Guia de Orientação e Mobilidade PARTE 1 (TXT)
Atualizado 2023
Atualizado em
23/03/2023 10h29
Guia Orientacao e Mobilidade parte 1.txt — 98 KB
Conteúdo do arquivo
<t-> Coleo Caminhos e Saberes Grupo de Estudos e Pesquisa em Orientao e Mobilidade (GEPOM) Rompendo barreiras Guia prtico de Orientao e Mobilidade do Instituto Benjamin Constant Impresso braille em 3 partes, na diagramao de 28 linhas por 34 caracteres, Instituto Benjamin Constant, 2022. Primeira Parte <p> Ministrio da Educao Instituto Benjamin Constant Departamento Tcnico-Especializado Diviso de Imprensa Braille Av. Pasteur, 350-368 -- Urca 22290-250 Rio de Janeiro -- RJ Brasil Tel.: (21) 3478-4442 Fax: (21) 3478-4444 E-mail: ~,ibc@ibc.gov.br~, ~,http:www.ibc.gov.br~, -- 2023 -- <P> GOVERNO FEDERAL PRESIDNCIA DA REPBLICA Jair Messias Bolsonaro MINISTRIO DA EDUCAO Victor Godoy Veiga INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT Joo Ricardo Melo Figueiredo DEPARTAMENTO DE PS-GRADUAO, PESQUISA E EXTENSO Elise de Melo Borba Ferreira DIVISO DE PS-GRADUAO E PESQUISA Luiz Paulo da Silva Braga <P> ROMPENDO BARREIRAS: GUIA PRTICO DE ORIENTAO E MOBILIDADE DO INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT <R+> _`[Imagem de fundo azul, centralizada, em que, na parte superior, em letras laranja, l-se: Rom- pendo barreiras; guia prtico de orientao e mobilidade do Instituto Benjamin Constant". Abaixo, centralizado, um desenho do globo terrestre, simulando uma crnio, com culos escuros e, na parte superior do globo, seis desenhos de pessoa com deficincia visual enfileirada, indicando o crescimento de uma criana, e da esquerda para a direita, temos: criana de olhos fechados, usando fralda, em p, segurando um brinquedo com um cabo longo; menino com culos escuros, shorte e camiseta, em p, andando com as mos esticadas para frente; jovem cm cuos escuros, cala comprida e camiseta, segurando no antebrao de outra pessoa; adulto com culos escuros, camiseta com a cela braille na frente e cala comprida, segurando uma bengala."_`] <R-> <P> <R+> Elaborado pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Orientao e Mobilidade (GEPOM), vinculado ao Centro de Estudos e Pesquisas (Cepeq) do Instituto Benjamin Constant (IBC): Advia Fernanda Correia Dias da Silva Lisnia Cardoso Tederixe Regina Ktia Cerqueira Ribeiro Thiago Sardenberg Vanessa Rocha Zardini Nakajima Descrio da imagem: Foto do grupo da cabea cintura com cinco pessoas sorrindo, todas de p com camisa tipo polo preta com as logomarcas do Grupo de Estudos e Pesquisa de Orientao e Mobilidade do lado esquerdo e do Instituto Benjamin Constant do lado direito. Da esquerda para direita: Thiago Sardenberg, Vanessa Zardini, Regina Ktia Cerqueira, Advia Dias e Lisnia Tederixe <R-> Membros Convidados: Fernanda Codeo Ferreira Monteiro Marcelo Miranda Petini Colaboradores convidados: Antnio Menescal Elcy Maria Andrade Mendes Elizabeth Ferreira de Jesus George Thomaz Harrison Indira Stephanni Cardoso Marques Maria da Gloria de Souza Almeida Thas Ferreira Bigate Reviso tcnica do contedo: Valria Rocha Conde Aljan Ilustraes: Jlio Matoso <p> Dados do livro em tinta Copyright `(C`) Instituto Benjamin Constant, 2022 ISBN 978-65-00-60906-6 <R+> Todos os direitos reservados. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que no seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelo contedo e pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra dos autores. <R-> Capa e diagramao Wanderlei Pinto da Motta Copidesque e reviso geral Laize Santos de Oliveira Marcela da Silva Abrantes <P> <R+> Coleo Caminhos e Saberes 1) Sistema Braille: simbologia bsica aplicada Lngua Portuguesa 2) Tcnicas de Clculo e Didtica do Soroban -- metodologia: menor valor relativo 3) Manual de Adaptao de Textos Para o Sistema Braille 4) Tcnicas de Clculo e Didtica do Soroban -- metodologia: maior valor relativo 5) Transcrio e Impresso Braille no Programa Braille Fcil 6) Manual de Produo do Livro Falado 7) Rompendo barreiras: guia prtico de Orientao e Mobilidade do IBC Organizao da coleo: At o n.o 5: Jeane Gameiro Miragaya A partir do n.o 6: Gabrielle de Oliveira Camacho Soares <R-> Todos os direitos reservados para Instituto Benjamin Constant Av. Pasteur, 350/368 -- Urca CEP: 22290-250 -- Rio de Janeiro -- RJ -- Brasil Tel.: 55 21 3478-4458 E-mail: ~,dpp@ibc.gov.br~, <trompendo barreiras> <t*1> G353r GEPOM Rompendo barreiras: guia prtico de orientao e mobilidade do Instituto Benjamin Constant [recurso eletrnico] / Grupo de estudos e pesquisa em orientao e mobilidade. -- Rio de Janeiro : Instituto Benjamin Constant, 2022. Arquivo digital; PDF; 8.8kb (Srie: Caminhos e Saberes) ISBN: 978-65-00-60906-6 <R+> 1. Incluso. 2. Orientao e mobilidade. 3. Deficiente visual. I. Ttulo. II. GEPOM. III. SILVA, Advia Fernanda C. D. da. IV. TEDERIXE, Lisnia C. V. RIBEIRO, Regina Ktia C. VI. SARDENBERG, Thiago. VII. NAKAJIMA, Vanessa R. Zardini. <R-> <F-> CDD -- 362.#da <F+> Ficha Elaborada por Edilmar Alcantara dos S. Junior. CRB/7: 6872 <P> Lista de Abreviaturas <R+> CENESP: Centro Nacional de Educao Especial DV: Deficincia Visual GEPOM: Grupo de Estudos e Pesquisa em Orientao e Mobilidade IBC: Instituto Benjamin Constant MEC: Ministrio de Educao OM: Orientao e Mobilidade <R-> <P> <P> Lista de figuras Primeira Parte Figura 1: Rua de mo dupla ::::::::::::::::::::: 30 Figura 2: Pista verbal ::: 31 Figura 3: Pista olfativa :::::::::::::::::: 32 Figura 4: Pista sonora ::: 33 Figura 5: Pista cinestsica ::::::::::::::: 33 Figura 6: Pista ttil :::: 33 Figura 7: Ponto de referncia :::::::::::::::: 34 Figura 8: Tcnica de Guia Vidente -- posio bsica na altura do cotovelo -- foto de perfil :::::::::::: 42 Figura 9: Tcnica de Guia Vidente -- posio bsica -- foto frontal ::::::::::: 42 Figura 10: Tcnica de Guia Vidente -- posio bsica -- close no posicionamento da mo ::::: 42 <P> Figura 11: Tcnica de Guia Vidente -- troca de lado -- foto de perfil :::: 44 Figura 12: Tcnica de Guia Vidente -- troca de lado evidenciando o rastreamento nas costas do guia vidente ::::::::::: 44 Figura 13: Tcnica de Guia Vidente -- troca de lado evidenciando o contato permanente com o guia vidente ::::::::::::::::::: 44 Figura 14: Tcnica de Guia Vidente -- troca de lado finalizao da tcnica ::::::::::::::::::: 45 Figura 15: Tcnica de Guia Vidente -- troca de lado completa ::::::::::::: 45 Figura 16: Tcnica de Guia Vidente -- mudana de sentido -- ambos virados para a esquerda ::::::::::: 46 <P> Figura 17: Tcnica de Guia Vidente -- mudana de sentido -- foto evidencia o contato permanente entre o guia vidente e a pessoa com deficincia visual :::::::: 46 Figura 18: Tcnica de Guia Vidente -- mudana de sentido -- ambos virados para direita :::::::::::::: 47 Figura 19: Tcnica de Guia Vidente -- passagens estreitas -- foto evidencia a flexo do brao do guia vidente nas costas, e a pessoa com deficincia visual com a mo esquerda no punho e a direita no ombro do guia ::::::::::::: 48 Figura 20: Tcnica de Guia Vidente -- passagens estreitas -- ambos passando por uma porta estreita enfileirados :::::::::::::: 48 <P> Figura 21: Tcnica de aceite ou recusa de ajuda -- foto evidencia o guia vidente puxando o brao da pessoa com deficincia visual :::::::::::::::::::: 50 Figura 22: Tcnica de aceite ou recusa de ajuda -- foto evidencia a pessoa com deficincia visual se desvencilhando para assumir a posio bsica :::::::::: 50 Figura 23: Tcnica de Guia Vidente -- subir escadas -- guia vidente segurando o corrimo faz uma pausa para que a pessoa com deficincia visual se enquadre para iniciar a subida :::::::::::::::::::: 52 Figura 24: Tcnica de Guia Vidente -- subir escadas -- guia vidente segurando o corrimo e pessoa com deficincia visual, em posio bsica, sobe ficando sempre um degrau atrs :::::::::::::: 52 Figura 25: Tcnica de Guia Vidente -- subir escadas -- guia vidente sobe o primeiro degrau e faz uma pausa para percepo da pessoa com deficincia visual, ambos seguram o corrimo :::::::: 53 Figura 26: Tcnica de Guia Vidente -- subir escadas -- guia vidente e pessoa com deficincia iniciam a subida :::::::::: 53 Figura 27: Tcnica de Guia Vidente -- descer escadas -- guia vidente segura o corrimo com a mo direita e a pessoa com deficincia visual se posiciona no lado esquerdo :::::::::::::::::: 53 <P> Figura 28: Tcnica de Guia Vidente -- descer escadas -- guia vidente e pessoa com deficincia visual descem segurando o corrimo com a mo direita ::::::::::::::::::: 54 Figura 29: Tcnica de Guia Vidente -- passagem por portas -- guia vidente faz postura de passagem estreita e pessoa com deficincia visual assume a posio e com a mo livre localiza a maaneta ::::::: 55 Figura 30: Tcnica de Guia Vidente -- sentar em cadeiras -- guia vidente posiciona a pessoa com deficincia visual de frente para o assento e coloca uma das mos no encosto da cadeira :::::::: 56 <P> Figura 31: Tcnica de Guia Vidente -- sentar em cadeiras -- pessoa com deficincia visual senta-se sem perder o contato com a cadeira ::::::::::::::::::: 56 Figura 32: Tcnica de Guia Vidente -- cadeiras perfiladas -- localizao da fileira :::::::::::::::: 58 Figura 33: Tcnica de Guia Vidente -- cadeiras perfiladas -- rastreio e localizao do assento vazio ::::::::::::::::::::: 58 Figura 34: Tcnica de Guia Vidente -- cadeiras perfiladas -- varredura do assento ::::::::::::::::::: 58 Figura 35: Tcnica de Guia Vidente -- cadeiras perfiladas -- foto evidencia a sada de cadeiras perfiladas, em que o guia vidente deve sair primeiro :::::::::::::::::: 58 <P> Figura 36: Tcnica de Guia Vidente -- entrando em carros -- identificao da maaneta ::::::::::::::: 60 Figura 37: Tcnica de Guia Vidente -- entrando em carros -- localizao do teto do carro ::::::::::::: 60 Figura 38: Tcnica de Guia Vidente -- entrando em carros -- varredura do assento ::::::::::::::::::: 60 Figura 39: Tcnica de Guia Vidente -- entrando em carros -- foto evidencia a entrada da pessoa com deficincia visual no carro com uma mo na porta e outra no teto do carro :::: 60 Figura 40: Tcnica de Guia Vidente -- entrando em carros -- pessoa com deficincia visual sentada no carro fechando a porta ::::::::::::::::::::: 61 <P> Figura 41: Tcnica de autoproteo Inferior -- pessoa com deficincia visual realizando a tcnica de autoproteo inferior com antebrao protegendo a rea do abdmen ::::::::::: 62 Figura 42: Tcnica de autoproteo Superior -- pessoa com deficincia visual realizando a tcnica de autoproteo superior com antebrao protegendo trax e cabea :::::::::::: 64 Figura 43: Tcnica de autoproteo -- Pessoa com deficincia visual realizando a tcnica de autoproteo superior e inferior ao mesmo tempo ::: 64 Figura 44: Tcnica de rastreamento -- a pessoa com deficincia visual utiliza uma das mos para rastrear uma parede ::::::: 66 <P> Figura 45: Tcnica de rastreamento -- a pessoa com deficincia visual utiliza uma das mos para rastrear uma parede, foto evidencia a ponta dos dedos semiflexionados ::::::::::: 66 Figura 46: Tcnica de enquadramento e tomada de direo -- a pessoa com deficincia visual se enquadra num ponto de referncia (porta) para localizar um objeto (cadeira) ::::::::::::::: 67 Figura 47: Tcnica de enquadramento e tomada de direo -- a pessoa com deficincia visual, fazendo uso da autoproteo inferior, localiza a cadeira :::::::: 68 Figura 48: Tcnica de familiarizao de ambientes -- a pessoa com deficincia visual se enquadra no ponto de referncia ::::::::::::: 