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Margareth de Oliveira Olegario Teixeira
![Mulheres na ciência - Margareth de Oliveira Olegario Teixeira](https://www.gov.br/ibc/pt-br/assuntos/noticias/margareth-de-oliveira-olegario-teixeira/redes-sociais-feed-perfil-margareth.png/@@images/96593b21-912c-452f-aefb-3ba51379caf0.png)
#Audiodescrição: Card fundo foto de Margareth que escreve em Perkins Brailler, máquina de escrita em Braille. Na margem superior, ao centro, texto: "Instituto Benjamin Constant. Mulheres na ciência. "Às meninas e mulheres cegas, sugiro que ocupem esse lugar de pesquisa. (...) Através de sua curiosidade, uma pesquisa pode ter início e, consequentemente, encorajar outras a prosseguirem". Margareth Olegario Teixeira, Professora e pesquisadora do IBC. Na margem inferior, as logos do IBC, do Ministério da Educação e do Governo Federal. #PraCegoVer #PraTodosVerem
Margareth de Oliveira Olegario Teixeira foi aluna do IBC da pré-escola ao atual 9º ano, e desde 2010 atua como docente de sistema braille e soroban para estudantes da Educação Básica e como Orientadora Educacional na Divisão de Reabilitação, Preparação para o Trabalho e Encaminhamento Profissional (DRT).
É graduada em Pedagogia, com mestrado e doutorado em Educação, respectivamente pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e pela PUC-Rio. No currículo, experiência na área de Educação Especial e Inclusiva, com ênfase em Tecnologias Assistivas e Tecnologias Digitais para pessoas com deficiência visual. Além de membro da Comissão Editorial da Revista Benjamin Constant, é líder do Grupo de Estudos e Pesquisas na Habilitação e Reabilitação da Pessoa com Deficiência Visual – ambos vinculados ao Departamento de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão (DPPE).
Para Margareth, a docência e a pesquisa sempre estiveram intrinsicamente ligadas: “especialmente no caso da educação para cegos, em que estamos sempre buscando novos recursos e metodologias para facilitar o acesso à informação”, destaca.
Informação que, muitas vezes, não está disponível para todos. Em sua trajetória acadêmica, a professora explica que o maior desafio é justamente lidar com artigos ou editais de fomento à pesquisa sem acessibilidade. “Essas limitações exigem, às vezes, que eu tenha ajuda de outra pessoa, o que compromete a celeridade do meu trabalho. Mas sou perseverante e não desisto”, avisa.
Como pesquisadora, Margareth admite que não sofreu preconceito por ser mulher. “Na Educação, as mulheres naturalmente são protagonistas. Tive mais dificuldade por ser cega, mas de forma alguma isso me impediu de prosseguir”, recorda. Para as jovens estudantes, a professora manda um recado: “procurem desenvolver o espírito de pesquisadora desde o início da trajetória acadêmica. Lembrem-se que nós, mulheres, podemos estar onde quisermos estar”. E completou: “Às meninas e mulheres cegas, sugiro que ocupem esse lugar da pesquisa. Desbravem caminhos, estimulem a criatividade. Através de sua curiosidade, uma pesquisa pode ter início e, consequentemente, encorajar outras a prosseguirem”.