- Captulo 3 -- A Guerra Faixa 7 -- Captulo 4 -- Continua a Guerra Faixa 8 -- Captulos 5 e 6 -- O retorno Faixa 9 -- Captulo 7 -- O homem Faixas 10 e 11 -- Captulo 8 -- Era uma vez Faixa 12 -- Captulo 9 -- A fera Faixa 13 -- Apndice Faixa 14 -- Agradecimentos <R-> <49> 5 -- Reviso Na etapa de reviso, o revisor tem acesso aos arquivos previamente editados no Audacity, acompanhando com o livro impresso. O revisor ouve integralmente os arquivos de udio, comparando com o material impresso e anota, em formulrio, como reproduzido a seguir, se houver erro, troca de palavras, falha na voz, interrupo no texto, interferncia de rudos externos gravao, entre ou- tros problemas. <R+> FORMULRIO DE REVISO N.o de pginas: ..... Ttulo do Livro: ..... Ledor(a): ..... Revisor(a): ..... Incio: ..... Final: ..... Data: ..... Faixa: ..... (min:seg): ..... Pgina: ..... Comentrios: ..... <R-> Ao localizar alguma incorreo, o revisor assinala no *timecode* do arquivo de udio (uma espcie de rgua com contagem do tempo em minutos e segundos, veja o destaque na prxima imagem) e, ainda faz uma anotao no formulrio de reviso, identificando algumas informaes do livro, como ttulo, ledor, <p> revisor, a data de incio e trmino da reviso e assinala as faixas que precisam de ateno, ao identificar para o ledor o trecho que precisa regravar, aponta a minutagem e a pgina referente ao material escrito. <50> Durante o processo de cotejo entre o udio e o impresso, podem aparecer imagens. Neste momento, o revisor assinala a(s) imagem(ns) para consulta a um audiodescritor sobre a necessidade ou no de audiodescrev-la. Caso haja necessidade, o material impresso direcionado ao audiodescritor, que aps fazer a audiodescrio, devolve o ttulo para o revisor, que assinala para o ledor a necessidade de gravar as audiodescries anexas ao formulrio de reviso. 6 -- Gravao de acertos O ledor tem acesso ao formulrio de reviso, aps este ser preenchido com as orientaes de todos os trechos que precisam ser regravados. A gravao feita pelo ledor no estdio ou no espao com o mnimo de interferncia de rudos possvel. Sugere-se que essa etapa seja feita no mesmo ambiente inicial de gravao, pois a voz, no espao, sofre alteraes naturais e artificiais. O pr- -amplificador de voz usado no estdio, a umidade local, a acstica e a disposio do microfone interferem e alteram na captao da voz. Portanto, esses critrios devem ser utilizados com cuidado, buscando tornar o ambiente com condies mais prximas possveis do momento inicial de gravao. interessante lembrar que os trechos gravados sero colados nos arquivos de udio previamente editados e revisados. <51> Nessa etapa, so gravados os acertos a serem inseridos, o sumrio organizado durante o processo de edio, bem como a apresentao do livro e o texto de encerramento. Seguem alguns exemplos de textos de apresentao e de encerramento do Livro Falado. 6.1 -- Apresentao Sugesto de texto para gravao na FAIXA 001: "Este Livro Falado foi produzido pelo(a) [NOME DA INSTITUIO], para uso exclusivo de pessoas com deficincia visual, de acordo com a Lei n.o 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. terminantemente proibida a utilizao deste produto para a reproduo e comercializao." "Leitura feita por: ''''' (nome do ledor) Em: ''''' (ano) Ttulo: ''''' Autor(a): ''''' Editora: ''''' Traduo: ''''' Revisor: ''''' ''''' (edio: n.o da edio -- ex.: quarta edio) ''''' (dizer o ano) Editor de udio: ''''' (nome