70 <P> Figura 49: Tcnica de familiarizao de ambientes -- a pessoa com deficincia visual percorre todo o permetro identificando os mobilirios que compem o espao :::::::::::::::::::: 70 Figura 50: Tcnica localizao de objetos cados -- pessoa com deficincia visual faz uma varredura com p at localizar o objeto :::::::: 71 Figura 51: Tcnica localizao de objetos cados -- pessoa com deficincia visual se abaixa realizando a tcnica de autoproteo superior e localiza o objeto com o dorso da mo :::::::::::::: 71 Figura 52: Pr-bengala -- foto de brinquedos que podem ser utilizados como pr-bengala ::::::::::::::: 73 <P> Figura 53: Bengala longa -- foto evidencia a importncia da altura da bengala longa de acordo com seu usurio ::::::::::::::: 74 Figura 54: Bengala longa -- bengala telescpica :::: 76 Figura 55: Bengala longa -- bengala dobrvel ::::::: 77 Figura 56: Bengala longa -- bengala inteiria :::::: 77 Figura 57: Tipos de ponteira -- ponteira fixa de encaixe :::::::::::::::: 78 Figura 58: Tipos de ponteira -- ponteira roller de encaixe :::::::::::::::: 78 Figura 59: Tipos de ponteira -- rolling ball de encaixe :::::::::::::::: 79 Figura 60: Padronizao da bengala longa por cores -- bengala longa branca com ltimo gomo amarelo ::::::: 80 Figura 61: Padronizao da bengala longa por cores -- bengala longa branca com ltimo gomo vermelho :::::: 80 Figura 62: Padronizao da bengalas longa por cores -- bengala longa verde :::: 80 Figura 63: Padronizao da bengala longa por cores -- bengala longa vermelha e branca com gomos em cores alternadas :::::::::::::::: 81 Figura 64: Abrir bengala longa -- segurando no cabo/luva, encaixar no segundo gomo e soltar os demais na linha mdia do corpo ::::::::::::::::::::: 84 Figura 65: Fechar bengala longa -- segurando na luva, desencaixar do segundo gomo, dobrando virando o gomo solto para baixo ::::: 84 Figura 66: Fechar bengala longa -- prender todos os gomos com elstico :::::::: 84 Figura 67: Acomodao da bengala longa -- em p :::: 85 <P> Figura 68: Acomodao da bengala longa -- sentado apoiado o cabo/luva no ombro ::::::::::::::::::::: 85 Figura 69: Acomodao da bengala longa -- sentado com a parte do cabo/luva dobrada ::::::::::::::::::: 86 Figura 70: Acomodao da bengala longa -- bengala longa aberta apoiada em um canto ::::::::::::::::::::: 86 Figura 71: Acomodao da bengala longa -- bengala longa aberta pendurada em cabide :::::::::::::::::::: 86 Figura 72: Acomodao da bengala longa -- bengala longa fechada acomodada debaixo da coxa da pessoa com deficincia visual, sentada ::::::::::::::::::: 87 Figura 73: Tipos de empunhadura da bengala longa -- empunhadura de lpis ::::::::::::::::::::: 88 <P> Figura 74: Tipos de empunhadura da bengala longa -- empunhadura de toque dorso da mo voltado para frente ::::::::::::::: 89 Figura 75: Tipos de empunhadura da bengala longa -- empunhadura de toque com dorso da mo virado para fora :::::::::: 89 Figura 76: Tcnica de bengala longa -- tcnica de varredura -- pessoa com deficincia visual estica o brao frente :::::::::::: 90 Figura 77: Tcnica de bengala longa -- tcnica de varredura -- pessoa com deficincia visual desliza fazendo semicrculos at se aproximar dos seus ps :::: 91 Figura 78: Tcnica de bengala longa -- tcnica de deteco e explorao de objetos -- pessoa com deficincia visual detecta o objeto :::::::::::::::::: 92 Figura 79: Tcnica de bengala longa -- tcnica de deteco e explorao de objetos -- pessoa com deficincia visual posiciona a bengala longa na vertical e desliza a mo por ela ::::::::::::::::::: 92 Figura 80: Tcnica de bengala longa -- tcnica de deteco e explorao de objetos -- pessoa com deficincia visual com o dorso de uma das mos explora o objeto :::::::::: 92 Figura 81: Tcnica de bengala longa em diagonal -- pessoa com deficincia visual apoia a ponteira na linha guia e segura com empunhadura de lpis um pouco abaixo do cabo/luva da bengala longa :::::::::: 94 <P> Figura 82: Tcnica de bengala longa em diagonal -- pessoa com deficincia visual apoia a ponteira na linha guia e segura com empunhadura de toque um pouco abaixo do cabo/luva da bengala longa :::::::::: 94 Figura 83: Tcnica de bengala longa em lpis -- pessoa com deficincia visual segura a bengala longa na linha mdia do corpo e realiza pequenos toques no cho :::::::::::: 96 Figura 84: Tcnica de bengala longa em lpis -- pessoa com deficincia visual segura a bengala longa na linha mdia do corpo e conduzida por guia vidente :::::::::::::: 96 <P> Figura 85: Tcnica de bengala longa -- rastreamento com tcnica em diagonal -- ponteira tocando no objeto de rastreio :::::::::::::::::: 97 Figura 86: Tcnica de bengala longa -- rastreamento com tcnica em diagonal -- ponteira tocando no ponto convergente ::::::::::::::: 98 Figura 87: Tcnica de bengala longa -- tcnica de toque -- ponteira tocando o lado esquerdo e o p direito frente :::::::::: 100 Figura 88: Tcnica de bengala longa -- tcnica de toque -- ponteira tocando o lado direito e o p esquerdo frente ::::::::: 100 Figura 89: Tcnica de bengala longa -- tcnica de toque e rastreio -- pessoa com deficincia visual localiza uma porta :::::::: 102 <P> Figura 90: Tcnica de bengala longa -- tcnica de toque e deslize -- evidenciando a coordenao p-bengala :::::::::::::::: 102 Figura 91: Tcnica de bengala longa -- tcnica de toque e deslize -- evidenciando a coordenao p-bengala :::::::::::::::: 103 Figura 92: Tcnica de bengala longa -- tcnica de toque e deslize -- evidenciando deslize no centro (linha mdia do corpo) ::::::::::::::::::: 103 Segunda Parte Figura 93: Tcnica de bengala longa -- passagem por portas -- pessoa com deficincia visual com a bengala longa na vertical localiza a maaneta da porta ::::::::::::::::::::: 105 <P> Figura 94: Tcnica de bengala longa -- subir escadas -- pessoa com deficincia visual se enquadra de frente para escada e identifica altura e profundidade no primeiro degrau :::::::::::::::::::: 107 Figura 95: Tcnica de bengala longa -- subir escadas -- pessoa com deficincia visual se enquadra de frente para escada e identifica a largura da escada ::::::::: 107 Figura 96: Tcnica de bengala longa -- subir escadas -- pessoa com deficincia visual inicia a subida mantendo a bengala longa um degrau frente :::::::::::::::::::: 107 <P> Figura 97: Tcnica de bengala longa -- descer escadas -- pessoa com deficincia visual inicia a descida localizado o corrimo e o primeiro degrau :::::::::::::::::::: 108 Figura 98: Tcnica de bengala longa -- descer escadas -- pessoa com deficincia visual inicia a descida apoiando a bengala longa na borda do degrau sua frente :::::::::::::::: 109 Figura 99: Tcnica de bengala longa -- escadas rolantes -- pessoa com deficincia visual se aproxima da placa de metal ::::::::::::::::::::: 111 Figura 100: Tcnica de bengala longa -- escadas rolantes -- pessoa com deficincia visual apoia a mo direita no corrimo e posiciona-se com a bengala longa na vertical ::::::::: 111 Figura 101: Tcnica de bengala longa -- escadas rolantes -- ao final da escada rolante a pessoa com deficincia visual eleva a ponta do p ::::::::::::::: 111 Figura 102: Tcnica de bengala longa -- escadas rolantes -- para perceber o final da escada rolante a pessoa com deficincia visual pode ficar com um p em cada degrau ::::::::: 112 Figura 103: Tcnica de bengala longa -- travessia de ruas em reas residenciais -- pessoa com deficincia visual aguardando para iniciar a travessia ::::::::::::::::: 117 Figura 104: Tcnica de bengala longa -- travessia de ruas em reas residenciais -- pessoa com deficincia visual aguardando termina a travessia e identifica o meio-fio :::::::::::::::::: 117 Figura 105: Tcnica de bengala longa -- travessia de ruas em reas residenciais -- pessoa com deficincia visual realiza a varredura para subir a calada ::::::::::::::::::: 117 Figura 106: Tcnica de bengala longa -- travessia de ruas com sinais -- pessoa com deficincia visual aguarda o fechamento do sinal e realiza a travessia ::::::::::::::::: 119 Figura 107: Tcnica de bengala longa -- acesso a elevadores -- pessoa com deficincia visual identifica o piso de alerta, indicando a entrada do elevador ::::::: 121 Figura 108: Tcnica de bengala longa -- acesso a elevadores -- pessoa com deficincia visual identifica se o elevador est no andar ::::::::::::: 121 Figura 109: Tcnica de bengala longa -- familiarizao de transportes/automveis -- pessoa com deficincia visual localiza a porta do carro e a abre :::::::::::: 124 Figura 110: Tcnica de bengala longa -- familiarizao de transportes/automveis -- pessoa com deficincia visual entra no carro e fecha a porta ::::::::::::: 124 Figura 111: Tcnica de bengala longa -- familiarizao de transportes/nibus -- pessoa com deficincia visual localiza e segura o corrimo, em seguida identifica o degrau para iniciar a subida :::::::::: 127 Figura 112: Contrastes recomendados para a instalao do piso ttil em relao ao piso adjacente ::::::::::::::::: 133 Figura 113: Mudana de direo formando ngulo entre 150 e 180 ::::::: 135 Figura 114: Sinalizao ttil direcional :::::::::: 135 Figura 115: Mapa com as faixas direcionais :::::::: 136 Figura 116: Mapa com encontro de faixas direcionais ::::::::::::::: 136 Figura 117: Smbolo da deficincia visual :::::::: 139 Figura 118: Smbolo da baixa viso ::::::::::::::: 140 Figura 119: Smbolo da audiodescrio :::::::::::: 140 Figura 120: Smbolo do co guia :::::::::::::::::::::: 141 Figura 121: Smbolo da surdocegueira ::::::::::::: 142 Terceira Parte Figura 122: O uso da comunicao hptica ::::::: 243 <P> Figura 123: Descrio de ambiente na comunicao hptica ::::::::::::::::::: 245 Figura 124: Treinador passeia com co-guia :::::: 259 <P> Sumrio Geral Primeira Parte Apresentao da coleo :::: 1 Prefcio ::::::::::::::::::: 3 Apresentao do guia ::::::: 6 Notas preliminares ::::::::: 9 Primeira seo ::::::::::::: 13 1. Iniciando a nossa conversa :::::::::::::::::: 13 2. Entendendo alguns conceitos ::::::::::::::::: 14 2.1 Deficincia Visual ::::::::::::::::::: 15 2.2 Orientao e Mobilidade ::::::::::::::: 26 2.3 Ampliando conceitos na rea de OM :::::::::::::: 28 3. Conhecendo as tcnicas de Orientao e Mobilidade ::::::::::::::: 39 3.1 Guia Vidente :::::::: 40 3.1.1 Posio bsica :::: 40 3.1.2 Troca de lado ::::: 43 <P> 3.1.3 Mudana de sentido ::::::::::::::::::: 45 3.1.4 Passagem estreita :::::::::::::::::: 47 3.1.5 Aceite ou recusa de ajuda :::::::::::::::::: 49 3.1.6 Subir e descer escada :::::::::::::::::::: 51 3.1.7 Passagem de portas :::::::::::::::::::: 55 3.1.8 Sentar-se em cadeiras :::::::::::::::::: 56 3.1.9 Sentar-se em auditrios ou assentos perfilados :::::::::::::::: 57 3.1.10 Entrando em carros :::::::::::::::::::: 59 3.2 Autoprotees :::::::: 61 3.2.1 Autoproteo Inferior ::::::::::::::::: 62 3.2.2 Autoproteo superior :::::::::::::::::: 63 3.3 Rastreamento ::::::::: 65 3.3.1 Rastreamento com a mo ::::::::::::::::::::::: 65 3.4 Enquadramento e Tomada de Direo ::::::: 66 <P> 3.5 Familiarizao de ambientes ::::::::::::::::: 68 3.6 Localizao de objetos cados :::::::::::::::::::: 70 3.7 Pr-bengala :::::::::: 72 3.8 Bengala longa :::::::: 73 3.8.1 Finalidade :::::::: 74 3.8.2 Comprimento da bengala longa ::::::::::::: 74 3.8.3 Tipos de bengala longa ::::::::::::::::::::: 76 3.8.4 Tipos de ponteira :::::::::::::::::: 77 3.8.5 Padronizao das bengalas longas por cores ::::::::::::::::::::: 79 3.8.6 Reconhecimento e manipulao da bengala longa ::::::::::::::::::::: 81 