Governo Federal Presidência da República Jair Messias Bolsonaro Ministério da Educação Victor Godoy Veiga Instituto Benjamin Constant João Ricardo Melo Figueiredo Departamento de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão Elise de Melo Borba Ferreira Divisão de Pós-graduação e Pesquisa Luiz Paulo da Silva Braga
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Benjamin Constant, 2022
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permitida a reprodução parcial
ou total desta obra, desde que
citada a fonte e que não seja para
venda ou qualquer fim comercial.
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e pelos direitos autorais
de textos e imagens desta
obra é dos autores.
Capa e diagramação
Wanderlei Pinto da Motta
Copidesque e revisão geral
Laize Santos de Oliveira
Marcela da Silva Abrantes
3) Manual de Adaptação de Textos Para o
Sistema Braille
4) Técnicas de Cálculo e Didática do Soroban –
metodologia: maior valor relativo
5) Transcrição e Impressão Braille no Programa Braille Fácil
6) Manual de Produção do Livro Falado
7) Rompendo barreiras: guia prático de
Orientação e Mobilidade do IBC
8) Estimulação precoce na temática da
deficiência visual
Sumário
3.4.2 -- Restrição à
orientação e domínio do
espaço e às noções
espaçotemporais :::::::::::: 47
3.5 -- Relação entre a
deficiência visual e a
linguagem :::::::::::::::::: 53
3.6 -- A parceria da
família :::::::::::::::::::: 55
Considerações finais :::::::: 57
Referências ::::::::::::::::: 61
Notas de Rodapé :::::::::::: 69
textos acadêmicos –, desenvolvidos pelos
profissionais
que atuam ou já atuaram no IBC.
A fim de possibilitar o amplo acesso a esse conhecimento para
professores,
pesquisadores, estudantes e diversos profissionais da sociedade civil
– uma vez tendo sistematizado métodos, técnicas e materiais de ensino
utilizados nos
eventos de formação –, o IBC passa a publicar os seus materiais a
partir de
2019.
É importante lembrar que as publicações são materiais utilizados por
nossos
professores nos cursos e oficinas realizados pelo IBC, sendo
instrumentos de
apoio em sala de aula. Convidamos todos a conhecer a programação de
cursos
de Formação Continuada disponível no site da instituição.
Esperamos que a presente publicação contribua para a prática dos
profissionais
que atuam na área da deficiência visual.
Elise de Melo Borba Ferreira
Jeane Gameiro Miragaya
Valéria Rocha Conde Aljan
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
<6>
1 -- Introdução
A gestação, de modo geral, confere grande expectativa nos planos do
casal, seja de forma planejada ou não. Os anseios do filho ideal,
dito pelo senso
comum como “normal ou perfeito”, com as características físicas, cor
dos olhos,
tipo de cabelo, formato do rosto, do nariz e as semelhanças
genéticas, passam
pelo imaginário dos pais desde quando aguardam a chegada do bebê.
Tal idealização dos pais sobre os filhos perpassa não só todas as
possíveis
combinações de códigos da árvore genealógica de seus ancestrais, mas
também
por expectativas de sucesso e muitos medos até chegar o momento tão
esperado:
o nascimento.
Porém, quando algo diferente do desejado nos surpreende, o que será
que
acontece? Será que esses pais se prepararam para receber o bebê com
características
que
diferem dos anseios e expectativas do período gestacional? E
agora?
Nesse sentido, a presente obra referente ao Curso de Capacitação em
Educação Precoce na temática da Deficiência Visual do Instituto
Benjamin Constant
tem o propósito de apresentar alguns apontamentos, sob um viés
pedagógico,
acerca das especificidades do diagnóstico da cegueira e da baixa
visão em crianças,
entre o nascimento e os 4 anos de idade, além de suscitar aos leitores
reflexões e, sobretudo, oportunizar a multiplicação de saberes da
referida temática
para que mais crianças com deficiência visual possam ser assistidas.
O contexto desse material é fruto de experiências de professores
especializados, cursos ministrados e bibliografia na temática da
Deficiência Visual.
Tais referências nos estimularam a estudar, pesquisar e acreditar
mais em todas
as possibilidades que o desenvolvimento infantil possui,
inclusive os
aspectos
inesperados que possam nos surpreender.
