Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Departamento Técnico-Especializado Divisão de Imprensa Braille Av. Pasteur, 350-368 -- Urca 22290-250 Rio de Janeiro -- RJ Brasil Tel.: (21) 3478-4442 Fax: (21) 3478-4444 E-mail: ~,ibc@ibc.gov.br~, ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.br~, -- 2023 --
GOVERNO FEDERAL PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Jair Messias Bolsonaro MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Victor Godoy Veiga INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT João Ricardo Melo Figueiredo DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO Elise de Melo Borba Ferreira DIVISÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA Luiz Paulo da Silva Braga
ROMPENDO BARREIRAS:
GUIA PRÁTICO DE
ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE
DO INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT
Dados do livro em tinta
Copyright `(C`) Instituto
Benjamin Constant, 2022
ISBN 978-65-00-60906-6
Lista de Abreviaturas
Lista de figuras
Primeira Parte
Figura 1: Rua de mão
dupla ::::::::::::::::::::: 30
Figura 2: Pista verbal ::: 31
Figura 3: Pista
olfativa :::::::::::::::::: 32
Figura 4: Pista sonora ::: 33
Figura 5: Pista
cinestésica ::::::::::::::: 33
Figura 6: Pista tátil :::: 33
Figura 7: Ponto de
referência :::::::::::::::: 34
Figura 8: Técnica de Guia
Vidente -- posição básica
na altura do cotovelo --
foto de perfil :::::::::::: 42
Figura 9: Técnica de Guia
Vidente -- posição básica
-- foto frontal ::::::::::: 42
Figura 10: Técnica de
Guia Vidente -- posição
básica -- close no
posicionamento da mão ::::: 42
Figura 11: Técnica de
Guia Vidente -- troca de
lado -- foto de perfil :::: 44
Figura 12: Técnica de
Guia Vidente -- troca de
lado evidenciando o
rastreamento nas costas
do guia vidente ::::::::::: 44
Figura 13: Técnica de
Guia Vidente -- troca de
lado evidenciando o contato
permanente com o guia
vidente ::::::::::::::::::: 44
Figura 14: Técnica de
Guia Vidente -- troca de
lado finalização da
técnica ::::::::::::::::::: 45
Figura 15: Técnica de
Guia Vidente -- troca de
lado completa ::::::::::::: 45
Figura 16: Técnica de
Guia Vidente -- mudança
de sentido -- ambos virados
para a esquerda ::::::::::: 46
Figura 17: Técnica de
Guia Vidente -- mudança
de sentido -- foto
evidencia o contato
permanente entre o guia
vidente e a pessoa com
deficiência visual :::::::: 46
Figura 18: Técnica de
Guia Vidente -- mudança
de sentido -- ambos virados
para direita :::::::::::::: 47
Figura 19: Técnica de
Guia Vidente -- passagens
estreitas -- foto evidencia
a flexão do braço do guia
vidente nas costas, e a
pessoa com deficiência
visual com a mão esquerda
no punho e a direita no
ombro do guia ::::::::::::: 48
Figura 20: Técnica de
Guia Vidente -- passagens
estreitas -- ambos passando
por uma porta estreita
enfileirados :::::::::::::: 48
Figura 21: Técnica de
aceite ou recusa de ajuda
-- foto evidencia o guia
vidente puxando o braço da
pessoa com deficiência
visual :::::::::::::::::::: 50
Figura 22: Técnica de
aceite ou recusa de ajuda
-- foto evidencia a pessoa
com deficiência visual se
desvencilhando para assumir
a posição básica :::::::::: 50
Figura 23: Técnica de
Guia Vidente -- subir
escadas -- guia vidente
segurando o corrimão faz
uma pausa para que a pessoa
com deficiência visual
se enquadre para iniciar a
subida :::::::::::::::::::: 52
Figura 24: Técnica de
Guia Vidente -- subir
escadas -- guia vidente
segurando o corrimão e
pessoa com deficiência
visual, em posição básica,
sobe ficando sempre um
degrau atrás :::::::::::::: 52
Figura 25: Técnica de
Guia Vidente -- subir
escadas -- guia vidente
sobe o primeiro degrau e
faz uma pausa para
percepção da pessoa com
deficiência visual, ambos
seguram o corrimão :::::::: 53
Figura 26: Técnica de
Guia Vidente -- subir
escadas -- guia vidente e
pessoa com deficiência
iniciam a subida :::::::::: 53
Figura 27: Técnica de
Guia Vidente -- descer
escadas -- guia vidente
segura o corrimão com a
mão direita e a pessoa com
deficiência visual se
posiciona no lado
esquerdo :::::::::::::::::: 53
Figura 28: Técnica de
Guia Vidente -- descer
escadas -- guia vidente e
pessoa com deficiência
visual descem segurando o
corrimão com a mão
direita ::::::::::::::::::: 54
Figura 29: Técnica de
Guia Vidente -- passagem
por portas -- guia vidente
faz postura de passagem
estreita e pessoa com
deficiência visual assume
a posição e com a mão livre
localiza a maçaneta ::::::: 55
Figura 30: Técnica de
Guia Vidente -- sentar em
cadeiras -- guia vidente
posiciona a pessoa com
deficiência visual de
frente para o assento e
coloca uma das mãos no
encosto da cadeira :::::::: 56
Figura 31: Técnica de
Guia Vidente -- sentar em
cadeiras -- pessoa com
deficiência visual senta-se
sem perder o contato com a
cadeira ::::::::::::::::::: 56
Figura 32: Técnica de
Guia Vidente -- cadeiras
perfiladas -- localização
da fileira :::::::::::::::: 58
Figura 33: Técnica de
Guia Vidente -- cadeiras
perfiladas -- rastreio e
localização do assento
vazio ::::::::::::::::::::: 58
Figura 34: Técnica de
Guia Vidente -- cadeiras
perfiladas -- varredura do
assento ::::::::::::::::::: 58
Figura 35: Técnica de
Guia Vidente -- cadeiras
perfiladas -- foto
evidencia a saída de
cadeiras perfiladas, em que
o guia vidente deve sair
primeiro :::::::::::::::::: 58
Figura 36: Técnica de
Guia Vidente -- entrando
em carros -- identificação
da maçaneta ::::::::::::::: 60
Figura 37: Técnica de
Guia Vidente -- entrando
em carros -- localização do
teto do carro ::::::::::::: 60
Figura 38: Técnica de
Guia Vidente -- entrando
em carros -- varredura do
assento ::::::::::::::::::: 60
Figura 39: Técnica de
Guia Vidente -- entrando
em carros -- foto evidencia
a entrada da pessoa com
deficiência visual no carro