3.8.7 Higienizao da bengala longa ::::::::::::: 82 3.8.8 Abrir e fechar a bengala longa ::::::::::::: 83 3.8.9 Acomodao da bengala longa ::::::::::::: 84 3.8.10 Tipos de Empunhaduras ::::::::::::: 87 3.9 Tcnica de Bengala Longa ou de Hoover :::::: 89 3.9.1 Tcnica de varredura ::::::::::::::::: 90 3.9.2 Deteco de explorao de objetos com a bengala longa ::::::::::: 91 3.9.3 Tcnica de bengala longa em diagonal ::::::::: 93 3.9.4 Tcnica de bengala longa em lpis :::::::::::: 95 3.9.5 Rastreamento com tcnica em diagonal ::::::: 97 3.9.6 Tcnica de toque ::::::::::::::::::::: 98 3.9.7 Tcnica de deslize ::::::::::::::::::: 100 3.9.8 Tcnicas de toque e rastreio :::::::::::::::::: 101 3.9.9 Tcnica de toque e deslize ::::::::::::::::::: 102 Segunda Parte 3.9.10 Passagem por portas :::::::::::::::::::: 105 3.9.11 Subir escadas :::: 105 3.9.12 Descer escadas ::: 108 3.9.13 Escadas rolantes :::::::::::::::::: 109 3.9.14 reas residenciais :::::::::::::: 113 3.9.15 Solicitando ajuda ou informao ::::::::::::: 114 3.9.16 Travessia de ruas em reas residenciais ::::: 116 3.9.17 Travessia de ruas com sinais :::::::::::::::: 118 3.9.18 Acesso aos elevadores :::::::::::::::: 120 3.9.19 Familiarizao de transporte :::::::::::::::: 122 3.9.20 Tcnica do abandono (Drop-Off) ::: 129 3.10 Piso ttil :::::::::: 130 3.10.1 Formas de utilizao do piso ttil na Orientao e Mobilidade ::::::::::::::: 137 4. Smbolos de acessibilidade mais utilizados na Deficincia Visual ::::::::::::::::::: 139 <P> Segunda seo :::::::::::::: 149 Orientao e Mobilidade: a construo de novas trajetrias ::::::::::::::: 149 Notas ::::::::::::::::::::: 185 Terceira Parte Aspectos relevantes da Orientao e Mobilidade na infncia, na famlia e no Ensino Fundamental: quem, quando, como e por qu? :::::::::::::::::::::: 187 A Orientao e Mobilidade e o aluno com Deficincia Mltipla ::::::::::::::::: 215 Orientao e Mobilidade na Surdocegueira :::::::::::: 231 Um parceiro de quatro patas: conhecendo um pouco sobre co-guia :::::::::::: 251 <18> <trompendo barreiras> <t+1> Apresentao da coleo O Instituto Benjamin Constant (IBC), desde 1947, promove cursos de Formao Continuada na rea da deficincia visual e, desta forma, capacita profissionais para atuarem com esse pblico. Durante esse perodo, ampliamos a nossa atuao e hoje oferecemos oficinas e cursos de curta durao e de aperfeioamento em diversas temticas da deficincia visual, sempre com o objetivo de disseminar conhecimento, com vistas a contribuir no processo de incluso educacional e/ou social da pessoa cega, com baixa viso ou surdocega. Nesses eventos so utilizados diferentes recursos pedaggicos -- entre eles apostilas, artigos e textos acadmicos --, desenvolvidos pelos profissionais que atuam ou j atuaram no IBC. <P> A fim de possibilitar o amplo acesso a esse conhecimento para professores, pesquisadores, estudantes e diversos profissionais da sociedade civil -- uma vez tendo sistematizado mtodos, tcnicas e materiais de ensino utilizados nos eventos de formao --, o IBC passa a publicar os seus materiais a partir de 2019. importante lembrar que as publicaes so materiais utilizados por nossos professores nos cursos e oficinas realizados pelo IBC, sendo instrumentos de apoio em sala de aula. Convidamos todos a conhecer a programao de cursos de Formao Continuada disponvel no site da instituio. Esperamos que a presente publicao contribua para a prtica dos profissionais que atuam na rea da deficincia visual. Elise de Melo Borba Ferreira Jeane Gameiro Miragaya Valria Rocha Conde Aljan <19> <P> Prefcio H mais de quatro dcadas o IBC realiza um trabalho de excelncia na educao e reabilitao de pessoas com deficincia visual na rea de Orientao e Mobilidade (OM), bem como na formao de profissionais para atuarem nessa atividade. Ao longo desses anos, porm, foram poucos os textos produzidos por professores do IBC sobre o tema. Um dos mais importantes foi *Orientao e Mobilidade: projeto ir e vir*, de autoria do prof. Antonio Menescal, publicado pelo extinto Centro Nacional de Educao Especial (CENESP) e ao qual sempre recorremos quando temos dvida sobre alguma tcnica de OM. O Guia Prtico de Orientao e Mobilidade do Instituto Benjamin Constant, apesar do nome, no apenas mais um guia de OM. a realizao de um sonho de todos ns professores de Orientao e Mobilidade do IBC que sempre desejamos publicar um texto que no apenas descrevesse as tcnicas de OM, mas que, por meio de uma linguagem acessvel, pudesse auxiliar todas as pessoas interessadas em OM, e que fosse o registro de nossas atividades. Que alegria ver concretizado esse sonho e ainda poder prefaci-lo! Parabns ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Orientao e Mobilidade (GEPOM) por essa publicao que, com certeza, ir auxiliar no s os profissionais de OM, mas tambm pais e responsveis de pessoas com deficincia visual. Para alm das tcnicas de OM, o presente Guia tambm apresenta textos complementares que abordam temas de extrema importncia e que tornam essa publicao ainda mais completa. Aproveitem ao mximo cada um deles. <P> Para terminar, no posso deixar de registrar o meu orgulho de vocs, colegas do GEPOM. Vocs concretizaram brilhantemente o sonho de todos ns professores de Orientao e Mobilidade do Instituto Benjamin Constant. Valria Aljan Professora do Ensino Bsico, Tcnico e Tecnolgico Instituto Benjamin Constant <20> <P> Apresentao do guia Este Guia resultado do trabalho desenvolvido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Orientao e Mobilidade (GEPOM), criado em 2019, tendo como membros professores de Orientao e Mobilidade (OM) que atuam na habilitao e reabilitao de pessoas com deficincia visual no Instituto Benjamin Constant (IBC). Pretendemos com este Guia ampliar as informaes acerca da OM, com experincias e adaptaes realizadas pelo Grupo na nossa prtica profissional e compartilhar de forma didtica os conhecimentos bsicos dessa atividade, objetivando alcanar um maior nmero de pessoas que possam auxiliar sujeitos com deficincia visual (DV) a terem maior independncia e autonomia em sua locomoo, podendo, dessa forma, <P> exercerem sua cidadania e seu direito de ir e vir. Confeccionar um guia prtico que permita o acesso a informaes e s tcnicas de guia vidente, de autoproteo e de bengala longa em uma linguagem simples no substitui a necessidade de formao para futuros profissionais da rea. No pretendemos com esse material aprofundarmos conceitos relacionados DV. O Guia destina-se a professores e aos demais profissionais que atuam na rea da DV e/ou que tenham interesse por ela. de fundamental importncia a participao de todos nesse processo de ensino-aprendizagem, para melhor desenvolvimento da independncia e autonomia dessa pessoa, proporcionando sua incluso social, escolar e laboral. Contamos com a participao de colaboradores que resgataram a histria da OM no IBC, no intuito de preserv-la e difundi-la. Tivemos tambm a participao de outros colaboradores que abordaram temas atuais, relevantes e necessrios incluso da pessoa com mltipla deficincia sensorial visual e com surdocegueira. Desejamos a todos uma boa leitura! Grupo de Estudos e Pesquisa em Orientao e Mobilidade (GEPOM) <21> <P> Notas preliminares Logomarca do Grupo Grupo de Pesquisa e Estudos em Orientao e Mobilidade -- GEPOM Nossa Logomarca foi criada com letras pretas em caixa alta, em formato basto e estilizadas. Nela, a letra O possui culos escuro na parte superior, e o ltimo trao da letra M maior que os demais, fazendo aluso a uma bengala longa, e no final de sua extremidade tem um crculo caracterizando uma ponteira roller. Explicao do Personagem Neste Guia criamos um personagem, o Ben, que auxiliar voc, leitor, na compreenso de alguns conceitos utilizados em Orientao e Mobilidade. O nome dele uma homenagem ao Prof. Benjamin Constant Botelho de Magalhes, professor de Matemtica e terceiro diretor do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, fundado em 1854. Em 1891, o Instituto teve seu nome alterado para Instituto Benjamin Constant. Em breve outros personagens sero criados para nos auxiliar a contar um pouco mais da nossa experincia na rea de Orientao e Mobilidade. Aguardem novidades! Descrio do personagem: O Ben um menino jovem, de pele branca e cabelos curtos e castanhos, veste uma camisa branca com uma estampa frontal fazendo aluso ao Sistema Braille, cala azul e sapatos escuros. Usa culos escuros e uma bengala longa com ponteira roller. <R+> _`[Ao longo de todo o livro, utilizada uma chamada em que se l: "OM Importante", cujas letras "O" e "M" so estilizadas; a letra "O" possui culos escuros, e a letra "M" tem o ltimo trao mais longo, simulando uma bengala longa com um crculo na ponta, como se fosse uma ponteira roller._`] <R-> <22> <P> <P> Primeira Seo <23> 1. Iniciando a nossa conversa A Orientao e Mobilidade uma rea relativamente recente e em sistematizao no Brasil. Ainda so poucos os estudos nessa rea to importante para a conquista da autonomia, da independncia e da cidadania da pessoa com DV, promovendo sua incluso social. Conforme documento publicado pelo Ministrio da Educao (MEC) em 1995 (BRASIL, 1995) e ratificado em 2001 (BRASIL, 2001), a educao do aluno com DV deve considerar a complementao curricular especfica por meio dos seguintes contedos: Orientao e Mobilidade, Atividade da Vida Diria, Escrita Cursiva e Soroban. Alm dessa complementao curricular, <P> o Sistema Braille deve ser contemplado, caso o aluno seja considerado educacionalmente cego. Neste guia, o nosso enfoque ser especificamente as questes relacionadas OM. No IBC, a OM realizada desde a dcada de 1980. Ao longo desse perodo, ministramos cursos e capacitaes na rea, alm de publicar diversos artigos sobre o tema. 2. Entendendo alguns conceitos Antes de abordarmos a OM como uma rea de conhecimento, necessrio conhecermos quem a pessoa que utilizar essas tcnicas e suas especificidades. <P> 2.1 Deficincia Visual A DV compreendida como a cegueira, baixa viso (1) ou viso monocular (2), podendo ser congnita ou adquirida. A cegueira a alterao de uma ou mais funes da viso que afeta de modo irremedivel a capacidade de perceber cor, tamanho, distncia, forma, posio ou movimento em um campo mais ou menos abrangente (BRASIL, 2007). :::::::::::::::::::::::::::::::::: <R+> (1) Decreto no 5296 de 2004. Disponvel em: ~,http:www.~ planalto.gov.brccivil{-03{-~ ato2004-20062004decreto~ d5296.htm~, Acesso em: 27 out. 2021 (2) Lei n.o 14.126, de 22 de maro de 2021. Disponvel em: http:www.planalto.gov.br~ ccivil{-03{-ato2019-2022~ 2021LeiL14126.htm#~ kart1~, Acesso em: 27 out. 2021 <R-> <24> A baixa viso, tambm conhecida como ambliopia, viso subnormal ou viso residual, complexa devido variedade e diversidade de comprometimento das funes visuais com a reduo da acuidade e/ou do campo visual que interferem ou limitam a execuo de tarefas e o desempenho nas mais diversas atividades (BRASIL, 2007). As classificaes mais utilizadas na rea da DV so: <R+> Legal: realizada, preferencialmente, por um mdico oftalmologista e corresponde definio de Cegueira Legal, garantindo direitos previstos na legislao pessoa com deficincia. Educacional: realizada por professores ou outros profissionais com formao na rea da DV para avaliar se o aluno utilizar o Sistema Braille ou a leitura em tinta com fonte adequada (atendendo s necessidades educacionais especficas de cada aluno), recursos pticos e no pticos e/ou recursos de informtica para a leitura e escrita. Essa classificao considera os aspectos funcionais da viso. Desportiva: tambm realizada por um mdico oftalmologista com experincia na rea de classificao de atletas com deficincia. <R-> Uma vez compreendida as diversas classificaes na rea da DV, e para auxiliar a sociedade a lidar de maneira adequada com pessoas com deficincia visual, a Comisso de Acessibilidade do IBC elaborou em 2013 um documento baseado no trabalho de Robert Atkinson, Diretor do Instituto Braille da Amrica, nos Estados Unidos. A partir da verso em portugus do referido documento, o GEPOM fez algumas adaptaes objetivando trabalhar <P> em uma perspectiva no negacionista da deficincia (IBC, 2021). <R+> 1. Trate as pessoas com deficincia visual com naturalidade. Saiba que elas podem estar interessadas no que voc gosta de ver, de ler, de ouvir e falar. 