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Exposição reúne trabalhos produzidos pelos cursos técnicos em Artesanato
A exposição Manifesto Artistas de Ganho e Exposição Expandida – Espaços Imantados são frutos do projeto de ensino “Benjamin em Vozes: Experiências Imagéticas Compartilhadas”, que reúne trabalhos produzidos por estudantes e professores da educação profissional dos cursos técnicos em Artesanato.
“Aproximações com as poéticas de Lygia Pape, Hélio Oiticica, Lygia Clark, Celeida Tostes, Henfil e do Tropicalismo transbordaram-se em fios sensíveis que compuseram a tessitura de uma produção artística coletiva, fraturando os impedimentos impostos às pessoas com deficiência visual para os saberes, fazeres e afetos por meio das imagens da arte”, explica o texto de apresentação da exposição, que tem curadoria das professoras Camila Santana Mascarenhas, Eliana Paula Calegari, Glauce Mara Gabry de Freitas Arder e Luciana Bernardinello.
Estudantes de várias turmas já visitaram a mostra, que tem mediação cultural dos alunos de Artesanato Gleiciane Martins de Sousa, João Gabriel Pantoja do Nascimento, Carlos Alberto da Costa, Juliana Galdino Proença, Maria Vitória Carvalho Melo, Samuel Martins de Souza Silva, Ariana Marcia Gonçalves, Douglas Weslley Bem de Jesus, Júlia Cavalini Medeiros, Lorrany Vitória Regis de Assis, Maria Carolina Santos e Nathanael da Silva Santos.
Os alunos-artistas produziram o manifesto que define o trabalho:
“Partindo de nossas experiências artísticas expomos com as nossas produções, os conhecimentos que construímos juntos. Conversamos sobre a cultura alimentar das tradições indígenas, os seus hábitos na cozinha e a convivência nos espaços para compartilhar os alimentos. Aprendemos sobre a afrobrasilidade nos movimentos sociais e a sua ligação com as práticas artísticas, com isso aprendemos sobre nós mesmos.
Desenvolvemos nossas produções com base nesses estudos e é por isso que nos manifestamos: Habitamos o nosso conhecimento a partir das nossas produções artísticas para conquistar o nosso espaço e, também, para criticar o sistema social de exclusão e opressão.
Não queremos qualquer coisa sobre nós e para nós.
Queremos outras palavras.
Palavras de respeito e empatia.
Queremos o compartilhamento de nossas sensibilidades.
Lutamos pelo nosso espaço.
Queremos caminhar com segurança nas cidades.
Direito ao trabalho.
Respeito a nossa forma de arte e expressão.
Não toleramos o preconceito com as nossas diferenças.
Desejamos acessar os produtos tecnológicos e de tecnologia assistiva.
Por fim, abrimos a nossa exposição para que vocês experimentem tudo que nós produzimos com felicidadania”.