Para tanto, iniciaremos conversando um pouco sobre a deficiência
visual,
depois passaremos à conceituação da Estimulação Precoce sob o viés
pedagógico
e sua importância para o desenvolvimento da criança com deficiência
visual. Em
seguida, abordaremos alguns aspectos do desenvolvimento infantil; e,
por fim,
destacaremos a importância da participação da família no processo de
desenvolvimento
da criança na primeira infância.
Boa leitura!
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
<7>
2 -- Deficiência Visual
(DV)
Segundo dados da OMS (2021), no mundo, existem pelo menos 2,2 milhões de
pessoas com alguma deficiência visual, e boa parte dessas
pessoas não realiza os tratamentos que poderiam evitar a deficiência.
Nesse contexto, Avila, Alves e Nishi (2015) definem a deficiência
visual como uma perda total ou significativa da visão em ambos os olhos,
depois de terminadas todas as possibilidades de correção.
Em consonância com esses autores, Soares descreve que:
3 -- Estimulação Precoce
A Estimulação Precoce, segundo o documento *Diretrizes Educacionais
sobre
Estimulação Precoce*, é definida como:
O olhar atento dos familiares e dos profissionais que a acompanham,
especialmente
nos primeiros anos de vida, é fundamental para que todas as etapas
do desenvolvimento ocorram dentro de um padrão de faixa etária, sem
destoar
tanto com as etapas de desenvolvimento das crianças videntes.
<11>
A visão é fundamental na localização, compreensão e domínio do espaço; na mobilidade independente; na
comunicação não verbal que se
estabelece desde os primeiros dias de vida do bebê, entre ele e sua mãe; na
relação consigo,
com os outros e com o mundo de forma geral.
Portanto, o bebê cego precisa de auxílio constante e pistas
sensoriais do
ambiente para que possa se familiarizar e compreender o que se passa
em seu entorno e, assim, desenvolver-se satisfatoriamente (BRUNO, 1993).
assim como integrá-las aos demais tipos de informações,
advindas de
outros canais sensoriais.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
<13>
3.2 -- O desenvolvimento
neuropsicomotor da criança
O desenvolvimento humano se dá a partir do potencial hereditário que a
criança traz com ela, dos fatores ambientais, sociais e
afetivo-emocionais. O
sistema nervoso não está totalmente amadurecido desde o nascimento.
Nessa
época ele é imaturo e essencialmente plástico, sujeito a
modificações. Então, os
estímulos ambientais, sociais e afetivos são fundamentais para o
desenvolvimento
máximo do potencial do sistema nervoso da criança.
Desde o nascimento, o bebê se desenvolve concomitantemente em vários
aspectos, mas um dos que mais se evidencia é o da motricidade, tanto
que, ao
final do primeiro ano de vida, a criança geralmente fica em pé e
inicia a marcha
bípede, típica do ser humano. Pronta para explorar o mundo, ela
amplia seus
conhecimentos, se relaciona e se adapta gradativamente a ele.
O desenvolvimento da motricidade segue uma hierarquia de aquisições e
habilidades. Dos reflexos inatos, próprios do recém-nascido, chega
aos movimentos
voluntários e intencionais dos primeiros anos de vida. Os estímulos
são
captados pelos sentidos de modo geral: visão, audição, tato, entre
outros. Na
ausência do sentido visual, as informações do mundo ficam muito
restritas, interferindo
significativamente no desenvolvimento infantil, sendo necessário um
trabalho
de apoio à criança e a sua família.
Dessa maneira, “o desenvolvimento da motricidade ampla ocorre
obedecendo
a determinadas etapas numa sequência hierárquica de aquisições que
seguem
um sentido céfalo-caudal” (RODRIGUES, 2008, p. 216):
• Alcançar a marcha para frente (inicialmente com a base alargada),
independente,
própria do ser humano.
3.3 -- Fatores que interferem
no
desenvolvimento da criança:
A criança vidente sente-se atraída pelo brinquedo e este aguça a sua
curiosidade. Ela quer tocá-lo, explorá-lo e esforça-se para alcançá-lo
com as mãos
e/ou com movimentos do corpo todo.
Rodrigues (2008) sublinha que a criança com grave deficiência visual
não
encontra a *motivação* necessária à promoção do seu deslocamento no
espaço,
mantendo, com frequência, uma atitude passiva diante das situações.