2. Procure no limitar a pessoa com deficincia visual mais do que a prpria deficincia o faz, impedindo-a de realizar o que sabe, pode e deve fazer sozinha. 3. Evite generalizar aspectos positivos ou negativos de uma pessoa com deficincia visual estendendo-os a outras pessoas. Lembre-se que cada uma possui suas caractersticas individuais e os preconceitos se originam na generalizao de qualidades, positivas ou negativas, consideradas por cada um. <25> 4. Chamar algum por palavras pejorativas como "cego" ou "ceguinho", dentre outras, poder expressar um sentimento falso e piegas ou constituir ofensa. 5. Ao falar com uma pessoa com deficincia visual mantenha o tom de voz moderado; o fato de ela no ver no significa que no oua bem. 6. A manifestao de pena e exagerada solidariedade pela pessoa com deficincia visual deve ser evitada. Esta deve ser compreendida e aceita com equidade. 7. Evite se referir cegueira, mesmo logo aps a perda da viso, como desgraa, pois, com a orientao profissional adequada, seus efeitos podero ser minimizados dependendo de sua determinao, do apoio familiar, da comunidade onde vive, dentre outros fatores. Deficincia no doena. 8. Contenha-se em exclamar "maravilhoso", "extraordinrio", ao ver a pessoa com deficincia visual consultar o relgio, manipular o telefone ou assinar o nome; ela aprende e passa a <P> executar isso com naturalidade, da mesma forma que voc executa. 9. Ao falar de "sexto sentido" e de "compensao da natureza", em se tratando de deficincia, perpetuam-se conceitos equivocados; o que a pessoa com deficincia visual realiza fruto do aprendizado contnuo, ou simples desenvolvimento de recursos mentais presentes em todas as pessoas. 10. Conversando sobre a deficincia visual com quem no v, use a palavra cego com naturalidade e mantenha a linguagem sem se preocupar em trocar a palavra ver por ouvir. 11. Ao acompanhar a pessoa com deficincia visual evite empurr-la ou pux-la com rigidez; basta deix-la segurar o seu brao, que o movimento de seu corpo lhe dar a orientao de que ela precisa. 12. Atravessar um cruzamento com uma pessoa com deficincia visual em diagonal pode faz-la <P> perder a orientao; tente seguir em linha reta. 13. Sempre oferea ajuda pessoa com deficincia visual que esteja querendo atravessar a rua ou tomar conduo; ainda que seu oferecimento seja recusado ou mesmo mal-recebido por algumas delas, esteja certo de que a maioria lhe agradecer o gesto. <26> 14. Ao conduzir uma pessoa com deficincia visual evite rod-la ao posicion-la para sentar, basta colocar a mo dela no espaldar ou no brao da cadeira, que isso lhe indicar sua posio. 15. Ao conduzir uma pessoa com deficincia visual em um ambiente que lhe desconhecido, oriente-a de modo que ela possa locomover-se com maior independncia. 16. A suposio de que toda pessoa com deficincia visual pode localizar a porta onde deseja entrar ou o lugar onde queira ir, contando os passos um engano. Estes no podem servir de referncia, pois cada pessoa tem uma dimenso de passo, em funo do comprimento de seus membros inferiores. 17. Quando encontrar uma pessoa com deficincia visual que j estiver acompanhada, abstenha-se de peg-la pelo outro brao e no lhe fique dando avisos. Deixe-a ser orientada somente por quem a estiver acompanhando inicialmente. 18. Certifique-se ao dizer " direita", " esquerda", tendo como referncia a pessoa com deficincia visual, pois muitos se enganam ao tomarem como referncia a prpria posio e no a da pessoa com deficincia visual que caminha em sentido contrrio ao seu. 19. O pedestre com deficincia visual costuma ser muito observador; ele desenvolve meios e modos de saber onde est. Ao sair de casa ele faz o que todos deveriam fazer: informa-se sobre o caminho a seguir para chegar a seu destino. Na primeira vez poder confundir-se, mas depois raramente se enganar; salincias, depresses, rudos e odores caractersticos, serviro para sua melhor orientao. 20. Portas e janelas meio abertas constituem obstculos perigosos. Onde houver alguma pessoa com deficincia visual deixe-as sempre fechadas ou bem encostadas parede, quando abertas. 21. Deixe o caminho livre de objetos por onde as pessoas com deficincia visual costumam passar. 22. Quando quiser falar com a pessoa com deficincia visual, dirija-se diretamente a ela, pois ela no necessita de um intrprete. <27> 23. Anuncie-se ao entrar no recinto onde haja pessoas com <P> deficincia visual; isso auxilia a sua identificao. 24. Informe sua sada quando estiver conversando com uma pessoa com deficincia visual, principalmente se houver algo que a impea de perceber seu afastamento; ela pode dirigir-lhe a palavra e ver-se na situao desagradvel de falar sozinha. 25. Aperte a mo da pessoa com deficincia visual ao encontr-la ou ao despedir-se dela; o aperto de mo uma forma de comunicao e representa um ato de cordialidade. 26. Apresente o seu visitante com deficincia visual a todas as pessoas presentes em um determinado ambiente; assim procedendo, voc facilitar a possvel incluso dele ao grupo. 27. Identifique-se ao encontrar uma pessoa com deficincia visual, pois perguntas como "Sabe quem sou eu?", "Veja se adivinha quem sou", mesmo que seja <P> por brincadeira, so sempre constrangedoras. 28. Evite a comunicao por gestos e mmica, em um ambiente onde haja pessoa com deficincia visual, essa atitude caracteriza um ato de excluso. 29. Sempre pea permisso para fotografar, gravar ou filmar uma pessoa com deficincia visual. 30. No se constranja em alertar a pessoa com deficincia visual quanto a qualquer inadequao no seu vesturio. 31. Durante as refeies, informe a pessoa com deficincia visual com relao posio dos alimentos colocados em seu prato, bem como posio dos talheres e copos na mesa, evitando assim qualquer incidente. 32. No tenha constrangimento ou desconfiana em receber ajuda, aceitar colaborao por parte de alguma pessoa com deficincia visual; o conhecimento inerente a todos. <R-> Essas orientaes tm o objetivo de informar como interagir com pessoas com deficincia visual. <28> 2.2 Orientao e Mobilidade Genericamente, a OM pode ser definida como um conjunto de tcnicas utilizadas pelas pessoas com deficincia visual para caminharem com autonomia, independncia e segurana, utilizando as pistas sensoriais e os pontos de referncia presentes no ambiente. Na DV esse binmio (orientao -- mobilidade) deve ser concebido de maneira indissocivel, a partir de duas capacidades bsicas essenciais: a orientao, que uma capacidade aprendida; e a mobilidade, uma capacidade inata do indivduo. Para Felippe (2018, p. 8), <M|l > a Orientao para a pessoa com deficincia visual o aprendizado no uso dos sentidos para obter informaes do ambiente. Saber onde est, para onde quer ir e como fazer para chegar ao lugar desejado. A pessoa pode usar a audio, o tato, a cinestesia (percepo dos seus movimentos), o olfato e a viso residual (quando tem baixa viso) para se orientar. <M> O processo de orientao tem como princpio trs questes fundamentais: Onde estou? Para onde vou? (Onde est o meu objetivo) Como fao para chegar ao local desejado? Essas trs questes so conhecidas como o tringulo da OM. Ainda de acordo com Felippe (2018, p. 8): <M|l > a Mobilidade o aprendizado para o controle dos movimentos de forma organizada e eficaz. A pessoa com deficincia visual pode se movimentar com a ajuda de uma outra pessoa -- guia vidente; usando seu prprio corpo -- autoprotees; usando uma rtese (3) -- bengala longa; usando um animal -- co-guia; usando a tecnologia -- ajudas eletrnicas. <M> Dessa maneira, para as pessoas com deficincia visual, Orientao e Mobilidade o aprendizado do uso dos sentidos remanescentes, com a finalidade de obter informaes sensoriais, propiciando-lhes uma locomoo com autonomia, segurana e independncia. 2.3 Ampliando conceitos na rea de OM O entendimento de conceitos relacionados ao corpo e ao espao :::::::::::::::::::::::::::::::::: (3) Conforme a Portaria Ministerial n.o 362 (BRASIL, 2012) "rteses so colocadas junto a um segmento do corpo, garantindo-lhe um melhor posicionamento, estabilizao e/ou funo". <29> uma condio fundamental para que as pessoas com deficincia visual compreendam e executem as tcnicas de OM com independncia e segurana. Assim, alguns conceitos relevantes para o aprendizado sero apresentados a seguir. <R+> a) Conceitos corporais: relacionam-se ao conhecimento que a pessoa tem do seu corpo. Esses conceitos esto relacionados a outros como: Imagem corporal: a maneira como a pessoa se percebe em relao ao espao e ao outro, independentemente da posio em que ela esteja. Esquema corporal: a conscincia corporal utilizada com intencionalidade na relao com o ambiente. b) Conceitos ambientais: Sentido: a orientao mvel, como da direita para a esquerda, de baixo para cima, de frente para trs, de trs para frente, <P> sentido horrio, sentido anti- -horrio. Direo: est relacionada ao que diz respeito posio horizontal, vertical, norte, sul, leste, oeste. OM Importante Um exemplo so as ruas de mo dupla ou ruas de mo nica. Na rua de mo dupla a direo a mesma, mas os sentidos so diferentes e na rua de mo nica a direo e os sentidos so iguais. Mesmo que a rua tenha uma curva no significa que mudou de direo, apenas o sentido. _`[Figura 1 "Rua de mo dupla". Na parte superior, l-se: "Rua de mo dupla -- caladas". Abaixo, centralizados, na horizontal, esto as imagens de prdios e caladas de uma lado e de <P> outro, e, no meio, h setas em sentidos distintos._`] <R-> Fonte: IBC, 2015. <30> <R+> Distncia: na OM o conceito de distncia est relacionado separao entre o sujeito e o objetivo a ser alcanado. Pista: so os estmulos do ambiente percebidos pelos rgos dos sentidos que fornecem informaes necessrias para facilitar a localizao no espao. OM Importante Pistas: _`[Figura 2 "Pista verbal (4)", em que Ben est em p com a :::::::::::::::::::::::::::::::::: (4) Todas as ilustraes foram produzidas por Jlio Matoso especialmente para este material, exceto quando informado o contrrio. mo esquerda prxima a um copo com gua sobre uma mesa. Acima direita, com letras maisculas pretas em um balo de fala, l-se: "GUA"._`] Pistas verbais: so informaes fornecidas por meio da comunicao verbal com o objetivo de orientar a pessoa com deficincia visual. _`[Figura 3 "Pista olfativa" em que Ben est em p com o dedo indicador direito apontado para um cesto de pes sobre uma mesa. Sobre os pes, uma fumaa que chega ao nariz do Ben. Na parede esquerda, com letras pretas maisculas uma placa, em que se l: "Padaria"._`] <31> Pistas