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Maria Luciene de Oliveira Lucas
#Audiodescrição: Card com foto de Maria Luciene. Na margem superior central, em letras verdes "Instituto Benjamin Constant", ao lado direito, texto "Busco incentivar as meninas a seguirem o curso que quiserem, a enfrentarem o preconceito, a valorizarem a pesquisa e a ciência, a aproveitarem as oportunidades", Maria Luciene de Oliveira, professora de Informática do IBC". #PraCegoVer #PraTodosVerem
Maria Luciene de Oliveira Lucas é professora de Informática do IBC desde 2020. Antes, atuou no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (IFAP/Campus Avançado Oiapoque), no Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (CEDERJ/Itaguaí) e no Centro Técnico de Educação Profissional/ Fundação de Apoio à Escola Técnica (CETEP/FAETEC-Paracambi). É graduada em Tecnologia em Sistemas de Informação, com mestrado em Educação, pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Foi orientadora nos projetos de pré-iniciação científica do programa Jovens Talentos, financiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).
Em 2021, desenvolveu e orientou o primeiro projeto com alunos do IBC para o Jovens Talentos da FAPERJ. O “Podcast Visão de Cego: Utilização de Recursos Digitais Acessíveis no Âmbito da Deficiência Visual” contou com a participação dos bolsistas Verônica Eliris da Silva e Daylane Monteiro Maia (alunas do curso técnico em Massoterapia), Fillip Márthin de Sousa Paulino (aluno do curso técnico em Instrumento Musical) e Rafael Nunes Santana Barbosa (aluno do curso técnico em Revisão de Textos no Sistema Braille), com coorientação do professor Vitor Padilha Gonçalves. No ano de 2023, teve início o projeto “Podcast Garotas Cientistas do IBC”: Levando informação e conhecimentos através das tecnologias digitais acessíveis”, com as bolsistas Gleiciane Martins de Sousa, Júlia Cavalini Medeiros, Lorrany Vitória Régis de Assis e Maria Carolina Santos (alunas do curso técnico em Artesanato Integrado à Educação de Jovens e Adultos - Proeja) e coorientação do professor Vitor Padilha Gonçalves.
Agora, em 2024, o projeto “Atividades pedagógicas acessíveis para o desenvolvimento do pensamento computacional desplugado com foco no ensino para alunos com deficiência visual” reunirá cinco alunos do curso técnico em Desenvolvimento de Sistemas (Veronica da Silva Gonçalves, Yndiana Cabral Gouveia Viana, Marcos Vinicius Amaral Coelho, Fillip Marthin de Souza Paulino e Caio Lauriano dos Santos), sob a orientação da professora Joyce Miranda dos Santos e coorientação de Maria Luciene de Oliveira Lucas.
A participação dos alunos nos projetos é voluntária, explicou a professora. “Partimos de um problema e buscamos, por meio da pesquisa, apresentar possíveis soluções. Durante o projeto, apresentamos conceitos, promovemos debates, participamos de eventos científicos, mostramos a importância da produção de artigos, explicamos a importância do método. Essa troca é riquíssima, abre a mente e desenvolve o senso crítico”.
A relação de Maria Luciene com o mundo da ciência e da pesquisa, no entanto, vem de muito antes, quando ainda nem tinha entrado na faculdade. “Por 10 anos prestei serviços na Secretaria de Pós-Graduação da Universidade Federal Rural do RJ. Fazia de tudo um pouco: transcrição de fitas, digitalização de documentos, formatação de teses, adequação de documentos às normas da ABNT, entre outros”, recordou.
Quando passou no curso de Tecnologia em Sistemas, sentiu que o ambiente não era muito receptivo às mulheres. “A maioria eram professores e colegas homens, mas não me intimidei. Hoje, busco incentivar as meninas a seguirem o curso que quiserem, a enfrentarem o preconceito, a valorizarem a pesquisa e a ciência, a aproveitarem as oportunidades”, afirmou.
Além de se dedicar à pesquisa, a grande paixão de Maria Luciene é a sala de aula. Ela recorda que desde muito pequena queria ser professora e hoje se sente realizada ao poder conciliar ensino, pesquisa e extensão: “Quero dividir com os jovens a experiência da pesquisa, de levar o conhecimento para fora da sala de aula e, principalmente, de incentivá-los a serem protagonistas, mostrando que qualquer um pode fazer ciência”, concluiu.