com uma mão na porta e
outra no teto do carro :::: 60
Figura 40: Técnica de
Guia Vidente -- entrando
em carros -- pessoa com
deficiência visual sentada
no carro fechando a
porta ::::::::::::::::::::: 61
Figura 41: Técnica de
autoproteção Inferior --
pessoa com deficiência
visual realizando a técnica
de autoproteção inferior
com antebraço protegendo a
área do abdômen ::::::::::: 62
Figura 42: Técnica de
autoproteção Superior --
pessoa com deficiência
visual realizando a técnica
de autoproteção superior
com antebraço protegendo
tórax e cabeça :::::::::::: 64
Figura 43: Técnica de
autoproteção -- Pessoa com
deficiência visual
realizando a técnica de
autoproteção superior e
inferior ao mesmo tempo ::: 64
Figura 44: Técnica de
rastreamento -- a pessoa
com deficiência visual
utiliza uma das mãos para
rastrear uma parede ::::::: 66
Figura 45: Técnica de
rastreamento -- a pessoa
com deficiência visual
utiliza uma das mãos para
rastrear uma parede, foto
evidencia a ponta dos dedos
semiflexionados ::::::::::: 66
Figura 46: Técnica de
enquadramento e tomada de
direção -- a pessoa com
deficiência visual se
enquadra num ponto de
referência (porta) para
localizar um objeto
(cadeira) ::::::::::::::: 67
Figura 47: Técnica de
enquadramento e tomada de
direção -- a pessoa com
deficiência visual,
fazendo uso da
autoproteção inferior,
localiza a cadeira :::::::: 68
Figura 48: Técnica de
familiarização de ambientes
-- a pessoa com deficiência
visual se enquadra no ponto
de referência ::::::::::::: 70
Figura 49: Técnica de
familiarização de ambientes
-- a pessoa com deficiência
visual percorre todo o
perímetro identificando os
mobiliários que compõem o
espaço :::::::::::::::::::: 70
Figura 50: Técnica
localização de objetos
caídos -- pessoa com
deficiência visual faz uma
varredura com pé até
localizar o objeto :::::::: 71
Figura 51: Técnica
localização de objetos
caídos -- pessoa com
deficiência visual se
abaixa realizando a técnica
de autoproteção superior e
localiza o objeto com o
dorso da mão :::::::::::::: 71
Figura 52: Pré-bengala --
foto de brinquedos que
podem ser utilizados como
pré-bengala ::::::::::::::: 73
Figura 53: Bengala longa
-- foto evidencia a
importância da altura da
bengala longa de acordo com
seu usuário ::::::::::::::: 74
Figura 54: Bengala longa
-- bengala telescópica :::: 76
Figura 55: Bengala longa
-- bengala dobrável ::::::: 77
Figura 56: Bengala longa
-- bengala inteiriça :::::: 77
Figura 57: Tipos de
ponteira -- ponteira fixa
de encaixe :::::::::::::::: 78
Figura 58: Tipos de
ponteira -- ponteira roller
de encaixe :::::::::::::::: 78
Figura 59: Tipos de
ponteira -- rolling ball
de encaixe :::::::::::::::: 79
Figura 60: Padronização da
bengala longa por cores --
bengala longa branca com
último gomo amarelo ::::::: 80
Figura 61: Padronização da
bengala longa por cores --
bengala longa branca com
último gomo vermelho :::::: 80
Figura 62: Padronização da
bengalas longa por cores
-- bengala longa verde :::: 80
Figura 63: Padronização da
bengala longa por cores --
bengala longa vermelha e
branca com gomos em cores
alternadas :::::::::::::::: 81
Figura 64: Abrir bengala
longa -- segurando no
cabo/luva, encaixar no
segundo gomo e soltar os
demais na linha média do
corpo ::::::::::::::::::::: 84
Figura 65: Fechar bengala
longa -- segurando na luva,
desencaixar do segundo
gomo, dobrando virando o
gomo solto para baixo ::::: 84
Figura 66: Fechar bengala
longa -- prender todos os
gomos com elástico :::::::: 84
Figura 67: Acomodação da
bengala longa -- em pé :::: 85
Figura 68: Acomodação da
bengala longa -- sentado
apoiado o cabo/luva no
ombro ::::::::::::::::::::: 85
Figura 69: Acomodação da
bengala longa -- sentado
com a parte do cabo/luva
dobrada ::::::::::::::::::: 86
Figura 70: Acomodação da
bengala longa -- bengala
longa aberta apoiada em um
canto ::::::::::::::::::::: 86
Figura 71: Acomodação da
bengala longa -- bengala
longa aberta pendurada em
cabide :::::::::::::::::::: 86
Figura 72: Acomodação da
bengala longa -- bengala
longa fechada acomodada
debaixo da coxa da pessoa
com deficiência visual,
sentada ::::::::::::::::::: 87
Figura 73: Tipos de
empunhadura da bengala
longa -- empunhadura de
lápis ::::::::::::::::::::: 88
Figura 74: Tipos de
empunhadura da bengala
longa -- empunhadura de
toque dorso da mão voltado
para frente ::::::::::::::: 89
Figura 75: Tipos de
empunhadura da bengala
longa -- empunhadura de
toque com dorso da mão
virado para fora :::::::::: 89
Figura 76: Técnica de
bengala longa -- técnica de
varredura -- pessoa com
deficiência visual estica o
braço à frente :::::::::::: 90
Figura 77: Técnica de
bengala longa -- técnica de
varredura -- pessoa com
deficiência visual desliza
fazendo semicírculos até se
aproximar dos seus pés :::: 91
Figura 78: Técnica de
bengala longa -- técnica de
detecção e exploração de
objetos -- pessoa com
deficiência visual detecta
o objeto :::::::::::::::::: 92
Figura 79: Técnica de
bengala longa -- técnica
de detecção e exploração de
objetos -- pessoa com
deficiência visual
posiciona a bengala longa
na vertical e desliza a mão
por ela ::::::::::::::::::: 92
Figura 80: Técnica de
bengala longa -- técnica de
detecção e exploração de
objetos -- pessoa com
deficiência visual com o
dorso de uma das mãos
explora o objeto :::::::::: 92
Figura 81: Técnica de
bengala longa em diagonal
-- pessoa com deficiência
visual apoia a ponteira na
linha guia e segura com
empunhadura de lápis um
pouco abaixo do cabo/luva
da bengala longa :::::::::: 94
Figura 82: Técnica de
bengala longa em diagonal
-- pessoa com deficiência
visual apoia a ponteira na
linha guia e segura com
empunhadura de toque um
pouco abaixo do cabo/luva
da bengala longa :::::::::: 94
Figura 83: Técnica de
bengala longa em lápis --
pessoa com deficiência