olfativas: so aquelas percebidas pelo olfato, como o cheiro caracterstico de um ambiente. <P> _`[Figura 4. "Pista sonora", em que Ben est com a bengala longa na posio vertical direita de um semforo com sinalizao sonora._`] Pistas sonoras: so aquelas percebidas pela audio. _`[Figura 5. "Pista cinestsica" em que Ben com a bengala longa na diagonal sobre um quebra-molas._`] Pistas cinestsicas: so mudanas percebidas pelo movimento corporal. _`[Figura 6. "Pista ttil", em que Ben boquiaberto com os dedos da mo direita contrados prximos a uma vela acesa sobre uma mesa._`] <32> Pistas tteis: so as informaes percebidas por meio da pele. <R-> <R+> _`[Figura 7. "Ponto de referncia", em que Ben usa a bengala longa em um bairro com uma igreja entre duas casas._`] Ponto de referncia: qualquer objeto que seja fixo e permanente no tempo e no espao. Deve ser de fcil localizao e ter uma caracterstica prpria que o diferencie de outros objetos do ambiente. Mapa mental: a representao mental do espao, realizada a partir das pistas e dos pontos de referncia, associados aos sentidos remanescentes de maneira a facilitar a locomoo do indivduo. Sentidos remanescentes: na DV so considerados sentidos remanescentes o resduo visual, caso haja, a audio, o tato, o olfato, o paladar, a cinestesia, a propriocepo e o sistema vestibular que se mantiveram preservados. OM Importante No caso da criana com deficincia visual, esses sentidos devem ser estimulados desde o nascimento, sob a orientao da equipe multidisciplinar. Nas pessoas que perderam ou esto perdendo a viso na adolescncia ou idade adulta, esses sentidos tambm devem ser estimulados. <33> Audio: um dos principais sentidos remanescentes na deficincia visual. Ela responsvel pela identificao, localizao e discriminao do som. Ela proporciona a percepo de distncia e profundidade e auxilia na localizao de ambientes e objetos, facilitando a orientao da pessoa em espaos internos e/ou externos. <P> OM Importante No caso da perda visual, total ou parcial, os demais sentidos devem ser estimulados, porm isso no caracteriza a compensao de um pelo outro. Assim como os demais, a audio deve ser estimulada pelas pessoas que convivem com a pessoa com deficincia visual, pois esse sentido requer desenvolvimento e aprendizado, facilitando a aquisio de conceitos importantes como elementos sonoros (trnsito), sons de objetos caindo em diferentes pisos etc. Tato: a pele o maior rgo do corpo humano e nos fornece informaes trmicas, mecnicas e dolorosas por meio do sentido do tato. Diferentemente dos demais sentidos, esse nos obriga a entrar em contato com o objeto a ser percebido. H dois tipos de tato: o tato discriminativo ou fino que est presente na palma da mo e na sola dos ps e nos permite identificar com preciso os objetos; e o tato grosseiro que est presente em todo o corpo, permitindo, majoritariamente, as sensaes trmicas e dolorosas, sendo lento e impreciso. Olfato: o sentido responsvel pela identificao e discriminao dos cheiros. OM Importante O olfato auxilia na identificao e discriminao de alguns ambientes, como padaria, salo de beleza, postos de gasolina, dentre outros, devido ao cheiro caracterstico desses lugares. <34> Paladar: o sentido que nos permite reconhecer os sabores e sentir a textura dos alimentos, porm ele no um sentido utilizado nas tcnicas de OM. <P> Esse sentido deve ser estimulado em outras atividades, sobretudo com crianas. Viso: a percepo do mundo exterior por meio dos olhos. Em algumas pessoas com deficincia visual essa percepo pode estar diminuda (resduo visual). Esse resduo deve ser identificado, estimulado e utilizado nas tcnicas de OM a partir da interveno de um profissional da rea, no decorrer do treinamento. Propriocepo e cinestesia: propriocepo a capacidade de reconhecer a posio do nosso corpo e cada uma de suas partes sem a necessidade do sentido da viso, enquanto a cinestesia a sensao ou percepo do movimento do corpo favorecendo a postura e o caminhar. Sentido vestibular: um conjunto de estruturas localizadas no ouvido interno, que detectam os movimentos do corpo e que <P> contribuem para a manuteno do equilbrio. <R-> Ressaltamos que no treinamento de OM os sentidos remanescentes devem ser estimulados em conjunto para facilitar a percepo corporal da pessoa com deficincia visual no espao e com os elementos do ambiente. 3. Conhecendo as tcnicas de Orientao e Mobilidade As tcnicas de OM se dividem em tcnicas de mobilidade dependente e tcnicas de mobilidade independente. Nas tcnicas em que h mobilidade dependente a pessoa com deficincia visual caminha acompanhada de um guia (guia vidente), enquanto nas tcnicas de mobilidade independente (autoprotees e bengala longa) essa pessoa se orienta e caminha utilizando recursos de Tecnologia Assistiva (bengala longa, co-guia) quando necessrio. Em ambas as tcnicas a pessoa deve prezar pela sua autonomia e segurana. 3.1 Guia Vidente Nessa tcnica, conforme o prprio nome j indica, a pessoa com deficincia visual ser conduzida por uma pessoa vidente em ambientes internos e/ou <35> externos, sejam eles conhecidos ou no. Tem como objetivo favorecer a captao de informaes sobre o ambiente, auxiliando, assim, no desenvolvimento sensorial e conceitual e no domnio espacial e corporal. Ao abordar a pessoa com deficincia visual, o guia vidente deve aproximar o seu cotovelo ao antebrao desta e assumir a posio bsica. 3.1.1 Posio bsica Ao iniciar a locomoo com uma pessoa com deficincia visual, o guia vidente deve posicionar-se aproximadamente a um passo frente e a pessoa com deficincia visual deve segurar na altura do cotovelo, de quem a conduz, com o seu brao flexionado a 90 graus e prximo ao seu corpo. Uma outra forma de conduo a pessoa com deficincia visual segurar no punho ou apoiar a mo no ombro do guia vidente (caso haja muita diferena de altura entre o guia e a pessoa com deficincia visual). Desta forma ela perceber os movimentos de quem a est guiando. Vale ressaltar que o guia vidente dever dar informaes verbais importantes, sobre obstculos, pontos de referncia e outras, de forma a auxiliar a pessoa com deficincia visual na elaborao do mapa mental. O guia vidente e a pessoa com deficincia visual devem permanecer em contato o tempo todo, visto que os movimentos corporais do guia iro auxili-la na compreenso do espao em que ela esteja. <R+> _`[ Figura 8. "Tcnica de Guia Vidente -- posio bsica na altura do cotovelo -- foto de perfil". Uma pessoa com deficincia visual, posicionada um pouco mais atrs e ao lado, segura no cotovelo do guia vidente sua frente._`] Fonte: Acervo pessoal. <36> _`[ Figura 9. "Tcnica de Guia Vidente -- posio bsica -- foto frontal". Ambos em p, guia vidente frente e pessoa com deficincia visual um pouco atrs._`] Fonte: Acervo pessoal. _`[Figura 10. "Tcnica de Guia Vidente -- posio bsica -- close no posicionamento da mo". A mo de uma pessoa com deficincia visual segurando o cotovelo do guia vidente._`] <R-> Fonte: Acervo pessoal. <P> 3.1.2 Troca de lado Para essa tcnica o guia vidente ou a pessoa com deficincia visual dever informar a mudana de lado. A pessoa com deficincia visual dever, com a mo livre, rastrear as costas do guia vidente at localizar o outro brao e segur-lo na altura do cotovelo com a mo livre. A partir de ento passa para o lado desejado. O brao dela dever ficar estendido frente, de forma que a manter um passo de distncia do guia vidente. Na troca de lado, a pessoa com deficincia visual no deve perder o contato com o guia vidente e este deve atentar-se que essa tcnica dever ser realizada quando houver obstculos no trajeto que apresentem algum risco de acidente para a pessoa com deficincia visual ou por motivo de desconforto ou incmodo no lado em que ela esteja segurando. <37> <R+> _`[Figura 11. "Tcnica de Guia Vidente -- troca de lado -- foto de perfil". Ambos em p, guia vidente com pessoa com deficincia visual segurando em seu cotovelo._`] Fonte: Acervo pessoal. _`[Figura 12. "Tcnica de Guia Vidente -- troca de lado evidenciando o rastreamento nas costas do guia vidente". Pessoa com deficincia visual segurando com uma das mos o cotovelo do guia vidente, e a outra mo desliza pelas costas dele._`] Fonte: Acervo pessoal. _`[Figura 13. "Tcnica de Guia Vidente -- troca de lado evidenciando o contato permanente com o guia vidente". Aps deslizar a mo pelas costas do guia vidente, a pessoa com deficincia visual segura com o cotovelo da esquerda com a mo esquerda, e o da direita com a mo direita._`] Fonte: Acervo pessoal. <38> _`[Figura 14. "Tcnica de Guia Vidente -- troca de lado finalizao da tcnica". Pessoa com deficincia visual segura o cotovelo direito do guia vidente frente com ambas as mos._`] Fonte: Acervo pessoal. _`[Figura 15. "Tcnica de Guia Vidente -- troca de lado completa". Pessoa com deficincia visual segura com uma das mos o cotovelo do guia vidente frente._`] <R-> Fonte: Acervo pessoal. 3.1.3 Mudana de sentido Essa tcnica utilizada quando o guia vidente ou a pessoa com deficincia visual decide voltar ao local onde estavam. Ser preciso que um deles d a pista verbal. O guia vidente e a pessoa com deficincia visual devem fazer um giro de 180 no sentido anti- -horrio de maneira que a pessoa com deficincia visual no faa movimentos desnecessrios. A tcnica consiste em, aps a pista verbal, o guia vidente e a pessoa com deficincia visual ficarem um de frente para outro e depois retornarem posio bsica sem perder o contato fsico. <39> <R+> _`[Figura 16. "Tcnica de Guia Vidente -- mudana de sentido -- ambos virados para esquerda". Ambos em p, uma pessoa com deficincia visual ao lado do guia vidente, segurando em seu cotovelo._`] Fonte: Acervo pessoal. _`[Figura 17. "Tcnica de Guia Vidente -- mudana de sentido -- foto evidencia o contato permanente entre o guia vidente e a pessoa com deficincia visual". Pessoa com deficincia visual de frente para o guia vidente, com cada uma das mos, segura os antebraos._`] Fonte: Acervo pessoal. _`[Figura 18. "Tcnica de Guia Vidente -- mudana de sentido -- ambos virados para direita". Pessoa com deficincia visual segura com uma das mos o cotovelo do guia vidente frente._`] Fonte: Acervo pessoal. <R-> <40> 3.1.4 Passagem estreita A tcnica de passagem estreita realizada quando no h espao suficiente para o guia vidente e a pessoa com deficincia visual ficarem lado a lado, como ao pas- sarem por portas, corredores estreitos, dentre outros motivos. O guia vidente dever sinalizar verbal e corporalmente (pista cinestsica), posicionando o brao que a pessoa com deficincia visual est segurando para trs do seu corpo, de maneira que a pessoa com deficincia visual perceba o seu movimento. Esta dever esticar o cotovelo e posicionar-se a um passo atrs do guia vidente. Ao final da passagem estreita, ambos retornam posio bsica. <R+> Figura 19. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- Passagens estreita -- foto evidencia a flexo do brao do guia vidente nas costas, e a pessoa com deficincia visual com a mo esquerda no punho e a direita no ombro do guia. Fonte: Acervo pessoal. Figura 20. