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ARTE
Mostra de produções textuais é marcada por emoção
Alunos da educação básica e do curso técnico participaram da atividade, promovida pela professora Marcele Lopes, de Português. Thiago Santos e Guilherme Germano, fizeram a abertura do evento, recitando um poema coletivo produzido em sala, sob a coordenação da professora Bruna Trindade.
Na sequência, Juliana Aparecida Ferreira Gonzaga, Marcia Faria Ferreira, Giovane de Souza Bezerra e Alex Alves da Silva, alunos do curso técnico em Instrumento Musical, apresentaram seus relatos. Juliana Gonzaga falou da sua relação com a arte não só como aluna, mas também como expectadora. “Aqui no IBC tive a oportunidade de conhecer músicos, cantores, humorista, carnavalesco, enfim, muitos artistas com os quais aprendi muito”, recordou.
O papel do IBC na reabilitação foi ressaltado por Marcia Ferreira. No Instituto, ela aprendeu braile, informática e massoterapia, integrou o grupo Ponto de Vista, teve a oportunidade visitar o AquaRio e o Pão de Açúcar, e agora é aluna do curso técnico em Música para realizar um antigo sonho: aprender a tocar piano. “Não sei o que seria de mim sem o IBC. Sou o que sou por tudo que aprendi aqui com professores e colegas”, afirmou. “A adaptação para quem perde a visão depois de enxergar é muito difícil. Mas todos passamos por dificuldades - a grande diferença é como encará-las. Inclusive, tem muita gente com visão e que não enxerga”, provocou.
Giovane Bezerra falou do problema enfrentado por ser baixa visão. “Até a sexta série estudei numa escola convencional, mas não conseguia acompanhar a turma. As apostilas não eram adaptadas, não enxergava o que o professor escrevia no quadro. Tentaram me colocar na frente, mas era alto e atrapalhava os outros colegas. Tinha que me virar: perdia o recreio para copiar a matéria e acabei ficando atrasado”, relembrou. Ele afirma, no entanto, que tudo mudou a partir da sétima série, quando veio para o IBC: “Foi a melhor decisão da minha vida. Aqui aprendi coisas incríveis, conheci pessoas maravilhosas e voltei a me interessar pelo estudo”, afirmou.
Emoção e gratidão marcaram o depoimento de Alex Alves, também aluno do curso técnico em Música, que destacou o apoio que recebeu durante a pandemia. “No IBC tive a honra de me aprofundar no aprendizado do violão. E aqui aprendi mais do que notas e acordes; aprendi a importância da superação; me conectei com a vida; criei laços com professores e colegas. Gratidão sincera”, concluiu o aluno que se forma no final do ano, em tom de despedida.
O material apresentado fará parte da edição especial da Revista Pontinhos.
No encerramento, os professores Marcele Lopes e Leonardo de Carvalho Augusto, diretor substituto do Departamento de Educação (DED), também deram seus depoimentos sobre a relação com o IBC.