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Mesa-redonda abordou a resistência LGBTQIA+ na atualidade
Alunos, professores, técnicos e responsáveis participaram do encontro, que teve como tema “É preciso lembrar para não esquecer: a resistência LGBTQIA + na atualidade”. A mesa-redonda contou com a participação do professor Rodrigo Agrellos, chefe da Divisão de Pós-Graduação e Pesquisa (na foto abaixo é o primeiro à esquerda, vestindo camisa na estampa das cores da resistência) ; do assistente social do DED, que fez a mediação do encontro, Ricardo Ribeiro Wanzeller (na foto abaixo, vestindo camisa preta) ; do estudante Ysmael Emanoel Santos Silva (na sequência, na foto abaixo, falando ao microfone) ; e de Pedro Fernandes, ator, formado em marketing, pós-graduado em gestão pública, representante do Vale PCD - coletivo que busca trazer visibilidade e inclusão para as pessoas com deficiência que fazem parte da comunidade LGBTQIA+ (na foto abaixo é o último à esquerda, também com camisa no padrão da bandeira do movimento).
Em sua fala, o professor Rodrigo Agrellos destacou a importância de o tema relacionado ao movimento LGBTQIA+ ser conversado em sala de aula, de forma frequente e natural, não apenas no mês de junho e nem unicamente por professores gays. “A pauta da defesa dos direitos civis é atemporal e deve ser abordada por todos”, ressaltou. O professor fez uma homenagem ao aluno do IBC Guilherme Santarosa, que se definia como bissexual, vítima de Covid.
O também estudante Ysmael Emanoel Santos Silva, aluno do 8º ano, falou sobre os desafios que enfrenta no dia a dia. “Dói muito sentir o preconceito na escola, além da opressão na família. Falta informação nos lares, falta apoio dos pais. Não somos incentivados a ser quem somos. Exigem que sigamos padrões. É um sistema muito cruel, por isso, muitas vezes, dá vontade de desistir de tudo. Somos carentes de afeto”, afirmou. Ao final do seu depoimento, Ysmael fez uma convocação: “Seja você. O preconceito existe, mas não estamos sozinhos. Nós existimos e isso é um ato de resistência!”
Pedro Fernandes (primeiro plano na foto ao lado), que é cadeirante e tem paralisia cerebral, também relatou as dificuldades de ser uma pessoa com deficiência e gay. “Somos invisibilizados em políticas públicas e, muitas vezes, associados à promiscuidade. Mas é importante lembrar que sexualidade é saúde, é qualidade de vida. O corpo da pessoa gay e da pessoa com deficiência também pertence à sociedade”, ressaltou. Ele elogiou a iniciativa do IBC em tratar do tema: “É um trabalho de formiguinha, pedagógico. Precisamos levar a discussão para os espaços públicos, divulgar os direitos e defendê-los”. Para finalizar, Pedro Fernandes chamou a atenção para um problema que atinge o público LGBTQIA + “Sofremos com a solidão. Estamos no mesmo mar, mas não no mesmo barco. E como atravessar essa maré? É preciso quebrar barreiras, sair da zona de conforto, seja participando de conselhos municipais, criando redes de apoio etc. Enfim, é preciso acolher”.
A Comissão de Promoção da Igualdade Racial, de Gênero e Diversidade do IBC , que promoveu o evento, continuará atuando para dar visibilidade à luta pela igualdade de direitos e a inclusão de todas as pessoas na sociedade. Quem quiser participar das reuniões, pode entrar em contato pelo e-mail: cpirgd@ibc.gov.br .