do editor) Revisor de udio: ''''' (nome do revisor) Audiodescritor: ''''' (nome do audiodescritor) <p> Audiodescrio da capa: ''''' (ler roteiro) Leitura de contracapa: ''''' Leitura de orelha: '''''" <52> 6.2 -- ltima faixa Sugesto de texto para gravao na ltima faixa do Livro Falado, normalmente utilizado para Livros Falados que constituem um acervo de Biblioteca, onde o usurio toma de emprstimo o ttulo: "Fim do livro [FALAR TTULO DO LIVRO]. Cuide deste exemplar de Li- vro Falado. Preserve o servio que existe para atend-lo, devolvendo os ttulos na data prevista. Obrigado(a)." 7 -- Edio final Esta etapa, normalmente, feita pelo editor ou revisor do livro que foi gravado. O editor final trabalha na cpia do arquivo em udio gravado pelo ledor e tambm atua com processo similar ao da edio, aplicando os recursos no arquivo em udio. Nesse momento, o Livro Falado est editado e dividido em faixas, apenas os trechos regravados, seguindo as orientaes para correo do formulrio de reviso, so inseridos substituindo os erros, alm de inserida a faixa referente ao Sumrio, bem como as audiodescries (se houver). Em seguida, verifica-se se todos os arquivos esto sequenciados e na mesma extenso, a mais utilizada a MP3. <R+> Exemplo: 001 TTULO DO LIVRO.mp3 002 TTULO DO LIVRO.mp3 003 TTULO DO LIVRO.mp3 ... <R-> Para padronizar o incio e final da faixa, insira um segundo de silncio no incio e um segundo de silncio ao final de cada faixa, para que todas comecem e terminem com o mesmo intervalo de pausa entre elas. Esse detalhe tem o intuito de tornar a sequncia de faixas mais coerente e homognea para o usurio. <53> <p> 1 -- Na faixa de udio, clique em (ajustar projeto largura) para delimitar o trecho que contm udio. 2 -- Posicione o cursor no incio do udio e clique em "Gerar", em seguida "Silenciar", repita a operao para o final da faixa do udio. <54> 3 -- Na janela silenciar, ajuste a durao do silncio e clique em ok. <55> 8 -- Finalizao Como exportar o trabalho para mdia CD 1: Antes de finalizar, vamos organizar as gravaes em uma pasta, com o ttulo do texto ou livro que foi gravado. Para que os arquivos observem uma ordem desejada, sugere-se a numerao da seguinte maneira: <R+> _`[{imagem de uma pasta com vrios arquivos de udio MP3 nomeados da seguinte maneira: 001 gravao; 002 gravao; 003 gravao; 004 gravao; 005 gravao; 006 gravao; 007 gravao; 008 gravao; 009 gravao; 010 gravao; 011 gravao; 012 gravao; 013 gravao; 014 gravao._`] <R-> <56> 1: Clique com o boto direito do mouse sobre a pasta, e depois em "Enviar para" -- "Unidade de CD/DVD RW". 2: Digite o ttulo do livro ou parte dele, mantenha selecionada a segunda opo (com um reprodutor de CD/ /DVD). <57> 3: Na tela que se abrir, clique em "gravar em disco" entre as opes da aba compartilhar. 4: Insira uma mdia vazia na unidade de CD/DVD do seu computador, escolha a Velocidade de Gravao 16" <p> para garantir a qualidade da gravao e clique em avanar. 5: Aparecer uma caixa de dilogo com as opes "criar um CD de udio" ou "criar um CD de dados". Clique na segunda opo, isso garante que todos os arquivos sero salvos em formato MP3, do contrrio eles sero convertidos para formato *wave* e salvos neste formato. 6: Aguarde o trmino da gravao. Pronto! O Livro Falado est finalizado e j pode ser ouvido e distribudo. oooooooooooo <58> <p> <R+> Referncias -- B BENJAMIN, W. *Magia e tcnica, arte e poltica* -- Ensaios sobre literatura e histria da cultura. Obras Escolhidas. 