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- Passagens estreita -- ambos passando por uma porta estreita enfileirados. Fonte: Acervo pessoal. <41> OM Importante Em algumas situaes de passagens muito estreitas, a pessoa com deficincia visual dever posicionar-se ao lado do guia vidente, de forma que ambos consigam caminhar lateralmente, como na tcnica de sentar-se em assentos perfilados (vide a subseo 3.1.9 -- Sentar-se em auditrios ou assentos perfilados) <R-> 3.1.5 Aceite ou recusa de ajuda A pessoa com deficincia visual ao parar para atravessar uma rua, esperar um carro ou txi, deve manter uma postura firme e braos relaxados, pois h a possibilidade de as pessoas, ao tentarem ajudar, puxarem-na pelo brao ou pela bengala longa e s depois perguntarem se ela precisa de ajuda. Assim, se a pessoa com deficincia visual sentir algum tocar no seu brao com o objetivo de conduzi-la, sem que ela deseje ajuda, deve permanecer parada, elevar seu brao em direo ao ombro oposto e, com a mo livre, segurar a mo do eventual guia vidente. Mantendo-se parada, solta a mo e dispensa a ajuda. Caso necessite de auxlio, deve tomar a posio bsica de guia vidente. <R+> Figura 21. _`[no adaptada._`] Tcnica de aceite ou recusa de ajuda -- foto evidencia o guia vidente puxando o brao da pessoa com deficincia visual. Fonte: Acervo pessoal. <42> Figura 22. _`[no adaptada._`] Tcnica de aceite ou recusa de ajuda -- foto evidencia a pessoa <P> com deficincia visual se desvencilhando para assumir a posio bsica. <R-> Fonte: Acervo pessoal. 3.1.6 Subir e descer escada Ao aproximar-se de uma escada, o guia vidente deve informar as caractersticas da escada pessoa com deficincia visual e a inteno de subir ou descer. Tanto ao subir como ao descer, o guia vidente dever posicionar-se um degrau frente fazendo uma breve pausa para que a pessoa com deficincia visual localize o degrau e d incio subida ou descida. Essa pausa tambm deve ser repetida ao incio e ao final do trajeto. D preferncia a subir ou descer pelo lado direito e utilizar o corrimo, caso haja. No havendo corrimo, o guia vidente deve optar pelo lado mais seguro. <43> Subir escadas <R+> Figura 23. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- subir escadas -- guia vidente segurando o corrimo faz uma pausa para que a pessoa com deficincia visual se enquadre para iniciar a subida. Fonte: Acervo pessoal. Figura 24. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- subir escadas -- guia vidente segurando o corrimo e pessoa com deficincia visual, em posio bsica, sobe ficando sempre um degrau atrs. Fonte: Acervo pessoal. OM Importante Embora no haja consenso entre os profissionais de OM quanto utilizao do corrimo nas tcnicas de subida e descida de escadas com o Guia Vidente, optamos por apresentar as duas formas de utilizao da escada. <44> Figura 25. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- subir escadas -- guia vidente sobe o primeiro degrau e faz uma pausa para percepo da pessoa com deficincia visual, ambos seguram o corrimo. Fonte: Acervo pessoal. Figura 26. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- subir escadas -- guia vidente e pessoa com deficincia iniciam a subida. Fonte: Acervo pessoal. Descer escadas Figura 27. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- <P> descer escadas -- guia vidente segura o corrimo com a mo direita e a pessoa com deficincia visual se posiciona no lado esquerdo. Fonte: Acervo pessoal. <45> OM Importante Assim como ocorre na subida de escadas, durante a descida, o guia vidente e pessoa com deficincia visual seguram o corrimo ao mesmo tempo. Figura 28. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- descer escadas -- guia vidente e pessoa com deficincia visual descem segurando o corrimo com a mo direita. Fonte: Acervo pessoal. <R-> <P> 3.1.7 Passagem de portas Ao avistar a porta, o guia vidente dever dar as caractersticas desta pessoa com deficincia visual (lado de abertura, tipo de porta, de maaneta) e, logo isso, colocar seu brao na posio de passagem estreita. A pessoa com deficincia visual dever manter contato com o brao do guia vidente at encontrar a maaneta; aps encontr-la, fecha a porta e volta posio bsica. Quando necessrio, o guia vidente poder indicar a necessidade de troca de lado antes de passar pela porta e colocar a mo da pessoa com deficincia visual na maaneta. <46> <R+> Figura 29. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- passagem por portas -- guia vidente faz postura de passagem estreita e pessoa com deficincia visual assume a posio e com a mo livre localiza a maaneta. <R-> Fonte: Acervo pessoal. 3.1.8 Sentar-se em cadeiras O guia vidente se desloca at a cadeira, posicionando a pessoa com deficincia visual de frente para o objeto. Esta deve fazer a varredura do assento com o dorso da mo, o rastreio da cadeira com a perna e, aps esses procedimentos, senta-se. <R+> Figura 30. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- sentar em cadeiras -- guia vidente posiciona a pessoa com deficincia visual de frente para o assento e coloca uma das mos no encosto da cadeira. Fonte: Acervo pessoal. <47> Figura 31. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- sentar em cadeiras -- pessoa com deficincia visual senta-se sem perder o contato com a cadeira. <R-> Fonte: Acervo pessoal. 3.1.9 Sentar-se em auditrios ou assentos perfilados Ao chegar ao auditrio, o guia vidente deve descrever as caractersticas da sala pessoa com deficincia visual. Aps encontrar assentos disponveis, ele se posiciona na fileira onde eles esto e informa pessoa com deficincia visual a cadeira em que ela poder sentar-se, devendo conduzi-la at ela. O guia vidente entra na fileira frente da pessoa e os dois caminham lateralmente at a cadeira disponvel. Quando chegarem cadeira vazia, o guia vidente para e avisa a pessoa que ela pode se sentar. Esta deve fazer a varredura com o dorso da mo para verificar as condies do encosto e do assento. Na sada, o guia vidente sai frente da pessoa com deficincia visual. <R+> Figura 32. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- cadeiras perfiladas -- localizao da fileira. Fonte: Acervo pessoal. <48> Figura 33. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- cadeiras perfiladas -- rastreio e localizao do assento vazio. Fonte: Acervo pessoal. Figura 34. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- cadeiras perfiladas -- varredura do assento. Fonte: Acervo pessoal. Figura 35. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- cadeiras perfiladas -- foto evidencia a sada de cadeiras perfiladas, em que o guia vidente deve sair primeiro. <R-> Fonte: Acervo pessoal. <49> 3.1.10 Entrando em carros O guia vidente informa as caractersticas do carro, conduz a pessoa com deficincia visual at a porta e coloca a mo dela na maaneta. A pessoa com deficincia visual abre a porta em sua totalidade, mantendo uma das mos sobre a porta e a outra no teto do automvel e, logo aps, faz a varredura do assento com a mo que estava segurando a porta. Para que possa entrar no carro preciso utilizar a mo que estava no teto na posio de autoproteo superior, podendo assim entrar e sentar-se. Depois de certificar-se de que a pessoa com deficincia visual recolheu a mo, o guia vidente <P> poder fechar a porta ou perguntar pessoa se ela mesma o deseja faz-lo. <R+> Figura 36. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- entrando em carros -- identificao da maaneta. Fonte: Acervo pessoal. Figura 37. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- entrando em carros -- localizao do teto do carro. Fonte: Acervo pessoal. <50> Figura 38. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- entrando em carros -- varredura do assento. Fonte: Acervo pessoal. Figura 39. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- <P> entrando em carros -- foto evidencia a entrada da pessoa com deficincia visual no carro com uma mo na porta e outra no teto do carro. Fonte: Acervo pessoal. <51> Figura 40. _`[no adaptada._`] Tcnica de Guia Vidente -- entrando em carros -- pessoa com deficincia visual sentada no carro fechando a porta. <R-> Fonte: Acervo pessoal. 3.2 Autoprotees Nessa tcnica, a pessoa com deficincia visual pode utilizar todos os seus segmentos corporais (cabea, tronco, membros superiores e inferiores) para estabelecer relaes espaciais e direcionais, bem como para se proteger e assim fazer contato com pessoas e <P> objetos. As autoprotees podem ser utilizadas em conjunto com outras tcnicas de OM, como o guia vidente e a bengala longa, e com outros recursos de tecnologia assistiva. 3.2.1 Autoproteo inferior Essa tcnica possibilita a proteo da parte inferior do corpo. usada em reas internas e ambientes familiares. A pessoa com deficincia visual deve posicionar o brao e o antebrao frente do corpo em diagonal com a mo apontada para baixo. O dorso da mo fica voltado para fora a uma distncia de, aproximadamente, 20 cm do corpo, o suficiente para evitar o contato com obstculos que estejam sua frente. <52> <R+> Figura 41. _`[no adaptada._`] Tcnica de autoproteo Inferior -- pessoa com deficincia visual realizando a tcnica de <P> autoproteo inferior com antebrao protegendo rea do abdmen. Fonte: Acervo pessoal. OM Importante Alertamos a importncia dessa tcnica ser realizada tanto com a mo direita, quanto com a mo esquerda, pois a maioria das pessoas tem o hbito de s realiz-la com o seu membro superior dominante. <R-> 3.2.2 Autoproteo superior Essa tcnica possibilita a proteo da parte superior do corpo. usada em reas internas e ambientes familiares. A pessoa com deficincia visual flexiona o brao e o cotovelo acima do nvel do ombro, de maneira a proteger a parte superior de seu corpo (rosto e tronco). O antebrao deve estar a, mais ou menos, 20 cm de distncia do rosto, a mo direcionada para o lado oposto, dorso da mo voltado para fora do corpo e dedos semiflexionados. <53> <R+> Figura 42. _`[no adaptada._`] Tcnica de autoproteo superior -- pessoa com deficincia visual realizando a tcnica de autoproteo superior com antebrao protegendo trax e cabea. Fonte: Acervo pessoal. OM Importante Devemos explicar que em algumas situaes pode haver a necessidade de realizar conjuntamente as tcnicas de autoproteo superior e inferior. Figura 43. _`[no adaptada._`] Tcnica de autoproteo -- pessoa com deficincia visual <P> realizando a tcnica de autoproteo superior e inferior ao mesmo tempo. <R-> Fonte: Acervo pessoal. <54> 3.3 Rastreamento A pessoa com deficincia visual pode utilizar essa tcnica para se locomover no ambiente interno a partir de uma linha guia ou para identificar um determinado objeto. Essa tcnica pode ser utilizada em conjunto com outras tcnicas. 3.3.1 Rastreamento com a mo A pessoa com deficincia visual deve estar de p e paralela linha guia com o brao em diagonal e frente do corpo e os dedos semiflexionados e apontados para baixo. Essa tcnica deve ser realizada, preferencialmente, com os dedos anelar e mnimo em contato contnuo com o objeto e/ou a linha guia a ser rastreada, o que permite detectar a linha guia, o obstculo ou o objeto com a mo. <R+> Figura 44. _`[no adaptada._`] Tcnica de rastreamento -- a pessoa com deficincia visual utiliza uma das mos para rastrear uma parede. Fonte: Acervo pessoal. <55> Figura 45. _`[no adaptada._`] Tcnica de rastreamento -- a pessoa com deficincia visual utiliza uma das mos para rastrear uma parede, foto evidencia a ponta dos dedos semiflexionados. <R-> Fonte: Acervo pessoal. 