visual segura a bengala
longa na linha média do
corpo e realiza pequenos
toques no chão :::::::::::: 96
Figura 84: Técnica de
bengala longa em lápis --
pessoa com deficiência
visual segura a bengala
longa na linha média do
corpo e é conduzida por
guia vidente :::::::::::::: 96
Figura 85: Técnica de
bengala longa --
rastreamento com técnica em
diagonal -- ponteira
tocando no objeto de
rastreio :::::::::::::::::: 97
Figura 86: Técnica de
bengala longa --
rastreamento com técnica em
diagonal -- ponteira
tocando no ponto
convergente ::::::::::::::: 98
Figura 87: Técnica de
bengala longa -- técnica de
toque -- ponteira tocando o
lado esquerdo e o pé
direito à frente :::::::::: 100
Figura 88: Técnica de
bengala longa -- técnica de
toque -- ponteira tocando o
lado direito e o pé
esquerdo à frente ::::::::: 100
Figura 89: Técnica de
bengala longa -- técnica de
toque e rastreio -- pessoa
com deficiência visual
localiza uma porta :::::::: 102
Figura 90: Técnica de
bengala longa -- técnica de
toque e deslize --
evidenciando a coordenação
pé-bengala :::::::::::::::: 102
Figura 91: Técnica de
bengala longa -- técnica de
toque e deslize --
evidenciando a coordenação
pé-bengala :::::::::::::::: 103
Figura 92: Técnica de
bengala longa -- técnica de
toque e deslize --
evidenciando deslize no
centro (linha média do
corpo) ::::::::::::::::::: 103
Segunda Parte
Figura 93: Técnica de
bengala longa -- passagem
por portas -- pessoa com
deficiência visual com a
bengala longa na vertical
localiza a maçaneta da
porta ::::::::::::::::::::: 105
Figura 94: Técnica de
bengala longa -- subir
escadas -- pessoa com
deficiência visual se
enquadra de frente para
escada e identifica altura
e profundidade no primeiro
degrau :::::::::::::::::::: 107
Figura 95: Técnica de
bengala longa -- subir
escadas -- pessoa com
deficiência visual se
enquadra de frente para
escada e identifica a
largura da escada ::::::::: 107
Figura 96: Técnica de
bengala longa -- subir
escadas -- pessoa com
deficiência visual inicia a
subida mantendo a bengala
longa um degrau à
frente :::::::::::::::::::: 107
Figura 97: Técnica de
bengala longa -- descer
escadas -- pessoa com
deficiência visual inicia a
descida localizado o
corrimão e o primeiro
degrau :::::::::::::::::::: 108
Figura 98: Técnica de
bengala longa -- descer
escadas -- pessoa com
deficiência visual inicia a
descida apoiando a bengala
longa na borda do degrau à
sua frente :::::::::::::::: 109
Figura 99: Técnica de
bengala longa -- escadas
rolantes -- pessoa com
deficiência visual se
aproxima da placa de
metal ::::::::::::::::::::: 111
Figura 100: Técnica de
bengala longa -- escadas
rolantes -- pessoa com
deficiência visual apoia a
mão direita no corrimão e
posiciona-se com a bengala
longa na vertical ::::::::: 111
Figura 101: Técnica de
bengala longa -- escadas
rolantes -- ao final da
escada rolante a pessoa com
deficiência visual eleva a
ponta do pé ::::::::::::::: 111
Figura 102: Técnica de
bengala longa -- escadas
rolantes -- para perceber o
final da escada rolante a
pessoa com deficiência
visual pode ficar com um
pé em cada degrau ::::::::: 112
Figura 103: Técnica de
bengala longa -- travessia
de ruas em áreas
residenciais -- pessoa com
deficiência visual
aguardando para iniciar a
travessia ::::::::::::::::: 117
Figura 104: Técnica de
bengala longa -- travessia
de ruas em áreas
residenciais -- pessoa com
deficiência visual
aguardando termina a
travessia e identifica o
meio-fio :::::::::::::::::: 117
Figura 105: Técnica de
bengala longa -- travessia
de ruas em áreas
residenciais -- pessoa com
deficiência visual realiza
a varredura para subir a
calçada ::::::::::::::::::: 117
Figura 106: Técnica de
bengala longa -- travessia
de ruas com sinais --
pessoa com deficiência
visual aguarda o fechamento
do sinal e realiza a
travessia ::::::::::::::::: 119
Figura 107: Técnica de
bengala longa -- acesso a
elevadores -- pessoa com
deficiência visual
identifica o piso de
alerta, indicando a
entrada do elevador ::::::: 121
Figura 108: Técnica de
bengala longa -- acesso a
elevadores -- pessoa com
deficiência visual
identifica se o elevador
está no andar ::::::::::::: 121
Figura 109: Técnica de
bengala longa --
familiarização de
transportes/automóveis --
pessoa com deficiência
visual localiza a porta do
carro e a abre :::::::::::: 124
Figura 110: Técnica de
bengala longa --
familiarização de
transportes/automóveis --
pessoa com deficiência
visual entra no carro e
fecha a porta ::::::::::::: 124
Figura 111: Técnica de
bengala longa --
familiarização de
transportes/ônibus --
pessoa com deficiência
visual localiza e segura o
corrimão, em seguida
identifica o degrau para
iniciar a subida :::::::::: 127
Figura 112: Contrastes
recomendados para a
instalação do piso tátil em
relação ao piso
adjacente ::::::::::::::::: 133
Figura 113: Mudança de
direção formando ângulo
entre 150° e 180° ::::::: 135
Figura 114: Sinalização
tátil direcional :::::::::: 135
Figura 115: Mapa com as
faixas direcionais :::::::: 136
Figura 116: Mapa com
encontro de faixas
direcionais ::::::::::::::: 136
Figura 117: Símbolo da
deficiência visual :::::::: 139
Figura 118: Símbolo da
baixa visão ::::::::::::::: 140
Figura 119: Símbolo da
audiodescrição :::::::::::: 140
Figura 120: Símbolo do cão
guia :::::::::::::::::::::: 141
Figura 121: Símbolo da
surdocegueira ::::::::::::: 142
Terceira Parte
Figura 122: O uso da
comunicação háptica ::::::: 243
Figura 123: Descrição de
ambiente na comunicação
háptica ::::::::::::::::::: 245
Figura 124: Treinador
passeia com cão-guia :::::: 259
Sumário Geral
Primeira Parte
Apresentação da coleção :::: 1
Prefácio ::::::::::::::::::: 3
Apresentação do guia ::::::: 6
Notas preliminares ::::::::: 9
Primeira seção ::::::::::::: 13
1. Iniciando a nossa
conversa :::::::::::::::::: 13
