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Colóquio Cartografia Tátil: palestra e homenagens marcam primeiro dia
Foto do palco de Teatro Benjamin Constant com a professora Rosemy Nascimento (UFSC), no púlpito, e sentados a professora Luciana Arruda (IBC) e o diretor-geral Mauro da Conceição.
Cerca de 130 profissionais que estudam, pesquisam e vivenciam a cartografia tátil acompanharam – de forma presencial e remota - o primeiro dia do Cartotátil, que tem como tema “Orientação, Mobilidade e Conhecimento Espacial”. A mesa de abertura foi formada pelo diretor-geral do IBC, professor Mauro da Conceição; pela professora Luciana Arruda e pela professora Rosemy da Silva Nascimento (Laboratório de Cartografia Tátil e Escolar da Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC).
O diretor-geral do IBC, Mauro da Conceição, deu boas-vindas aos participantes e agradeceu o empenho dos organizadores. “Vocês, professores e instituições, arregaçaram as mangas e colocaram em prática a ideia de promover um grande evento que desse a projeção que a cartografia tátil merece.” Para a professora Rosemy Nascimento, o encontro é uma forma de celebrar a inclusão por meio da educação: “Esperamos que esse seja um espaço de troca e de inspiração para todos que atuam com cartografia”.
A professora Luciana Arruda destacou a importância do Colóquio e lembrou o pioneirismo do Instituto Benjamin Constant na utilização de matérias grafo-táteis. “Em 2010, foi realizado, neste teatro, o primeiro Seminário de Representações Gráficas em Relevo. É muito representativo estarmos nesta instituição que foi a primeira a receber materiais táteis para o ensino da cartografia para cegos no Brasil”.
A programação teve início com a palestra “Cartografia Tátil – Passado, presente e perspectivas futuras”, ministrada por Regina Araujo de Almeida, com mediação de Waldirene Ribeiro do Carmo, ambas do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). As professoras ressaltaram o papel do IBC na educação das pessoas com deficiência visual e falaram dos desafios a serem enfrentados.
“São muitos conteúdos a serem abordados, muitos alunos dentro de uma mesma classe e boa parte dos professores não tiveram uma capacitação voltada para inclusão”, pontuou Waldirene Ribeiro. “Falta investimento não só na formação dos profissionais, mas também na produção de materiais adaptados”, completou Regina Araújo.
Para as professoras, “o IBC tem atuação fundamental na educação das pessoas com deficiência visual, na formação de profissionais para aturarem com esse público e também na produção de material adaptado".
Reconhecimento - No período da tarde, o Colóquio prestou homenagens a profissionais que se distinguiram na disseminação da cartografia tátil. O professor Humberto Bethoven Pessoa de Mello entregou flores a Guilherme Lessa, tataraneto de Benjamin Constant e economista da Fundação José Bonifácio (UFRJ); Fernando da Costa Ferreira homenageou Alexandre Meirelles Pope, bisneto de Mauro Montagna, ex-professor do IBC e precursor da cartografia tátil; Luciana Arruda entregou flores para Jonir Bechara; Waldirene Ribeiro do Carmo prestou homenagem a Regina Araujo de Almeida e Rosemy da Silva Nascimento entregou flores para Ruth Emilia Nogueira.
Destaque para a apresentação do grupo musical Ponto de Vista e para o lançamento do livro “Caixa Tátil Sonora: Um Processo Educativo”, de Humberto Bethoven Pessoa de Mello, com apresentação da professora Vania Silva.
Programação - A programação prossegue até sexta-feira (6/12) com palestras, mesas redondas, apresentação de trabalhos e atrações culturais. Confira todas as atividades, acessando o link: https://eventos.galoa.com.br/cartografia-tatil-2024/page/4087-home
O Colóquio, que faz parte da programação dos 170 anos do IBC, é promovido em parceria com o Laboratório de Cartografia Tátil e Escolar (LabTATE) e do Programa de Pós-Graduação em Geografia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O evento tem o apoio cientifico da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Estadual Paulista (UNESP), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Piauí (PPGGEO/UFPI) e da Universidade de São Paulo (USP) através do LEMADI - Laboratório de Ensino e Material, um dos pioneiros da pesquisa da Cartografia Tátil no Brasil, lotado no Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.