Como não
pode ver o objeto, não vai buscá-lo, tende a ficar imóvel diante
dele, sem percebê-lo. Ela depende de que os objetos lhe cheguem às mãos. Dessa forma, a
iniciativa
para o movimento voluntário e intencional fica bastante prejudicada,
podendo
atrasar todo o desenvolvimento da criança. Sendo assim, torna-se
fundamental
o estímulo por parte de quem cuida dela. Quanto mais experiências e
estímulos,
menor impacto a deficiência visual terá na vida da criança.
A *imitação* é um outro fator considerado relevante no processo de
desenvolvimento
e aprendizagem da criança. No início do desenvolvimento, a
aprendizagem
é essencialmente imitativa. A visão fornece os meios necessários à
imitação
dos movimentos corporais e, também, o modelo que serve de referência
para as mais variadas atitudes. Assim como ocorrem perdas no processo
motivacional da criança com deficiência visual, a imitação também
fica prejudicada.
Dessa forma, como ela não consegue imitar visualmente, pode tender a
uma
atitude passiva diante das situações. Para a criança compreender o
movimento, é
necessário que ele seja realizado junto com ela, “corporalmente” e
com explicações,
pois os fatos mais simples e cotidianos não podem ser percebidos
naturalmente,
como acontece com a criança que vê.
A criança deficiente visual frequentemente cria movimentos próprios,
que
acabam por se transformar em *estereotipias*. Tais movimentos, como não
são
socialmente conhecidos e aceitos, podem estigmatizar o deficiente,
reforçando
preconceitos.
Os comportamentos autoestimulatórios ou estereotipados, de balanceio
da
cabeça e do corpo, sacudimento das mãos, o pressionar ou esfregar dos
olhos e
movimentos pendulares do corpo em bloco são alguns exemplos de
intercorrências
provenientes da deficiência visual (SILBERMAN; BRUCE; NELSON, 2004).
<15>
Portanto, oportunizar estímulos à criança com deficiência visual, pode
impedir que ela se isole e volte-se para si, tornando-se
introspectiva e apresentando
um comportamento muitas vezes associado com os das crianças com
características
do espectro autista.
Fonseca (1998) destaca que o desenvolvimento de estruturas motoras
precede a maturidade das estruturas mentais. Assim, a motricidade é
percebida
como a mola propulsora para o amadurecimento cognitivo do bebê. A
aquisição
de conceitos das crianças com privação visual (parcial ou total)
requer a utilização
dos sentidos remanescentes para a compreensão do seu entorno (objetos,
situações, entre outros).
De modo geral, a aquisição de conceitos pelas pessoas com deficiência
visual é conquistada inicialmente pelo sentido tátil e pela
apropriação do concreto.
Para essa aquisição acontecer, é necessário um amadurecimento das
estruturas
motoras que geram os alicerces para essas aprendizagens. Assim, a
aquisição
dos conceitos como discriminação, classificação, forma, tamanho,
comprimento
e largura estão intimamente dependentes do amadurecimento motor e,
progressivamente,
do cognitivo da criança.
Desordens motoras e cognitivas podem comprometer as crianças com
deficiência visual na primeira infância – quando é construída a base
da assimilação
dos conceitos –, podendo afetar, assim, o seu desenvolvimento global
e a sua
interação com o meio.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
<15>
permanência dos objetos”
(RODRIGUES, 2008).
<16>
O desenvolvimento motor em si não é mais lento nas crianças com
deficiência
visual. A motivação para o deslocamento é que se desenvolve num ritmo
diferente, em função da carência da entrada de informações visuais, e
acaba
por tornar a aquisição dessa habilidade mais demorada.
Se a criança tiver baixa visão, podem-se utilizar estímulos visuais,
desde
que compatíveis com sua capacidade visual. Se for cega, é importante
que haja
estímulos sonoros como brinquedos com sons interessantes e que tenham
significado
para ela, a voz dos responsáveis acompanhada da sua presença, por
exemplo,
é um excelente estímulo.
Como a orientação pelo som só ocorre mais tarde, pois leva mais tempo
para compreender o seu significado, a criança com deficiência visual
pode ter um
atraso no seu desenvolvimento motor
inicial (sustentação da cabeça,
extensão
do tronco, rolar, sentar, entre outros).