2. Entendendo alguns
conceitos ::::::::::::::::: 14
2.1 Deficiência
Visual ::::::::::::::::::: 15
2.2 Orientação e
Mobilidade ::::::::::::::: 26
2.3 Ampliando conceitos na
área de OM :::::::::::::: 28
3. Conhecendo as técnicas
de Orientação e
Mobilidade ::::::::::::::: 39
3.1 Guia Vidente :::::::: 40
3.1.1 Posição básica :::: 40
3.1.2 Troca de lado ::::: 43
3.1.3 Mudança de
sentido ::::::::::::::::::: 45
3.1.4 Passagem
estreita :::::::::::::::::: 47
3.1.5 Aceite ou recusa
de ajuda :::::::::::::::::: 49
3.1.6 Subir e descer
escada :::::::::::::::::::: 51
3.1.7 Passagem de
portas :::::::::::::::::::: 55
3.1.8 Sentar-se em
cadeiras :::::::::::::::::: 56
3.1.9 Sentar-se em
auditórios ou assentos
perfilados :::::::::::::::: 57
3.1.10 Entrando em
carros :::::::::::::::::::: 59
3.2 Autoproteções :::::::: 61
3.2.1 Autoproteção
Inferior ::::::::::::::::: 62
3.2.2 Autoproteção
superior :::::::::::::::::: 63
3.3 Rastreamento ::::::::: 65
3.3.1 Rastreamento com a
mão ::::::::::::::::::::::: 65
3.4 Enquadramento e
Tomada de Direção ::::::: 66
3.5 Familiarização de
ambientes ::::::::::::::::: 68
3.6 Localização de objetos
caídos :::::::::::::::::::: 70
3.7 Pré-bengala :::::::::: 72
3.8 Bengala longa :::::::: 73
3.8.1 Finalidade :::::::: 74
3.8.2 Comprimento da
bengala longa ::::::::::::: 74
3.8.3 Tipos de bengala
longa ::::::::::::::::::::: 76
3.8.4 Tipos de
ponteira :::::::::::::::::: 77
3.8.5 Padronização das
bengalas longas por
cores ::::::::::::::::::::: 79
3.8.6 Reconhecimento e
manipulação da bengala
longa ::::::::::::::::::::: 81
3.8.7 Higienização da
bengala longa ::::::::::::: 82
3.8.8 Abrir e fechar a
bengala longa ::::::::::::: 83
3.8.9 Acomodação da
bengala longa ::::::::::::: 84
3.8.10 Tipos de
Empunhaduras ::::::::::::: 87
3.9 Técnica de Bengala
Longa ou de Hoover :::::: 89
3.9.1 Técnica de
varredura ::::::::::::::::: 90
3.9.2 Detecção de
exploração de objetos com
a bengala longa ::::::::::: 91
3.9.3 Técnica de bengala
longa em diagonal ::::::::: 93
3.9.4 Técnica de bengala
longa em lápis :::::::::::: 95
3.9.5 Rastreamento com
técnica em diagonal ::::::: 97
3.9.6 Técnica de
toque ::::::::::::::::::::: 98
3.9.7 Técnica de
deslize ::::::::::::::::::: 100
3.9.8 Técnicas de toque e
rastreio :::::::::::::::::: 101
3.9.9 Técnica de toque e
deslize ::::::::::::::::::: 102
Segunda Parte
3.9.10 Passagem por
portas :::::::::::::::::::: 105
3.9.11 Subir escadas :::: 105
3.9.12 Descer escadas ::: 108
3.9.13 Escadas
rolantes :::::::::::::::::: 109
3.9.14 Áreas
residenciais :::::::::::::: 113
3.9.15 Solicitando ajuda
ou informação ::::::::::::: 114
3.9.16 Travessia de ruas
em áreas residenciais ::::: 116
3.9.17 Travessia de ruas
com sinais :::::::::::::::: 118
3.9.18 Acesso aos
elevadores :::::::::::::::: 120
3.9.19 Familiarização de
transporte :::::::::::::::: 122
3.9.20 Técnica do
abandono (Drop-Off) ::: 129
3.10 Piso tátil :::::::::: 130
3.10.1 Formas de
utilização do piso tátil
na Orientação e
Mobilidade ::::::::::::::: 137
4. Símbolos de
acessibilidade mais
utilizados na Deficiência
Visual ::::::::::::::::::: 139
Segunda seção :::::::::::::: 149
Orientação e Mobilidade: a
construção de novas
trajetórias ::::::::::::::: 149
Notas ::::::::::::::::::::: 185
Terceira Parte
Aspectos relevantes da
Orientação e Mobilidade
na infância, na família e
no Ensino Fundamental:
quem, quando, como e por
quê? :::::::::::::::::::::: 187
A Orientação e Mobilidade
e o aluno com Deficiência
Múltipla ::::::::::::::::: 215
Orientação e Mobilidade na
Surdocegueira :::::::::::: 231
Um parceiro de quatro
patas: conhecendo um pouco
sobre cão-guia :::::::::::: 251
<18>
A fim de possibilitar o amplo acesso a esse conhecimento para
professores, pesquisadores, estudantes e diversos profissionais da
sociedade civil -- uma vez tendo sistematizado métodos, técnicas e
materiais de ensino utilizados nos eventos de formação --, o IBC
passa a publicar os seus materiais a partir de 2019.
É importante lembrar que as publicações são materiais utilizados
por nossos professores nos cursos e oficinas realizados pelo IBC,
sendo instrumentos de apoio em sala de aula. Convidamos todos a
conhecer a programação de cursos de Formação Continuada disponível no
site da instituição.
Esperamos que a presente publicação contribua para a prática dos
profissionais que atuam na área da deficiência visual.
Elise de Melo Borba Ferreira
Jeane Gameiro Miragaya
Valéria Rocha Conde Aljan
<19>
Prefácio
Há mais de quatro décadas o IBC realiza um trabalho de excelência na
educação e reabilitação de pessoas com deficiência visual na área de
Orientação e Mobilidade (OM), bem como na formação de profissionais
para atuarem nessa atividade.
Ao longo desses anos, porém, foram poucos os textos produzidos por
professores do IBC sobre o tema. Um dos mais importantes foi
*Orientação e Mobilidade: projeto ir e vir*, de autoria do prof.
Antonio Menescal, publicado pelo extinto Centro Nacional de Educação
Especial (CENESP) e ao qual sempre recorremos quando temos dúvida
sobre alguma técnica de OM.
O Guia Prático de Orientação e Mobilidade do Instituto Benjamin
Constant, apesar do nome, não é apenas mais um guia de OM. É a
realização de um sonho de
todos nós professores de Orientação e
Mobilidade do IBC que sempre desejamos publicar um texto que não
apenas descrevesse as técnicas de OM, mas que, por meio de uma
linguagem acessível, pudesse auxiliar todas as pessoas interessadas
em OM, e que fosse o registro de nossas atividades.
Que alegria ver concretizado esse sonho e ainda poder prefaciá-lo!
Parabéns ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Orientação e Mobilidade
(GEPOM) por essa publicação que, com certeza, irá auxiliar não só os
profissionais de OM, mas também pais e responsáveis de pessoas com
deficiência visual.