3. ed. So Paulo: Brasiliense, 1987. v. 1. BRASIL. *Constituio (1988)*. Constituio da Repblica Federativa do Brasil. Braslia, DF: Senado Federal: Centro Grfico, 1988. BRASIL. *Lei n.o 9.610*, de 19 de fevereiro de 1998. Altera, atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d outras providncias. Braslia, DF, 1998. Disponvel em: ~,http:www.planalto.gov.br~ ccivil{-03leisl#ifaj.htm~, Acesso em: 11 abr. 2019. <59> BRASIL. *Lei n.o 13.146*, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Incluso da Pessoa com Deficincia (Estatuto da Pessoa com Deficincia). 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Curso de Locuo e Voz. *In*: *Apostila Locuo e Voz*. Rio de Janeiro: Instituto Benjamin Constant, 2011. <R-> oooooooooooo <61> <p> Currculo das autoras Grasielle Lopes Menezes da Fonseca Licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro -- UNIRIO (2008). Especialista em Tecnologias Educacionais pela A Vez do Mestre -- AVM (2012) e Mestre em Diversidade e Incluso pela Universidade Federal Fluminense -- UFF (2020). Foi tutora e conteudista do Curso Servio de Atendimento Educacional Especializado em Contexto de Pandemia -- SAEECOP (2020), oferecido pelo MEC em parceria com a UFF. Tcnica em Assuntos Educacionais do Instituto Benjamin Constant (IBC) desde 2010. Atuou com capacitao de professores na Diviso de Extenso e Aperfeioamento (2010 -- 2013). Coordenadora do Livro Falado na Diviso de Produo de Material Especializado -- DPME desde 2015. Oferece oficinas e consultorias para produo de livros falados. Assistente Substituta da DPME, alm de atuar na reviso e edio de matrizes em udio da Coordenao do Livro Falado. Neuza Rejane Wille Lima Graduada em Cincias Biolgicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1983), Mestre em Biofsica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987), Doutora em Ecologia e Recursos Naturais pela Universida- de Federal de So Carlos/Rutgers University (USA) (1993). Foi Presidente da Associao Brasileira em Diversidade e Incluso (ABDIn 2015-2019). Foi Lder do Grupo de Pesquisa NDVIS (Ncleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Processos, Produtos e Inovao Tecnolgica para o Ensino de Pessoas com Deficincia Visual CNPq/UFF, 2015-2019). Foi Vice-coordenadora e Coordenadora do Curso de Mestrado Profissional em Diversidade e Incluso (CMPDI/ /UFF) (2015-2018). Foi Tutora do ProPET Biofronteiras do Instituto de Biologia da UFF (2013-2019). <62> <p> Foi Chefe do Departamento de Biologia Geral do Instituto de Biologia da UFF (2018-2020). Atualmente Professora Titular da Universidade Federal Fluminense e orienta nos cursos de Mestrado Profissional em Diversidade e Incluso (CMPDI), Ps-graduao em Cincias e Biotecnologia (PPBI) e Ps-graduao em Cincias, Tecnologia e Incluso (PGCTIN). Tem experincia na rea de Ecologia, com nfase em Ecologia Aplicada e Terica, atu- ando principalmente nos seguintes temas: ecologia evolutiva, evoluo do sexo e divulgao cientfica. Recentemente, vem atuando na rea de ensino inclusivo. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra <R+> <S-> Adaptao: Hylea de Camargo Vale e Thiago Duarte Transcrio: Gregrio Brando Coordenao de reviso: Geni Pinto de Abreu Reviso: Shelyda Machado <p> Produo: Instituto Benjamin Constant Ano: 2022 :::::::::::::::::::::::: Distribuio gratuita de acordo com a Lei n.o 9.610, de 19/02/1998, art. 46, inciso I, alnea *d*. <S+> <R->