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Yndiana Cabral Gouveia Viana
#Audiodescrição: Card com foto de Yndiana Viana. Ao lado esquerdo, texto "Mulheres e meninas na ciência: "Qualquer pessoa comum pode fazer pesquisa. Basta querer fazer algo diferente". Yndiana Viana, aluna de Desenvolvimento de Sistemas, no IBC, e de Museologia, na Unirio". #PraCegoVer #PraTodosVerem
Yndiana Cabral Gouveia Viana é aluna do curso técnico em Desenvolvimento de Sistemas e também estudante de Museologia, na Unirio. “Pretendo conciliar as duas áreas, desenvolvendo projetos com museu digital/virtual e acessibilidade”, explica.
Por ser mulher, ela garante que nunca sofreu preconceito no curso da Unirio; já na área de tecnologia... “Existe um mito de que os homens são melhores em matemática e por isso mais capacitados para a área de tecnologia”, avalia.
Ela recorda que várias vezes pensou em desistir. “Especialmente por ser baixa visão, meu tempo é outro. A gente acaba achando que não é capaz de entender, que o assunto é muito complicado”. Para completar, ainda precisa se dividir em outras tarefas – como mãe e dona de casa. Isso para não falar do tempo gasto no deslocamento entre a Baixada, onde mora, e a Urca, onde estuda.
O que a fez persistir? “Gosto muito de estudar, de aprender coisas novas. A educação sempre foi minha paixão, sempre soube que seria a saída, a solução, abriria muitas portas”.
Agora, Yndiana inicia um novo projeto, ao lado de colegas do curso técnico em Desenvolvimento de Sistemas: fará parte do grupo de pesquisa “Atividades pedagógicas acessíveis para o desenvolvimento do pensamento computacional desplugado com foco no ensino para alunos com deficiência visual”, sob a orientação da professora Joyce Miranda dos Santos e coorientação da professora Maria Luciene de Oliveira Lucas.
“Apesar de a sociedade apresentar o pesquisador, o cientista como um ‘nerd’, qualquer pessoa comum pode fazer pesquisa. Basta querer fazer algo diferente, querer mudar a realidade. E é isso que eu quero”, finalizou.