Para além das técnicas de OM, o presente Guia também apresenta
textos complementares que abordam temas de extrema importância e que tornam
essa publicação ainda mais completa. Aproveitem ao máximo cada um deles.
Para terminar, não posso deixar de registrar o meu orgulho de vocês,
colegas do GEPOM. Vocês concretizaram brilhantemente o sonho de todos
nós professores de Orientação e Mobilidade do Instituto Benjamin Constant.
Valéria Aljan
Professora do Ensino Básico,
Técnico e Tecnológico
Instituto Benjamin Constant
<20>
Apresentação do guia
Este Guia é resultado do trabalho desenvolvido pelo Grupo de
Estudos e Pesquisa em Orientação e Mobilidade (GEPOM), criado em
2019, tendo como membros professores de Orientação e Mobilidade (OM)
que atuam na habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência
visual no Instituto Benjamin Constant (IBC).
Pretendemos com este Guia ampliar as informações acerca da OM, com
experiências e adaptações realizadas pelo Grupo na nossa prática
profissional e compartilhar de forma didática os conhecimentos
básicos dessa atividade, objetivando alcançar um maior número de
pessoas que possam auxiliar sujeitos com deficiência visual (DV) a
terem maior independência e autonomia em sua locomoção, podendo,
dessa forma,
exercerem sua cidadania e seu direito de ir e vir.
Confeccionar um guia prático que permita o acesso a informações e
às técnicas de guia vidente, de autoproteção e de bengala longa em
uma linguagem simples não substitui a necessidade de formação para
futuros profissionais da área. Não pretendemos com esse material
aprofundarmos conceitos relacionados à DV.
O Guia destina-se a professores e aos demais profissionais que
atuam na área da DV e/ou que tenham interesse por ela. É de
fundamental importância a participação de todos nesse processo de
ensino-aprendizagem, para melhor desenvolvimento da independência e
autonomia dessa pessoa, proporcionando sua inclusão social, escolar e
laboral.
Contamos com a participação de colaboradores que resgataram a
história da OM no IBC, no intuito de preservá-la e difundi-la.
Tivemos também a participação de outros colaboradores que abordaram
temas atuais, relevantes e necessários à inclusão da pessoa com
múltipla deficiência sensorial visual e com surdocegueira.
Desejamos a todos uma boa leitura!
Grupo de Estudos e Pesquisa em
Orientação e Mobilidade
(GEPOM)
<21>
Notas preliminares
Logomarca do Grupo
Grupo de Pesquisa e Estudos em
Orientação e Mobilidade --
GEPOM
Nossa Logomarca foi criada com letras pretas em caixa alta, em
formato bastão e estilizadas. Nela, a letra O possui óculos escuro na parte
superior, e o último traço da letra M é maior que os demais, fazendo
alusão a uma bengala longa, e no final de sua extremidade tem um
círculo caracterizando uma ponteira roller.
Explicação do Personagem
Neste Guia criamos um personagem, o Ben, que auxiliará você, leitor,
na compreensão de alguns conceitos utilizados em Orientação e
Mobilidade. O nome dele é uma homenagem ao Prof. Benjamin Constant
Botelho de Magalhães, professor de Matemática e terceiro diretor do
Imperial Instituto dos Meninos Cegos, fundado em 1854. Em 1891, o
Instituto teve seu nome alterado para Instituto Benjamin Constant.
Em breve outros personagens serão criados para nos auxiliar a contar
um pouco mais da nossa experiência na área de Orientação e Mobilidade.
Aguardem novidades!
Descrição do personagem: O Ben é um menino jovem, de pele branca
e cabelos curtos e castanhos, veste uma camisa branca com uma estampa
frontal fazendo alusão ao Sistema Braille, calça azul e sapatos
escuros. Usa óculos escuros e uma bengala longa com ponteira roller.
Primeira Seção
<23>
1. Iniciando a nossa conversa
A Orientação e Mobilidade é uma área relativamente recente e em
sistematização no Brasil. Ainda são poucos os estudos nessa área tão
importante para a conquista da autonomia, da independência e da
cidadania da pessoa com DV, promovendo sua inclusão social.
Conforme documento publicado pelo Ministério da Educação (MEC) em
1995 (BRASIL, 1995) e ratificado em 2001 (BRASIL, 2001), a educação
do aluno com DV deve considerar a complementação curricular
específica por meio dos seguintes conteúdos: Orientação e Mobilidade,
Atividade da Vida Diária, Escrita Cursiva e Soroban. Além dessa
complementação curricular,
o Sistema Braille deve ser
contemplado,
caso o aluno seja considerado educacionalmente cego. Neste guia, o
nosso enfoque será especificamente as questões relacionadas à OM.
No IBC, a OM é realizada desde a década de 1980. Ao longo desse
período, ministramos cursos e capacitações na área, além de publicar
diversos artigos sobre o tema.
2. Entendendo alguns conceitos
Antes de abordarmos a OM como uma área de conhecimento, é necessário
conhecermos quem é a pessoa que utilizará essas técnicas e suas
especificidades.
2.1 Deficiência Visual
A DV é compreendida como a cegueira, baixa visão (1) ou visão
monocular (2), podendo ser congênita ou adquirida.
A cegueira é a alteração de uma ou mais funções da visão que afeta
de modo irremediável a capacidade de perceber cor, tamanho, distância,
forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente
(BRASIL, 2007).
::::::::::::::::::::::::::::::::::
em uma perspectiva não negacionista da
deficiência (IBC, 2021).
executar isso com
naturalidade, da mesma forma que você executa.
9. Ao falar de "sexto sentido" e de "compensação da natureza", em se
tratando de deficiência, perpetuam-se conceitos equivocados; o que a
pessoa com deficiência visual realiza é fruto do aprendizado
contínuo, ou simples desenvolvimento de recursos mentais presentes em
todas as pessoas.
10. Conversando sobre a deficiência visual com quem não vê, use a
palavra cego com naturalidade e mantenha a linguagem sem se preocupar em
trocar a palavra ver por ouvir.
11. Ao acompanhar a pessoa com deficiência visual evite empurrá-la
ou puxá-la com rigidez; basta deixá-la segurar o seu braço, que o
movimento de seu corpo lhe dará a orientação de que ela precisa.
12. Atravessar um cruzamento com uma pessoa com deficiência visual em
diagonal pode fazê-la
perder a orientação; tente seguir em linha reta.
13. Sempre ofereça ajuda à pessoa com deficiência visual que esteja
querendo atravessar a rua ou tomar condução; ainda que seu
oferecimento seja recusado ou mesmo mal-recebido por algumas delas,
esteja certo de que a maioria lhe agradecerá o gesto.
<26>
14. Ao conduzir uma pessoa com deficiência visual evite rodá-la ao
posicioná-la para sentar, basta colocar a mão dela no espaldar ou no braço da
cadeira, que isso lhe indicará sua posição.
