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INCLUSÃO
Mesa-redonda discute sobre o mercado de trabalho de TI para pessoas com deficiência visual
Alunos do IBC participam de evento no Auditório Maestro Gurgulino de Souza com profissionais da área de TI contando suas trajetórias no mercado de trabalho
O evento aconteceu na manhã desta quarta-feira (27), no Auditório Maestro Gurgulino de Souza, com a presença de profissionais na área de Tecnologia da Informação (TI), alguns inclusive ex-alunos, que contaram um pouco das suas histórias, a trajetória até o mercado de trabalho e como é a atuação deles nas empresas e instituições que trabalham atualmente. O objetivo foi apresentar um pouco do mercado para os alunos do curso técnico em Desenvolvimento de Sistemas, do IBC. A mesa teve como mediadores a professora Maria Luciene de Oliveira e o assistente em administração Jorge Oliveira e como convidados os profissionais Lucas Radaelli, Geisa Farini e Sandro Laina.
O Lucas Radaelli é engenheiro de software da Google, na Califórnia. Ele cursou Ciências da Computação na Universidade Federal do Paraná, com experiência também na Alemanha. Hoje em dia, Lucas trabalha no time que lida com acessibilidade, na atual empresa. E, ao falar sobre uma de suas grandes contribuições no sistema operacional que a Google está desenvolvendo, ele contou que ajudou a criar um leitor de tela gratuito que fosse incluído desde a versão inicial deste novo sistema, já que antes os sistemas operacionais das empresas de tecnologia eram lançados e só depois os leitores de tela eram criados.
A Geisa Farini foi aluna do IBC. Atualmente, engenheira de software do Banco Itaú, ela trabalha com análise de sistemas e produz conteúdo para redes sociais mostrando que deficiência não é sinônimo de limitação. É também consultora em acessibilidade digital, aspirante a cantora e atleta de futebol de cegas. Quando lembra sua trajetória, Geisa conta que não queria seguir os passos que via muitos amigos com deficiência visual seguindo: o curso de Direito para prestar concurso público. Então, decidiu traçar o próprio caminho e cursou Tecnologia da Informação no Instituto Federal Fluminense. Hoje, atua como tech writer e que também atua bastante na programação.
Sandro Laina também é ex-aluno do IBC e hoje trabalha como analista de sistemas do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Sandro também é atleta paralímpico e dirigente esportivo militante do direito de pessoas com deficiência. Ao contar sua história, ele lembra que também quis fugir do curso de Direito e, enquanto não era aprovado no vestibular, começou a tentar cursos de informática e estágios na área. Assim, se encontrou no campo de TI, fez faculdade e seguiu carreira. Como atleta, ele também precisou conciliar treinos com a vida profissional. Sandro compartilhou algumas de suas barreiras para conseguir emprego por ter deficiência visual e como foi a sua jornada para ser profissional de TI.