3.4 Enquadramento e tomada de direo Essa tcnica importante, pois auxilia a pessoa com deficincia <P> visual a se situar no espao, estabelecendo uma linha reta para alcanar mais facilmente o seu objetivo. Embora sejam tcnicas distintas, na prtica, elas so utilizadas de maneira combinada. No enquadramento, a pessoa com deficincia visual deve encostar os ombros, as costas ou os calcanhares na linha guia, ou objeto significativo no ambiente (porta, mesa ou outros), a partir disso traar uma linha perpendicular imaginria e caminhar em direo ao seu objetivo, que a tomada de direo. O alinhamento com os dedos dos ps utilizado para subir ou descer escadas ou em meios-fios. <R+> Figura 46. _`[no adaptada._`] Tcnica de enquadramento e tomada de direo -- a pessoa com deficincia visual se enquadra num ponto de referncia <P> (porta) para localizar um objeto (cadeira). Fonte: Acervo pessoal. <56> Figura 47. _`[no adaptada._`] Tcnica de enquadramento e tomada de direo -- a pessoa com deficincia visual fazendo uso da autoproteo inferior, localiza a cadeira. <R-> Fonte: Acervo pessoal. 3.5 Familiarizao de ambientes Essa tcnica permite pessoa com deficincia visual ter o maior nmero de informaes acerca de um determinado ambiente. Ela deve ser realizada com o auxlio de uma pessoa que conhea o espao (vidente ou com deficincia visual) e fornea as pistas verbais sobre ele. Para a explorao, a pessoa com deficincia visual estabelece um <P> ponto de partida (preferencialmente a porta principal de acesso ao ambiente), faz o enquadramento paralelo linha da parede ou objeto (linha guia) e inicia o rastreamento da linha guia circundando todo o ambiente no seu permetro at retornar ao ponto de partida. Aps a familiarizao do ambiente, deve-se fazer o mtodo do cruzamento, caracterizado quando a pessoa com deficincia visual utiliza o ponto de partida j estabelecido, faz o enquadramento e cruza at o lado oposto. Durante esse cruzamento em linha reta, a pessoa deve usar as autoprotees superior e inferior. Na familiarizao do ambiente, a pessoa com deficincia visual deve receber todas as pistas relevantes do ambiente e, ao final, ser capaz de fazer o mapa mental do espao apresentado. Essa tcnica permite que a pessoa com <P> deficincia visual se sinta includa no espao medida que estabelece relaes com ele. <57> <R+> Figura 48. _`[no adaptada._`] Tcnica familiarizao de ambientes -- a pessoa com deficincia visual se enquadra no ponto de referncia. Fonte: Acervo pessoal. Figura 49. _`[no adaptada._`] Tcnica familiarizao de ambientes -- a pessoa com deficincia visual percorre todo o permetro identificando os mobilirios que compem o espao. <R-> Fonte: Acervo pessoal. 3.6 Localizao de objetos cados Ao ouvir que um objeto caiu no cho, a pessoa com deficincia visual deve localizar, pela pista sonora, o local onde o item caiu e se direcionar at ele fazendo a varredura com os ps em movimentos circulares, de forma a traz-lo em direo a seu corpo. Uma vez localizado, a pessoa agacha, utilizando a autoproteo superior e pega o objeto. <58> <R+> Figura 50. _`[no adaptada._`] Tcnica localizao de objetos cados -- pessoa com deficincia visual faz uma varredura com p at localizar o objeto. Fonte: Acervo pessoal. Figura 51. _`[no adaptada._`] Tcnica localizao de objetos cados -- pessoa com deficincia visual se abaixa realizando a tcnica de autoproteo superior e localiza o objeto com o dorso da mo. Fonte: Acervo pessoal. <P> OM Importante Nessa tcnica, algumas adaptaes podem e devem ser feitas, como solicitar ajuda quando se tratar de objetos que rolam e pisos que abafem o som (carpete, tapete, emborrachados etc.). A pessoa com deficincia visual deve pedir ajuda priorizando sempre sua integridade fsica. Idosos e pessoas com dificuldades de locomoo tambm devem fazer o mesmo. <R-> <59> 3.7 Pr-bengala A pr-bengala se caracteriza como um recurso de Tecnologia Assistiva, sendo utilizada prioritariamente por crianas, objetivando a independncia na locomoo. Os objetos mais utilizados so o raqueto, bambols, carrinhos de bonecas, rodos e vassouras, dentre outros brinquedos educativos de empurrar. A pr-bengala tambm pode ser adaptada para pessoas adultas que apresentam comprometimentos motores e/ou cognitivos e no conseguem utilizar a bengala longa funcionalmente. <R+> Figura 52. _`[no adaptada._`] Pr-bengala -- foto de brinquedos que podem ser utilizados como pr-bengala. <R-> Fonte: Acervo pessoal. 3.8 Bengala longa A bengala longa um recurso de Tecnologia Assistiva utilizado especificamente por pessoas com deficincia visual (cegas ou baixa viso) ou surdocegueira, servindo como um prolongamento do corpo desse sujeito. Ela um basto que auxilia na locomoo, sendo um anteparo e favorecendo a deteco de obstculos diversos. <P> 3.8.1 Finalidade Proporcionar pessoa com deficincia visual ou surdocegueira um modo de locomoo com segurana, eficincia e independncia, tanto em ambientes familiares como desconhecidos. <60> 3.8.2 Comprimento da bengala longa O tamanho da bengala longa personalizado sendo determinado pela estatura, tipo fsico e extenso do passo. Normalmente se usa como medida de referncia uma linha reta que vai da parte inferior do osso esterno (osso localizado na parte da frente do corpo, entre as costelas) at o solo. <R+> Figura 53. _`[no adaptada._`] Bengala longa -- foto eviden- cia a importncia da altura da <P> bengala longa de acordo com seu usurio. Fonte: Acervo pessoal. OM Importante Ao adquirir uma bengala longa devemos observar o seu tamanho, pois elas so encontradas em metros ou polegadas dependendo do seu fabricante, conforme descrito no Quadro 1, a seguir: _`[Quadro 1 "Tamanhos de bengala longa (metros e polegas)", adaptado em duas partes: 1) metro; 2) Polegadas (aproximadamente 2,54 cm) 1,10 m; 42 1,15 m; 44 1,20 m; 46 1,25 m; 48 1,30 m; 50 1,35 m; 52._`] <R-> Fonte: Elaborado pelos autores. <61> 3.8.3 Tipos de bengala longa <R+> Bengala telescpica: confeccionada em fibra de carbono ou fibra de vidro, sendo muito leve e frgil. Quando fechada, mede aproximadamente 25 cm. utilizada, preferencialmente, em ambientes internos. Figura 54. _`[no adaptada._`] Bengala longa -- bengala telescpica. Fonte: Acervo pessoal. Bengala dobrvel: confeccionada em alumnio, o que proporciona leveza. Geralmente, possui seis gomos sendo o ltimo com revestimento fosforescente de 15 cm, e a mais utilizada por pessoas com deficincia visual devido a sua praticidade. <P> Figura 55. _`[no adaptada._`] Bengala longa -- bengala dobrvel. Fonte: Acervo pessoal. <62> Bengala inteiria: confeccionada em alumnio. Possui 1 metro de comprimento e a parte inferior tem revestimento fosforescente de 15 cm. Atualmente, pouco utilizada. Figura 56. _`[no adaptada._`] Bengala longa -- bengala inteiria. Fonte: Acervo pessoal. 3.8.4 Tipos de ponteira Ponteira fixa ou tradicional: ponteira reta com extremidades arredondadas e confeccionadas em nylon. Fixam-se bengala por meio de rosca, gancho ou encaixe. Figura 57. _`[no adaptada._`] Tipos de ponteira -- ponteira fixa de encaixe. Fonte: Acervo pessoal. Ponteira roller: ponteira reta com extremidades arredondadas e confeccionada em nylon. Possui um rolamento em torno do prprio eixo e favorece a locomoo da pessoa com deficincia visual pois mantm contato permanente com o solo. <63> Figura 58. _`[no adaptada._`] Tipos de ponteira -- ponteira roller de encaixe. Fonte: Acervo pessoal. Ponteira rolling ball: ponteira em formato de uma esfera com cerca de 5 cm de dimetro, possui um rolamento em torno do prprio eixo e favorece a locomoo da pessoa com deficincia <P> visual pois mantm contato permanente com o solo. Figura 59. _`[no adaptada._`] Tipos de ponteira -- rolling ball de encaixe. Fonte: Acervo pessoal. OM Importante A ponteira rolling ball pouco utilizada no Brasil. Observamos em nossos atendimentos que essa ponteira atende s necessidades de pessoas com leses de punho ou alteraes de marcha. <R-> <64> 3.8.5 Padronizao das bengalas longas por cores No Brasil, h mais ou menos uma dcada (2010), as bengalas tm sido categorizadas por cores para favorecer a identificao dos usurios quanto aos diferentes graus de deficincia visual <P> (cegueira, baixa viso ou surdocegueira). Existem trs cores de bengala longa para essas pessoas: <R+> Cego: bengala branca com o ltimo gomo amarelo ou vermelho; Figura 60. _`[no adaptada._`] Padronizao da bengalas longa por cores -- bengala longa branca com ltimo gomo amarelo. Fonte: Acervo pessoal. Figura 61. _`[no adaptada._`] Padronizao da bengalas longa por cores -- bengala longa branca com ltimo gomo vermelho. Fonte: Acervo pessoal. <65> Baixa viso: todos os gomos da bengala so verdes; Figura 62. _`[no adaptada._`] Padronizao da bengalas longa <P> por cores -- bengala longa verde. Fonte: Acervo pessoal. Surdocego: bengala com gomos vermelhos e brancos alternados. Figura 63. _`[no adaptada._`] Padronizao da bengalas longa por cores -- bengala longa vermelha e branca alternado. Fonte: Acervo pessoal. <R-> 3.8.6 Reconhecimento e manipulao da bengala longa Ao iniciar as tcnicas de bengala longa, faz-se necessrio que a pessoa com deficincia visual faa o reconhecimento e manipulao daquela. Durante esse reconhecimento, a pessoa com deficincia visual deve identificar cada uma de suas partes: cabo ou luva, parte em que se segura a bengala longa; os gomos, parte dobrvel ou retrtil, dependendo do modelo da bengala longa; e a ponteira, que pode ser fixa, roller ou rolling ball. <66> OM Importante <R+> A manuteno da bengala longa dobrvel necessria para evitar o risco de incidentes, como o rompimento e o ressecamento do elstico. Portanto, fundamental que a pessoa com deficincia visual saiba realizar pequenos reparos em sua bengala longa. <R-> 3.8.7 Higienizao da bengala longa Como a bengala longa um objeto que est sempre em contato com o solo, a sua higienizao fundamental, devendo ser realizada toda vez que a pessoa com deficincia visual retornar para casa. <P> 3.8.8 Abrir e fechar a bengala longa Para abrir a bengala longa, a pessoa com deficincia visual deve se atentar para que o objeto esteja na linha mdia do seu corpo, na altura do seu tronco, com o cabo virado para cima. O usurio deve encaixar o primeiro gomo no cabo e, dessa forma, os demais se encaixaro automaticamente. Para se certificar de que a bengala est aberta e os gomos corretamente encaixados, a pessoa com deficincia visual deve dar um leve toque com a bengala no cho, encostando a ponteira no solo, e, ao fechar, manter o mesmo posicionamento junto ao corpo, evitando que esta esbarre nas pessoas ou em outros objetos do entorno. Ento, deve desencaixar o cabo do primeiro gomo, assim como os demais, at que a bengala esteja totalmente fechada e finalizar envolvendo todos os gomos do elstico. <67> <R+> Figura 64. _`[no adaptada._`] Abrir bengala longa -- segurando no cabo/luva, encaixar no segundo gomo e soltar os demais na linha mdia do corpo. Fonte: Acervo pessoal. Figura 65. _`[no adaptada._`] Fechar bengala longa -- segurando na luva, desencaixar do segundo gomo, dobrando e virando o gomo solto para baixo. Fonte: Acervo pessoal. Figura 66. _`[no adaptada._`] Fechar bengala longa -- prender todos os gomos com elstico. Fonte: Acervo pessoal. <R-> <68> 3.8.9 Acomodao da bengala longa Estar atento acomodao da bengala longa evita diversos contratempos. Saber como ela est (aberta ou fechada) e onde est localizada minimiza o risco de acidentes de quem a usa e de outras pessoas que estejam no ambiente. <R+> Em p: A bengala longa deve ser colocada na vertical junto ao corpo, com a ponteira apoiada entre os ps. Figura 67. _`[no adaptada._`] Acomodao da bengala longa -- em p. Fonte: Acervo pessoal. Sentado: A bengala longa colocada entre as pernas, na diagonal e apoiada em um dos ombros. Figura 68. _`[no adaptada._`] Acomodao da bengala longa -- <P> sentado -- apoiado o cabo/luva no ombro. Fonte: Acervo pessoal. <69> Figura 69. _`[no adaptada._`] Acomodao da bengala longa -- sentado -- com a parte do cabo/luva dobrada. Fonte: Acervo pessoal. Em lugar acessvel: Bengala longa aberta apoiada em um canto ou pendurada em cabide. Figura 70. _`[no adaptada._`] Acomodao da bengala longa -- bengala longa aberta apoiada em um canto. Fonte: Acervo pessoal. <70> Figura 71. _`[no adaptada._`] Acomodao da bengala longa -- <P> bengala longa aberta pendurada em cabide. Fonte: Acervo pessoal. Dobrada: Embaixo da cadeira, dentro da bolsa, dentro da mochila (saco plstico). Figura 72. _`[no adaptada._`] Acomodao da bengala longa -- bengala longa fechada acomodada debaixo da coxa da pessoa com deficincia visual, sentada. Fonte: Acervo pessoal. <R-> <71> 3.8.10 Tipos de empunhaduras A empunhadura a forma como a bengala longa segurada. Esta pode ser realizada de duas maneiras distintas: <P> Empunhadura de lpis Essa empunhadura menos utilizada na prtica diria, sendo aplicada sempre nas tcnicas de subir escadas e deteco de meio- -fio. Os dedos indicador e polegar envolvem a bengala longa da mesma forma como seguramos um lpis. <R+> Figura 73. _`[no adaptada._`] Tipos de empunhadura da bengala longa -- empunhadura de lpis. <R-> Fonte: Acervo pessoal. Empunhadura de toque Essa a empunhadura mais utilizada, pois permite maior conforto, agilidade e firmeza durante o manuseio da bengala longa. A pessoa com deficincia visual deve apoiar na palma da mo o cabo da bengala longa. O dedo indicador fica sobre o corpo da bengala longa e os dedos polegar, mdio, anular e mnimo envolvem-na como um todo. <72> <R+> Figura 74. _`[no adaptada._`] Tipos de empunhadura da bengala longa -- empunhadura de toque com dorso da mo voltado para frente. Fonte: Acervo pessoal. Figura 75. _`[no adaptada._`] Tipos de empunhadura da bengala longa -- empunhadura de toque com dorso da mo virado para fora. Fonte: Acervo pessoal. <R-> 3.9 Tcnica de bengala longa ou de Hoover Esse conjunto de tcnicas tem esse nome devido a uma homenagem ao primeiro-tenente e mdico oftalmologista do Valley Forge Hospital, Dr. Richard Hoover, que props estudar as dificuldades de locomoo dos ex-combatentes cegos de guerra. Ao estudar sobre a cegueira e a mecnica da marcha, Hoover criou um mtodo revolucionrio empregando um instrumento que lembrava um <73> basto, mas que possua funo, material e comprimento diferenciado. Na literatura, as tcnicas de bengala longa so chamadas tambm de Tcnicas de Hoover. 3.9.1 Tcnica de varredura Essa tcnica proporciona pessoa com deficincia visual uma explorao imediata e completa do solo na rea prxima ao seu corpo. A pessoa desliza a ponta da bengala longa para frente, que deve estar apoiada no cho, e retorna at a linha dos ps descrevendo semicrculos. <R+> Figura 76. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa -- <P> tcnica de varredura -- pessoa com deficincia visual estica o brao frente. Fonte: Acervo pessoal. <74> Figura 77. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa -- tcnica de varredura -- pessoa com deficincia visual desliza fazendo semicrculos at aproximar dos seus ps Fonte: Acervo pessoal. <R-> 3.9.2 Deteco e explorao de objetos com a bengala longa Ao tocar em algum objeto, a pessoa aproxima a bengala longa e a coloca na posio vertical (empunhadura de lpis) em relao a ele. Sem perder o contato com o objeto, desliza a mo livre sobre o corpo da bengala longa at toc-lo e identific-lo. Essa <P> tcnica deve ser realizada, preferencialmente, com o dorso da mo para a explorao do objeto e associada proteo superior. <75> <R+> Figura 78. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa -- tcnica de deteco e explorao de objetos -- pessoa com deficincia visual detecta o objeto. Fonte: Acervo pessoal. Figura 79. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa -- tcnica de deteco e explorao de objetos -- pessoa com deficincia visual posiciona a bengala longa na vertical e desliza a mo por ela. Fonte: Acervo pessoal. <76> Figura 80. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa -- tcnica de deteco e explo- rao de objetos -- pessoa com <P> deficincia visual com o dorso de uma das mos explora o objeto. Fonte: Acervo pessoal. OM Importante Para a segurana e orientao do aluno, ressaltamos que a explorao do objeto deve ser usada somente quando necessrio, e sempre que possvel, a pessoa com deficincia visual deve solicitar ajuda e utilizar essa tcnica com cautela. <R-> 3.9.3 Tcnica de bengala longa em diagonal A pessoa com deficincia visual deve segurar a bengala logo abaixo do cabo fazendo uso da empunhadura de lpis ou de toque. A bengala deve ficar na diagonal, logo frente do corpo, e a mo da pessoa altura da cintura. Essa tcnica pode ser utilizada para seguir uma linha guia. Nesse caso deve-se segurar a bengala longa do lado oposto linha guia. Dependendo do piso, pode-se conduzir a bengala longa em deslize (mantendo-se a ponteira apoiada no cho) ou mant-la suspensa (no mais do que 3 cm) e tocar a ponteira no cho a cada 3 ou 4 passos. <77> <R+> Figura 81. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa em diagonal -- pessoa com deficincia visual apoia a ponteira na linha guia e segura com empunhadura de lpis um pouco abaixo do cabo/luva da bengala longa. Fonte: Acervo pessoal. Figura 82. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa em diagonal -- pessoa com deficincia visual apoia a ponteira na <P> linha guia e segura com empunhadura de toque um pouco abaixo do cabo/luva da bengala longa. Fonte: Acervo pessoal. <78> OM Importante Essa tcnica s utilizada em ambientes internos, pois no garante a segurana da pessoa com deficincia visual e a deteco de obstculos do lado oposto linha guia. <R-> 3.9.4 Tcnica de bengala longa em lpis A pessoa com deficincia visual deve posicionar a bengala longa em frente ao seu corpo, na linha mdia e na posio vertical, erguendo a ponta da bengala longa a poucos centmetros do solo, realizando, esporadicamente, alguns toques no cho para verificar a distncia entre o solo e a ponta da bengala. <R+> Figura 83. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa em lpis -- pessoa com deficincia visual segura a bengala longa na linha mdia do corpo e realiza pequenos toques no cho. Fonte: Acervo pessoal. <79> OM Importante A empunhadura de lpis pode ser utilizada em ambientes internos e conhecidos pelo usurio devido ao pequeno alcance da bengala longa, dada a proximidade com o corpo da pessoa com deficincia visual. Ela tambm pode ser empregada todas as vezes que a pessoa estiver sendo conduzida por um guia vidente. Figura 84. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa em lpis -- pessoa com deficincia visual segura a bengala longa na <P> linha mdia do corpo e conduzida por guia vidente. <R-> Fonte: Acervo pessoal. 3.9.5 Rastreamento com tcnica em diagonal A pessoa com deficincia visual se posiciona de frente para a direo desejada, paralelamente ao objeto a ser rastreado. Com a bengala longa na tcnica em diagonal, a pessoa toca levemente a ponteira da bengala no objeto ou no ponto de convergncia do objeto com o solo (ex.: o rodap), evitando o afastamento do objeto rastreado para no perder o contato com ele. <80> <R+> Figura 85. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa -- rastreamento com tcnica em <P> diagonal -- ponteira tocando no objeto de rastreio. Fonte: Acervo pessoal. Figura 86. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa -- rastreamento com tcnica em diagonal -- ponteira tocando no ponto convergente. <R-> Fonte: Acervo pessoal. <81> 3.9.6 Tcnica de toque Essa a tcnica mais utilizada na locomoo da pessoa com deficincia visual. Nela ocorre a coordenao p/bengala, visando minimizar o risco de acidentes pela deteco das informaes existentes no ambiente. A tcnica permite perceber diferentes tipos de pisos, texturas, mudanas de nvel, como escadas, rampas, meios-fios, bem como a antecipao dos objetos que esto abaixo da linha da cintura, como mveis, pias e elementos presentes nos ambientes externos, como postes, rvores, dentre outros. Fazendo uso da empunhadura de toque, a pessoa com deficincia visual deve posicionar sua mo na direo da linha mdia (umbigo) e afastada dele, com o dorso da mo voltado para fora. A movimentao da bengala longa determinada pela ao do punho, realizando um movimento em forma de semicrculo no cho, de um lado para outro do corpo, de modo que o toque da bengala longa no ultrapasse a linha dos ombros. Ao se deslocar, a ponteira no deve se elevar muito do solo. A pessoa com deficincia visual deve sempre tocar o solo com a bengala sua frente e do lado oposto ao p do movimento. Assim, aps a varredura, a pessoa comea a andar alternando bengala e p. Caso a pessoa erre o passo, deve continuar andando e tocar duas vezes a bengala <P> longa do mesmo lado para reorganizar a coordenao p/bengala. <R+> Figura 87. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa -- tcnica de toque -- ponteira tocando o lado esquerdo e o p direito frente. Fonte: Acervo pessoal. <82> Figura 88. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa -- tcnica de toque -- ponteira tocando o lado direito e o p esquerdo frente. <R-> Fonte: Acervo pessoal. 3.9.7 Tcnica de deslize A pessoa usa os mesmos procedimentos da tcnica de toque, mas mantm a ponteira da bengala em contato permanente com o solo, deslizando-a para a esquerda e para a direita. <R+> OM Importante Essa tcnica mais utilizada em ambientes internos, por ter pisos mais regulares; j em ambientes externos, por ter como caractersticas mais depresses e irregularidades no piso, mais funcional a tcnica do toque. <R-> 3.9.8 Tcnicas de toque e rastreio Essa tcnica se diferencia do toque pois a pessoa com deficincia visual se posiciona paralelamente ao objeto a ser rastreado, tomando uma linha de direo. uma das tcnicas mais comuns por proporcionar maior segurana, uma vez que a pessoa com deficincia visual mantm o contato com a linha guia (objeto rastreado), permitindo a localizao de portas, entradas e objetos que estejam prximos linha guia. <83> <R+> Figura 89. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa -- tcnica de toque e rastreio -- pessoa com deficincia visual localiza uma porta. <R-> Fonte: Acervo pessoal. 3.9.9 Tcnica de toque e deslize Essa tcnica utilizada para encontrar uma pista no solo, da qual a pessoa com deficincia visual tem um conhecimento prvio. A pessoa faz um toque de cada lado, como na tcnica de toque, em seguida faz um deslize no centro, entre os dois pontos onde tocou, voltando a tocar aps o deslize no lado que tocou pela ltima vez. <R+> Figura 90. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa -- tcnica de toque e deslize -- <P> evidenciando a coordenao p-bengala. Fonte: Acervo pessoal. <84> Figura 91. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa -- tcnica de toque e deslize -- evidenciando a coordenao p-bengala. Fonte: Acervo pessoal. Figura 92. _`[no adaptada._`] Tcnica de bengala longa -- tcnica de toque e deslize -- evidenciando deslize no centro (linha mdia do corpo). <R-> Fonte: Acervo pessoal. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Primeira parte