15. Ao conduzir uma pessoa com deficiência visual em um ambiente que
lhe é desconhecido, oriente-a de modo que ela possa locomover-se com
maior independência.
16. A suposição de que toda pessoa com deficiência visual pode
localizar a porta onde deseja entrar ou o lugar onde queira ir,
contando os passos é um engano. Estes não podem servir de referência,
pois cada pessoa tem uma dimensão de passo, em função do comprimento
de seus membros inferiores.
17. Quando encontrar uma pessoa com deficiência visual que já
estiver acompanhada, abstenha-se de pegá-la pelo outro braço e não
lhe fique dando avisos. Deixe-a ser orientada somente por quem a
estiver acompanhando inicialmente.
18. Certifique-se ao dizer "à direita", "à esquerda", tendo como
referência a pessoa com deficiência visual, pois muitos se enganam ao
tomarem como referência a própria posição e não a da pessoa com
deficiência visual que caminha em sentido contrário ao seu.
19. O pedestre com deficiência visual costuma ser muito observador;
ele desenvolve meios e modos de saber onde está. Ao sair de casa ele
faz o que todos deveriam fazer: informa-se sobre o caminho a seguir
para chegar a seu destino. Na primeira vez poderá confundir-se, mas
depois raramente se enganará; saliências, depressões, ruídos e odores
característicos, servirão para sua melhor orientação.
20. Portas e janelas meio abertas constituem obstáculos perigosos.
Onde houver alguma pessoa com deficiência visual deixe-as sempre
fechadas ou bem encostadas à parede, quando abertas.
21. Deixe o caminho livre de objetos por onde as pessoas com
deficiência visual costumam passar.
22. Quando quiser falar com a pessoa com deficiência visual,
dirija-se diretamente a ela, pois ela não necessita de um intérprete.
<27>
23. Anuncie-se ao entrar no recinto onde haja pessoas com
deficiência visual; isso auxilia a sua identificação.
24. Informe sua saída quando estiver conversando com uma pessoa com
deficiência visual, principalmente se houver algo que a impeça de
perceber seu afastamento; ela pode dirigir-lhe a palavra e ver-se na
situação desagradável de falar sozinha.
25. Aperte a mão da pessoa com deficiência visual ao encontrá-la ou
ao despedir-se dela; o aperto de mão é uma forma de comunicação e representa um
ato de cordialidade.
26. Apresente o seu visitante com deficiência visual a todas as
pessoas presentes em um determinado ambiente; assim procedendo, você
facilitará a possível inclusão dele ao grupo.
27. Identifique-se ao encontrar uma pessoa com deficiência visual,
pois perguntas como "Sabe quem sou eu?", "Veja se adivinha quem sou",
mesmo que seja
por brincadeira, são sempre constrangedoras.
28. Evite a comunicação por gestos e mímica, em um ambiente onde
haja pessoa com deficiência visual, essa atitude caracteriza um ato
de exclusão.
29. Sempre peça permissão para fotografar, gravar ou filmar uma
pessoa com deficiência visual.
30. Não se constranja em alertar a pessoa com deficiência visual
quanto a qualquer inadequação no seu vestuário.
31. Durante as refeições, informe a pessoa com deficiência visual
com relação à posição dos alimentos colocados em seu prato, bem como
à posição dos talheres e copos na mesa, evitando assim qualquer incidente.
32. Não tenha constrangimento ou desconfiança em receber ajuda,
aceitar colaboração por parte de alguma pessoa com deficiência
visual; o conhecimento é inerente a todos.
sentido horário, sentido anti-
-horário.
• Direção: está relacionada ao que diz respeito à posição
horizontal, vertical, norte, sul, leste, oeste.
OM Importante
Um exemplo são as ruas de mão dupla ou ruas de mão única. Na rua de
mão dupla a direção é a mesma, mas os sentidos são diferentes e na
rua de mão única a direção e os sentidos são iguais.
Mesmo que a rua tenha uma curva não significa que mudou de direção, apenas o sentido.
_`[Figura 1 "Rua de mão dupla". Na parte superior, lê-se: "Rua de mão
dupla -- calçadas". Abaixo, centralizados, na horizontal, estão as
imagens de prédios e calçadas de uma lado e de
outro, e, no meio, há
setas em sentidos distintos._`]
_`[Figura 4. "Pista sonora", em que Ben está com a bengala longa na
posição vertical à direita de um semáforo com sinalização sonora._`]
• Pistas sonoras: são aquelas percebidas pela audição.
_`[Figura 5. "Pista cinestésica" em que Ben com a bengala longa na
diagonal sobre um quebra-molas._`]
• Pistas cinestésicas: são mudanças percebidas pelo movimento
corporal.
_`[Figura 6. "Pista tátil", em que Ben boquiaberto com os dedos da
mão direita contraídos próximos a uma vela acesa sobre uma mesa._`]
<32>
• Pistas táteis: são as informações percebidas por meio da pele.
OM Importante
No caso da perda visual, total ou parcial, os demais sentidos devem
ser estimulados, porém isso não caracteriza a compensação de um pelo
outro. Assim como os demais, a audição deve ser estimulada pelas
pessoas que convivem com a pessoa com deficiência visual, pois esse
sentido requer desenvolvimento e aprendizado, facilitando a aquisição
de conceitos importantes como elementos sonoros (trânsito), sons de
objetos caindo em diferentes pisos etc.
• Tato: a pele é o maior órgão do corpo humano e nos fornece
informações térmicas, mecânicas e dolorosas por meio do sentido do
tato. Diferentemente dos demais sentidos, esse nos obriga a entrar em
contato com o objeto a ser percebido. Há dois tipos de tato: o tato
discriminativo ou fino que está presente na palma da mão e na sola
dos pés e nos permite identificar com precisão os objetos; e o tato
grosseiro que está presente em todo o corpo, permitindo,
majoritariamente, as sensações térmicas e dolorosas, sendo lento
e impreciso.
• Olfato: é o sentido responsável pela identificação e discriminação
dos cheiros.
OM Importante
O olfato auxilia na identificação e discriminação de alguns
ambientes, como padaria, salão de beleza, postos de gasolina, dentre
outros, devido ao cheiro característico desses lugares.
<34>
• Paladar: é o sentido que nos permite reconhecer os sabores e
sentir a textura dos alimentos, porém ele não é um sentido utilizado
nas técnicas de OM.
Esse sentido deve ser estimulado em outras
atividades, sobretudo com crianças.
• Visão: é a percepção do mundo exterior por meio dos olhos. Em
algumas pessoas com deficiência visual essa percepção pode estar
diminuída (resíduo visual). Esse resíduo deve ser identificado,
estimulado e utilizado nas técnicas de OM a partir da intervenção de
um profissional da área, no decorrer do treinamento.