É importante que essa criança, bem pequena ou que ainda não adquiriu a
postura sentada, não fique apenas em uma mesma posição (no colo do
adulto ou
deitada no berço, por exemplo). É necessário que ela experimente,
vivencie outras
possibilidades de posicionamento de seu corpo. Para isso, a calça
sensorial (6)
é bastante indicada, pois pode-se colocar a criança em várias
posições. O item
acomoda bem a criança, criando um espaço protegido e seguro.
A postura sentada é uma conquista da criança a partir do momento em
que ela ganha a possibilidade de experimentá-la. O mundo visto dessa
forma
ganha nova dimensão e a criança que vê sente-se estimulada a ficar
cada vez
mais tempo sentada. A criança com deficiência visual, não tendo
acesso a essa
nova dimensão, necessita, na maioria das vezes, de atenção especial.
Ela precisa
ser colocada nessa postura para que aos poucos ganhe equilíbrio e
possa mantê-la cada vez mais (RODRIGUES, 2008).
<17>
A marcha é sem dúvida uma das mais importantes aquisições motoras.
Ela permite ao sujeito ampliar seus conhecimentos e conquistar seu
espaço. A
marcha independente permite à criança explorar o mundo, aumentar
significativamente
suas experiências e seu aprendizado, e tomar novos rumos. Telford e
Sawrey (1977) afirmam ser a marcha independente uma das aquisições
mais
difíceis para a criança cega.
Nesse processo, a marcha lateral é imediatamente anterior à marcha
frontal.
Logo, pode-se estimular a criança com deficiência visual a rodear
móveis
baixos ou a realizar a marcha lateral com apoio em uma barra comprida
de
suporte presa à parede.
Confirmando essa perspectiva, Rodrigues (2005) aponta que Fraiberg,
em sua pesquisa com crianças americanas cegas congênitas, concluiu
que a maior
dificuldade encontrada pela criança cega ou com baixa visão acentuada
quanto à
mobilidade está no movimento que requer mudanças de postura (deitada
para
sentada; sentada para a de quatro apoios; de quatro apoios para a de
pé e desta
para a marcha) e naqueles iniciados por autodeterminação.
Então, podemos dizer que as principais razões para a baixa atividade
motora
da criança com deficiência visual nos primeiros meses de vida são: a
impossibilidade
de usar a visão como fonte de estímulo para o movimento; a escassez de
oportunidade para experimentar os movimentos do corpo no espaço; o
excesso
de cuidados por parte da família limitando suas experiências; o medo
do desconhecido;
a falta de confiança em si mesma e a impossibilidade de imitar o
movimento
das pessoas a sua volta.
3.5 -- Relação entre a
deficiência visual e a linguagem
Sob a perspectiva sociocultural, Vygotsky (1989) ressalta que o
sistema
de inter-relação estruturado em redes de significados que se
articulam na interação
com o outro proporciona a construção coletiva da linguagem, formação
de conceitos
e melhor compreensão do mundo.
A linguagem, especificamente, se constitui pela motricidade, pela
ação e
aos poucos vai se construindo a partir dos balbucios, do gestual, das
primeiras
sílabas, palavras e frases. É interessante considerar que geralmente
o núcleo
familiar é o primeiro a compreender tais manifestações e intenções do
bebê e
assim as traduzem aos demais.
Segundo Bello e Machado (2015), para a construção da linguagem
torna-se necessário o envolvimento equilibrado dos
seguintes fatores
correlacionados:
aspectos psíquicos (estímulos afetivos e interação socioafetiva),
aspectos biológicos
(maturação neurológica, características individuais, atenção e
discriminação
auditiva/visual), aspectos socioculturais (estímulo ambiental,
interação e influências
sociais).
Rodrigues descreve que “a deficiência não impõe obstáculo para o
desenvolvimento
da linguagem, mas também não o favorece” (RODRIGUES, 2008, p.
