Divisão de Pós-Graduação e Pesquisa supera as adversidades e fecha 2021 com resultados positivos

Em janeiro deste ano, as perspectivas eram as piores possíveis: o trinômio pandemia, falta de recursos e equipe reduzida prometiam um ano difícil, sem as entregas que a área de pesquisa do IBC gostaria de fazer à sociedade. Porém, o quadro que se vê neste mês de dezembro surpreende pelo vigor, a julgar pelo balanço divulgado pela DPP hoje (16).

Eventos

A programação técnico-científica encerrou em grande estilo, com um evento externo que atraiu cerca de 600 participantes de 27 estados brasileiros — o Seminário Deficiência Visual em Linguagens: diálogos de pesquisa. Realizado nos dias 24 e 25 de novembro, ele foi o primeiro evento remoto promovido DPP com mais de um dia de duração, com a presença de um convidado internacional, o brailólogo espanhol Pedro Zurita, ex-secretário-geral da World Blind Union e ex-chefe do Departamento de Relações Internacionais da Organización Nacional de Ciegos de España – ONCE (foto à esquerda) .

A iniciativa de realização do seminário foi da professora do IBC, Fabiana Alvarenga Rangel, em parceria com a professora Joana Belarmino, do Grupo de Pesquisas em Jornalismo, Mídia, Acessibilidade e Cidadania (GJAC), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Para Fabiana, o evento superou todas as expectativas em termos não só de alcance, como de qualidade. “Ele promoveu o diálogo entre pesquisadores de vários estados do Brasil que estudam o mesmo tema, a linguagem, mas a partir de aspectos específicos, sempre considerando a deficiência visual. Isso trouxe uma riqueza muito grande para o debate, o que foi sentido pelos participantes. Além disso, os palestrantes estavam muito afinados, numa sintonia muito boa entre eles, o que fez com que as discussões ficassem ainda mais fluidas”, avaliou a professora.

O seminário foi totalmente acessível a pessoas com deficiências visual e auditiva, graças ao apoio da Diretoria de Acessibilidade da UFRJ, que gentilmente cedeu intérpretes para todas as transmissões, e da colaboração de intérpretes voluntários que se somaram ao trabalho da única intérprete de Libras do IBC, Indira Cardoso.

Além deste, a Divisão promoveu outros seis eventos remotos abordando temas emergentes relacionados à temática da deficiência visual, todos muito bem avaliados pelas mais de mil pessoas que deles participaram. Para se ter uma ideia do sucesso dos eventos, o menor grau de satisfação pelos participantes foi de 96,87%, de acordo com as avaliações que a DPP faz em todo final de evento.

A programação de eventos retorna em abril de 2022, por ocasião do Dia Nacional do Braille e, em maio, já está confirmada a realização da 12ª edição do Seminário Conectando Conhecimentos.

Produção editorial

Nesse ano, foram produzidas nove publicações, todas distribuídas gratuitamente e disponíveis on-line: quatro livros e quatro recursos pedagógicos, com destaque para os três volumes da Coleção Brincar, Experimentar, Aprender! — material pioneiro elaborado por professores do IBC e voltado para o ensino remoto de alunos com deficiência visual durante a pandemia, além do número 62 da revista Benjamin Constant.

Periódico científico do IBC, a revista ganhou, em abril, um site só para ela e uma nova política de publicação, com fluxo contínuo de alimentação dos conteúdos de cada edição. Além do número 62, foi realizada a primeira chamada para editores convidados com propostas de dossiês temáticos do periódico, cujo número 63 encontra-se em fase de editoração para publicação ainda nesse ano.

Ampliação da atividade de pesquisa

Outra boa notícia é o cadastro de mais cinco grupos de pesquisa no Centro de Estudos do Instituto, que agora conta com 20 em plena atividade. “Mesmo com a pandemia, o IBC manteve o seu compromisso em apoiar a produção científica no País, recebendo, de maneira remota e por meio do Cepeq, 10 novos pesquisadores externos interessados em desenvolver pesquisa no IBC”, informou o responsável pela DPP, Luiz Paulo da Silva Braga.

Destaque também para a retomada das atividades presenciais na Biblioteca José Álvares de Azevedo, de modo a atender às demandas dos  alunos e professores do programa de mestrado do IBC. “Enfim, apesar dos pesares, o balanço de 2021 é extremamente positivo. Batemos todas as metas previstas no Plano Estratégico Institucional e fizemos entregas relevantes à sociedade em frentes diversas relacionadas à pesquisa e à produção de conhecimento científico”, concluiu Luiz Paulo.

“Eu sou muito grata e orgulhosa a esta equipe que tem se empenhado com tanta garra para procurar caminhos e não deixarem que a pesquisa e demais atividades da Divisão esmoreça nesse contexto pandêmico tão difícil que enfrentamos há tanto tempo”, disse a professora Elise de Melo Borba Ferreira, diretora do Departamento de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão (DPPE), ao qual a DPP é vinculada.