• Propriocepção e cinestesia: propriocepção é a capacidade de
reconhecer a posição do nosso corpo e cada uma de suas partes sem a
necessidade do sentido da visão, enquanto a cinestesia é a sensação
ou percepção do movimento do corpo favorecendo a postura e o caminhar.
• Sentido vestibular: é um conjunto de estruturas localizadas no
ouvido interno, que detectam os movimentos do corpo e que
contribuem para a manutenção do equilíbrio.
3.1.2 Troca de lado
Para essa técnica o guia vidente ou a pessoa com deficiência visual
deverá informar a mudança de lado. A pessoa com deficiência visual
deverá, com a mão livre, rastrear as costas do guia vidente até
localizar o outro braço e segurá-lo na altura do cotovelo com a mão
livre. A partir de então passa para o lado desejado. O braço dela
deverá ficar estendido à frente, de forma que a manterá um passo
de distância do guia vidente.
Na troca de lado, a pessoa com deficiência visual não deve perder o
contato com o guia vidente e este deve atentar-se que essa técnica
deverá ser realizada quando houver obstáculos no trajeto que
apresentem algum risco de acidente para a pessoa com deficiência
visual ou por motivo de desconforto ou incômodo no lado em que ela
esteja segurando.
<37>
com deficiência visual se desvencilhando
para assumir a posição básica.
descer escadas -- guia vidente segura o corrimão com a mão direita e a
pessoa com deficiência visual se posiciona no lado esquerdo.
Fonte: Acervo pessoal.
<45>
OM Importante
Assim como ocorre na subida de escadas, durante a descida, o guia
vidente e pessoa com deficiência visual seguram o corrimão ao mesmo
tempo.
Figura 28. _`[não adaptada._`] Técnica de Guia Vidente -- descer
escadas -- guia vidente e pessoa com deficiência visual descem
segurando o corrimão com a mão direita.
Fonte: Acervo pessoal.
3.1.7 Passagem de portas
Ao avistar a porta, o guia vidente deverá dar as características
desta à pessoa com deficiência visual (lado de abertura, tipo de
porta, de maçaneta) e, logo isso, colocar seu braço na posição de
passagem estreita. A pessoa com deficiência visual deverá manter
contato com o braço do guia vidente até encontrar a maçaneta; após
encontrá-la, fecha a porta e volta à posição básica.
Quando necessário, o guia vidente poderá indicar a necessidade de
troca de lado antes de passar pela porta e colocar a mão da pessoa com
deficiência visual na maçaneta.
<46>
poderá fechar a porta ou perguntar à pessoa se ela mesma o deseja
fazê-lo.
entrando em carros -- foto evidencia a entrada da pessoa com deficiência
visual no carro com uma mão na porta e outra no teto do carro.
Fonte: Acervo pessoal.
<51>
Figura 40. _`[não adaptada._`] Técnica de Guia Vidente -- entrando
em carros -- pessoa com deficiência visual sentada no carro fechando
a porta.
objetos. As autoproteções podem ser utilizadas em conjunto com outras técnicas de
OM, como o guia vidente e a bengala longa, e com outros recursos de tecnologia assistiva.
3.2.1 Autoproteção inferior
Essa técnica possibilita a proteção da parte inferior do corpo. É
usada em áreas internas e ambientes familiares. A pessoa com
deficiência visual deve posicionar o braço e o antebraço à frente do
corpo em diagonal com a mão apontada para baixo. O dorso da mão fica
voltado para fora a uma distância de, aproximadamente, 20 cm do
corpo, o suficiente para evitar o contato com obstáculos que estejam à sua frente.
<52>
autoproteção inferior com antebraço protegendo área do abdômen.
Fonte: Acervo pessoal.
OM Importante
Alertamos a importância dessa técnica ser realizada tanto com a mão
direita, quanto com a mão esquerda, pois a maioria das pessoas tem o
hábito de só realizá-la com o seu membro superior dominante.
realizando a técnica de autoproteção superior e
inferior ao mesmo tempo.
visual a se situar no espaço,
estabelecendo uma linha reta para
alcançar mais facilmente o seu objetivo. Embora sejam técnicas
distintas, na prática, elas são utilizadas de maneira combinada.
No enquadramento, a pessoa com deficiência visual deve encostar os
ombros, as costas ou os calcanhares na linha guia, ou objeto
significativo no ambiente (porta, mesa ou outros), a partir disso
traçar uma linha perpendicular imaginária e caminhar em direção ao
seu objetivo, que é a tomada de direção.
O alinhamento com os dedos dos pés é utilizado para subir ou descer
escadas ou em meios-fios.
(porta) para localizar um objeto (cadeira).
Fonte: Acervo pessoal.
<56>
Figura 47. _`[não adaptada._`] Técnica de enquadramento e tomada de
direção -- a pessoa com deficiência visual fazendo uso da autoproteção
inferior, localiza a cadeira.
ponto de partida (preferencialmente a porta principal de acesso ao
ambiente), faz o enquadramento paralelo à linha da parede ou objeto
(linha guia) e inicia o rastreamento da linha guia circundando todo o
ambiente no seu perímetro até retornar ao ponto de partida.
Após a familiarização do ambiente, deve-se fazer o método do
cruzamento, caracterizado quando a pessoa com deficiência visual
utiliza o ponto de partida já estabelecido, faz o enquadramento e
cruza até o lado oposto. Durante esse cruzamento em linha reta, a
pessoa deve usar as autoproteções superior e inferior.
Na familiarização do ambiente, a pessoa com deficiência visual deve
receber todas as pistas relevantes do ambiente e, ao final, ser capaz
de fazer o mapa mental do espaço apresentado. Essa técnica permite
que a pessoa com
deficiência visual se sinta incluída no espaço à
medida que estabelece relações com ele.
<57>
OM Importante
Nessa técnica, algumas adaptações podem e devem ser feitas, como
solicitar ajuda quando se tratar de objetos que rolam e pisos que
abafem o som (carpete, tapete, emborrachados etc.). A pessoa com
deficiência visual deve pedir ajuda priorizando sempre sua
integridade física. Idosos e pessoas com dificuldades de locomoção
também devem fazer o mesmo.
3.8.1 Finalidade
Proporcionar à pessoa com deficiência visual ou surdocegueira um
modo de locomoção com segurança, eficiência e independência, tanto em
ambientes familiares como desconhecidos.
<60>
3.8.2 Comprimento da bengala
longa
O tamanho da bengala longa é personalizado sendo determinado pela
estatura, tipo físico e extensão do passo. Normalmente se usa como
medida de referência uma linha reta que vai da parte inferior do osso
esterno (osso localizado na parte da frente do corpo, entre as
costelas) até o solo.
bengala longa de acordo com seu usuário.
Fonte: Acervo pessoal.