244). No caso da criança com deficiência visual, a redução do acesso
às experiências
pode acarretar alterações na linguagem como: ecolalia (8), verbalismo
(9) e o uso da 3ª pessoa do singular quando estão se referindo a si próprias.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
3.6 -- A parceria da família
Nos programas de Estimulação Precoce, a participação das famílias deve
ser valorizada e incentivada, uma vez que são a ponte direta entre os
profissionais
e a criança. Podemos considerá-las como parceira dos profissionais e,
assim,
estabelecer com elas uma relação de franqueza e confiança para que as
ações
resultem em máximo benefício para a criança. O papel da família é
fundamental
na continuidade e reforço do trabalho realizado, inserindo na rotina
doméstica os
conceitos desenvolvidos no serviço.
<22>
Geralmente, os familiares chegam para o atendimento com dúvidas,
muitas
vezes com uma sensação de “luto” e insegurança. A troca de
informações e
orientações durante as atividades ajuda as famílias a se sentirem
mais confiantes
e a perceber todo potencial da criança.
Portanto, além dos aspectos biológicos e maturacionais, é de suma
importância
o vínculo afetivo-emocional estabelecido com o núcleo familiar, de
forma a
gerar os subsídios necessários para a organização mental e
psicossocial da criança.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Considerações finais
situações, sem se empenhar em novas atividades e
aprendizagens.
<23>
A família tem papel fundamental como parceira dos profissionais que
atuam
na estimulação precoce, para que as ações propostas nos atendimentos
continuem
no âmbito doméstico e social que a criança frequenta. A verdadeira
estimulação visual precoce acontece com conhecimento, ação e o mais
cedo
possível.
Diante do que foi exposto, fica clara a necessidade de um trabalho
específico
direcionado à estimulação das crianças com deficiência visual e de uma
orientação e suporte às suas famílias o mais precocemente possível, o
que deve
ser realizado por uma equipe de profissionais qualificados, de modo a
promover
um desenvolvimento satisfatório.
A Educação na primeira infância é um eterno aprendizado de práticas
lúdicas
que se consolidam a partir de uma observação
cuidadosa e afetuosa de
cada criança.
Ainda o Brincar é sabiamente estudado com o embasamento teórico, mas a
criatividade do professor faz a diferença no planejamento e no
desenvolvimento
global de todo aluno, e em especial da nossa criança com deficiência
visual.
Por fim, convidamos os leitores a fazerem os cursos do Instituto
Benjamin
Constant e terem acesso ao universo das práticas e saberes da criança
com
deficiência visual.
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial.
*Diretrizes
educacionais sobre estimulação precoce*: o portador de necessidades
educativas especiais. Brasília: MEC: SEESP, 1995.
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v. 1. Brasília: MEC: SEESP, 2001. (Série Atualidades Pedagógicas).
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.o 3.128, de 24 de dezembro de
2008.
Define que as Redes Estaduais de Atenção à Pessoa com Deficiência
Visual
sejam compostas por ações na atenção básica e Serviços de Reabilitação
Visual, *Diário Oficial da União*, seção 1, Brasília, ano 145, n. 251,
p. 129-133,
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BRUNO, Marilda Moraes Garcia. *Educação infantil*: saberes e práticas da
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deficiência visual*: da intervenção precoce à integração escolar.
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*In*: MARTIN, Manuel Bueno; BUENO, Salvador Toro (coord.). *Deficiência
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SOARES, Gabrielle de Oliveira Camacho. *Orientações pedagógicas para o
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-- T
TELFORD, Charles W.; SAWREY, James M. *O indivíduo
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Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: *Livros Técnicos e Científicos*, 1977.
-- V
VYGOTSKY, Lev. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes,
1989.
Notas de Rodapé
olfato, o
sentido vestibular e o resíduo
visual, quando presente.
(5) Termo comumente usado por profissionais que atuam com pessoas com
deficiência visual ao se
referirem àquelas que não apresentam patologias visuais.
(6) A calça sensorial é confeccionada com uma calça comprida grande,
com retalhos de lycra,
malha, tecido ou flocos de espuma, assemelhando-se a um grande colo.
(7) A linha mediana do corpo consiste numa linha imaginária que divide
verticalmente o corpo em
duas metades simétricas (direita e esquerda) (Rodrigues, 2008, p.
224).
(8) "A ecolalia é definida como a repetição de sons, palavras ou
frases" (DIB, 2018, p. 213).
(9) "Mera aprendizagem de conceitos verbais carentes de conteúdo
experiencial" (BUENO, 2003, p. 93).
Transcrição:
Diogo Silva Müller Dunley
1ª Revisão:
João Eterno