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Coordenação do Livro Falado
Foto de estante de livros falados na Biblioteca Louis Braille
A Coordenação de Livro Falado, da Divisão de Desenvolvimento e Produção de Material Especializado (DPME), é responsável pela produção e distribuição dos livros falados - publicações narradas para pessoas com deficiência visual. O setor, que conta com três estúdios, inclui em seu acervo mais de 430 gravações, em diferentes gêneros. Assim como escrever um livro convencional exige tempo e cuidado, produzir um livro falado também requer dedicação e técnica. O processo de criação passa por diferentes etapas e dura, em média, de 3 a 4 meses, podendo variar de acordo com a quantidade de páginas da publicação. Em 2023, por exemplo, 21 títulos ganharam versão em livro falado.
Mas engana-se quem pensa que o processo é simplesmente entrar em estúdio e ler um livro em voz alta. A atividade demanda técnica: depois do locutor fazer a gravação, o material é encaminhado para uma primeira edição - remoção de ruídos, amplificação da onda sonora (projeção da voz do locutor), etc. Em seguida, a gravação passa por uma fase mais minuciosa, chamada revisão, na qual é realizada a conferência da leitura gravada com o conteúdo do livro físico – para detectar se, por engano, algum trecho foi suprimido, por exemplo. Após esse processo, o livro é encaminhado para a Coordenação da Audiodescrição (AD), também vinculada ao Departamento Técnico-Especializado (DTE). É realizada a audiodescrição da capa e de imagens internas (caso contenha). O locutor volta ao estúdio para gravar a audiodescrição e regravar possíveis ajustes. Só então a gravação prossegue para a última edição.
Vale destacar que, além do texto original, e da audiodescrição das imagens, os livros falados também possuem a narração da ficha técnica, com informações como título, autor, editora, tradução, número de páginas e entre outras.
Todo esse trabalho é realizado por uma equipe formada por três profissionais: Grasielle Lopes, responsável por responder os pedidos, alimentar o banco de dados, editar e revisar as gravações; Claudio Vilardo, que também atua na edição e revisão; e Lúcia Filippo, encarregada da locução e edição. O setor também dispõe do auxílio de uma equipe de voluntários locutores que doam tempo e voz, para gravação dos títulos.
Como ter acesso aos livros falados – A Biblioteca Louis Braille do IBC disponibiliza em seu acervo, todos os títulos produzidos em formato de livro falado. Todo o material é ofertado de forma gratuita para leitores cegos e com baixa visão. Basta ir até o local com o documento de identificação e comprovante de residência, das 9 às 12 e de 13 às 16 horas. Quem não mora no Rio de Janeiro, também pode ter acesso ao material produzido pelo IBC. Os livros falados podem ser solicitados por instituições públicas (pessoa jurídica), sem fins lucrativos e que atendam pessoas com deficiência visual. A distribuição é exclusiva para atender a acessibilidade desse público.
Mais informações: https://www.gov.br/ibc/pt-br/pesquisa-e-tecnologia/materiais-especializados-1/livro-falado
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Oficina de Introdução à Produção de Livros Falados - A Coordenação do Livro falado oferece gratuitamente, nos meses de maio e setembro, a oficina de Introdução à Produção de Livros Falados. O curso será na modalidade remota e tem a finalidade de ensinar as etapas de gravação, técnicas de locução e trocar conhecimento com pessoas interessadas em produzir acessibilidade em áudio para pessoas com deficiência visual. As inscrições começam em março.
Mais informações: Curso Livro Falado