OM Importante
Ao adquirir uma bengala longa devemos observar o seu tamanho, pois
elas são encontradas em metros ou polegadas dependendo do seu fabricante,
conforme descrito no Quadro 1, a seguir:
_`[Quadro 1 "Tamanhos de bengala longa (metros e polegas)", adaptado
em duas partes:
1ª) metro; 2ª) Polegadas (aproximadamente 2,54 cm)
1,10 m; 42
1,15 m; 44
1,20 m; 46
1,25 m; 48
1,30 m; 50
1,35 m; 52._`]
Figura 55. _`[não adaptada._`] Bengala longa -- bengala dobrável.
Fonte: Acervo pessoal.
<62>
• Bengala inteiriça: é confeccionada em alumínio. Possui 1 metro de
comprimento e a parte inferior tem revestimento fosforescente de 15
cm. Atualmente, é pouco utilizada.
Figura 56. _`[não adaptada._`] Bengala longa -- bengala inteiriça.
Fonte: Acervo pessoal.
3.8.4 Tipos de ponteira
• Ponteira fixa ou tradicional: ponteira reta com extremidades
arredondadas e confeccionadas em nylon. Fixam-se à bengala por meio
de rosca, gancho ou encaixe.
Figura 57. _`[não adaptada._`] Tipos de ponteira -- ponteira fixa de
encaixe.
Fonte: Acervo pessoal.
• Ponteira roller: ponteira reta com extremidades arredondadas e
confeccionada em nylon. Possui um rolamento em torno do próprio eixo e
favorece a locomoção da pessoa com deficiência visual pois mantém
contato permanente com o solo.
<63>
Figura 58. _`[não adaptada._`] Tipos de ponteira -- ponteira roller
de encaixe.
Fonte: Acervo pessoal.
• Ponteira rolling ball: ponteira em formato de uma esfera com cerca
de 5 cm de diâmetro, possui um rolamento em torno do próprio eixo e
favorece a locomoção da pessoa com deficiência
visual pois mantém
contato permanente com o solo.
Figura 59. _`[não adaptada._`] Tipos de ponteira -- rolling ball de
encaixe.
Fonte: Acervo pessoal.
OM Importante
A ponteira rolling ball é pouco utilizada no Brasil. Observamos em
nossos atendimentos que essa ponteira atende às necessidades de
pessoas com lesões de punho ou alterações de marcha.
(cegueira, baixa visão ou
surdocegueira).
Existem três cores de bengala longa para essas pessoas:
por cores -- bengala longa verde.
Fonte: Acervo pessoal.
• Surdocego: bengala com gomos vermelhos e brancos alternados.
Figura 63. _`[não adaptada._`] Padronização da bengalas longa por
cores -- bengala longa vermelha e branca alternado.
Fonte: Acervo pessoal.
3.8.8 Abrir e fechar a bengala
longa
Para abrir a bengala longa, a pessoa com deficiência visual deve se
atentar para que o objeto esteja na linha média do seu corpo, na altura do
seu tronco, com o cabo virado para cima. O usuário deve encaixar o
primeiro gomo no cabo e, dessa forma, os demais se encaixarão
automaticamente. Para se certificar de que a bengala está aberta e os
gomos corretamente encaixados, a pessoa com deficiência visual deve
dar um leve toque com a bengala no chão, encostando a ponteira no
solo, e, ao fechar, manter o mesmo posicionamento junto ao corpo,
evitando que esta esbarre nas pessoas ou em outros objetos do
entorno. Então, deve desencaixar o cabo do primeiro gomo, assim como
os demais, até que a bengala esteja totalmente fechada e finalizar
envolvendo todos os gomos do elástico.
<67>
sentado -- apoiado o cabo/luva no ombro.
Fonte: Acervo pessoal.
<69>
Figura 69. _`[não adaptada._`]
Acomodação da bengala longa --
sentado -- com a parte do cabo/luva dobrada.
Fonte: Acervo pessoal.
• Em lugar acessível: Bengala longa aberta apoiada em um canto ou
pendurada em cabide.
Figura 70. _`[não adaptada._`]
Acomodação da bengala longa --
bengala longa aberta apoiada em um canto.
Fonte: Acervo pessoal.
<70>
Figura 71. _`[não adaptada._`]
Acomodação da bengala longa --
bengala longa aberta pendurada em cabide.
Fonte: Acervo pessoal.
• Dobrada: Embaixo da cadeira, dentro da bolsa, dentro da mochila
(saco plástico).
Figura 72. _`[não adaptada._`]
Acomodação da bengala longa --
bengala longa fechada acomodada debaixo da coxa da pessoa com
deficiência visual, sentada.
Fonte: Acervo pessoal.
• Empunhadura de lápis
Essa empunhadura é menos utilizada na prática diária, sendo aplicada
sempre nas técnicas de subir escadas e detecção de meio-
-fio. Os dedos
indicador e polegar envolvem a bengala longa da mesma forma como
seguramos um lápis.
técnica de varredura -- pessoa com deficiência visual estica o braço à frente.
Fonte: Acervo pessoal.
<74>
Figura 77. _`[não adaptada._`] Técnica de bengala longa -- técnica
de varredura -- pessoa com deficiência visual
desliza fazendo semicírculos até aproximar dos seus pés
Fonte: Acervo pessoal.
técnica deve ser
realizada, preferencialmente, com o dorso da mão para a exploração do
objeto e associada à proteção superior.
<75>
deficiência visual
com o dorso de uma das mãos explora o objeto.
Fonte: Acervo pessoal.
OM Importante
Para a segurança e orientação do aluno, ressaltamos que a exploração
do objeto deve ser usada somente quando necessário, e sempre que
possível, a pessoa com deficiência visual deve solicitar ajuda e
utilizar essa técnica com cautela.
linha guia e segura com empunhadura de toque um pouco abaixo do cabo/luva da
bengala longa.
Fonte: Acervo pessoal.
<78>
OM Importante
Essa técnica só é utilizada em ambientes internos, pois não garante
a segurança da pessoa com deficiência visual e a detecção de obstáculos do lado
oposto à linha guia.
linha média do corpo e é conduzida por guia vidente.
diagonal -- ponteira tocando no objeto de
rastreio.
Fonte: Acervo pessoal.
Figura 86. _`[não adaptada._`] Técnica de bengala longa --
rastreamento com técnica em diagonal -- ponteira tocando no ponto
convergente.
longa do mesmo lado para reorganizar a coordenação pé/bengala.
evidenciando a coordenação pé-bengala.
Fonte: Acervo pessoal.
<84>
Figura 91. _`[não adaptada._`] Técnica de bengala longa -- técnica
de toque e deslize -- evidenciando a coordenação pé-bengala.
Fonte: Acervo pessoal.
Figura 92. _`[não adaptada._`] Técnica de bengala longa -- técnica
de toque e deslize -- evidenciando deslize no centro (linha média do
corpo).