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ENTREVISTA
Diretor-geral fala sobre desafios e projetos para o IBC

Quais são as expectativas para esse mandato que se inicia?
São as melhores possíveis, principalmente no que refere à democracia e à participação de todos na gestão da instituição. O IBC deverá ser, cada vez mais, uma casa acolhedora e voltada aos interesses e necessidades das pessoas com deficiência visual.
Todos os servidores e trabalhadores do IBC viverão novos e diferentes tempos. O respeito e a humanização das relações sociais, funcionais e institucionais serão a tônica desta gestão.
As decisões participativas e a publicidade dos atos da gestão, assim como o respeito às decisões construídas por segmentos profissionais, serão observadas e praticadas por todos em nossa administração.
Um bom exemplo serão as reuniões do Conselho Diretor, que passarão a ser abertas, com edital de convocação, direito à fala dos participantes e tomadas de decisões paritárias dos membros do conselho.
Além disso, a escolha dos diretores do DED e do DPPE acontecerão de forma democrática, assim como a seleção dos gestores dos polos e da coordenação de graduação.
Com a experiência de servidor há mais de 10 anos no IBC, quais os principais desafios que a nova gestão deverá enfrentar?
Sou trabalhador docente do IBC desde 2013 e desde aquela época observo inúmeros problemas. A partir de agora, iremos buscar construir soluções viáveis – dentro dos limites da lei e do orçamento. A retomada do alojamento/internato, por exemplo, está entre as prioridades da gestão. Não estamos insensíveis à distância de moradia de nosso público discente e ao péssimo serviço de transporte - alguns alunos e responsáveis chegam a pegar, entre ida e volta da residência, mais de quatro conduções. Queremos implementar uma política de alimentação que inclua também os responsáveis pelos alunos, os quais muitas vezes ficam o dia inteiro na instituição. Repito: não seremos insensíveis a esta perversa e dura realidade.
Em relação aos servidores e trabalhadores terceirizados, precisamos resgatar um ambiente saudável, com relacionamentos sociais humanizados e respeitosos. Não iremos tolerar assédio nem qualquer tipo de discriminação ou preconceito. Além disso, promoveremos a mais ampla ocupação dos espaços e serviços do IBC, como o retorno da academia, da piscina, da quadra esportiva, do campo de futebol, do estacionamento, entre outros.
Quais serão as primeiras ações da gestão?
Iremos formalizar, por meio de portaria, a criação dos oito Grupos de Trabalho (GTs) para a construção participativa e coletiva dos atos a serem realizados pela gestão; regularizar o funcionamento de CIPAs na Instituição; propor a criação de estruturas permanentes de debates pedagógicos e de espaços que abordem questões pertinentes à igualdade racial e de gênero, entre outras.
Como será formada a equipe da nova gestão?
Contaremos com um grupo de profissionais qualificados e comprometidos com esse novo modelo de administração – humanizada, participativa e democrática. Além dos integrantes da direção geral, contaremos com o apoio de instituições parceiras, como o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), além da própria equipe do Ministério da Educação. O ministro Camilo Santana já demonstrou, pessoalmente, o interesse em visitar a instituição e estreitar ainda mais os laços com o IBC. Esperamos ter ao nosso lado também toda a comunidade acadêmica – alunos, pais/responsáveis, professores, técnicos, médicos, residentes, estagiários, trabalhadores terceirizados, voluntários. Unidos e sintonizados na construção de uma instituição cada vez mais acessível às pessoas com deficiência visual.